Fanfics Brasil - Minha irmã Gêmea As Mil Partes Do Meu Coração - Vondy - Adaptada

Fanfic: As Mil Partes Do Meu Coração - Vondy - Adaptada | Tema: Rebelde


Capítulo: Minha irmã Gêmea

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Capítulo 5


Minha irmã Gêmea


 


Ele ergue os olhos, mas dessa vez, quando me encara, não está sorrindo. Algo em sua seriedade aperta tudo dentro do meu peito. Quando ele abre a boca para falar, me agarro a cada palavra.



  • De todos os lugares em que poderíamos estar, estamos bem aqui. No mesmo momento. 


Sua voz é cheia de ironia, mas a expressão beira a perplexidade. Ele meneia a cabeça e se aproxima um pouco de mim, levanta o braço tatuado e alisa uma mecha que se soltou do meu cabelo. O gesto é íntimo e inesperado, parecido com todo este momento, mas não tenho nenhum problema com isso. Quero que ele o repita, mas seu braço cai de volta ao lado do corpo.


Não consigo pensar em um só momento na vida em que fui olhada da forma como ele faz agora. Sei que não nos conhecemos e qualquer que seja a ligação entre nós, provavelmente será estragada no momento em que tivermos nossa primeira conversa de verdade. 


Ele se aproxima e, de súbito, parece que engoli seu coração, porque tenho todas aquelas batidas a mais no meu peito. Seus olhos baixaram para minha boca e tenho certeza de que vai me beijar. Torço para que faça isso. O que é estranho, porque literalmente só trocamos duas frases, mas quero que ele me beije enquanto imagino que ele é perfeito, porque isso significa que seu beijo provavelmente será perfeito também.


Não sei como ainda estou de pé, sinto as pernas trêmulas e incertas, minha cabeça está inclinada para trás e sua boca, a centímetros da minha, como se ele hesitasse. Ele sorri e sussurra: “ Você me enterra.”


Não sei o que significa essas palavras, mas gosto delas. E gosto como sua boca entra em contato suave com a minha logo depois dele terminar de falar, e eu tinha razão. É perfeito. Tão perfeito que parece um filme antigo, quando o homem que conduz a dança coloca a mão nas costas da mulher e ela curva o corpo para trás contra a pressão do beijo dele, como a letra C, enquanto ele a puxa para ele. É exatamente assim.


Justo quando uma de suas mãos desliza pelo meu cabelo, a água espirra embaixo dos meus pés. Solto um gritinho de surpresa. Ele ri, mas não para de me beijar. Agora estamos ensopados porque meu pé não está cobrindo completamente o jato de água, mas não nos importamos. Isto só aumenta o caráter ridículo desse beijo.


O toque do seu celular aumenta ainda mais esse caráter porque, naturalmente, agora somos interrompidos. É claro. Estava perfeito demais.


Ele se afasta e a expressão em seus olhos é meio saciada e faminta ao mesmo tempo. Ele tira o telefone do bolso e o examina.



  • Você perdeu seu telefone, ou isso é alguma brincadeira?


Dou de ombros porque não sei que parte ele pensa ser brincadeira. Eu permitindo que ele me beije? Alguém ligando para ele no meio do tal beijo? Ele ri um pouco enquanto coloca o telefone junto da orelha.



  • Alô?


O sorriso muda sua expressão e agora ele só parece confuso.



  • Quem é? - Ele espera alguns segundos, depois afasta o telefone da orelha e o olha. Em seguida, olha para mim. - É sério. É alguma pegadinha?


Não sei se ele está falando comigo ou com a pessoa ao telefone, então dou de ombros novamente. Ele leva o telefone ao ouvido e se afasta um pouco de mim.



  • Quem é? - repete. Ele ri de nervoso e coloca a mão na nuca. - Mas.. você está parada bem na minha frente.


Sinto a cor sumir do meu rosto ao ouvir aquela frase. Toda a cor do meu corpo - nesse momento ridículo com esse cara qualquer - se acumula nos meus pés, fazendo com que eu me sinta uma cópia carbono malfeita de Anahí Espinosa. Minha irmã gêmea. A garota que evidentemente está do outro lado da linha.


Nem acredito que isso está acontecendo. Acabei de beijar o namorado da minha irmã.


É claro que não fiz de propósito. Tenho a sensação de que ela recentemente começou a sair com outro, porque passou muito tempo fora, mas, de todos os caras do mundo, como eu podia saber que este em particular era ele? Me afasto às pressas, mas não consigo ir muito longe quando ouço ele correndo atrás de mim.



  • Ei!


É por isso que estava me olhando na loja. Ele achava que eu era ela, por isso perguntou por que eu não estava na escola, porque se ele conhece Anahí o suficiente para beijá-la, sabe que ela nunca mataria aula.


Agora tudo faz sentido. Isto não foi uma ligação ao caso entre dois estranhos.


Sinto sua mão segurar meu cotovelo. Não tenho alternativa senão me virar e ficar de frente pra ele, porque preciso deixar claro que Anahí jamais pode descobrir sobre isso. Quando nossos olhos se encontram, ele não está mais me olhando como se eu o fascinasse. Encara o telefone, depois me olha, volta ao telefone e fala.



  • Eu peço mil desculpas - diz ele. - Pensei que você fosse…

  • Você pensou errado - solto numa explosão, embora ele tenha errado sem querer.


Anahí e eu somos idênticas, mas se ele conhecesse bem minha irmã gêmea saberia que ela nunca seria flagrada em público com a aparência que eu tenho agora. Não estou maquiada, meu cabelo está uma zona e minhas roupas são as mesmas de ontem.


Ele coloca o telefone no bolso, mas o aparelho volta a tocar. Quando ele o retira, vejo o nome de Anahí piscando na tela. Pego o telefone e passo o dedo pela tela.



  • Oi.

  • Dulce? - Anahí ri. - O que está havendo? Por que você está com Christopher?


Christopher? Até o nome dele é perfeito.



  • Não estou. Eu só… esbarrei nele. Ele achou que eu era você, mas então você ligou e… digamos ele ficou bem confuso. - Digo tudo isso olhando bem para Christopher. Ele mantém os olhos fixos nos 


meus e nem tenta tirar o telefone de mim.


Anahí ri de novo.



  • Que engraçado. Queria poder ter visto a cara dele.

  • Foi impagável - digo com frieza.- Mas você devia ter avisado a seu namorado que têm uma gêmea idêntica. - Devolvo o telefone a Christopher. 


Afasto-me alguns passos e ele está segurando o telefone, incapaz de tirar os olhos de mim. - Não conte a ela o que acabou de acontecer - sussurro. - A ninguém. Nunca.


Ele assente, embora esteja hesitante. Assim que tenho a confirmação de que ele não vai contar a Anahí, eu me viro e me afasto. Nada pode superar um constrangimento desses. Nada.



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Autor(a): Joy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • anne_mx Postado em 29/06/2021 - 17:27:03

    Continuaaaaa, estou amando esse hábito de cada vez que lago ruim acontece ela compra um troféu, acho que vou adotar esse hábito, não com troféus kkkkkkkkkk <3

    • Joy Postado em 02/07/2021 - 18:09:36

      Apoio kkkkkkk, saiu um novo capítulo, obrigado pelo comentário &#129392;

  • ssvonuck Postado em 17/06/2021 - 21:03:18

    Continua

    • Joy Postado em 21/06/2021 - 21:40:32

      Saiu um novo capítulo, obrigado pelo comentário ^ _^


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