Fanfics Brasil - Stargirl Até que o Amor nos Separe (Faberry)

Fanfic: Até que o Amor nos Separe (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: Stargirl

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Eu sou *a maioral dessa porra toda


 


Rachel e Quinn tomavam café em silencio, ninguém sabia por onde começar. 


O que fizeram na noite anterior foi ótimo... O problema era saber como lidar com isso depois. 


Foi causal? Fariam de novo? Rachel não surtaria com isso? 


—A gente precisa conversar sobre o que fizemos ontem? –Rachel perguntou, mordendo o lábio. 


—Não –Quinn tirou o óculos. –Eu te ajudei a gozar, seu gosto é ótimo e mal espero pra fazermos isso de novo. Acho que já disse tudo. 


Rachel riu. Quinn era tão pratica que não tinha como contestar. 


—Por sinal, você é muito boa me fazendo... –As bochechas de Rachel ficaram vermelhas ao pensar na palavra. Ela não era a pessoa que dizia putarias em voz alta, nem mesmo com Finn. –relaxar. 


Quinn gargalhou com a inocência de sua esposa. 


—Sempre que quiser “relaxar” pode me chamar –Quinn piscou pra ela.


Então aliviando o clima, as duas puderam aproveitar a companhia da outra tranquilamente. 


Sexo casual com a esposa, pensou Rachel, é só entre nós que isso acontece. 


(...)


—De jeito nenhum! –Santana nem mesmo deixou Quinn terminar sua proposta. –E seu estou quase dando um soco na sua cara pela audácia de me propor isso. 


Quinn previa essa reação. Santana detestava a família, raramente falava com eles e sempre dizia o quão toxico era crescer como uma Berry. Por mais amigas que fossem pedir que Santana representasse Quinn e Rachel na empreiteira Berry era exigir demais da mulher. 


Então, ali na sala de Quinn, Santana esboçava toda sua rejeição andando de um lado para outro. 


—Santana, por favor... –Quinn tentou mais uma vez. 


—Não! Pro ninho de cobras que é a minha família, eu não volto. Palavra final, Quinn. Se insistir mais uma vez...


—Não vou. Não vou –Quinn não queria deixa–la mais nervosa. – Mas vou precisar de indicação. Alguém que cuide dos interesses de Rachel e priorize o instituto. Alguém sensível a causa, pelo menos. 


Santana parou por alguns minutos. E quando sua mente iluminou–se com um nome, um sorriso diabólico surgiu em seus lábios. 


—Tenho uma pessoa perfeita pra isso. 


 –Eu tenho medo de você, Satã –Quinn comentou em voz baixa. 


Quem quer que fosse a pessoa, provavelmente alguém da Empreiteira Berry iria odiar bastante. Quinn preocupou–se com a reação do pai de Rachel, afinal era seu sogro, mas logo tratou de dissipar o pensamento ao lembrar da clausula do contrato que poderia lhe prejudicar caso Rachel desejasse desfazer o casamento depois de um ano. 


Quinn atenderia os interesses de Quinn, e somente os dela. 


Que Satã, melhor, que Santana colocasse quem fosse para representa–la. 


(...)


Uma semana se passou e no dia que o novo representante delas seria nomeado na Empreiteira Berry, Rachel e Quinn passeavam com o cachorro no parque principal da cidade. O pequeno Eros era uma bola de animação e corria pelo local com animação. Por isso Rachel foi delegada a segui–lo pela guia enquanto Quinn limpava as fezes que ele deixava pra trás. 


A Fabray devia irritar–se com essa função, na verdade se irritava um pouco com Eros. Mas Rachel ficava muito animada com esses passeios e a Fabray percebia que era muito difícil dizer não a Rachel quando ela brilhava aqueles olhos castanhos e fazia um beicinho. 


E como resultado ela pegava merda e Rachel corria por ai descabelada. 


Quinn pensou que as coisas ficariam estranhas depois do sexo. Esperava que Rachel surtasse ou algo assim. Mas não, conversaram na manha seguinte e ficou tudo bem. Só que Rachel não pediu de novo. 


Era bom... Ou só confuso mesmo. Quinn queria muito que ela pedisse mais. 


—Quinn, o Eros fez cocô de novo! –avisou Rachel antes de ser puxava para outra arvore. 


—Como pode um ser tão pequeno cagar tanto? –Quinn perguntou fazendo careta. 


