Fanfic: Até que o Amor nos Separe (Faberry) | Tema: Glee
Dentro do coração de cada homem
Há muita coisa para se entender
E comigo é a mesma coisa
—Meu Deus, uma festa na casa de Antoine Germotta – Blaine estava pulando de tanta euforia. – Isso é o céu!
—Acho que é totalmente oposto – comentou Rachel emburrada. –Quinn e eu íamos com Eros para um parquinho de cachorros. Agora eu vou perder minha noite nesse evento ridículo.
O convite estava na mesa, endereçado a Rachel Berry Fabray. Isso surpreendeu Rachel, afinal nenhum convite de baile tinha chegado no Instituto e esperava ser convidada por Quinn. Mas enviou uma mensagem para a esposa antes de chamar Blaine e confirmou que ela também recebera o envelope vermelho enrolado em fios de ouro.
Rachel olhou para o papel com desgosto. Céus, eles precisam ostentar até no convite! Blaine a encarou como se estivesse louca.
—É sério que prefere passear com o seu cachorro do que ir em um baile como esse? –perguntou o homem com indignação.
—Sim, prefiro só eu, meu cachorro e minha esposa do que toda essa gente ridícula –Rachel revirou os olhos.
Pensou um pouco em como listou Quinn em sua preferência, e o quanto isso soava normal. Bem, elas estavam em um casamento, afinal. Não teria amor, mas funcionava como qualquer outro. E ultimamente gostava da companhia da loira.
—Então trate de se empolgar, essa noite é o evento perfeito para chamar atenção –Blaine tocou em seu queixo, erguendo–o – Você entrara naquele salão como uma entidade, uma deusa magica que os agraciou com sua presença.
—Precisa de tudo isso? –Rachel achou engraçado a dramatização. Blaine seria um ótimo diretor de peça.
—Precisa. Hoje você não vai falar com ninguém sobre o instituto, ainda não. Precisa criar interesse em sua pessoa, as pessoas tem que gostar do que veem, pra depois saber como agradar –Blaine mexeu no cabelo dela. –Seu cabelo é tão lindo...
—Obrigada –Rachel corou com o elogio.
—É uma pena que teremos que muda–lo.
—O que? – Rachel afastou–se e segurou uma mecha do cabelo na mão. –Eu não quero mudar.
—Precisa criar um impacto, Rachel, uma mudança de visual fara com que todas as revistas só falem de você amanhã –Blaine voltou a se aproximar e segurou o rosto dela com as mãos –Imagem é tudo, querida. E a satisfação tem que ser deles, e não sua.
Rachel concordou silenciosamente, odiando–se por fazer isso. Pelo jeito era esperado que se odiasse enquanto todos a amavam.
Blaine partiu logo após seu aceno, dizendo que precisava conversar com os estilistas e escolher o vestido.
Assim que saiu da sala, Rachel pegou seu celular e ligou para Quinn.
—Eu iria te ligar agora –Quinn disse atendendo no primeiro toque.
—Por que?
—Sugar irá levar Eros pra atividade hoje –Quinn contou. –Ela chiou, bateu o pé, disse que tinha uma serie idiota pra maratonar, mas com um bom preço ela cedeu.
—Você... Você lembrou? –Rachel perguntou espantada.
—Claro! Aquele cachorro precisa liberar toda aquela energia, ou então fica pulando em mim a noite. –Quinn comentou aborrecida.
—Ele nunca pulou em mim –Rachel estranhou.
—Porque eu nunca deixei ele ir te incomodar.
—Oh Quinn... –A atitude era tão fofa, agora Rachel entendia porque sempre encontrava Eros saindo do quarto de Quinn depois que a loira saia para trabalhar. –Eu poderia te beijar agora.
—Vou cobrar esse beijo mais tarde.
—Quinn... –Rachel mordeu o lábio inferior, pensando na última vez que as duas participaram de um evento. –Nós não vamos brigar essa noite, certo?
—Farei meu melhor.
—Ótimo, mas de qualquer jeito levarei minhas sandálias por segurança –Ela soou brincalhona, mas o tom de crítica estava presente.
