Fanfic: Bebê secreto (Adaptada) ♡AyA♡ | Tema: AyA

a  expressão  dele  não  entregava  nada  sobre  seus  pensamentos  ou sentimentos.

-  Pronta?  -  perguntou  ele em  tom  de  voz  neutro. Anahi assentiu  e  subiu  no  banco  da  frente.  Poncho fechou  a  sua  porta  e  rodeou  o veículo. Abaixando  o  visor,  ela  usou  o  pequeno  espelho  retangular  para  verificar  se  Alan estava  bem,  fazendo  o  possível  para  ignorar  a  presença  poderosa  de  poncho  quando  ele se  sentou  atrás do  volante. Como  podia ter  esquecido  que  carros  eram  tão  pequenos?  Perguntou-se  Anahi.   Mesmo  no  espaço  amplo  do  Mercedes  elegante,  com  seu  interior  de  couro, subitamente pareceu faltar  oxigênio no  ar,  dificultando  sua respiração. Depois  de  prender  seu  próprio  cinto  de  segurança,  poncho  ligou  o  motor.  Mas  em vez  de  sair  em  seguida,  permaneceu  ali  por  um  momento.  Um  momento  tão  longo,  na verdade,  que  Anahi virou a cabeça  para fitá-lo.

-  Algum  problema?  -  perguntou  ela,  pensando  que  talvez  eles  tivessem  esquecido alguma coisa.

-  Sei  que  você  não  quer  fazer  isso  -  murmurou  ele,  os  olhos  verde-mel brilhando  para ela. Mas  vai dar  tudo  certo. Ela  prendeu-lhe  o  olhar  por  um  momento,  sentindo  o  nó  na  garganta    o  qual  tinha começado  a  se  desfazer , se  formar  novamente.  Então,  assentiu  com  a  cabeça,  antes de  voltar  a olhar  para  frente. Mas  o  que  estava  realmente  pensando  eram  famosas  últimas  palavras.  Porque  não achava  que  havia  alguma  possibilidade  de  aquela  visita  à  família  de  poncho ser  qualquer coisa menos  de  um  completo  desastre. Infelizmente,  a  viagem  para  Pittsburgh  passou  muito  mais  rapidamente  do  que Anahi  teria  gostado.  Antes  que  ela  se  desse  conta  eles  estavam  seguindo  o  caminho alinhado  por  árvores  que dava acesso  ao  pátio  da Mansão herrera. Cada  centímetro  de  asfalto  que  os  pneus  do  Mercedes  cobriam  fazia  seu  coração bater  mais  rápido  e  seu estômago  se  revolver,  até que  ela  temeu  que vomitasse. Por  favor,  não vomite,  não  vomite,  não vomite,  disse  a si  mesma,  respirando  fundo diversas  vezes  e  rezando  para  que  o  mantra  funcionasse. Poncho  parou  o  carro  sob  o  grande  pórtico,  e  dentro  de  segundos  um  jovem  estava abrindo  a  porta,  oferecendo  a  mão  para  ajudá-la  a  descer,  então,  apressando-se  para abrir  a  porta  traseira,  de  modo  que  ela  pudesse  pegar  Alan.  Poncho obviamente  tinha telefonado  para informar  à  família que ele  ou talvez  eles  estivessem  chegando. Anahi  nunca  vira  aquele  jovem  em  particular,  mas,  então,  Ruth herrera tendia a  trocar  o  staff  da  casa  com  freqüência.  Também  gostava  de  ter  alguém  à  mão  para atender  cada  desejo  seu  em  um  estalar  de  dedos.  Ela  empregava  jardineiros,  chefs, empregadas,  um  mordomo,  um  mecânico  para  ficar  de  plantão  e  no  mínimo  um assistente  pessoal. Com  quantos  deles  Anahi  entraria  em  contato  durante  sua  estadia,  ninguém sabia,  mas  ela  sabia  que  podia  tratá-los  muito  melhor  do  que  Ruth os  tratava.  Ela  os trataria  como  seres  humanos,  em  vez  de  como  servos  ou  robôs  programados  para serem  vistos,  mas  não  ouvidos,  e  obedecerem...  Nada mais,  nada  menos. Rodeando  o  Mercedes  para  o  lado  de  Anahi,  Poncho abriu  o  porta-malas,  então jogou  as  chaves  para  o  jovem  na  jaqueta  vermelha  curta  que  o  marcava  como empregado  da  Mansão herrera.  Havia  até  mesmo  um  tipo  de  bordado  em  ouro  sobre  o bolso  esquerdo  da jaqueta.

-  A  bagagem  não  é  pouca  -  Poncho falou  para  ele,  com  um  sorriso.  -  Mas  vai  tudo para minha suíte. Anahi  abriu a boca  para corrigi-lo. Poncho  tinha levado  uma única sacola enquanto todo  o  resto  da  bagagem  enchendo  o  carro;  era  dela  e  de  Alan.  E  eles definitivamente não  pertenciam à suíte de  Poncho. Mas  ele  aparentemente  sabia  o  que  ela  ia  dizer,  porque  pressionou  um  dedo  nos seus  lábios,  efetivamente impedindo  seu  desacordo. 

