Fanfic: Short Fic - Amada aluna - Sirius Black | Tema: Harry Potter

Há algumas semanas que Remus Lupin percebia Sirius distante, absorto em pensamentos secretos, aos quais o amigo negava que existissem.

Sempre que era questionado, a respeito daquele assunto, Black negava que estivesse passando por algum problema, e mesmo com as repetidas negativas, era notório que algo estava acontecendo.

Sem possuir qualquer esclarecimento satisfatório, Lupin tentava chegar a uma conclusão do que poderia estar ocorrendo de ruim na vida do amigo, já que esse não estava disposto a compartilhar a adversidade com ele.

Como professor, Sirius não tinha qualquer problema com os alunos, ao contrário, havia se tornado um dos mestres mais queridos de Hogwarts, e os estudantes de maneira geral, tiravam notas boas em Astronomia.

O afilhado Harry estava feliz com a formação da própria família e sempre mandava cartas ao padrinho, relatando as experiências que tinha como auror.

Pensou que, talvez por estar preso dentro de uma rotina, aquilo o estivesse incomodando, afinal, Black sempre foi livre, nunca se apegou a mesmices. Porém, o homem aparentava satisfação com ofício recente, fazendo com que Remus duvidasse que aquele era o problema.

Ele não tinha ideia do que estava acontecendo, mas sabia que era algo grave...as compras excessivas de bebidas alcoólicas de Sirius, denunciavam isso.

(...)

Devido ao ganho de intimidade, disposto por Sirius, em receber Robin para conversarem a respeito de qualquer assunto, os dois passaram a se encontrar frequentemente.

A garota, que não costumava desabafar com a melhor amiga, a respeito de sua família desestruturada, ouvia atentamente os relatos do professor, que assim como ela, fora obrigado a conviver com pessoas elitistas e preconceituosas, que nunca demonstraram qualquer sinal de amor para com ele, com exceção que alguns poucos membros.

A aluna não havia passado pelos apuros que Black passara, mas com toda a certeza e segundo ela, em nenhum momento foi feliz com os parentes. A mãe havia morrido em seu parto, e o motivo da morte de seu pai, nunca havia sido revelado a ela, que atualmente morava com o tio paterno.

O atual tutor de Meester sempre exigira uma performance impecável nos estudos e no comportamento social, quando participavam de eventos com o restante da família, e nunca tolerou qualquer tipo de proximidade com o mundo dos trouxas, por parte dela.

-...e as conversas são sempre as mesmas, eles não mudam o disco. – Robin fez uma pausa. – Ficam se vangloriando por serem puro-sangue, como se isso fosse grande coisa.

-Parece até que você está descrevendo as festas da minha família. – Afirmou Black, risonho.

-Esse povo é tudo igual, só muda de endereço. – Afirmou Meester, fazendo Sirius concordar com aquela observação. – Eu realmente estou feliz de poder compartilhar isso com alguém, não que eu não confie na Taylor, mas ela nunca entenderia, sabe.

-E eu fico feliz por poder te ouvir. – Disse Sirius – Tem uma coisa que estou há alguns dias para te perguntar, Robin.

-Pode perguntar. – Autorizou a garota, que disposta na cadeira ao lado do professor, aproximou o seu corpo ao dele, no intuito de se atentar completamente aquele questionamento.

-Eu, assim como todos os professores, sei o quanto você é dedicada aos estudos, e que passa quase todo o seu dia estudando. – O homem fez uma pausa, tentando pensar nas palavras que diria – Não que isso seja errado, mas, o que você faz para se divertir?

-Me divertir? – Perguntou pensativa. – Ah eu vou para Hogsmeade com a Taylor, nós compramos alguns doces, eu gosto de ler e dormir.

-Dormir, Robin? – Zombou Sirius.

-Oras, eu gosto de dormir, qual é o problema? – Perguntou, cruzando os braços em frente ao corpo.

-Problema nenhum, se você tiver noventa anos de idade. – Zombou novamente, fazendo a garota rir – Só acho que você deveria se divertir mais, não deixar os estudos de lado, mas procurar fazer coisas novas.

-Como o que? – Perguntou curiosa.

“Minha princesa, nós podemos nos divertir de tantas formas diferentes” Pensou, logo dispersando aquela resposta de sua mente.

-Bem, você gosta de qual tipo de música? – Perguntou, tentando não a encarar com o olhar de alguém que estava prestes a atacá-la.

-Meu tio nunca me deixou ouvir nada além de música clássica tradicional, composta por compositores bruxos. – Respondeu.

-Então eu vou te apresentar algumas bandas ótimas, e eu tenho certeza de que você vai gostar. – Black fez uma pausa, por não ter certeza se faria a pergunta a seguir – E os garotos, você não se interessa por nenhum deles?

Perguntou na esperança de receber uma negativa da moça, de que não possuía qualquer interesse amoroso por qualquer estudante daquela escola.

-Ai professor, os caras desse lugar são uns idiotas, eu não tenho paciência para lidar com eles. – Desabafou, sendo responsável por criar um largo sorriso no rosto de Black. – Sinceramente, eu acho que prefiro os homens mais velhos.

Ao ouvir aquela resposta, Sirius desviou o olhar do sentido em que estava a aluna, e respirando fundo juntou todo o controle emocional e físico que ainda restavam, para não falar algo sugestivo para Robin.

Não queria arriscar ofendê-la, já que ela não havia demonstrado qualquer interesse a ele, e mesmo se fizesse, droga, era uma aluna.

-Algum problema, professor? – Perguntou a garota preocupada, segurando uma das mãos de Black.

“Não faz isso, princesa” Suplicou em pensamento.

-Nenhum, Robin, eu só estou muito cansado. – Disse, afastando delicadamente a mão dela, da sua.

-Porque não me disse, eu já teria ido embora. – Retrucou a aluna, ainda preocupada com o comportamento do mestre.

-Eu adoro a sua companhia, você não me cansa. – Respondeu, tentando não manter contato visual com ela.

-Bom, eu vou embora para você descansar. – Disse, se levantando – Amanhã eu volto para a gente falar mal da nossa família.

-E eu vou apresentar a você as minhas bandas favoritas. – Afirmou, agora conseguindo manter contato visual com a estudante.

-Eu já estou ansiosa, Sirius. – Disse antes de fechar a porta da sala.

A doce voz de Meester pronunciando o seu nome, preencheu os pensamentos do homem por longos minutos, era a primeira vez que ela não se dirigia a ele como professor, e em um breve deleite mental, Black imaginou o quanto seria excitante ouvir a garota o chamando repetidas vezes, suplicando por seu toque.

Suplicando por prazer.