—Rachel... –Quinn suspirou do outro lado da linha –Nós vamos de limusine.
—E sério?
—Sim. Estou cansada e acho que sentira mais segura se eu não estiver no volante e você não ficar à mercê do meu humor volátil –Quinn também tentou brincar.
—Quinn... –Rachel temeu que tivesse magoado a esposa com sua sugestão que a deixaria novamente sozinha.
—Estou bem –Quinn a interrompeu antes dela responder – Te vejo a noite, tudo bem?
—Tudo bem –Rachel desligou o telefone.
E na porta, surgiu Blaine com um sorriso empolgado.
—Rachel, precisamos ir pro salão – o homem anunciou segurando a mão dela e a arrastando para fora.
—Ai que droga! – resmungou Rachel.
O dia seria longo.
(...)
—Está agitada, Q –Disse Santana assistindo a amiga andar de um lado para outro.
Quinn, Brittany e Santana estavam no degrau da entrada de Antoine. A festa já tinha iniciado, porem os convidados não paravam de chegar. Todos comentando o quanto a festa já apresentava opulência na entrada, com duas colunas de ouro reluzindo a entrada. O tapete vermelho estendido pela escada da entrada a área de desembarque dos carros, e os paparazzi ao redor, querendo capturar cada segundo.
Havia câmeras apontadas para Quinn também. E deveria estar descontraída, radiante...
Mas estava aborrecida e não importava que o mundo estivesse vendo isso.
—Ela está atrasada. Será que aconteceu alguma coisa?
—Olhe a fila de carros, Quinn, com certeza ela está presa na entrada – Brittany comentou.
—Ela devia vir andando, já tem pratica nisso –Santana piscou pra Quinn, que corou na mesma hora.
—Ainda estou chocada por Antoine te chamar – rebateu Quinn com um tom jocoso.
—De vez em quando eu livro a cara daquele safado. Ele me devia esse favor e Brit adora uma desculpa pra vestir vestido de gala –Santana beijou a bochecha da esposa.
—Sim –Britany retribuiu o beijo. –Mas Santana só participa se eu ameaço com greve de sexo.
—Ainda bem que não tem problema com isso né minha amiga – Santana cobriu a boca ao ver a careta irritada de Quinn.
—Estou quase virgem de novo –Quinn revirou os olhos.
—Você devia...
Santana não conseguiu terminar pois uma comoção foi generalizada a poucos degraus abaixo delas. Uma pessoa importante saiu do carro, com um vestido preto e uma fenda enorme na perna. Os cabelos castanhos evocados e uma boca rosa bem marcada. Os paparazzi imploravam por fotos.
Quinn engoliu seco. Estava linda, gostosa e tão majestosa que Quinn ficou sem fala.
—Aquela –Começou Brittany.
—E a... –Disse Santana.
—Minha mulher –Sentenciou Quinn.
Rachel era a personificação da alta elite. O vestido Armani, Quinn reconheceu de primeira. Rachel fez algumas posses e depois pediu licença aos fotógrafos, indo de encontro a sua esposa.
—Desculpe o atraso.
—Armani? –questionou Quinn. –Nunca te vi vestindo um Armani.
—Pra tudo tem uma primeira vez – Rachel entrelaçou seu braço no de Quinn e juntas começaram a subir os degraus.
—Você está linda, Rach – elogiou Brit.
—Parece que finalmente alguém se tornou uma Berry –Comentou Santana.
—Não –Rachel virou lentamente seu rosto para a prima, com um sorriso misterioso. –Me tornei uma Fabray.
Quinn estremeceu com a frase. Não sabia o que significaria aquela nova fase de Rachel. Nem mesmo sabia dizer se ser uma “Fabray” seria uma coisa boa.
(...)
Quinn não teve tempo de aproveitar Rachel, ela e Brittany e Rachel logo se juntaram para ver as exposições de joias do anfitrião, deixando Quinn e Santana perto dos bares.
