Pov Dul

Scott:  Oi amor, já estava preocupado faz dois dias que voltei e ainda não tinha te visto, está tudo bem? (me perguntou o belo loiro de olhos azuis me abraçando apertado).

Dul: Está tudo bem, eu só estava com alguns problemas, mas logo serão resolvidos (eu respondi, ponderando se devia ou não contar a ele sobre a gravidez).

Scott: Tem certeza? Você quer me contar talvez eu possa te ajudar.

Dul: Tenho sim, eu só preciso de um tempo para pôr as coisas em ordem, aí prometo que te conto tudo ok? (eu tinha decidido, esperaria o meu pai resolver tudo e depois vou contar ao Scott, sei que será difícil no começo, mas não duvido que se ele me ama, ele ficará do meu lado e poderemos um dia ser uma família nós três, ela, ele e o meu bebe).

Scott: Ok, vou sempre estar aqui para você (ele disse com um sorriso no rosto).

Dul: Eu senti tanta saudade, como foi o congresso? (eu perguntei enquanto me sento no sofá o puxando para sentar ao meu lado).

Scott: Eu também senti, o congresso foi muito bom, mas teria sido melhor se você tivesse comigo (ele disse enquanto beijava o meu pescoço, me fazendo sorrir feliz. EU ainda Me lembro o dia que conheci o Scott Eastwood).

Flashback on

Eu estava na universidade para renovar a minha matricula, para o próximo ano seria o meu último ano do curso de Engenharia Mecânica, eu era uma das poucas mulheres na sala, quando decidi pela profissão meu pai ficou muito surpreso, pois eu sempre fui muito voltada para arte ele nunca imaginou sua filha escolhendo uma carreira de exatas, mas estava orgulhoso de mim apesar da pouca experiência pratica ele já podia perceber que eu seria uma ótima projetista para empresa. A SUV sempre gostei dos projetos de carros que meu falecido avô fazia, eu e o Boneta crescemos vendo desenhos no papel se tornando grandes carros, onde as pessoas viam cálculos e rabiscos eu e o Boneta víamos arte sendo construída por isso decidimos seguir a mesma profissão, mas não podia negar que ainda que eu era apaixonada pela literatura e quando viu que poderia escolher as aulas que assistiria não pensei  duas vezes que uma das minhas matérias seria introdução à literatura americana, quem sabe quando concluísse engenharia faria uma segunda graduação em literatura apesar das duas áreas serem completamente distintas. Saiu do campus extremamente feliz, em um ano terminaria a faculdade e poderia começar como projetista assistente até ganhar experiência suficiente para desenvolver meus próprios projetos, não queria entrar na empresa da família já como projetista queria merecer o cargo o que sempre gerava discussões com o pai e com o Boneta já que o mesmo logo que terminou a faculdade há 2 anos já entrou na empresa como Engenheiro Mecânico chefe responsável pela mecânica dos carros, já que quero projetar os carros e o meu pai dizia que a empresa é minha também, chegou ao ponto deu ameaçar o meu pai de que eu trabalharia para a concorrência se ele não concordasse com o meus termos. Como ainda era cedo decidi passar em uma livraria e cafeteria, sempre gostei da ideia de ter as duas coisas que se completam em um único ambiente por isso frequentava sempre a Stories Books & Café, é um ambiente muito acolhedor e relaxante para se ler um bom livro, tem dois pisos no primeiro ficavam os livros e no andar de cima cafeteria com suas decorações lúdicas e o café na minha opinião é o melhor da cidade e então peguei o meu carro e fui, já que ela é um pouco longe da UCLA e sorte que hoje decidi vir de carro, pois a maioria das vezes prefiro vir de taxi. Quando entrei nem precisei de ajuda para achar o que queria, passava tanto tempo no local que já sabia onde ficava cada seção do lugar fui direto para a seção de romances, procurava alguma coisa diferente do que estava acostumada a ler olhava os títulos com calma quando avistou um que lhe chamou atenção Peça-me O Que Quiser de Megan Maxwell, já tinha ouvido falar do livro, mas não sabia se era meu tipo de romance, pois alguns o consideravam um pouco erotizado, por outro lado alguns consideravam uma obra de arte estava em dúvida se levava ou não o livro até ouvir uma voz atrás de mim.

Scott: Não vai se arrepender se o escolher, Megan Maxwell é uma das maiores escritoras espanholas de todos os tempos (quando eu virei o rosto para encarar o dono da voz, vejo um homem branco de olhos azuis e cabelos loiros que sorria simpático para mim).

