Pov Mia (Autora)

Katherine Marie Leigh Heigl

Ela tem 30 anos, começo a trabalhar na Shaw Obstetrics and Gynecology Clinic há 4 anos, pode se dizer que até o momento era uma das melhores ginecologistas da clínica depois da Jessy, mas de 1 ano para cá ela tem passado por uns problemas pessoais e por isso ela fez o que fez com a Dul, o que ela fez poderia ser motivo de processo, não só para ela como para a clínica, mas devido a ela ter colocado o sêmen do Ucker na Dul e não na golpista somente ela irá levar o processo, mas não será muito grande ou pode ser que até nem leve um processo, só tenha algum castigo, pois ela salvou o herdeiro caçula do Uckermann’s de um golpe da barriga e em certo ponto irá ajudar ele a tomar juízo graças ao seu erro, mas isso iram saber no decorrer da web. Apelido Kath.

Pov Dul

Eu a olhei chocada, para a Jessy, ela falou realmente o que eu ouvi? Que eu poderia ter sido estuprada e nem me lembrar, não é possível, eu teria desconfiado de alguma coisa, eu estou errada, na minha cabeça dúvidas e mais dúvidas surgem, estou tão perdida em pensamentos que só voltei a si quando ouvi a porta ser aberta e por ela entra a doutora Heigl, nem mesmo soube quando a Jessy a chamou. A doutora Heigl é uma mulher muito bonita com seus longos cabelos loiros, olhos castanhos, não é muito alta, nem muito magra podia-se dizer que tem um corpo e estatura comuns. Assim que entrou na sala ela olhou para mim com olhos arregalados, o que não passou despercebido por mim e nem pela Jessy, mas ela logo se recompôs e sorriu para nós duas.

Kath: Jessica, Dulce como estão? (eu e a Jessy respondemos juntas)

D&J: Bem (somente respondemos isso e então a Kath deve ter percebido nosso tom áspero e diz).

Kath: Desejam alguma coisa, porque me chamaram?

Pov Jessy

Como eu não sou boba nem nada percebi logo que a Kath entrou na minha sala, que ela ficou tensa e tentou disfarça o nervosismo, por isso eu logo cheguei à conclusão que de algum modo ela está envolvida nessa situação em que a Dulce se encontra, então quando a Dul ia começar a falar a ela o que estava acontecendo eu a interrompo e digo.

Jessy: Deixa que eu falo Dulce (ela assente e então eu olho para a Kath e digo). Bom Katherine, como ginecologista da senhorita Saviñón pedi que viesse até aqui porque ela está grávida (se antes a Kath estava tensa agora a ela ficou em pânico e não consegue disfarçar mais e então eu continuo) o problema doutora, é que a paciente nunca teve relações sexuais então como pode imaginar estamos meio perdidas aqui, ela me disse que se consultou com a senhorita há algumas semanas, você se lembra? (eu finalizo com um tom perigoso que deixa claro que não aceito mentiras. E logo ela começou a se sentir acuada e desabou em lágrimas, o que assustou a Dul que acompanha a nossa conversa olhando de mim para ela e então eu olho com repreensão para a Kath e digo). Katherine recomponha-se, pois aqui não é lugar para isso (a pois eu pedir para ela se recompor ela respirou fundo e começou a se explicar).

Kath: Eu não imaginei que isso pudesse acontecer, bem, as chances eram mínimas, porque você não estava em seu período fértil Dulce (a cada fala da medica percebi que a Dul ficava mais confusa e eu mais apreensiva, pois eu já tinha percebido onde Kath queria chegar) eu juro que não foi minha intenção... (eu interrompo e digo).

Jessy: Pare de enrolar e vá direto ao ponto Katherine (eu disse irritada).

Kath: Ok! (disse isso e respirou fundo) eu te inseminei por acidente há 8 semanas senhorita Saviñón, não estava em um bom dia, tinha acontecido muita coisa comigo aquele dia estava um pouco distraída, devo ter trocado a sua ficha com a de outra paciente sem querer (percebi que após ouvir a última fala da Kath a Dul entrou em estado de choque simplesmente ficou sem reação já eu claro fiquei furiosa e disse com muita raiva).