Geralmente nestes bailes Quinn teria confirmado com alguém do Clube dos herdeiros se iriam comparecer, mas depois da última reunião não fez questão de vê–los, nem de entrar em contato com eles.
Por sorte tinha Santana, que reclamava da forma como Antoine separou a demarcação por lugares nas cores preto para os homens e branco para as mulheres. Quinn e Santana estavam marcadas no lugar preto.
—Antoine sendo um homofobico desgraçado julgou que somos os homens da relação. Você até pode ser um pouco, mas eu sou uma lésbica feminina.
—Santana pare de falar merda –Quinn riu da amiga.
—Olha, olha, Fabray e sua lacaia –disse alguém interrompendo o momento das duas.
Kitty Wilde se aproximou das duas, acompanhada pela esposa. Kitty vestia
—Lacaia é o olho roxo que você vai ganhar, Wilde –Santana ficou de pé, assumindo uma postura ameaçadora.
Kitty e Santana nunca gostaram uma da outra. De todo os amigos ricos de Quinn, Kitty era a mais soberba e nariz em pé. Para Kitty, Santana era apenas uma puxa saco de Quinn e que ameaça seu posto como amiga. Para Santana, Kitty era uma filha da puta que nunca lavou uma louça e por isso não sabia reconhecer o esforço que fez para conseguir o respeito de Quinn.
As duas nunca se dariam bem e Quinn sempre estaria no meio.
—Santana –Kitty fez uma cara azeda. –Seria um desperdício do meu tempo brigar com alguém do seu nível.
Antes de Santana rebater, Marley se envolveu para evitar a discussão:
—Como está Rachel, Q?
—Está bem. Ela está ali –Quinn apontou para a esposa, debruçada enquanto analisava uma escultura de tigre.
—Onde? Atrás daquela morena estonteante? –Kitty procurou.
—Na verdade, ela é a morena estonteante –Quinn respondeu com orgulho.
Sim, ela realmente estava diferente. A fenda do vestido exibia sua perna torneada, e a renda preta deixava sua silhueta marcada. Rachel não era vista com esse tipo de roupa.
—Uau –foi tudo que Kitty conseguiu dizer.
Rachel então as olhou, na verdade concentrou–se em Quinn e chegou sorridente acompanhada de Brittany.
—Quinn, acho que precisamos de um tigre de ouro em casa. Combinaria com o tamanho daquela sala… –Rachel ficou ao lado dela e deparou–se com Kitty e Marley as olhando. –Oh, oi!
—Rachel, eu não tenho palavras pra você essa noite –Marley disse com um sorriso orgulhoso.
—Eu tenho: surpreende –Kitty comentou tomando a mão de Rachel para um beijo.
A morena se retraiu com o gesto. Aquela mulher tinha dito há algumas semanas que Rachel não estava a altura de Quinn. O que estava de errado com ela?
—Obrigada. Agradeço também pelas flores –Rachel deu um sorriso tímido.
—Foi ideia da Kitty – Marley respondeu apressada.
Quinn observou o sorriso de raposa da amiga. Kitty não era pessoa que dava presentes sem alguma intenção oculta. Acreditou que fosse para mostrar a Quinn que não implicaria com sua esposa, mas a maneira que estava olhando pra Rachel...
O ciúmes começou a envenenar seu coração.
—É bom nos darmos bem –Kitty sorriu diretamente para Rachel.
—Não tão bem quanto deseja, Wilde –Quinn rebateu de maneira ameaçadora.
—Quinn, somos amigas! –Kitty deu seu sorriso falso, fazendo Rachel engolir seco.
—Eu não compartilho, Kitty –Quinn rebateu com rispidez. Não tinha possibilidade de permitir que Rachel se envolvesse com Kitty. Só a possibilidade já lhe fazia ver vermelho.
—Isso agora. Teve um tempo que você compartilhou, e muito –Kitty acariciou o braço de Marley, deixando claro do que se tratava. Marley se mostrou desconfortável com a situação.
Rachel sentiu Quinn ficar rígida. A mão na cintura de Rachel a apertou mais um pouco e o punho direito segurou o copo com tal força que estava prestes a quebrar.