Dul: Ela em 2010 ganhou o Prémio Internacional Seseña de Novela Romântica, e em 2010 e 2012 recebeu o Prémio Dama de Clubromantica.com e em 2013 o Aura, galardão do Encuentro Yo Leo RA.

Scott: Então porque a dúvida?

Dul: Bem, não costumo ler histórias com teor erótico (eu disse um pouco corada o que fez o homem dar uma risada leve e rouca).

Scott: Não acho que o livro seja erótico, depende de como você vai interpretar a história contada, vejo Peça-me O Que Quiser como uma declaração de que os homens fazem o que as mulheres querem para ter o amor delas.

Dul: Você faz parecer muito apaixonante (eu digo rindo).

Scott: O que posso fazer se ela escreve passagens como “Pequena, nunca farei nada que você não aprove antes. Mas quero que saiba que seu jogo é meu jogo. Seu prazer é meu prazer, e você e eu somos os únicos donos de nossos corpos.” (declamou ele para mim citando uma das frases do livro).

Dul: Tenho que admitir você me convenceu, eu vou leva-lo.

Scott: Fico muito feliz que aprecie a boa literatura (ele disse enquanto fazia uma reverencia brincalhona para mim que sorriu com isso) a propósito me chamo Scott Eastwood.

Dul: Dulce Maria Saviñón, é um prazer conhecê-lo (eu digo enquanto aperto a mão estendida dele).

Scott: O prazer é todo meu, gostaria de tomar um café? (ele me convidou).

Dul: Sim adoraria só tenho que passar no caixa primeiro (ele assente e assim fomos, depois de pagarmos as nossas compras, fomos para o andar onde fica a cafeteria nos sentamos em uma mesa mais afastada e passamos horas conversando sobre literatura. E então se passaram algumas semanas e nos dois continuávamos a nos encontrar no mesmo lugar e apesar de nunca falarmos sobre vida pessoal, como a profissão de ambos ou sobre nossas famílias, começamos a namorar. Eu estava indo para a minha primeira aula de literatura estava ansiosa, tinha esquecido de marcar o nome do professor que ministraria a matéria e também estava com saudade de Scott, nós dois não nos víamos dês do início das festas de fim de ano, pois ela tinha viajado com a família. Entrei na sala em silencio e viu que a mesma estava quase cheia, procurei um lugar para sentar e encontrei do lado de uma morena, caminhou até o mesmo e perguntei).

Dul: Com licença, o lugar está vago? (a morena me olhou e com um sorriso respondeu).

Mai: Está (eu me sentei e a morena se apresentou). Meu nome é 

Maite Perroni Herrera, mas pode me chamar de Mai ou Tita.

Dul: O meu é Dulce Maria Espinoza Saviñón e pode me chamar de Dul ou Candy (a Mai apertou a minha mão em cumprimento e me olhou curiosa).

Mai: É nova na faculdade? Nunca te vi no prédio de artes.

Dul: Ah, não esse é o meu último ano, na verdade estudo Engenharia Mecânica, mas também sou apaixonada por literatura e como ainda restavam algumas vagas na turma resolvi me inscrever (respondi com um sorriso).

Mai: Entendi, também é meu último ano, estudo jornalismo, mas também tenho um pé na literatura (nós duas sorrimos cúmplice).

Dul: Alias você sabe quem vai ministrar a aula?

Mai: Sim é o professor Sc... (ela não conseguiu concluir a frase pois a porta foi aberta pelo professor que pedia que todos prestassem atenção nele, quando eu me virei o rosto levei um susto o professor era o Scott).

Dul: Scott (eu sussurro, mas a Mai ouviu).

Mai: Ele mesmo você o conhece? (eu não soube o que responder e a Mai continuou falando) ele é mestre em literatura americana além de ser muito gostoso pena que é casado (ela finalizou com um sorriso safado. Eu tive muita dificuldade em se concentrar enquanto o Scott explica o essencial sobre o curso e sua forma de avaliação, estava de coração partido me segurando para não chorar após ouvir da Mai que o mesmo era casado. Quando a aula acabou, me despedi da Mai que já se levantava para sair e guardei meu material lentamente esperando todos saírem, estavam só os dois na sala então eu me aproximo dele).

Dul: Oi Scott (comecei sem jeito) eu não sabia que dava aula aqui.

