Fanfic: Segredos de Um Amor DyU

Trimm.. Trim..

O telefone tocava desesperadamente. Me levantei do sofá preto da minha mãe, para ir atende-lo.

- Alô? – Perguntei enquanto a voz não respondia de imediato.

- Oi, sou eu. – Meu coração disparou.

Finalmente, um sinal de vida. – Ironismo numa hora dessas é tudo o que preciso.

- Ah, oi, amor. Você já está chegando? – Perguntei tentando olhar janela à fora, quem sabe se ele estivesse lá fora?!

O barulho do outro lado da linha, me informava que não.

- Ér, não, eu estou na lanchonete do Billy, você pode vir aqui? – O tom dele era preoculpante. O que custa eu ir na lanchonete vê-lo?

- Hã, tudo bem. Agente se vê ai, tchau. – Eu disse, ainda cem certeza do por que ele queria que eu fosse até ele, que não era na casa dele.

- Tchau. – E desligamos.

Posso estar sendo excentrica, mas isso não deve ser bom.

O Christopher nunca sai assim, e logo na lanchonete do Billy?

Muito estranho. E algo dentro de mim diz que isso não é um bom sinal. Isso é ruim, é muito ruim. A voz na minha cabeça continuava a dizer, enquanto eu andava pelas ruas frias de casa.

Cheguei às 19:30 da noite na lanchonete do Billy, não tinha quase ninguém lá. Isso era estranho, sempre esteve lotado.

Ele estava no banco da última fileira, sentado, parado olhando pro nada.

Cheguei do seu lado e sentei-me em sua frente, sem dizer uma palavra.

- Oi, você veio rápido. – Sem humor nenhum na voz, ele se limitou a sorrir.

- É, sua voz no telefone me deixou preoculpada. Então corri para chegar logo. – Ele continou a não sorrir. Só me fitou por segundos. Resolvi não perguntar o que ele queria comigo e por que não quis ir em casa. Deixei ele mesmo resolver me contar.

- Precisamos conversar. – Disse finalmente. Eu esperava que ele não desse rodeios. Não respondi, apenas fiquei mais séria.

Ele respirou fundo.

- Não dá mais. – Respirei fundo também.

Foi como se fosse qualquer assunto que ele disse, de início eu não liguei, mas o choque foi grande quando entendi.

- Por quê? O que eu fiz de errado? – Foi como se minha boca não conseguisse mais fechar e parar de falar, e assim, mihares de palavras começaram a sair de minha voz.

- Calma, Dulce.

- Não me chama de Dulce, me chama de Dul ou amor, como você sempre chamou. – Sussurrei.

Ele nada disse, ficou aquieto e virou o rosto.

- Christopher, como chegou à essa conclusão? O que foi que eu fiz para você querer terminar assim?

(Música do momento: Velha Infância - Tribalistas)

- Não sei direito, o nosso relacionamento estava ruim mesmo. Você queria ter relações, queria sair mais comigo, mas eu não aceitava..

- E daí? É por isso? Então tudo bem, eu não irei mais pedir para agente fazer amor..

- Dulce, escuta. – Ele não gritou, mas foi frio. - Eu não quero mais, não dá mais certo agente ficar junto. Eu tenho o pior motivo do mundo para querer terminar com você.

Dulce ficou quieta esperando ele continuar. Queria chorar e se agarrar a ele, e implorar para que ele não fosse embora, nem agora e nem nunca.

- Não quero mais continuar a ter a vida de que eu tenho certeza de que não vai dar certo. Não podemos continuar mais assim. Desculpe, mas eu vou embora e não é daqui, é do país. – Ele se levantou para ir embora. A essa altura já havia chegado umas cinco ou seis pessoas, que ficaram olhando eu correr atrás dele. Mas não ligue, corri desesperada, á procura de mais explicação e de desculpas.

(Música do momento: Aonde quer que eu vá - Paralamas do Sucesso)

- Christopher. Você não pode fazer isso comigo, e-eu te amo. Você não pode ir embora. – Meus olhos arderam, e o céu escureceu mais ainda. Foi como se meu mundo estivesse acabando, o céu fez um barulho de trovão e a chuva ameaçou cair. - Por favor, não vá. – Sussurrei e minha voz falhou e então a chuva começou.

- Não. Você não é a pessoa ideal para mim. – Isso partiu meu coração, eu queria cair ao seus pés e nunca mais soltá-lo.

Abri a boca para falar, mas minha voz não saiu e então a fechei.

Magoada, senti minhas pernas tremerem e meu coração parar ao vê-lo se virar de costas para mim e andar.

(Música do momento: Seguindo Estrelas - Paralamas do Sucesso)

- Espere. Chris-topher. – Forçei minhas pernas á andarem até ele, e levantei os dois braços e as mãos. Pensei que ele faria o mesmo, mas não. Suas mãos se fecharam e ele me olhou nos olhos.

- Desculpe, Dulce. Tenho que ir, cuide-se. – Ele se aproximou de mim e passou os desdos em meu rosto, pálido e congelado pelo frio. Depois ele foi embora, e eu não consegui gritar e correr até ele.

Meus olhos arderam e então a chuva começou, e minhas lágrimas também.

Então fiquei parada lá, até alguém passar. Mas não ví quem era, mas a pessoa gritou meu nome e veio até mim; - Dul. – A voz foi ficando longe e minha cabeça girar, minhas pernas tremerem e minha visão escurecer.