Estava obvio que o intuito de Kitty era provocar uma situação entre o casal Fabray. Se Rachel não soubesse de tudo teria ficado tremendamente aborrecida. E no passado, não hesitaria em gritar com Quinn na frente de quem fosse.
Agora estava mudando. Elas eram parceiras.
Por isso Rachel decidiu tomar as rédeas da situação.
—Tem razão. Mas o problema não é ela, Kitty –Rachel esfregou–se no corpo da esposa, deixando–a surpresa. De maneira lenta e sensual, encostou seus lábios no pescoço de Quinn e deixou exposto uma marca de seu batom. Depois as duas trocaram olhares enquanto Rachel dizia –Sou eu que não consegue mais pensar em outra pessoa me tocando. Ninguém que não seja ela.
Quinn engoliu seco. Sua raiva esvaia–se a medida que o tesão tomava conta. Ela queria pegar Rachel e dar um beijo que deixaria as duas sem ar. Levantar seu vestido e sentir o sabor dela em sua boca como antes... Além de toda a luxuria que inebriava sua mente, também tinha a admiração. A certeza que Rachel depositou naquelas palavras deixava claro que não era só encenação. Era uma afirmação até para a própria Quinn.
Não tinha mais Finn na cabeça de Rachel. Só tinha Quinn.
—É melhor irmos –Marley disse percebendo o olhar felino de Quinn para Rachel. Não queria que Kitty estragasse esse momento. Kitty a acompanhou.
—Vão pra um motel –Santana disse revirando os olhos e recebendo um tapa no braço por Brittany.
—Eu não transo nesses lugares baratos, Santana –Quinn beijou a bochecha da esposa.
—Eu tenho que escolher minha joia antes da dança –Rachel sussurrou para a esposa. –Regra da festa.
—Antoine e suas regras –Quinn revirou os olhos. –Vá, depois nos encontramos.
Rachel beijou Quinn rapidamente e depois partiu com Brittany. Quinn suspirou com sua partida, sentindo falta de seu corpo junto ao dela.
E depois ficou vermelha ao perceber Santana a encarando.
—Você suspirou, Fabray? –Santana cruzou os braços.
—Vá encontrar outra alma, Satã –Quinn virou–se para o bar e pediu outra bebida.
—Você está mudando, Q. Será que seu coração congelado está derretendo? –Santana provocou com um sorrisinho.
Aquilo trouxe um gatinho a Quinn. A loira abandonou o copo e encarou a melhor amiga com raiva.
—Não existe coração para ser derretido, Santana.
Dizendo isso saiu de perto da amiga e começou a andar pelo salão. Ela não estava apaixonada por Rachel Berry, ela nunca amaria Rachel Berry. Gostava da presença de Rachel e sentia uma atração insuportável pela esposa, mas não tinha envolvimento romântico. Ela nunca mais abriria seu coração e esperava realmente que Rachel entendesse isso.
Ou então...
Quinn não sabia nem como iriam prosseguir.
Decidiu que precisava fumar e por isso foi até a ala dos fumantes, na sacada da mansão.
(...)
—Eu não consigo gostar dessa tal de Kitty –Brittany murmurou para Rachel.
Rachel tinha que concordar com a esposa de sua prima. As duas procuravam algo para usar na galeria de joias. Tudo reluzia, as mulheres comentavam ao redor com histeria, mas aquilo não conseguia empolgar Rachel de maneira nenhuma.
E também estava preocupada com Quinn. Se kitty a provocasse novamente, será que Quinn conseguiria se controlar? Não queria aquela noite arruinada, de novo, por Kitty Wilde. Ainda mais quando o plano que teve com Blaine estava dando certo.
Os paparazzis em cima dela, as pessoas da festa comentando sua mudança. Nada poderia estragar sua imagem naquela noite.
—Que Quinn não arruíne tudo –sussurrou.
—o que? –perguntou Brittany a encarando.
—Nada, estou pensando alto –Rachel sorriu.
—Está preocupada com Quinn?
—É estupido, eu sei. Só queria que ela não se estressasse tanto com algumas coisas.
