Fanfics Brasil - Nem se fosse a última mulher na Terra teria chance Até que o Amor nos Separe (Faberry)

Fanfic: Até que o Amor nos Separe (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: Nem se fosse a última mulher na Terra teria chance

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Finalmente encontrou uma garota que não conseguiu impressionar


                                                                                       Nem se fosse a última *mulher na Terra teria chance


 


 


"A MAIS DESEJADA MULHER DE CHICAGO: QUINN FABRAY.


Ela é milionária, CEO da empresa de cosméticos número 1º do país e de quebra uma gata! Sim, estamos falando de Quinn Fabray.


Mas infelizmente meninas –sim homens, vocês nem tem chance de conquistar essa gata– ,Quinn Fabray está comprometida com a morena que está ao lado dela: Rachel Berry.


Isso não nos impede de sonhar um pouco, não é? Até porque ao que sabemos a Fabray se aventura bastante por ai ;)


Ainda sobre Quinn..."


 


Ali estava Rachel, diretora do instituto de artes da periferia de Chicago. Uma herdeira filantrópica. Na capa de uma das maiores revistas do estado. Diminuída como uma simples acompanhante.


—Quinn, Quinn, Quinn – Rachel cantarolou. –Por que ninguém comenta o quanto eu estava fantástica naquele vestido? Ou que eu fui uma das organizadoras do baile? –Rachel jogou a revista em cima da mesa – Já estou cansada de ganhar mérito apenas por ser "a noiva de Quinn Fabray".


—Melhor do que essa aqui –Respondeu Kurt, seu melhor amigo, apontou para uma modelo no rodapé da página. – Que só ganhou uma foto porque Quinn ficou com pena e tirou uma foto ao lado dela.


—Eu não entendo essa fascinação pela Quinn.


—Bem, ela é bilionária mais jovem do país. Sua marca é mundialmente famosa graças ao seu investimento. E – Kurt deu um sorriso diabólico. – Aquela mulher é tão linda que até eu mudaria de lado por ela.


Rachel revirou os olhos. Até mesmo seu melhor amigo ficava do lado da "Herdeira dourada".


—Rachel, eu não entendo essa aversão por Quinn Fabray. Entendo que pela situação deve ser uma droga ser obrigada a estar em um relacionamento com quem você não quer, ou ao menos gosta –Kurt lhe deu um olhar condescendente –Mas acho que deveria conversar com ela. Talvez ela possa te libertar.


Kurt lhe deu um beijo na testa e foi cuidar dos novos pianos que chegariam no Instituto.


Assim que Kurt saiu Rachel afundou o corpo na cadeira. Rachel olhou para a sala da direção-, sua sala, e passou a lamentar.


Não tinha como se libertar de Quinn. Elas estavam presas ao maldito contrato.


Hiram Berry era um empresário implacável. E um pai severo e superprotetor. Desde muito nova Rachel – a única filha de Hiram e Shelby Berry – tinha uma vida traçada a ela. Estudou na melhor escola do país, suas notas eram excelentes e tudo indicava que seria a próxima Berry a sentar na cadeira da presidência. Bem, era tudo que o pai queria para ela.


Rachel começou a querer sua liberdade, assumir a autonomia de sua vida, e desde sua adolescência seu relacionamento com o pai tem sido uma luta constante. Começou quando Rachel decidiu que ingressaria em artes cênicas na faculdade. Foi um afronte, seu pai berrou e ameaçou não pagar sua faculdade caso não mudasse de ideia. Mas se tinha algo que Rachel e Hiram eram iguais é a teimosia. Até que em um momento Hiram cedeu. Na época Rachel acreditou que finalmente ele estava a libertando para que ela pudesse ter as rédeas de suas escolhas. Mas logo depois descobriu o porquê.


Os casamentos de sua família não eram por amor. Se não fosse por aliança, era por interesse financeiro. No entanto Rachel nunca pensou que o dela seria determinado da mesma forma que de seus pais, ou seus tios. Rachel também nem pensava em se casar, estava com dezoito anos e junto de seus amigos da faculdade – Kurt Hummel e Camila Cabello – iria construir um instituto de música na área carente da cidade. Se casar era a última coisa que Rachel queria. Só que Hiram queria o contrário.


