Fanfic: Juntos até o fim ↝ Livro 2 | Tema: Vondy
"𝓮𝓾 𝓪𝓬𝓱𝓮𝓲 𝓺𝓾𝓮 𝓽𝓲𝓷𝓱𝓪 𝓼𝓾𝓹𝓮𝓻𝓪𝓭𝓸, 𝓺𝓾𝓮 𝓪𝓺𝓾𝓮𝓵𝓮 𝓶𝓪𝓵 𝓳𝓪𝓶𝓪𝓲𝓼 𝓿𝓸𝓵𝓽𝓪𝓻𝓲𝓪, 𝓪𝓱 𝓓𝓾𝓵𝓬𝓮 𝓜𝓪𝓻𝓲𝓪 𝓿𝓸𝓬𝓮̂ 𝓮𝓼𝓽𝓪𝓿𝓪 𝓽𝓪̃𝓸 𝓮𝓷𝓰𝓪𝓷𝓪𝓭𝓪"
𝑺𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒂-𝒇𝒆𝒊𝒓𝒂: 30 𝒅𝒆 𝒂𝒈𝒐𝒔𝒕𝒐
- E meus filhos? - foi a primeira frase que saiu de meus lábios quando encontrei o homem que tanto amo, seu rosto frio e sem demostrar emoção me matava diariamente, porém era impossível não sentir essa máscara de rejeição falhar quando viu o quanto eu estava abatida.
- Somente maiores de 12 anos podem entrar, querida. - falhando de vez com sua tentativa de parecer ter desprezo, Christopher abriu os braços e me recebeu com um caloroso beijo. - Use como incentivo para melhorar e poder vê-los logo.
Fingindo que não ouvi, senti seu cheiro, abracei seu corpo querendo gravar cada pedaço, mesmo já estando tudo marcado a ferro dentro de minha mente. Senti que estava mais magro, não ousei perguntar o motivo, estava claro que era por minha causa. Mesmo com todo clima ruim que ainda existia entre nós a saudade gritava dentro de nosso peito, segurando a mão de meu marido o levei até uma parte mais vazia da clínica.
Ficamos deitados, abraçados, aproveitando os poucos momentos que tínhamos, ficar longe de minha casa, dos meus filhos, Diego com 9 anos. Roberta com 7 e Manu com 4 aninhos. Sentia falta até deles o dia todo "Mãe, faz isso?" "Mãe me ajuda aqui" "mãe o Diego me bateu" "Mãe o manu não quer obedecer". Eu vivia reclamando de me chamarem toda a hora, mas agora eu queria ouvir a voz doce de Manu dizendo querer leite para dormir ou Diego me pedindo ajuda em matemática, até das ligações da diretora da escola para reclamar de Roberta eu sentia falta.
- Eu tenho que ir Dulce. - a voz rouca de Christopher me causou um arrepio, como assim ele tinha que ir?
- Mas já? Você tem algum compromisso ou... - deixei a minha fala morrer, ele sempre foi cheio de compromissos e agora, além de cuidar da casa e dos nosso três filhos sozinho, ainda tinha que cuidar de mim.
- Eu trocaria qualquer compromisso do mundo pra ficar aqui com você, mas a visita dura só 1h30min. - o que?
- Então eu vou te ver três horas por semana? É isso? - o gosto amargo se formou em minha boca, eu ficaria tanto tempo sozinha, tudo isso por culpa minha.
- Eu sinto muito, como você está no começo do seu processo o tempo de visita é bem raro, mas em breve vou poder vir todos os dias. - dando um doce beijo em meus lábios, continuou. - Use como incentivo amor, como uma recompensa para sua evolução.
- Eu preciso passar por isso, eu jamais permitiria que meus filhos crescessem em meio ao meu desequilibrio vicioso. - suas mãos viajaram para meu pescoço, forçando me a encará-lo.
- Você não é desequilabrada, é uma forte que cometeu erros e, está aqui para lutar e avançar contra esse erro. - agarrei seu corpo, em uma tentativa inútil de ficar ali com ele para sempre.
- Vou sentir saudade, muita saudade. - beijei seu pescoço sua barba causando cócegas em minha bochecha, suas mãos firmes apertaram minha cintura.
- Soube por aí que quando se passa muito tempo em abstinencia de sexo e finalmente faz, tem uma sensação incrível e inconparável. - meu corpo queimou com usas palavras sussurradas em meu ouvido.
- 100% de abstinencia então? - ele riu e me estendeu o mindinho, selamos nosso pacto com um selinho.
- Desculpa interromper senhor e senhora Uckermann, mas está na hora do lanche e o horário de visita terminou. - uma mulher chata, toda de branco anunciou, como se eu já não soubesse do obvio.
- Deixa eu dar só um beijo de despedida no meu marido. - puxei or rosto de Christopher e com muito gosto e sem nenhuma vergonha por estar sendo observada, dei um beijo masi pornográfico que consegui, saboreando seus lábios e chupando sua língua.
- Tenho que insistir. - a voz rabugente voltou a surgir, dando selinhos me separei do meu amor.
- Trás uma foto dos meninos pra mim? Te amo - ele concordou, deu em beijo em minha testa retribuindo meu eu te amo, se despediu da enfermeira e foi embora.
- Quem diria que com essa carinha de anjo em Dona Dulce... - desta vez acabei rindo do comentário da enfermeira.
Depois do lanche sem graça que fazemos por aqui, resolvi ir até meu quarto apertado e me deitar. As vezes eu acho exagero da minha parte ter arrumado as malas e vindo pra cá durante a noite, me internando ao mesmo tempo acho extremamente necessário, diferente da primeira vez que estive viciada ás razões eram outras, quase uma necessidade. Desta vez era por luxúria, capricho, prazer, uma necessidade quase implacável.
Eu consegui esconder tudo, bom pelo menos eu achava que conseguia, mas agora vejo o rombo que isso abriu em meu casamento, desconfianças, mentiras, omissão, irresponsabilidade, negação e pior eu poderia ter colocado a vida deles em risco. Então para preservar meu amor, meus filhos e minha própria dignidade eu ficaria aqui, presa e em recuperação, esperava que todo o estrago que deixei pudesse ser reparado e que meus filhos me perdoassem e no futuro tivessem orgulho da mãe deles e de toda minha recuperação.
Autor(a): ssvonuck
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