Fanfic: Bebê secreto (Adaptada) ♡AyA♡ | Tema: AyA

Exatamente.  Porque  a  última  vez  que  ela  o  deixara, estava  grávida  com  seu  filho... E  havia uma boa chance  de  que  o  mesmo  fosse  verdade  agora. 

-  Não  -  disse  Anahi,  umedecendo  os  lábios  nervosamente. Quero  dizer,  sim, estou  indo  embora,  mas  não,  não  estou  tentando  fugir.  Eu  lhe  deixei  um  bilhete  no quarto...  Atrás  daquele  que você  me  deixou  esta  manhã. Bem,  aquilo  era diferente,  pelo menos,  pensou ele  com  sarcasmo. 

-  E  um  bilhete  compensa  seu  ato  de  ir  embora  ao  meio  do  dia  enquanto  eu  estou no  escritório?  -  o  retrucou. Com  meu filho? 

-  É  claro  que  não  -  retomou-a.  -  Todavia,  quando  você  ler  o  bilhete,  verá  que expliquei  que  não  estava  indo  embora.  Estava  apenas  deixando  a  propriedade  e  indo para um hotel  na  cidade. Eu ia  ficar  lá  até que  tivesse  a chance  de  falar  com  você. Ele  franziu o  cenho,  intrigado.

-  Sobre  o  quê? Anahi engoliu em  seco. 

-  Sua mãe me  mandou  embora. Os  olhos  de  poncho  se  arregalaram  em  surpresa. 

-  Por  quê?  -  Por  que  sua mãe mandaria sua  esposa, sua ex-esposa, embora? 

-  Pela  mesma  razão  que  ela  me  fez  ir  embora  da  última  vez...  Porque  me  odeia.  Ou no  mínimo,  me  desaprova  com  todas  as  forças.  Na  opinião  de  sua  mãe,  eu  não  sou  boa  o bastante  para  você,  e  nunca  serei.  -  Um  pequeno  sorriso  tocou-lhe  os  lábios  quando  ela acrescentou:  

-  É  claro,  dessa  vez,  ela  foi  muito  mais  direta  ao  me  mandar  embora, provavelmente porque  eu  a repreendi. 

-  Você  repreendeu  minha  mãe  -  murmurou  ele,  tentando  processar  o  que  estava ouvindo,  mas  sentindo-se  mais  confuso  a cada minuto.  

-  Por  que  você  faria isso? O  semblante de  Anahi tornou-se  defensivo.

-  Porque  me  recuso  a  deixá-la  continuar  me  intimidando.  Recuso-me  a  deixá-la fazer  com  que  eu  me  sinta  inferior,  somente  porque  ela  sempre  me  verá  como  uma garçonete  de  nível baixo,  indigna  das afeições  do  filho  dela. Poncho meneou a cabeça.

-  Isso  é  um  mal-entendido.  Minha  mãe  pode  ser  distante,  eu  sei,  mas  ela  está radiante  sobre  Alan,  e  tenho  certeza  que  está  feliz  em  ter  você  de  volta  aqui, também. Ele  tentou tocar-lhe  os  ombros,  mas ela deu um  passo  atrás. 

-  Não  há  mal-entendido  algum,  Alfonso -  declarou  Anahi  em  um  tom  de  voz implacável.  

-  Sei  que  você  ama  sua  mãe  e,  eu  nunca  lhe  pediria  para  mudar  isso.  Eu jamais  tentaria,  intencionalmente,  criar  uma  rixa  entre  você  e  sua  família.  Porém,  por mais  que  eu  o  ame,  não  posso  continuar  aqui. O  peito  de  poncho  se  apertou  com  aquelas  palavras.  Ela  o  amava...?  Ou  assim  dizia, entretanto,  estava disposta  a deixá-lo. Novamente. 

-  Você  me  ama  -  ele  jogou  a  declaração  de  volta  no  rosto  dela.   Certo.  Você  me ama,  mas  vai  embora.  De  novo.  E  quanto  a  Alan?  E  quanto  ao  filho  que  talvez  esteja carregando  agora?  Vai  fugir  e  esconder  outra  gravidez  de  mim?  Manter  outro  bebê longe do  pai? Anahi empalideceu  com  aquilo,  e  que  Deus  o  perdoasse,  mas  ele  ficou satisfeito.   Sabia  que  estava  sendo  cruel,  magoando-a  intencionalmente.  Mas,  ora,  também estava  magoado.  Estava  sendo  traído  pela  segunda  vez  pela  única  mulher  que  já  amara, e  que tinha declarado  mais  de  uma vez  amá-lo  em  retomo. 

-  Isso  não  é  justo,  poncho  -  sussurrou  ela,  apertando  mais  Alan contra si. 

-  A  verdade  dói,  não  é,  Anahi?  Com  ou  sem  papéis  de  divórcio  assinados,  você sabia  que  estava  grávida  quando  deixou  a  cidade  da  última  vez,  e  não  se  incomodou  em me  contar. 

-  Não  ouse  colocar  toda  a  culpa  em  mim.  Eu  mantive  Alan  em  segredo,  sim,  mas somente  porque  você  se  recusou  a  falar  comigo.  Tentei  lhe  contar  que  estava  grávida, mas  você  não quis  me  ouvir. Poncho estreitou  os  olhos.  Que  jogo  ela  estava  fazendo  agora?  Perguntou-se.  Se  o que  Anahi dizia era  verdade,  aquilo  era novidade  para ele.