Os Fabrays na época, ainda sob a liderança de Russel Fabray, estavam sem verba para investimento. Corria alguns boatos sobre falência. E Russel foi a procura de seu velho amigo Hiram. A marca Lux da família Fabray era responsável por distribuição de produtos de beleza. Bem distante do que a construtora Berry fazia. Eles não eram inimigos de negócios, mas certamente não poderiam se ajuntar mutuamente com uma parceria.


Então Hiram Berry, sendo o gênio ambicioso que é, decidiu que a melhor forma de garantir o pagamento do investimento que faria seria ter parte das ações da empresa Fabray. E para garantir que teria sempre essa parte decidiu que queria um membro de sua família como portador destas ações. Especificamente sua filha.


Rachel não tinha interesse nenhum em se casar com Quinn. Além de odiar a ideia de estar sendo vendida pelo pai, ela também detestava a "herdeira dourada" dos Fabray. Infelizmente não tinha forças para confrontar o pai, ele forneceu verba no instituto para que ela assinasse e ainda mantinha o pagamento de tudo sobre o instituto já que Rachel decidira não cobrar mensalidade.


Ela amava aquele lugar. Estava disposta a fazer tudo para mante–lo.


Já Quinn... Bem, ela assumiu a presidência há três anos e o lucro dos Fabray aumentou muito. Agora eles eram mais ricos que os Berry e Quinn era a mais jovem milionária do momento. Não precisava daquele contrato, podia desistir.


E foi com esse pensamento otimista que Rachel pegou sua bolsa e decidiu ir atrás de sua noiva (que com esperança logo seria Ex).


...


Rachel nem se deu o trabalho de deixar Sugar anuncia–lá a Quinn. A mulher a seguiu com seus saltos finos, gritando com sua voz extremamente irritante que Quinn não queria ser incomodada naquele momento. A Berry apertou os passos e passou a cantar uma música infantil bastante conhecida por ser uma música de acalmar os ânimos.


—Um elefante incomoda muita gente, mas uma Sugar incomoda muito mais –cantarolou lançando um sorriso sob o ombro.


A secretaria faltou explodir de tão vermelha.


Quando Rachel encontrou a sala de Quinn, não que fosse difícil de localizar já que era a maior sala do andar, antes mesmo que batesse na porta uma mulher saiu de lá aos prantos. Rachel não demorou muito até reconhecer que era Harmony uma modelo famosa que trabalhava para a marca de Quinn.


Por que ela saiu chorando? perguntou–se Rachel com curiosidade. Rachel já não se importava de considerar–se uma fofoqueira. Ela e Kurt adoravam comentar sobre a vida dos outros, principalmente se envolve um escândalo da perfeita Quinn Fabray. Rachel não acreditou que fosse uma demissão, Quinn não se daria o trabalho. Será que elas tinham um caso?


Rachel abriu a boca ao chegar à conclusão.


—Ninguém te avisou que em boca aberta entra mosca? –perguntou Quinn a encontrando.


Qualquer pensamento de Quinn esvaiu-se, dando lugar a dois sentimentos desconfortante para Rachel: o tesão e a raiva.


Era um eterno conflito em seu corpo quando tratava–se de Quinn Fabray. Aquela mulher era tão bonita que quando Rachel a via seu corpo esquentava, seus olhos perdiam–se em sua beleza e logo vinha uma vontade obscena de se ver ajoelhada na frente de Quinn, com sua cabeça em meio... Mas ai vinha a raiva porque bem... Era de Quinn Fabray que ela estava falando. A mulher que mal conseguia suportar por cinco minutos sem brigar com ela.


O relacionamento delas não podia ser definido por nada menos que caótico!


—Nossa Quinn será que é um dom seu conseguir irritar qualquer pessoa que fica perto de você? –Rachel passou por ela e adentrou na sala.


Jogando sua bolsa e depois se jogando na cadeira Rachel respirou fundo. Fugir de Sugar ainda usando salto alto era quase tão difícil do que correr em uma esteira.


—Que outra pessoa eu me dou o trabalho de irritar além de você, meu amor? –Quinn pegou a bolsa e a blusa de Rachel e organizou no porta chapéus.


Quinn Fabray era terrivelmente organizada com tudo. E como em muitas coisas, Rachel era seu oposto nisso.


—A modelo que saiu daqui –Rachel apontou em direção a porta.


—Não estava a irritando. –Quinn deu um sorriso lento e sentou–se em sua cadeira presidencial. –Estava rompendo minha relação com ela.


—Rompendo relação? –debochou Rachel. –Até da sua vida pessoal você fala como se fosse uma reunião, por Deus.


