Fanfic: Short Fic - Amada aluna - Sirius Black | Tema: Harry Potter
Sirius tentava decifrar o porquê da mudança de comportamento da jovem, e qual a personagem que a aluna estava interpretando naquele momento, mesmo que, internamente, ele já soubesse que aquilo não era uma cena, e que ele estava correndo risco de vida.
A sua intuição e o seu alarde instintivo nunca falhavam, mas mesmo tendo plena ciência disso, o homem não queria acreditar que estava vivendo uma ameaça. Não com Robin.
A sua amada Robin.
-Que personagem é essa, princesa? – Perguntou, mantendo um cenho sério ao encará-la, torcendo com todas as forças, para que estivesse errado na conclusão que tivera anteriormente.
-Essa que você está vendo agora é a verdadeira Robin Meester, a personagem era aquela coitada que dizia que te amava, que satisfazia todos os seus desejos sujos. – Respondeu a moça, agora animada em presenciar o olhar de angústia que o homem lançava para ela.
-Como assim, Robin? – Perguntou o homem, que ainda se negava a acreditar nas palavras da jovem. – Por que você faria isso comigo?
-Porque você matou o meu pai na 2º Guerra Bruxa, seu filho da puta. – Respondeu alterada, o olhando com ódio.
-Mas você me disse que... – Black tentou dialogar, mas sem sucesso, pois a moça logo o interrompeu.
-EU MENTI! – Gritou Robin – Você não entendeu que aquilo era uma personagem? Tudo o que passamos juntos foi uma mentira, eu só fiquei com você, porque fazia parte do plano.
-Foi o seu tio que colocou isso na sua cabeça, não foi? – Perguntou o professor, sendo responsável por fazer a garota se irritar ainda mais.
-Sabe o que mais o meu tio colocou na minha cabeça – Disse, retirando a varinha de seu bolso traseiro – Que os traidores de sangue, devem sofrer. – Informou a moça, antes de lançar uma maldição imperdoável contra o professor – Crucio.
Sirius sentiu a perfuração de centenas de facas quentes no decorrer de todo o seu corpo, que agonizava de dor com aquela tortura, e mesmo que Robin não permanecesse por muito tempo com a emissão daquele feitiço, para ele aqueles poucos segundos pareceram horas de aflição física.
-Seria muito cômodo para você, depois de viver uma vida atrás de tantas mulheres, sempre buscando prazer sem compromisso com elas, decidir mudar a sua vida pessoal ao encontrar o amor em uma jovem como eu. Você não acha? – Perguntou irritada, jogando aquelas falas com prazer, apenas para destruí-lo emocionalmente.
-Robin, eu realmente te... – Dizia Black com dificuldades, antes de ser interrompido pela jovem, novamente.
-CALA A BOCA! – Gritou de novo – Você quer ser torturado de novo? – Perguntou irada.
-E depois de me torturar, o que você vai fazer, me matar? – Perguntou, a encarando com firmeza, sem demostrar qualquer resquício de medo ao que estava acontecendo.
-Agora você está usando o cérebro, Black – Gargalhou entusiasmada com toda aquela situação. – Mas deixa eu te contar o meu plano genial, de fazerem pensar que você era um doente pervertido. – A garota respirou fundo, se divertindo com o agora olhar de agonia do professor – Bom, em primeiro lugar, eu deixei o terreno preparado para quando te encontrarem morto e começarem a analisar profundamente o caso, pensarem que você abusou de mim. – A garota gargalhou novamente – No meu diário eu deixei escrito, como forma de desabafo, todas as vezes que você me assediou, e há alguns dias eu confessei para a Taylor que achava estranho o seu modo de me olhar, e que em uma das vezes em que nos encontramos sozinhos, você havia me tocado de forma estranha.
-Isso não vai dar certo, eles vão conseguir tirar a verdade de você. – Declarou Sirius, interrompendo as explicações da garota.
-E quem disse que eu estarei viva. – Afirmou, o olhando com desdém – Depois que eu te matar, eu vou te soltar das algemas e me matar – Robin fez uma pausa – Eles dirão que eu, após ser abusada, tentei me defender de um novo abuso e acabei te matando, e a minha dor emocional foi tão violenta, que eu não resisti e acabei tirando a própria vida. – A garota simulou um choro falso – Coitada dessa aluna, teve o seu futuro interrompido por um monstro – Meester gargalhou novamente, limpando as lágrimas falsas – Essa história poderia até virar um livro, você não acha?
-Você é louca. – Anunciou Sirius, tentando se soltar das algemas ou lançar algum feitiço que o ajudasse a se livrar daquelas amarras, como virar o seu animago, mas o homem estava tão cansado pela tortura que havia sofrido há poucos minutos, que não conseguia reagir.
-Depois das nossas mortes, o nome de Hogwarts vai ser manchado, afinal de contas, que tipo de escola contrata um estuprador como professor? – Robin riu – E tudo isso, por quê? Porque você não consegue manter o seu pau dentro das suas calças. – Fez uma pausa – Você não tem noção do nojo que eu senti em todas as vezes que você me tocou, e de todas as vezes que eu tive que te tocar e fingir que estava gozando.
Para Sirius, aquelas palavras amargas causaram muito mais dor, do que toda a tortura que a garota havia lançado nele anteriormente.
Por que ele nunca conseguia aprender com os próprios erros, por que nunca conseguia colocar um limite para as suas loucuras... sempre corria riscos, que no final poderiam atingir outras pessoas, além dele.
A imagem de Mcgonagall veio em sua mente naquele momento de agonia, com certeza ela seria responsabilizada pela barbárie, afinal quem havia o contratado fora ela. Pensou que além dela, o amigo Remus pudesse receber algum tipo de penalidade por serem melhores amigos, e julgarem que ele sabia da sua atração pela aluna, e se fosse preso em Azkaban, como ficariam Tonks e Teddy.
E por último, pensou em Harry, e no que o afilhado pensaria dele, assim que o plano de Robin fosse concluído com sucesso.
Ele não podia morrer e manchar a honra de tantas pessoas que amava, por seus erros. Ele tinha que dar um jeito de sobreviver.
-E quais são as suas últimas palavras, Sirius Black? – Robin perguntou ao homem, que atordoado olhou para todos os sentidos de seu quarto, até notar uma silhueta que acabara de entrar.
-Remus Lupin. – Disse Black, sorrindo para o melhor amigo.
Autor(a): Beatrice do Prado
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No momento em que Remus entrou na sala do amigo, um grito masculino pôde ser percebido por ele, que cogitou na possibilidade de estar ouvindo um grito de prazer, já que, provavelmente o professor e aluna estivessem tendo relações sexuais, mas logo teve a certeza de que Sirius estava correndo risco de vida, ao ouvir a jovem mandar que o seu amigo se ...
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