Fanfic: Bebê secreto (Adaptada) ♡AyA♡ | Tema: AyA

Anahi enrijeceu  ofendida  em  nome  de  seu  filho.  Mas  a  atenção  de  Ruth voltou-se  para ela,  e  Anahi  soube que  logo  se  ofenderia em  seu  próprio  nome. 

-  Não  sei  o  que  você  estava  pensando  -  criticou  Ruth  escondendo  o  bebê  do meu  filho  por  todo  esse  tempo.  Deveria  ter  contado  no  momento  que  descobriu  que estava grávida. Você  não tinha o  direito  de  manter  um  herdeiro  Herrera  para si  mesma. E  tudo  começava,  pensou  Anahi  sem  surpresa.  Também  não  se  sentiu  ofendida, provavelmente  porque  a  reação  de  Ruth  a  sua  reaparição  era  exatamente  o  que tinha esperado.

-  Mãe  -  Poncho  falou num  tom  de  voz  que Anahi nunca o  ouvira usar  antes. Ela virou-se  para estudá-lo,  perplexa pela  expressão  raivosa no  rosto  dele. 

  -  Discutimos  isso  quando  eu  liguei  -  continuou  ele.  As  circunstâncias  que  cercam o  nascimento  de  Alan  dizem  respeito  à  Anahi e  a  mim.  Eu  não  tolerarei  que  você  a insulte enquanto  estivermos  aqui.  Fui claro? Anahi assistiu,  com  olhos  arregalados,  enquanto  os  lábios  de  Ruth  se comprimiam  numa linha fina.

-  Muito  bem  -  replicou  ela.  -  O  jantar  será  servido  às  18h.  Eu  os  deixarei  para que  se  instalem.  E,  por  favor,  lembrem  que  nós  nos  arrumamos  para  refeições  nesta casa. Após  um  olhar  desdenhoso  para  o  traje  modesto  de  calça  e  blusa  sem  mangas  de Anahi, a mãe de  Poncho  virou-se  e  partiu. Exalando  o  ar que estivera prendendo,  Anahi murmurou: 

-  Isso  foi bom. Ela pretendeu ser  sarcástica, mas poncho  sorriu. 

-  Eu  lhe  disse.  -  Erguendo  um  Alan sonolento  sobre  seu  ombro,  acrescentou:

  - Vamos  subir  e  desfazer  as  malas. Acho  que  Alan apreciaria uma  soneca,  também. Estendendo  o  braço,  Anahi acariciou os ralos cabelinhos  macios  de  seu filho.

-  Ele  não deveria estar  cansado,  pois  dormiu no carro. 

-  Parece que  não o  suficiente. Quando  poncho  lhe  pegou  a  mão  e  eles  foram  em  direção  à  escadaria,  ela experimentou uma sensação calorosa que se  espalhou por todo  seu corpo. Como  estar  tão  próxima  de  Poncho novamente  parecia  tão  bom,  tão  certo,  quando estar  naquela  casa outra vez  parecia  tão errado? Alfonso observou  Anahi  se  mover  ao  redor  de  sua  suíte,  aprontando-se  para  o jantar.   Alan  dormia  na  sala  de  estar,  num  berço  que  ele  tinha  requisitado  que instalassem  lá,  antes  de  sua chegada. Mas  era  a  presença  de  sua  ex-esposa  que  fazia  sua  cabeça  girar.  Parecia  tão certo  tê-la ali novamente. Não  necessariamente  ali,  na  casa  de  sua  família,  mas  sim  ter  Anahi  de  volta  em sua vida, em  seu quarto,  não importando  onde  tal  quarto  fosse  localizado. Ele  sentira  falta  daquilo.  Sentira  falta  de  ver  as  coisas  dela  espalhadas  no  topo da  penteadeira,  e  sobre  a  pia  do  banheiro.  As  roupas  penduradas  com  as  suas  no guarda-roupa,  o  cheiro  do  perfume  dela  permeando  suas  camisas  de  trabalho  e  os lençóis  na  cama. Sentira  falta  simplesmente  de  observá-la,  como  agora,  enquanto  Anahi arrumava  os  cabelos,  se  maquiava ou  escolhia  jóias  para usar. Verdade,  Anahi  não  tinha  muitas  dessas  coisas  consigo  no  momento,  mas  isso não  a  impedia  de  executar  os  mesmos  movimentos  familiares.  Ela  estava  até  mesmo usando  seu  perfume  favorito...  Provavelmente  porque  tinha  deixado  um  frasco  sobre  a penteadeira quando  partira, e  poncho não  fora capaz de  livrar-se  do  mesmo. Agora,  estava  contente  por  isso.  Ele  lhe  dera  o  perfume  no  aniversário  de casamento  deles,  afinal  de  contas.  Tanto  tempo  atrás,  parecia.  Mas  o  fato  de  que  ela  o estava  usando  de  novo,  de  que  estava  ali  em  sua  companhia,  aparentemente  ainda confiando  nele...  Fazia  Poncho imaginar  se  eles  poderiam trabalhar  suas diferenças e  dar outra chance  ao  relacionamento. 

-  Como  estou?  -  perguntou Anahi, interrompendo  seus  pensamentos.

-  Linda  -  replicou  ele,  sem  precisar  pensar  sobre  aquilo,  sem  ao  menos  precisar olhar.   Mas  olhou,  porque  olhá-la era sempre  um  prazer. Ela  usava  um  vestido  amarelo  simples  e  sandálias,  com  os  cabelos  puxados  acima das  orelhas,  de  modo  que  os  cachos feitos por um baby liss  ficassem  ainda  mais  proeminentes. Excitação  o  percorreu  e  ele  lambeu  os  lábios,  desejando  que  pudesse  lambê-la...  Como um  picolé  sabor  morango. Os  olhos  azuis  se  tomaram  acinzentados  quando  ela  lhe  ofereceu  um  sorriso sedutor,  antes  de  esfregar  as  mãos  nas  laterais  da saia.

-  Tem  certeza?  Você  sabe  como  sua  mãe  é,  e  eu  não  trouxe  nada  sofisticado. Devia  ter  me  lembrado  da  regra  sobre  jantares  formais.  -  Ela  parou. -  É  claro,  eu  não tenho  mais  muitas  roupas  formais,  então,  não  poderia  ter  trazido  mesmo  se  quisesse. Pensei que  algumas  de  minhas  roupas antigas  ainda estariam aqui,  mas... Anahi parou,  desviando  o  olhar  dele,  e  Alfonso  sentiu uma ponta  de  culpa.

-  Desculpe.  Minha  mãe  mandou  esvaziar  seu  guarda-roupa  depois  de  sua  partida. Eu não  esperava que  você  voltasse,  então  não  pensei em  manter  suas roupas. A  verdade  era  que  elas  tinham  sido  um  lembrete  muito  doloroso  de  Anahi.  Do abandono  dela,  dos  papéis  do  divórcio  que  ele  assinara  mais  por  raiva  do  que  por desejo  de  ser  solteiro  novamente,  dos  momentos  felizes  que  eles  haviam compartilhado  antes  que as  coisas começassem  a dar  erradas. Não  deveria  ter  deixado  sua  mãe  se  desfazer  das  roupas  de  Anahi,  percebeu agora.   Tinha  sido  seu  dever  lidar  com  isso  pessoalmente,  e  talvez  devesse  tê-la procurado  e  perguntado  se  ela  queria  alguns  dos  itens,  antes  que  esses desaparecessem