— Você saiu de sua escolinha teatral pra vir aqui apenas pra reparar na maneira que eu falo? –Quinn começou a ler seus e–mails, havia sempre muito o que se fazer naquela agencia. – Quanto amor.


—Eu não me daria esse trabalho –Rachel revirou os olhos. –Quanto menos fico perto de você, mais feliz minha vida é.


—Então por que tornou sua vida infeliz esta tarde? –Quinn ergueu a sobrancelha.


—Porque essa história precisa acabar –Rachel cruzou os braços e ficou ereta. Queria parecer seria no que iria dizer. –Desista desse casamento.


Quinn parou de responder o email, e fechou seu notebook. A loira piscava algumas vezes enquanto olhava pra baixo. Rachel passou a morder seu lábio inferior. Até que por fim Quinn ergueu o rosto e passou a gargalhar.


Rachel a olhou como se estivesse louca.


—Sempre tão engraçada, Berry. –Quinn secou o canto dos olhos.


—Não estou brincando! –respondeu desesperada. –Você tem que terminar isso de vez! Esse noivado já foi longe demais!


—Deixe–me entender: está me pedindo pra romper um contrato milionário e arcar sozinha com a multa por quebra de contrato? –Quinn já não estava rindo. Seu olhar sob Rachel era severo.


Rachel abriu e fechou a boca. Do ponto de vista de Quinn ela não sairia ganhando com a quebra do contrato.


—Eu sei que você só pensa na merda do seu dinheiro, mas pense bem Quinn, esse contrato é insano!


—Se está tão incomodada com essa situação por que você mesma não pede rompimento? –Quinn juntou as mãos em cima da mesa. Sua postura era como se estivesse discutindo mais um negócio, e não o resto de sua vida. Da vida delas.


—Meu pai me mataria! –Rachel estremeceu só de pensar. –E eu não tenho um cargo dentro da Berrys que assegure minha estabilidade financeira. Você é CEO da Fabray, já está no topo. O que um contrato rompido afeta sua vida?


—O rompimento de um contrato com o maior investidor da empresa poderia me causar um dano irreversível.


—Irreversível será esse casamento se realmente formos forçadas a isso –Rachel apoiou as mãos na cabeça.


Por que Quinn não desistia logo?


—Nós sabíamos do que se tratava quando assinamos –Quinn lhe deu um olhar preocupado.


—Talvez você pudesse declinar, mas eu não. Meu pai iria me jogar na rua se eu me recusasse! –Ele literalmente tinha a ameaçado quando se recusou e por nenhum segundo Rachel duvidou que ele não faria isso.


—Sinto muito por isso, Rachel, mas não posso quebra–ló –Quinn tocou no braço dela com a ponta dos dedos.


Rachel sentiu seu corpo energizar-se com o toque e logo recuou.


—Tudo bem, então. Peça um adiamento. –Rachel sabia que logo seu pai iria pressionar para que o casamento acontecesse logo. As desculpas de Rachel acabaram. Primeiro foi a faculdade, depois a construção do instituto. Se inventasse mais alguma coisa para não casar seu pai se vestiria de noiva e assinaria por ela.


—Adiamento? Do que adiantaria?


—Assim eu teria tempo de ajuntar mais dinheiro para pagar a multa.


—Seria necessário dez anos até que sua escola rendesse esse dinheiro.


—Se eu economizar... Teria que vender meu carro... –Rachel começou a fazer o cálculo na sua cabeça. Não tinha muitas coisas de luxo para vender, mas se apertasse sua renda um pouco...


—Rachel Berry andando de metro. Essa é uma cena que eu quero muito ver –Quinn soltou uma risada irônica.


—De qualquer jeito você não está ansiosa para o casamento, não é mesmo? –Brincou dando risada, mas Quinn não a acompanhou. –Fabray?


Quinn olhou pra baixo e juntou novamente as mãos. A falta de negação dela deu a resposta a pergunta de Rachel.


—Está brincando comigo?! – A morena se levantou em um pulo.


—Os acionistas não confiam em mim. Meu pai acredita que o motivo é porque não pareço uma CEO comum. Alguém respeitável na sociedade é casado –explicou calmamente. O tom de Quinn era como o de quem conversa com uma criança.