—Para de reclamar, você ainda está com a parte fácil –Antes de Rachel dizer mais alguma coisa Eros a puxou de novo, afastando–a de Quinn. 


—Eu estou muito mole, pegando coco de cachorro! De um cachorro que eu nem escolhi... –Resmungava a loira. 


Quinn recolheu o coco e despejou na lata resignada para isso. E antes de seguir Rachel sentiu seu celular vibrar no bolso de seu casaco. 


Era uma mensagem do grupo dos Herdeiros: 


REUNIÃO URGENTE. 19:00. 


Quinn já tinha uma ideia do que seria tratado. Ameaçou bater em Kitty, tirou um cargo de Noah. Claramente não era atitudes corretas de um membro e isso deveria ser pauta. 


Geralmente nessas reuniões era acordado o melhor para o grupo. Como aconteceu no caso de Mercedes, e em como ela mexeu com a emoção de todos, principalmente de Quinn. O grupo decidiu por exclui–la e assim não voltaram a convida–la para nenhum evento ou associar–se com ela. 


A decisão final foi de Quinn e mesmo odiando a sentença ela concordou, porque era o melhor para o grupo. 


Presumiu que iriam atacar Rachel, exigir afastamento ou que a ela não comparecesse a nenhuma festa deles. 


—Quinn, olha! –Rachel chamou a esposa, tirando–a de seus devaneios. –Eros está pedindo desculpas. 


Na verdade o cachorro só estava latindo na cara dela, e de vez em quando lambia seu rosto. A mulher ria com a atitude e devolvia com beijos em seu focinho. 


Ela não estava preocupada se Eros estragava sua pele, ou se alguém a veria de maneira engraçada, quase zombadora. Ela nem mesmo importava–se com o fato de que Eros não era de raça e que ele não lhe traria inveja das outras pessoas, que ninguém iria querer ter o que ela tem. 


Rachel era feliz com o que tinha. Feliz com o carinho que davam a ela. 


E aquele momento era mais precioso do que qualquer festa que Quinn fosse convidada. 


Então estava disposta a perder sua posição nos herdeiros para ter mais de Rachel. 


Porque ela valia pena, valia a pena mesmo. 


(...)


Quinn chegou no clube e percebeu que todos já haviam chegado. 


Archie e Sam conversavam com animação, enquanto Noah e Kitty estavam com uma carranca aborrecida. Marley não estava presente, mas todos sabiam que Kitty falava pelas duas. O que era uma pena pois Marley era bem mais inteligente que Kitty, pensou Quinn com sacarmo. 


Assim que viram Quinn se aproximar todos se calaram e um clima tenso ficou no ar. 


—Quinn, que porra é essa? Você deu suas ações pra Lauren Zizes? –Noah foi o primeiro a se manifestar. 


Quinn sentou–se calmamente. Sua habilidade que Lauren apelidou de “rainha do gelo” era sempre usada em conflitos como aqueles. 


E para ser sincera Quinn não sentia–se nenhum pouco culpada em não escolher Noah. 


 –Eu estudei as opções e a Srita. Zizes atende melhor as minhas solicitações e de minha esposa –explicou com frieza.  


—Qual é! Ela vai fazer o inferno na minha vida! Fora o absurdo que ela está pedindo pra investir no instituto. 


 Lauren Zizes era ex–noiva do Puck, e todos sabiam que o noivado não terminou bem. A mulher descobriu as traições de Puck nas festas e deu um verdadeiro show. Jogou as roupas dele para fora do apartamento dos dois e toda impressa caiu em cima por uma semana. 


Santana tinha escolhido a mulher com o instituto de atormentar o primo, mas Quinn analisou a carreira de Zizes e sabia que ela seria ferrenha na empreiteira Berry. 


Puck que lidasse com seus problemas pessoais. 


—Você está interessa no instituto agora? –Archie a olhou com interesse. –Achei que só se interessava por coisas que lhe rendiam dinheiro.  


—Deve ser coisa da noivinha... –Kitty comentou com acidez. 


—Só me dê uma razão, Kitty, para terminar o que eu iria fazer na sua festa –Quinn fechou os punhos em cima da mesa. 


—Hey, Q –Sam tocou em sua mão. –Calma. Kitty é nossa amiga. 


—Ela está ofendendo minha esposa –Quinn respondeu entredentes. –Se ela começar, vou ensinar como parar. 


