Fanfic: 𝐻𝑒𝓁𝓁𝓌𝑒𝓁𝒾𝓃𝑔 - ⻞ | Tema: Misterio, ação

𝐏𝐨𝐯 𝐀𝐝𝐚𝐦
Eu cheguei naquela delegacia a 07:00 da manhã, as ruas daquela cidade pareciam algo de um mundo pós apocalipse, entrei na delegacia e a encontrei quase vazia, tirando uma senhorita que olhava para um computador, parecia entendiada.
- Olá?
Ela parece se assustar com minha presença, quase me fulmina de tanto me olhar.
- Quem é o senhor?
- O novo investigador, eu fui transferido para esta delegacia
Ela me olha com ar de surpresa, até animação.
- Finalmente alguém nesse lugar que não seja eu
- Onde está o delegado? Ele falou comigo no telefone, disse que eu poderia começar hoje
- O delegado só chega mais tarde, ninguém vem abrir nenhuma ocorrência então eu abro e fico aqui, eu sou a estagiaria.
Eu olho novamente pro local, esse lugar não é uma delegacia, é um terreno abandonado.
- E os funcionários?
- Alguns batem o ponto e vão embora, outros ficam uns minutos e depois saem, enfim depende.
Eu olho de novo para todo aquele lugar, eu gosto de um desafio mais isso, eu nunca vi nada igual, é literalmente um mundo distopico.
- Entendo, pode me mostrar o primeiro caso?
- O primeiro caso? Está falando do assassinato de 1999? Mais analisar esse caso não adianta, ele é simplesmente vazio!
- Vamos analisar de novo, e de novo, e de novo, reever quantas vezes for necessário.
Ela novamente me analisa, como se eu fosse um tremendo louco, depois de me analisar de cima a baixo, ela responde.
- Não tenho nada a melhor para fazer, Sr. Cooper
- Apenas Adam já é o bastante, como a senhorita se chama?
- Clarice, e eu já vou procurar os casos arquivados
Ela sai me deixando sozinho na entrada da delegacia, observo cada canto daquele lugar, tento acender a lâmpada, estava queimada.
Ƭ૯ʍρѳ đ૯ρѳiઽ...
Estavámos sentados em uma mesa, ela havia trazido o caso de 1999, um dos crimes mais brutais que havia acontecido naquela cidade, em pleno natal, a garota Caroline foi encontrada morta com traços de espacamento e estragulamento, além disso seus olhos estavam abertos e saltados para fora e sua boca cheia de ferimentos. As pernas estavam quebradas, em seus braços haviam uma marca e em seu cabelo tinha uma escova presa. Era um caso extremamente delicado, haviam tentando reconstruir várias vezes, sem sucesso, na escova não havia nem sangue e nem digitais, estava nova.
- Só temos isso?
- Na época foi o que a policia conseguiu, a vítima sumiu no dia 24, de acordo com a família, ela tinha ido fazer uma caminhada. - Clarice responde-me
- Sem testemunhas, sem digitais, sem sangue, apenas uma escova de cabelo nova e um corpo
- Como eu te alertei, é um caso vazio.
Eu pego a escova com cuidado, depois de olhar por alguns instantes, eu percebo uma coisa.
- Alemanha? Essa escova é da alemanha!
- Como?
- Exatamente, uma escova dessas é uma fortuna, coisa de colecionador, foram feitas um pouco antes da guerra e depois as fábricas foram fechadas, a data na ponta indica isso.
- Certo, agradeço pela aula de historia, mais o que isso significa?
- Em 1999 haviam pouquissimas lojas que vendiam escovas alemãs, além disso como eu disse: é uma fortuna, por que alguém compraria uma escova tão cara apenas para colocar de enfeite em um cadáver?
- Sim, mais o que isso quer dizer?
- Pode ser duas coisas, o estado em que estava o assassino ou que a escova é uma pista, não a escova em si mais a origem dela.
- Acha que o assassino é alemão? Mais que baita tiro no escuro
- Talvez ele não seja alemão, simplesmente ele simpatiza com a cultura alemã, ou melhor: com o nazismo, a marca no braço da vítima, é uma saudação nazista.
- Entendi, mais isso é um caso de 1999, o precoinceito era mil vezes mais escancarado do que hoje em dia, acha que o assassino vai dar uma de louco e colocar a bandeira nazista no muro de casa?
- Não acho que ele chegaria a tal ponto, mais podemos tentar filtrar, procurar informações de exportação dessas escovas, das lojas que as vendiam, da família da vítima, eles ainda moram aqui?
- O Sr Vincent se mudou daqui a anos, acho que só quem ainda mora perto daqui é a irmã da vítima.
- Pois temos que falar com ela, intima-lá a testemunhar
- Você quer mesmo mexer nisso? Pode simplesmente pedir transfêrencia ou investigar outro caso
- Esse foi o primeiro, talvez seja o caso em que o assassino tenha sido mais desleixado, tenha deixado mais pistas para trás e assim podemos traçar uma linha de raciocinio. Um serial killer tem padrões de vítimas, com aparências, empregos ou raças parecidas, se acharmos um padrão, vamos conseguir supor mais sobre ele.
- Você realmente está decidido - ela suspira e continua - Ótimo, você tem atitude, espero que não tenha medo de morrer.
- Não tenho senhorita Clarice, mais preciso de um parceiro nessa investigação, isso não é trabalho para uma estágiaria
- Duvido muito que encontre, eu vou investigar com você, querendo ou não, você não tem muitas opções - ela disse com um sorrisinho
- Que seja, falamos com o delegado quando ele chegar.
- Pois eu já cheguei, Sr Cooper, e vejo que o senhor está muito animado com o caso, não é?