Fanfics Brasil - Histórinha antes de dormir *~ εїз ~* (DyP - TRENDY)

Fanfic: *~ εїз ~* (DyP - TRENDY)


Capítulo: Histórinha antes de dormir

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×~×~×

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.


____________Cecília Meirelles

×~×~×

É nessas horas que eu sinto que tudo valeu a pena; vê-la assim, tão linda e serena, me traz a certeza de que nada foi em vão. Ela transformou o desespero em esperança, as dores em lembranças distantes (ainda que nem sempre ausentes), as lágrimas em sorrisos, a tristeza em alegria. Somente ela teve o dom do recomeço, de mostrar que nem tudo acaba onde parece. Há muitas coisas que não aprendemos na escola, ou com nossos pais. E são essas coisas que levamos pra sempre, conosco...

×~×~×

- Mamãe? -abrindo seus delicados olhinhos amendoados aos poucos.

- Dormiu bem, minha princesa?

- Uhum! Sonhei com você...

- Ah é? E como era o sonho? -tudo bem que eu já fazia idéia do que seria, mas ela gosta que eu pergunte sobre seus sonhos...

- Você estava naquele lugar bonito, o de sempre... Estava muito linda, com esse vestido branco e uma flor amarela na orelha... -na verdade ATRÁS da orelha, ela quis dizer... - Eu não estava no sonho de novo! -ela faz um dos bicos fofos de quando fica emburrada.

- Um dia você estará, meu amor... -acaricio seus cabelos, tão pretos e macios... Herança minha!

- Mami? -ela me encara seriamente.

- Oi?

- Posso te pedir uma coisa?
 
- Se eu puder fazer...

- Conta uma história pra mim?

- Hum... Qual?

- Não sei... Ah! Conta a sua história com o papai! -estampando o sorriso banguela mais lindo do mundo.

- Seu pai já lhe contou a nossa história milhares de vezes, filha!

- Eu sei! Mas você não! E além do mais, os homens não entendem nada de histórias de amor! -fazendo cara de sabichona. Não consigo segurar o riso, e nem ela. - Vai, me conta, mamãe!

- Tudo bem! Pronta?

- Uhum! -ela se ajeita na cama, com os olhos fixos nos meus. O que de certo modo me assusta um pouco.

- Bem, era uma vez...

- Não, mamãe! Sem isso de “era uma vez...”! Parece história pra boi dormir!

- Você vai me deixar contar ou não? -me finjo de brava. Afinal, quem esse pingo de gente pensa que é pra chamar a minha atenção?! Ok, ela SEMPRE consegue me dobrar... - Continuando... Eu e o seu pai éramos menores que você quando nos conhecemos... Ele morava em uma casa na esquina, de frente pra minha. Parecíamos cão e gato, de tanto que brigávamos...

- Como eu o Matheus! Eu detesto aquele gorducho! -franzindo a testa.

- O seu pai também era gorducho... E chato!

- Chato?!

×~×~×
 
×~×~×

Era só nos vermos, que só faltava partirmos pro físico, isso quando não o fazíamos. Ainda assim, em todas as brincadeiras bancávamos a dupla fantástica, já que éramos os mais ágeis (na verdade, nem tão ágeis. Digamos que... os mais espertos ). Ou então quando brincávamos de casinha, e eu encarnava a mamãe-dona-de-casa-com-uma-renca-de-filhos e ele o papai trabalhador que chegava suado do serviço...

×~×~×

Tá, daí vocês podem me perguntar: mas se vocês eram desse jeito, implicante um com o outro, como ficavam sempre juntos? Simples: ele era o único menino da turma, do bairro, e da minha vida... E não pensem que tudo era troca de farpas entre a gente...

×~×~×

Quantas vezes nos pegamos parando em um cantinho afastado no meio do esconde-esconde para trocar inocentes beijinhos, ou até mesmo quando ele “chegava do serviço” e eu como uma mamãe exemplar o recebia com um selinho...

×~×~×

Coisas de crianças, mas que ficam marcadas na memória. E que muitas vezes dão um “empurrãozinho” no destino, ainda que nem desconfiemos...

×~×~×

- Mãe, então você não gostava do papai?

- Era isso o que eu pensava, princesa! Mas às vezes o coração é sapeca e acaba nos pregando algumas peças...

- Que nem o coração do vovô Nando? Quando ele ficou naquele hospital a vovó falou que o coração dele tinha feito uma travessura!

- Haha... Não é bem nesse sentido, filha...

- Não?! -me pergunta com uma cara de “Hã?!”, típica de uma criança de 6 anos.

- Não, e um dia, quando você crescer, vai entender...

Isso eu acho curioso: ele NUNCA fala pra ela o quanto nos detestávamos...
 
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Era só nos vermos, que só faltava partirmos pro físico, isso quando não o fazíamos. Ainda assim, em todas as brincadeiras bancávamos a dupla fantástica, já que éramos os mais ágeis (na verdade, nem tão ágeis. Digamos que... os mais espertos ). Ou então quando brincávamos de casinha, e eu encarnava a mamãe-dona-de-casa-com-uma-renca-de-filhos e ele o papai trabalhador que chegava suado do serviço...

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Tá, daí vocês podem me perguntar: mas se vocês eram desse jeito, implicante um com o outro, como ficavam sempre juntos? Simples: ele era o único menino da turma, do bairro, e da minha vida... E não pensem que tudo era troca de farpas entre a gente...

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Quantas vezes nos pegamos parando em um cantinho afastado no meio do esconde-esconde para trocar inocentes beijinhos, ou até mesmo quando ele “chegava do serviço” e eu como uma mamãe exemplar o recebia com um selinho...

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Coisas de crianças, mas que ficam marcadas na memória. E que muitas vezes dão um “empurrãozinho” no destino, ainda que nem desconfiemos...

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- Mãe, então você não gostava do papai?

- Era isso o que eu pensava, princesa! Mas às vezes o coração é sapeca e acaba nos pregando algumas peças...

- Que nem o coração do vovô Nando? Quando ele ficou naquele hospital a vovó falou que o coração dele tinha feito uma travessura!

- Haha... Não é bem nesse sentido, filha...

- Não?! -me pergunta com uma cara de “Hã?!”, típica de uma criança de 6 anos.

- Não, e um dia, quando você crescer, vai entender...
 
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Autor(a): perfectgirl

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