 –Kitty, pare –Archie alertou. –Rachel é praticamente um membro do nosso clube agora. 


—Não mesmo! –Kitty vociferou. –É necessário votação e já tem três votos “não”. 


Quinn olhou para Noah, que não fez questão de desmentir Kitty. E claro que Kitty já contava com o voto de Marley. Mesmo se Marley pensasse diferente ela nunca se oporia a Kitty. 


Sam e Archie se entreolharam. Os dois eram os mais próximos de Quinn, mas também eram fieis ao grupo. 


Quinn sentiu seu sangue esquentar com a situação. Mas não perdeu a cabeça. Em vez disso, levantou–se lentamente e disse olhando para cada um:  


—Escutem aqui. Eu fui muito boa com todos vocês, durante esses anos. Eu financiei suas aventuras, suas tentativas desastrosas de criar uma marca, suas viagens caras e até suas putas de luxos. Todo mundo se aproveitou bem do meu dinheiro, enquanto os convém. E sei que querem continuar assim. Por isso a implicância com Rachel. Estão com medo dela me mudar o suficiente pra largar isso aqui e deixa vocês por conta própria. Isso não irá acontecer, sou leal a quem me leal e por isso vocês serão tão leais a minha esposa quanto a mim. Sem comentários maldosos, sem trapaças e total respeito por ela.


Conseguem isso?


 A ameaça velada deixou todos em alerta. Quinn liberou um grande capital para o início de cada um, e ainda mantinha suas ações. Em questão de poder aquisitivo era obvio que a Fabray era a mais rica e até mesmo questão de fama o sobrenome garantia muitas oportunidades. 


E ainda tinha um ditado no mundo no negócio: Faça abdicações, mas nunca torne–se inimigo de um Fabray. 


—Sim –murmurou Noah contra vontade. 


Kitty fez um beicinho, relutando–se a concordar. Porém ao encarar os olhos frívolos de Quinn sabia que a loira não estava brincando. 


—Sim –murmurou tão baixo que mal deu para escutar. 


(...)


Rachel sentia as mãos suarem, e sentava–se tensa na cadeira. 


Depois daquele dia em que Quinn, bem, a aliviou, Rachel decidiu–se que valia a pena esforçasse para ser uma esposa melhor. Quinn estava realmente dedicada a ajuda–la, começando pela contratação da Lauren Izzes para representa–las na empresa de seu pai. Nem imaginou como Noah reagiu a isso, já que o termino foi tão caótico, e era provável que Quinn e Noah tivessem brigado por isso. 


Brigado por ela. 


Então, Rachel também faria um esforço. 


—Rachel –Kurt abriu a porta de sua sala. –Tem um homem lindo te procurando lá fora. 


—Lindo, é? –Rachel animou–se ao ver a empolgação de Kurt. –Lindo como? 


Fazia tempo que ele não notava alguém depois de seu termino com Ted. 


—Um John Stamos mais novo e gay. 


—Ótimo, mande ele entrar –Rachel assentiu. –Ah, Kurt, não esqueça de pegar o número dele antes dele ir embora. Sabe como é, caso eu precise falar com ele de novo. 


Kurt deu um sorriso cúmplice a amiga e se retirou da sala. Pela porta, entrou um homem realmente lindo, vestido em um terno cor berinjela que certamente não seria usado por alguém que não tem confiança em si mesmo. 


—Sou Blaine Anderson –Apresentou–se segurando a mão de Rachel. –É uma honra trabalhar com uma Berry e também Fabray. 


—Marley me disse coisas boas sobre você –Rachel sinalizou para que senta–se ao seu lado. –E sinceramente se tratando de mim espero que consiga me ajudar. 


—Sra. Fabray... 


—Rachel. 


—Rachel... –Blaine sorriu com empolgação. –O seu caso é um dos mais fáceis que já estudei. Sua reputação é imaculada, sua família tem um nome prestigiado e agora como uma Fabray todos irão idolatra–la. 


—Eu sei. O problema é que não sei reagir a isso. Apesar de ser uma Berry a estrela da família sempre foi meu pai. Me trataram como coadjuvante a vida toda e agora que estou com Quinn... 


—Você é o elemento principal –Blaine terminou. –Bem, confesso que será um trabalho mais longo coloca–la no mesmo patamar de influência que sua esposa. 