Jessy: COMO PODE COMETER UM ERRO TÃO IDIOTA? ACASO TEM NOÇÃO DO QUE FEZ? POR QUE NÃO PROCUROU A DIRETORIA DO HOSPITAL QUANDO PERCEBEU O QUE TINHA ACONTECIDO?

Kath: Shaw eu-eu não achei que ela fosse engravidar, então esperei ia dizer a verdade se ela estivesse grávida (eu a olho incrédula por Deus ela estava contando muito com a sorte).

Jessy: Quer dizer que se a senhorita Saviñón não estivesse grávida, não iria contar nunca a ela sobre o que fez? Por acaso pensou na outra mulher? (ela me olhou confusa). Por Deus, não me faça perder a paciência com você, estou falando da que deveria ser inseminada de verdade.

Kath: Bom... (ele fica sem saber como dizer e então diz) na verdade a inseminei com soro... (eu estou sem palavras, a Kath só pode ter ficado louca essa é a explicação mais lógica). eu-eu simulei que tinha a inseminado, achei que quando percebesse que não estava grávida ia achar que procedimento tinha falhado.

Jessy: Meu Deus... (eu estou furiosa como medica chefe e dona da clínica já imagino os problemas que a irresponsabilidade e falta de ética da Katherine vai causar para a minha clínica, nós duas ficamos em silencio, eu imaginando como vou resolver essa situação para não afetar a minha clínica e a Kath com certeza se remoendo em culpa).

Pov Dul

Um bebe, eu vou ter um bebe, meu pai vai me matar, o que vou dizer as pessoas, o Scott como ele vai reagir, com certeza vai terminar comigo, como vou criar essa criança sozinha? E se ela me odiar quando crescer, por eu não saber quem é seu pai... aí meu deus. O PAI!!! Quem é o pai dessa criança? E se ele for casado, se a mulher que deveria ter sido inseminada for esposa dele, o que vou fazer? Acalme-se Dulce Maria uma coisa de cada vez, primeiro preciso saber quem é o pai do bebe.

Dul: Quem é o pai do bebe?

Pov Jessy

Quando eu e a Kath ouvimos a voz doce e baixa da Dul, foi que notamos que só estávamos discutindo sem nós preocupar com a principal afetada na história.

Kath: Bem eu sinceramente não sei senhorita, a paciente que ia ser inseminada trouxe o material biológico de uma clínica sem ligação com o hospital, então não tive acesso ao número de série do doador (ela respondeu).

Pov Dul

Assim que a doutora Katherine disse que não tinha como saber quem era o pai eu fiquei visivelmente angustiada o que iria responder ao meu pai quando perguntasse sobre o pai do bebe, Fernando com certeza processaria toda a clínica e garantiria que fechassem as portas e nunca mais conseguissem se recuperar, e ela não poderia recrimina-lo por isso afinal eles tinham brincado de Deus com seu corpo e sua vida.

Kath: Dulce, você não precisa se preocupar com isso, a gravidez foi decorrente de um erro médico o que da base legal para que se faça um aborto, vou receitar alguns comprimidos que... (eu não acredito que a Katherine está sugerindo, tudo bem que eu nunca fui religiosa, mas nunca aceitei a ideia de aborto como um procedimento normal, afinal é uma vida e não pode ser tratada como descartável, por isso interrompo a doutora Katherine antes que concluísse a sua fala).

Dul: Como pode sugerir uma coisa dessas assim, como se tivesse me receitando aspirina para dor de cabeça, acabei de descobrir que estou grávida de um desconhecido, sem nunca ter feito sexo na vida, acha realmente que estou em condições de tomar essa decisão agora.

Kath: Escute Dulce sei que pode parecer cruel, mas a verdade é que tem que pensar no que é melhor para você no momento, e quanto mais tempo demorar em tomar essa decisão mais risco terá quando fizer o aborto por causa do limite de meses de gestação que a lei permite o procedimento.

Dul: Por Deus doutora você não está preocupada comigo, só quer que eu aborte para não se prejudicar ainda mais com o conselho da clínica, para não ser processada (eu digo com raiva e vejo que a Katherine ficou sem reação abrindo e fechando a boca sem conseguir formular um argumento contra a minha acusação).

Pov Jessy

Eu que até o momento observava a discussão das duas resolvi intervir na conversa para tentar acalmar os ânimos, afinal como chefe da Katherine e parte do conselho do hospital tinha que dar um jeito para a imagem da clínica não ficar manchada por conta do erro da outra.