Scott: Oi Dul, me desculpe se soubesse que estava na minha turma teria falado antes, quase levei um susto quando te vi entre os alunos (ele sorri sem graça).

Dul: É verdade que você é casado? (eu já estava com os olhos marejados).

Scott: Dulce, eu posso explicar tud... (eu o interrompo).

Dul: Então é verdade, como você pôde me enganar assim? Por Deus você é casado (eu estava descontrolada chorava muito enquanto me controlava para não gritar).

Scott: Me escuta Dulce, não é como você imagina, por favor, me deixa explicar? (ele implorava enquanto tentava me abraçar, mas eu me afastava).

Dul: Explicar o que? Como eu fui idiota por cair no seu papo furado sobre amor e literatura?

Scott: Por favor, vamos conversar em outro lugar Dulce, alguém pode entrar aqui e te vê desse jeito (eu estava tão nervosa que concordei com a cabeça e o Scott me guiou para fora da sala por um corredor até chegar a um escritório que eu deduziu ser o dele, ele me sentou no sofá me deu um copo de água e começou a contar sobre seu casamento). Dulce, eu não amo Jana, esse é o nome dela (ele completou quando percebeu a interrogação no meu rosto) nosso casamento foi só um acordo entre famílias, nossos pais tinham negócios comuns e decidiram que seria o melhor manter a união entre as empresa (eu arregalei os olhos chocada) isso foi quando fiz 22 anos, depois disso não quis mais saber sobre os negócios, me dediquei exclusivamente à literatura isso eles não poderiam me tirar, no início do meu casamento confesso que tentei amar a Jana, afinal de contas ela também era uma vítima, fomos felizes por um tempo mais não era suficiente para mim, eu queria encontrar alguém que me fizesse sentir o que sinto quando olho para você (ele disse fazendo um carinho leve na minha bochecha dela) então decidi me divorciar eu tinha 25 anos, mas descobrimos que ela estava grávida, confesso que fiquei assustado, mas decidi que me dedicaria a fazer ela e minha filha felizes Dul, Jully era a garotinha mais linda do mundo, quando ela nasceu todo o amor que eu buscava foi preenchido, não digo que tudo estava perfeito nós brigávamos muito, mas ainda sim valia a pena só por poder ver os olhos da minha princesa se abrirem de manhã e ouvir sua voz doce me chamar de papai (nesse momento ele começou a chorar mergulhado em lembranças e eu não consegui me conter e o abracei o consolando. Depois de se acalmar um pouco ele continuou seu relato e eu permaneci abraçada a ele em silencio). Quando a Jully fez cinco anos nós fomos visitar alguns parentes em outra cidade, a Jully e eu tivemos uma briga feia por causa de um comentário de uma das minhas primas, ela exigiu que fossemos embora imediatamente, era de noite e eu não queria, mas ela insistiu tanto que eu cedi, estávamos na estrada de volta para casa eu estava dirigindo, eu não sei de onde veio ou como aconteceu, mas um caminhão acabou nos acertando na lateral do carro e perdi o controle, tentei frear, mas não adiantou o carro capotou e eu apaguei, só acordei cinco dias depois no hospital tinha passado por duas cirurgias, e quando perguntei da minha filha descobri que ela não tinha sobrevivido ao impacto, ela tinha morrido (eu já chorava junto com ele e nem se quer conseguia imaginar a dor dele) depois disso a Jana começou a me culpar e nossa vida virou um inferno, mas eu não podia deixa-la sozinha, quando as coisas melhoraram um pouco eu resolvi pedir o divórcio, mas não pude ir até o fim o médico dela disse que ela estava em depressão profunda e uma separação pioraria o quadro dela, isso foi há dois anos Dul, estive vivendo como um zumbi há dois anos, até o dia que te conheci naquele café, você é meu ponto de luz em meio à escuridão.

Flashback off

Depois daquele dia o Scott me prometeu que daria um jeito de se divorciar da Jana para que pudéssemos ficar juntos de verdade, e eu aceitei, mas deixei claro que não me entregaria para ele até que este fosse completamente livre, continuei frequentando as aulas deles e até fiquei amiga da Mai, nos dois sempre nos encontrávamos no café, no escritório dele na faculdade e até mesmo em um apartamento que o mesmo possuía, nunca em locais em que pessoas do seu convívio frequentavam, e nunca passamos de beijos e caricias um pouco mais ousadas, e isso já fazia uns bons seis meses.

Continuaaaaaaaaaaa...