—Quinn é muito estressadinha –Brittany riu. –Ela deve ser de Aries.
—Ela nasceu em outubro –Rachel comentou rindo de Brittany.
—Sra. Fabray – um garçom mascarado se aproximou de Rachel oferendo uma única taça de champanhe.
—Obrigada, não quero beber –Rachel recusou com um sorriso.
—Não pode recusar – disse o garçom de forma desesperada. – O senhor Antoine a observa. Pediu para abrir este vinho especialmente a você!
Rachel olhou para cima, observando a visão do camarote. O anfitrião italiano a observava atentamente. O homem ergueu a taça por um momento. Sua atitude causou estranheza a Rachel. Geralmente em eventos como aquele mal se notava a presença dela. Quanto mais trata-la com tanta atenção.
Era por Quinn. Ele queria a parceria com a Lux.
—Ele é um deus! –Brittany abanou–se. –Rachel, seria grosseira não aceitar.
Rachel não queria parecer má educada, nem ofender um possível parceiro de negócio de Quinn, por isso aceitou a bebida e a engoliu o liquido rapidamente.
—Nossa! É forte –Rachel sentiu o mundo girar ao seu redor, e por um segundo quase se desiquilibrou.
—Princesa –disse alguém a segurando por trás.
Rachel olhou para a pessoa que a ajudou, e ficou assustada ao perceber que ali estava Antoine, lhe segurando. Como ele chegou tão rápido? E por que sua cabeça estava rodando tão rápido?
—Grazie Antoine – agradeceu Rachel. Ele era italiano, certo? Não... estava errado. Só que Rachel não conseguia lembrar–se. –Estou honrada de estar aqui hoje.
—Então Hiram resolveu esconder sua maior joia de mim – O homem a olhou de cima para baixo, e concentrou–se por um bom tempo na fenda do vestido de Rachel que revelava sua perna torneada.
—Eu era muito nova pra esse evento –Explicou com um sorriso desconfortável.
As festas de Antoine eram sempre muito tardar da noite e aparecer desacompanhada chamaria atenção de todo urubu que queria uma posição alta, assim pensava o pai. De qualquer forma nunca se interessou o suficiente para insistir ir.
E pelo olhar que Antoine lhe deu fez muito bem de tê–lo evitado.
—E agora está nele como uma Fabray. É uma pena.
Rachel engoliu seco. Se foi difícil segurar Quinn com o comentário de Kitty, aquele flerte com certeza garantiria a Antoine um roxo no olho.
—É muita sorte –Rachel deu um sorriso brilhante. –Estou radiante em meu casamento.
—Quem não estaria sendo uma Fabray, não é mesmo? –Antoine olhou para Brittany, procurando apoio, e a loira concordou com a cabeça. –Bem, deixarei as duas com suas escolhas, mas se me permite dar uma sugestão escolheria o canto da sereia, bela Rachel, essa joia certamente combinara com você.
Antoine beijou a mão de Rachel e depois de Brittany e saiu para conversar com outras mulheres.
—Caramba, ele estava descaradamente flertando com você! –Brittany disse segurando seu braço.
—Por favor, não conte a Quinn. Quero acreditar que ela não prejudicaria uma parceria de trabalho por ciúmes, no entanto não posso garantir que ela se controlara a respeito disso.
—Não direi uma palavra –Brittany prometeu.
As duas continuaram a buscar as joias até que encontraram a joia sugerida por Antoine. Estava em uma capsula de cristal, um colar de prata trabalhado ao redor de uma grande pedra de diamante azul, conhecido por ser o diamante mais precioso do mundo.
E o preço esbanjava a raridade daquele tesouro.
—Meio milhão de dólares! – berrou Brittany.
Elas receberam olhares de censura e uma senhora se aproximou das duas.
—Eu sei, Antoine é um crápula por deixar uma preciosidade a este preço –A senhora alisou o vidro. –É ainda mais frustrante não podermos sequer usar no baile, pois está reservado a tal senhora Fabray.
—Ela é a senhora Fabray –gabou–se Brit apoiando no ombro de Rachel.