Jessy: Tudo bem, vamos nos acalmar e ser racionais, Dulce entendo que não tem condições de decidir nada hoje, mas mesmo assim quero que saiba que a decisão está em suas mãos, você tem direito ao procedimento para retirada do feto, e se caso pensar nisso peço que não demore muito a tomar essa decisão (eu digo com calma, a Dulce apenas acenou com a cabeça, ela está com os olhos marejados, com certeza este dia está sendo o mais estressante de sua vida, ela está a ponto de desabar e então eu digo). Eu sei que é muita responsabilidade tomar essa decisão, acho que o melhor por agora e você se acalmar e pensar em todos os prós e contras antes de decidir.

Dul: Tudo bem Jessy, mas é o pai do bebe...

Pov Dul

Eu não sabia o que dizer será que o pai tinha algum direito sobre a criança, não seria justo se tivesse, mas se a inseminação foi a última chance de um casal ter um filho, era justo eu tirar essa criança, eu não podia simplesmente tirar a vida do bebe sem nem ao menos saber quem era o pai.

Pov Jessy

Eu acabei percebendo o que se passa pela cabeça da Dul e por isso eu fui direta ao responder

Jessy: Dulce o pai não tem direitos sobre a criança, você foi vítima de um erro médico, é o seu corpo e só você pode decidir o que vai fazer, se optar pelo aborto não precisa sentir-se culpada pelo pai do bebe, e, caso decida ter a criança ele não poderá exigir nada de você.

Pov Dul

Dul: Ter o bebe? (eu sussurro, com toda a confusão que foi a descoberta da gravidez, e na minha visão era impossível, nem ao menos pensei que eu seria mãe, tinha uma vida crescendo dentro de mim “como assim mãe por Deus nem ao menos sei quem é o pai dessa criança como posso pensar em tê-la, mas por outro lado abortar? Tirar a vida de um bebe nem em mil anos pensaria em algo assim, o que eu vou fazer Meu Deus, em que confusão o senhor me colocou”).

Dul: Jessy quanto tempo eu tenho para tomar minha decisão.

Jessy: Bem pela data em que o procedimento foi feito você está de 8 semanas, até 12 semanas o procedimento é mais seguro e pode ser feito através de medicamentos, ou seja, você tem 3 semanas para tomar sua decisão o que te deixa com uma margem maior de segurança, já que estará com 11 semanas (ela disse séria e profissionalmente).

Dul: Então eu quero saber quem é o pai do bebe antes de decidir o que fazer, preciso saber qual foi o motivo da inseminação assim ficarei mais tranquila seja qual for minha decisão.

Kath: Senhorita Saviñón sabe que o laboratório de onde veio o material biológico não tem obrigação de liberar os dados e ... (se interrompe).

Pov Jessy

A Katherine começou a falar, já que ela queria desesperadamente que a Dul decidisse pelo aborto, assim ficaria mais fácil manter o caso só no conselho do hospital e não chegasse ao conselho de ética medica correndo o risco de perder seu direito de exercer a profissão, mas ao ver o olhar raivoso que eu lhe lancei ela se calou imediatamente.

Jessy: Eu entendo Dulce, vou marcar uma consulta com a paciente que deveria ter passado pelo procedimento e também entrarei em contato com o laboratório para descobrir os dados do doador, peço que tenha um pouco de paciência creio que em uma semana no máximo saberemos quem é o pai, no momento peço para que o ocorrido fique apenas entre nós três e o conselho do hospital (quando eu disse isso a Katherine começou a chorar em silêncio). Depois que descobrir todos os dados necessários entrarei em contato com você e faremos o que você decidir (a Dulce apenas concordou com a cabeça, e então eu pergunto). Quer que eu chame alguém para busca-la?

Dul: Não, pois não quero falar desse assunto com ninguém da minha família por enquanto (ao dizer isso ela saiu da minha sala).

Pov Dul

A Jessy me perguntou se queria que chamasse alguém para me buscar e eu disse que não, pois eu não quero falar com a minha família sobre esse assunto, pelo menos por enquanto e ao dizer isso eu sai da sala dela e fui para casa pensar o que faria dali em diante.

1 Semana Depois

Continuaaaaaaaaaaaaaaa...