- A  bagagem  vai  para meus  aposentos  -  repetiu  poncho,  de  maneira  que  somente  ela pudesse  ouvir. Você  e Alan  ficarão  lá  comigo  enquanto  estivermos  aqui.  Sem discussão. Poncho  podia  ser  controlador,  mas  somente  porque  ele  dissera sem  discussão não significava  que  ela  lhe  obedeceria.  Anahi  abriu  a  boca  para  protestar,  mas  ele colheu seus  lábios  com  um  beijo  rápido.

-  Sem  discussão  -  repetiu  ele  em  tom  mais  autoritário.   Isso  será  melhor  para todos  os  envolvidos. Confie  em  mim,  certo? Mas  ela  não  queria  confiar,  mas  o  fato  era  que  confiava  em  Poncho Compartilhar uma  suíte  com  ele  seria  estranho  e  desconfortável,  mas  considerando  a  localização  de tal  suíte  dentro  da  assustadora  Mansão  herrera  talvez  fosse  mais  seguro  do  que  ficar sozinha  num  quarto.  Além  de  muito  espaçosa,  a  suíte  de  Poncho também  era  aquela  que eles  haviam  compartilhado  enquanto  casados,  então,  pelo  menos,  ela  estaria  num cenário  familiar.

-  Tudo  bem  -  murmurou ela, ainda sentindo  os  lábios  formigando  pelo beijo  breve.

-  Ótimo  -  replicou  ele,  parecendo  muito  satisfeito  consigo  mesmo  para  a  paz mental  de  Anahi.  Então  poncho tirou  Alan de  seus  braços  e  acomodou  o  bebê  contra o  próprio  peito.

  -  Agora,  vamos  entrar  e  apresentar  nosso  filho  para  o  resto  da família. Com  isso,  o  estômago  de  Anahi começou  a  se  revolver  novamente,  mas  poncho pegou-lhe  a mão  e  entrelaçou  os  dedos  de  ambos,  deixando-a quase  calma. Ela  ainda  estava  ofegante  quando  eles  passaram  pelas  enormes  portas  duplas brancas. Do  lado  de  dentro  da  entrada  principal,  o  foyer  brilhava  como  o  saguão  de  um grande  hotel.  O  piso  de  madeira  tinha  sido  encerado  à  perfeição.  O  candelabro pendurado  reluzia  de  tão  polido,  e  centenas  de  cacos  de  vidro  em  formato  de  gotas refletiam  a luz  de  outras centenas  pequenas lâmpadas. No  centro  do  piso,  um  enorme  arranjo  de  flores  frescas  jazia  sobre  uma  mesa  de mármore.  E,  atrás  desta,  uma  escadaria  larga  era  um  dos  muitos  caminhos  que  levavam ao segundo  andar  e  às  alas opostas  da casa. Tudo  estava  igual  ao  dia  que  Anahi  tinha  ido  embora.  Até  o  enorme  buquê  era  o mesmo.  Oh,  as  flores  eram  frescas,  ela  sabia;  Ruth  mandava  entregar  flores frescas  para  a  casa  inteira  todas  as  manhãs.  Mas  eram  o  mesmo  tipo  de  flores,  as mesmas  cores,  o  mesmo  arranjo. Anahi  não  ia  lá  havia  um  ano.  Um  ano  no  qual  tudo  em  sua  vida  mudara substancialmente.  Mas  se  nem  mesmo  as  flores  do  foyer  na  Mansão  herrera  haviam mudado,  ela  tinha  pouca  esperança  que  alguma  coisa...  Ou  alguém...  Sob  o  teto  da mansão  multimilionária houvesse. Eles  não  estavam  de  casacos,  portanto  o  mordomo  que  abriu  a  porta  moveu-se  ao longo  do  corredor  de  um  dos  lados  da  escadaria,  provavelmente  para  alertar  sua patroa  sobre  a  chegada  deles.  Segundos  depois,  ele  retornou  para  ajudar  o  rapaz  que estava descarregando  o  carro  a levar a  bagagem  para a  suíte de  Poncho. Logo  depois  que  eles  desapareceram  no  andar  de  cima,  Ruth  emergiu  de  seu salão favorito.

-  Alfonso,  querido  -  ela  cumprimentou poncho...  E  somente poncho. Ao  som  da  voz  de  sua  ex-sogra,  Anahi fez  uma  prece  silenciosa,  pedindo  força e  paciência  para  passar  por  aquela  visita  agonizante  com  a  bruxa  perversa  da Pensilvânia. A  bruxa  em  questão  estava  vestida  numa  saia  bege  com  uma  blusa  branca impecável,  um  traje  que  deveria  custar  mais  do  que  os  lucros  mensais  de  Doce  Cabana. Os  cabelos  castanho-claros  estavam  penteados  à  perfeição,  e  as  muitas  jóias , brincos,  colares,  broches  e  um  anel   eram,  sem  dúvida,  verdadeiras.  Ruth Herrera não usaria  bijuteria nem  mesmo  num  dia de  semana normal.

-  Mãe  -  retornou  poncho,  inclinando-se  para  beijar  as  faces  da  mãe.  Balançando Alan nos  braços,  acrescentou:   Conheça seu mais novo  neto,  Alan herrera . Ruth  deu um  sorriso  que  pareceu falso  para Anahi. 

-  Adorável  -  entoou-a,  não  se  incomodando  em  estender  o  braço  para  tocar  o bebê.   Simplesmente olhou-o  da cabeça  aos  pés.