—Não, eu não quero isso. 


—Não quer? –Blaine estranhou. 


—Não, eu só quero... –Rachel mordeu o lábio. –Fazer com que gostem de mim, o suficiente para se interessarem pelo instituto. 


—Oh –Blaine passou a entender. –Enquanto os CEO procuram investidores, você procura doares. Mas sempre um grande negócio. Bem, vamos começar pelas roupas, é claro. 


Até na alta sociedade havia influenciadores, na verdade antes do Instagram, era as novas sensações que criavam tendência entre as matronas e esposas de presidentes. Tendo o sobrenome certo e um senso de moda impecável, a mulher podia comprar a lua e as outras procurariam outras luas para imita–la. 


Rachel teria a maior instituição de caridade se tivesse sucesso naquela empreitada. 


Blaine tirou um tablet de sua bolsa Gucci e após alguns toques ele virou o aparelho para a mulher. 


—Vamos criar a mais nova Rachel Fabray. 


(...)


—Sra. Fabray, precisamos disso –insistiu Will, o líder dos acionistas. 


—Nosso board chegou, sua popularidade aumentou em 60% depois que firmou o compromisso com Rachel Berry. Esse resultado refletiu significativamente na compra de nossos produtos. Se fizéssemos uma campanha em cima do casamento de vocês... –Discursava Sebastian Smythe, seu líder de marketing. 


—Não somos um produto! –Quinn rebateu enfurecida.


Seus acionistas queriam uma nova campanha, estrelando ela e Rachel. No caso Rachel seria a divulgadora da nova linha, mas fariam alguns photoshoot em casal, pois conforme as informações de Sebastian, a campanha seria um tremendo sucesso de vendas devido à popularidade delas. 


—Quinn, eu nunca te vi rejeitar uma oportunidade de ganhar dinheiro –Will a olhou com estranheza. –Não acha que sua esposa seja adequado para a imagem da empresa?


Não era essa sua preocupação, nem o que atormentava. Mas não iria dividir com Willian, nem com qualquer urubu que esperava uma falha para puxar seu tapete.


—Irei pensar. –Dizendo isso Quinn saiu para sua sala.


Já em sua cadeira, Quinn abriu um arquivo pouco visitado em seu notebook. Um photoshoot de uma campanha. A campanha de Mercedes que ela nunca deixou ser anunciada.


Aquilo afundou Quinn em lembranças.


 


O tema era violeta. As cores, lilás, roxos e seus variantes estampado em todos os lugares. Os acionistas detestaram o preço do orçamento final, mas quem decidia era Quinn e ela queria o melhor, o mais caro. Porque Mercedes merecia.


Ela estava linda. Em seu vestido roxo; uma deusa. Quinn adorava vê-la. Adorava imaginar que logo a tocaria...


Foi como se soubesse que Quinn pensava nela, Mercedes parou a sessão de fotos e foi até Quinn.


—Você fica linda com essa cor –Quinn a olhou de cima abaixo, com um sorriso reluzente.


—Eu fico linda com todas. –Mercedes acariciou seu rosto –Já você... Gosto desse modo diretora executiva.


—Estou feliz por estrear a campanha.


—Tudo está tão perfeito. Até parece que foi feito pra mim –Quinn sorriu para Mercedes que por fim chegou a conclusão. - Foi feito pra mim?


—Eu só procurei o que você iria gostar. Algo que combinasse... 


—Oh, Quinn! – Mercedes a abraçou com força, e Quinn afundou seu rosto em seus cabelos. Seu cheiro era até afrodisíaco.


—Eu amo você, não importa quantas vezes irei mostrar isso –Quinn confessou em seu ouvido.


Aquela era a primeira vez que dizia isso, primeira vez que sentia aquilo por alguém. E esperou que Mercedes visse o que estava fazendo, seu esforço e que a amasse de volta. Quinn estava quase implorando por isso.


—Você é perfeita –Mercedes respondeu. Deu um rápido selinho nos lábios de Quinn e respondeu. –Preciso voltar.


Quinn fechou a foto, frustrada com tanta ingenuidade. Como pode não ver os sinais? Como pode se deixar a ser usada desse jeito?


A questão era que Rachel não era Mercedes e as duas estavam sendo sinceras sobre seus sentimentos. Aquele ensaio não era uma declaração.


E se era um bom investimento Quinn permitiria o ensaio.