—É você, criança? –perguntou a senhora olhando–a de cima a baixo.
—Sim –Rachel concordou, tímida. –Mas não o usarei. Não consigo ter algo assim em meu pescoço.
—Querida –A senhora segurou sua mão –Escute uma pessoa que já viveu muito tempo nesta terra: se lhe tratam como rainha, seja rainha. É melhor viver com memorias do que com arrependimentos.
Rachel olhou para Brittany e a loira sorria de orelha a orelha, concordando com o conselho da senhora. Rachel então olhou para a joia. Queria ser a maior, queria ser vista.
Não teria como passar despercebida com a joia mais cara da festa.
Então assentiu para a guardiã da joia e ergueu o queixo tal como uma Fabray faria. Naquela noite, teria meio milhão de dólares em seu pescoço.
(...)
Quinn estava indo a ala dos fumantes quando viu Marley, fumando sozinha enquanto bebia uma taca de vinho. Sabia que aquilo significava um dia ruim entre ela e Kitty, e que Marley lidava com isso fumando escondida da mulher sempre que podia.
Quinn geralmente compartilhava um cigarro e ali viu uma oportunidade de conversar com Marley sobre um incomodo.
—Seja sincera: quais são seus planos pra Rachel? –Quinn se posicionou do lado da amiga e estudou sua expressão.
—É sério que me julga tão mal assim? –Marley ergueu a sobrancelha e continuou fumando tranquilamente.
—Responda, Marley –Quinn mandou friamente.
—Tenho as melhores intenções –Marley virou–se para ela e focou em seus olhos verdes. – Eu não gostava da ideia de vocês como casal antes. Mas depois que eu a conheci… Olha, é raro conhecer alguém como Rachel no nosso mundo. Alguém que olha além do que temos. Eu só quero ajudá–la.
Quinn enxergava verdade na loira e em seu interior sabia que Marley não era seu problema. Sua desconfiança vinha de Kitty e temia que a amiga retaliasse Rachel de alguma forma depois de te
—E as suas intenções? –Rebateu Marley bebendo um gole de seu vinho.
—O que? –Quinn esboçou surpresa.
—Eu vi a cena de desculpas, e quando eu olho pra vocês parece estar apaixonada por ela.
—Não estou.
—Sei que não –Marley respondeu rapidamente. Quinn poderia sentir–se atraída pela esposa naquele momento, mas aquilo não duraria muito tempo. – Então é tudo atuação?
—Não. Eu me importo com ela.
—Ótimo. –Marley deu um sorriso meigo –Acho que Jesse está errado, afinal.
A menção empalideceu a Fabray. Seu sangue congelou dentro do corpo.
—Jesse Jt. James está aqui? –perguntou agarrando o antebraço de Marley.
—Sim. Na verdade ele comentou quando as viu que não acreditava na relação de vocês. Eu te defendi –Marley observou as pupilas dilatadas de Quinn, e a forma dolorosa que segurava seu braço. Ao que parecia Quinn não tinha gostado da notícia. –Vocês tem uma história?
—Marley, por favor, não chegue perto desse homem –Quinn sacudiu a amiga para enfatizar seu pedido.
Marley olhou por cima do ombro de Quinn e arregalou os olhos.
—O conselho também é valido para Rachel?
Quinn virou–se para a porta e viu sua esposa agarrando o canalha para um abraço caloroso.
Quinn Fabray não era uma pessoa de ter medos. Ela encarava tudo que a vida propunha e lutava com punhos e garras por tudo que acreditava.
Mas Quinn tinha um pesadelo, que tinha nome e sobrenome Jesse St. James.
E agora seu pesadelo estava com os braços ao redor de sua mulher.
Autor(a): blacksweetheart
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Atrás de cada porta é uma queda, uma queda eNinguém está aqui para dormir Você sempre foi mais rápido do que euEu nunca vou alcançar você, vocêOh, eu posso os sentir vindo por mim Rachel tinha que admitir para si mesma que estava gostando da atenção que estava ganhando aquela noite. ...
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