-  Do que está  falando?

-  Eu  liguei  para  você.  Assim  que  descobri  que  estava  grávida,  liguei  para  seu escritório,  mas  você  disse...  E  eu  cito,  porque  jamais  esquecerei  as  palavras  enquanto viver:  Não  há  absolutamente  nada  que  você  tenha  a  dizer  que  eu  quero  ouvir.  Fim  da cotação. Bem,  agora ele sabia que alguma  coisa estranha estava acontecendo. Porque  nunca falara aquelas  palavras. Não para Anahi . 

-  Eu nunca disse  isso  -  murmurou ele  calmamente.

-  Sim,  você  disse  -  retorquiu  ela  com  convicção. Ou  pelo  menos  deixou  esse recado.  Derrick falou  que tinha recebido  ordens suas para  me  passar essa  mensagem. -  Derrick.  

-  Foi uma declaração,  não  uma pergunta. -  Sim. Alfonso  sentiu  fúria  percorrendo  seu  sangue.  Queria socar  alguma coisa. Ou  alguém. Enfiando  uma  das  mãos  dentro  do  bolso  do  paletó,  tirou  seu  celular  e  ligou  para seu assistente  na Corporação Herrera. Derrick atendeu ao  primeiro  toque. -  Sim,  senhor  -  respondeu  Derrick,  ciente  de  quem  estava  ligando,  graças  ao identificador  de  chamadas. 

-  Estou em  casa. Quero  você  aqui em  15 minutos. 

-  Sim,  senhor  -  respondeu  Derrick de  maneira  obediente,  e  Alfonso quase  podia visualizá-lo  rodeando  a mesa antes  mesmo  de  pôr o  telefone  no  gancho. Encontrando  os  olhos  azuis  de  Anahi,  fechou seu próprio  telefone.

-  Ele  logo  estará aqui,  e  nós  esclareceremos  essa confusão  de  uma vez  por  todas.   Os  segundos  se  arrastavam  como  horas,  os  minutos  como  anos.  Anahi estava parada ao pé da escada enquanto  o  silêncio  no  foyer  se  tornava cada vez  mais pesado  e opressivo. Alan  não  estava  ficando  mais  leve,  também.  Mudando-o  para  o  outro  quadril,  ela começou a se  sentar  no  degrau acarpetado,  mas Alfonso aproximou-se  para impedi-la. 

-  Deixe-me  segurá-lo  -  disse  ele,  estendendo  os  braços. Por  um  momento,  ela  hesitou  o  pensamento  de  que  se  deixasse  poncho segurar  o bebê,  talvez  nunca  o  tivesse  de  volta,  passando  por  sua  cabeça.  Mas  se  lhe  negasse Alan agora,  então  sua  declaração  de  que  não  tentaria  impedi-lo  de  ver  o  filho  seria mentira, não  seria? Esperando  que  poncho não  notasse  sua  incerteza,  ela  entregou-lhe  Alan,  rolando os  ombros  e  estendendo  os  braços  para  relaxar.

-  Ele  está  ficando  grande,  não  está?  -  comentou  poncho,  um  sorriso  curvando  os lábios. O  primeiro  que  lhe  oferecia  desde  que vira sua bagagem  no hall  de  entrada.

-  Sim,  está. Ela  estava  prestes  a  sugerir  que  eles  fossem  esperar  Derrick em  um  dos  salões próximos,  mas  naquele  momento  o  barulho  de  um  carro  chegando  veio  de  fora,  e  um minuto  depois,  a porta se  abriu. Derrick james era  alto  e  magro,  e  mais  desengonçado  do  que  atlético.  Ele  parou dentro  do  foyer,  os  cabelos  castanhos  desalinhados  e  a  respiração  ofegante,  como  se tivesse  ido  correndo  da Corporação herrera até  lá. Antes  que  ele  pudesse  dizer  qualquer  coisa,  Alfonso  devolveu  Alan  para  Anahi  e voltou-se  para seu  assistente,  qualquer  sinal  de  gentileza ausente em  sua fisionomia. Erguendo  uma  das  mãos  praticamente  no  rosto  de  Derrick,  poncho falou  numa  voz baixa: 

-  Eu  lhe  farei  algumas  perguntas,  e  quero  respostas  honestas.  Que  Deus  o  ajude se  você  mentir  para  mim  entendeu? Derrick empalideceu.  Sem  dúvida,  ele  pensara  que  tinha  sido  chamado  para cumprir  alguma tarefa especial  ou para receber  uma promoção. 

-  S-sim,  senhor  -  gaguejou  ele,  esforçando-se  para  recobrar  a compostura.

-  Anahi ligou  no  escritório  o  ano  passado,  logo  depois  que  nos  divorciamos  e pediu para falar  comigo? Os  olhos  de  Derrick  foram  para  onde  Anahi  estava  de  pé,  balançando  levemente com  o  bebê. -  Sim  ou não,  Derrick? - demandou Poncho com  autoridade. 

-  S-sim,  senhor  -  replicou  ele,  retornando  a  atenção  para  seu  chefe  infeliz. 

- Acredito  que  ela  ligou.