A questão agora era saber se Rachel participaria.


(...)


Quinn achou interessante quando Camila contou que Rachel estava no studio de dança. O instituto era realmente grande, e bastante agitado. Crianças na faixa etária de 5 a 10 anos correndo com pincéis na mão e grupos de adolescentes carregando pilhas de roupas para outro canto.


Mas a ala de dança estava vazia e o único som que ecoava pelo corredor era a voz de Rachel cantarolando alguma coisa.


Quinn parou no parapeito da sala, observando a esposa ensaiar alguns passos enquanto cantava. Ela tinha comentado que iriam estreiar um musical, provavelmente Rachel estava organizando os ensaios para repassar as ordens. A loira ficou assistindo–a por um tempo, até que em um dos passos Rachel fez um rodopio e a encontrou a observando.


—Oi –disse a morena assustada.


—Uma bela voz, sabe dançar –Quinn se aproximou dela. – Poderia ser uma estrela da Brodway. 


—Era meu sonho, mas meu pai nunca aceitaria uma filha artista. Ele diz que todos são vagabundos frequentadores de orgias –Rachel revirou os olhos.


—Não são diferentes dos CEO que eu conheço –Brincou Quinn.


—Espero que minha esposa não seja assim. 


—Bem acabei de voltar de uma orgia e não estou trabalhando... 


—Quinn! –Rachel deu um tapa leve em seu ombro.


—Eu adoro te ouvir me chamar de esposa –Quinn juntou os corpos delas e beijou Rachel.


O beijo foi lento, carinhoso, e quando separaram os lábios ambas sorriam para outra.


—Por que veio aqui? Aposto que não foi pra me ver dançar –Rachel disse acariciando seu rosto.


—Adoraria te ver dançar, principalmente em um lugar privado, e em cima de mim... –A mão de Quinn, que estava na cintura, desceu um pouco e apalpou a bunda de Rachel.


—Pare de ser tarada! –Rachel empurrou a mulher e olhou ao redor para conferir que nenhuma criança flagrou a cena.


—Isso é difícil pra mim. –Quinn mordeu o lábio. Rachel com apenas uma legging e um top, tudo tão colado...–Mas tem razão não vim por isso e... – Antes de Quinn continuar viu algumas sacolas no canto da sala. O que intrigou foi as marcas de grifes nas sacolas, Rachel raramente usava roupas caras.  –Você fez compras?


—Sim. Preciso renovar meu guarda–roupa. Pra ser sua esposa eu preciso estar à altura –Rachel fez uma provocação leve.


Mas Quinn não sorriu.


—Isso é besteira! E eu gosto de suas roupas. Tem haver como Marley disse, sobre se vestir como freira, porque se for saiba que Marley... 


—Não tem nada ver com Marley –Rachel se aproximou, segurando em seus ombros. Era interessante ver o quão rápido a postura de Quinn mudou ao pensar que Era interessante ver o quão rápido a postura de Quinn mudou ao pensar que Rachel fora ofendida. –Quer dizer, tem haver, mas não dessa maneira. –A loira a encarou com estranheza  –Vou ter que te explicar, não e?


—Por favor. 


—Marley me deu a ideia de usar meu novo sobrenome pra influenciar as pessoas a fazerem doações pro instituto. Já que temos o problema com o orçamento e uma outra maneira de ajudar os projetos dos garotos a fluírem. Se eu me integrar, fazer parte da alta sociedade, com certeza as velhas matronas irão desperdiçar seu dinheiro aqui. E eu faço bom proveito com o desperdício. Genial né?


O olhar de Quinn mudou, era enigmático. Mas certamente não era a reação que Rachel esperava.


—Você não gostou – constatou Rachel dando um passo para trás.


—Não gosto da ideia de você pedindo patrocínio... 


—É doação. 


—Se precisa de dinheiro sabe que pode me pedir. Sou sua esposa, sirvo pra isso. 


—Não –rebateu com veemência.


—O que? –questionou Quinn colocando as mãos na cintura.


—Você não vai dar um tostão pro instituto. Entenda, já e ruim demais que você me sustente em sua mansão, que o nosso casamento tenha acontecido por causa de um acordo de empréstimo. Não quero misturar dinheiro com a nossa relação, com certeza não acabaria bem.


Aquilo irritou profundamente Quinn. Ela queria procurar dinheiro fora, sendo que Quinn era milionária?


—Então vai aceitar ajuda de qualquer pessoa que não seja eu? –perguntou tentando assimilar a informação.


—Sim. –Rachel confirmou erguendo o queixo. Conseguia ver que não era o que Quinn esperava, mas não iria ceder. –Sinto muito se isso te magoa. 


Quinn pensou sobre aquilo. Sua frustração com Mercedes foi porque seu interesse era no seu dinheiro, que todos seu sentimento não existiam e a única coisa que interessava era o quanto podia usufruir de Quinn. 


Agora com Rachel era o oposto. Nem mesmo com dificuldade a sua esposa pedia seu dinheiro, mesmo que toda esposa fizesse isso. O mais importante pra Rachel era não criar um assunto que as magoaria. Não queria depender de Quinn nesta parte. 


—Não, não estou magoada –Quinn negou com a cabeça. –Surpresa, um pouco frustrada. Mas não magoada. 


Rachel cruzou os braços. Tinha certeza que estava certa e Quinn veria isso no futuro. Para não discutirem mais mudou de assunto:


—Vai me dizer porque veio?


—Os investidores querem uma linha. Minha e sua. –Quinn começou, imitando Rachel  –Parece que o nosso nome virou um produto de peso. Querem usar a imagem de um casal lesbico e apaixonado usando maquiagem Lux. 


—Apaixonado –Rachel riu com ironia –Se soubessem a verdade...


—Sim... –Quinn também ficou desconfortável com a palavra.


—Espera, estão querendo tirar fotos minhas?


—Isso tem haver com o uso da imagem –Quinn revirou os olhos. Como se fazia uma campanha sem fotos.


—E–eu... Não sou bonita o suficiente. –Rachel negava com a cabeça    –Não que eu tenha problema de autoestima, mas vamos ser sinceras, eu não tenho o rosto como o seu, ou o de Marley. Não sou o suficiente para uma revista. 


—Tem razão, por isso te colocaremos em um outdoor. –Quinn tocou no rosto dela –E você é bonita. Não tem “mas”, nem mesmo dúvidas quanto a isso. 


—Não sei... 


—30% dos lucros irá para o instituto. –Quinn usou o argumento que fazia Rachel aceitar tudo, até mesmo um casamento falso  –E 30% pra você comprar mais roupas que te ajudem na sua nova imagem. 


—Não está sendo generosa demais? –Rachel a olhou com desconfiança. Nenhum contrato seria tão bondoso com alguém que só doaria a imagem.


—Rachel, você não aceitar minha doação, tudo bem, agora questionar meu método de negócio é demais. 


—Tudo bem. Aceito. 


—E sempre um prazer fazer negócios com você. –Quinn pegou a mão dela e apertou. Só que em vez de soltar puxou Rachel para si e a colocou grudada em seu corpo, com as costas apoiada em seus seios e sua bunda próxima ao seu pênis –Podemos selar o acordo com sexo, o que acha?


—Não! Eu tenho um ensaio... –Rachel ria com os beijos de Quinn em seu pescoço, e apesar de dizer não, seu corpo a traia enquanto grudava mais em Quinn para aproveitar o calor.


As duas foram interrompidas por um menino, de seis anos, tão saltitante que seu cabelo black pulava como ondas. Quinn o reconheceu como o garoto que a elogiou para Rachel; Andrew.


—Tia Rach, você tem que assistir nosso ensaio! –O garoto apontou o dedo para ela e depois para a Quinn. – Trás a tia Quinn também. 


Ele saiu tão rápido quanto entrou e enquanto Rachel soltava–se dos braços de Quinn flagrou sua esposa com uma cara espantada.


—Tia Quinn? –repetiu indignada. A única criança que tinha contato era Theo, mas era por obrigação chama–lo assim.


Mas ali, no instituto de Rachel... Era como se tivesse ganhado algum emblema. Um titulo de grande importância.


—Você é minha esposa, portanto tia deles –Rachel confirmou com a cabeça.


—Se eu for ter que dividir minha herança com todos eles não vai dar pra nada –Pra disfarçar a emoção Quinn fez uma piadinha.


Rachel riu, e segurou a mão dela com orgulho. De certa forma aquilo representava que estavam juntas.


E que se não existia amor pelo menos tinha companheirismo e isso significa o mundo para Rachel.


 



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Autor(a): blacksweetheart

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