—Também é vista com uma mulher diferente a cada semana. Sempre saindo com os outros herdeiros metidos a bestas! –acusou Rachel. Quinn tinha uma vida pessoal agitada, era claro que os tradicionalistas dos acionistas não confiariam nela para dirigir uma empresa.


Quem dirá Rachel confiar nela para dirigir um casamento!


—Preciso de credibilidade, e infelizmente, do apoio destes velhos machistas para alavancar a empresa em um nível internacional.


—E acha que se casando consegue isso?


—Estaria comprometida com algo, afinal. –Quinn deu ombros.


—Então quer se casar pra garantir sua posição? Por interesse seu? –O pouco caso de Quinn, o modo como parecia uma decisão simples, estava irritando profundamente Rachel.


Ela teria que se casar com aquela playboy disfarçada de terninho?


—Rachel nosso casamento uma hora teria que acontecer. Estamos comprometidas desde os dezoitos anos. Adiei o máximo que pude, porque sei que você não está preparada.


—E você está? Tratando tudo isso como mais um negócio, um investimento para sua carreira. É sobre vida que se trata, Quinn, especificamente a minha. Não tem um pouco de compaixão em seu coração de lata? –Os olhos dela já estavam marejados. Quinn era sua última chance de se livrar daquilo.


E agora não tinha mais nada.


—Não é o cenário ideal...


—Chega, não aguento mais isso. Quando resolver falar comigo como uma pessoa e não como se eu fosse um de seus sócios a gente pode conversar –Rachel deu as costas e foi até o guarda–casacos pegar sua bolsa. Depois deu uma boa olhada na sala grande e vazia de Quinn. Ocupada somente com sua mesa de presidente. – E bote algum quadro nessa sua salinha sem graça, credo!


Ao sair deu de cara com uma pessoa, e quase machucou os lábios do pobre coitado com sua testa.


—Calma ai, furacão Rachel –Disse Lauren segurando seus braços bem a tempo de evitar a colisão.


—Desculpa, Lauren. – Rachel deu um rápido sorriso de desculpas e depois logo saiu correndo da sala.


Lauren ficou parada na porta até que Rachel entrasse no elevador. Depois fechou a porta da sala e foi até a mesa de Quinn.


—Noivinha irritadinha essa sua hein. Mas gostosa como sempre –Lauren deu um sorriso felino.


—Quieta, Lauren! –Quinn arrumou a postura e voltou ao trabalho.


Lauren foi até a cadeira vazia a frente de Quinn e sentou de forma relaxada.


—Desculpa, esqueci que não posso mexer com "sua Rachel". Mas que ela é linda não dá pra negar – o sorriso debochado ainda estava em seus lábios


Mas isso não mexeu nenhum pouco com Quinn, e Lauren sabia que era um problema.


Lauren era uma engenheira respeitável, e seus planos eram trabalhar em alguma empreitara grande como a do pai de Rachel, mas o salário gordo que Quinn lhe dava fazia que sua posição confortável de "diretora de locações". Era ela que cuidava de toda infraestrutura da Lux e também coordenava os cenários utilizados em outros ambientes.


Além de tudo era também a pessoa que Quinn desabafava em momentos de crise.


E aparentemente aquele era um desses.


—Qual foi o problema dessa vez? Ela veio jogar mais um presente em sua cara? –O evento rendeu a Jauregui muitas risadas.


Ela realmente não entendia a fascinação de Quinn por Rachel. Claro, havia a questão do contrato e tudo. Mas Quinn não tinha dever nenhum de mimar a "noiva" e ainda sim fazia sempre questão de pedir que entregassem flores, ou joias caras no escritório de Rachel. A morena sempre arrumava um jeito bem criativo de devolver, e em uma das vezes veio pessoalmente jogar o buque na cara da Fabray porque as flores lhe deram alergia.


Lauren suspeitava que Quinn fazia tudo aquilo só pra ter um pouco de atenção da Rachel.


—Ela não quer se casar –respondeu tão neutra como se fosse uma conversa sobre o clima.


Lauren tinha inveja da habilidade de Quinn não permitir que transparecer suas emoções. O mundo podia estar caindo na sua frente e Quinn Fabray agiria com calma e racionalidade.


—Isso é obvio! Ela vem demonstrando isso há cinco anos –Lauren fez o número 5 com os dedos pra dar mais ênfase.


—Me pediu para anular. Sabe que o pai nunca permitiria que fizesse isso –Quinn deu um longo suspiro. Um pequeno sinal de frustração.


O assunto mexia mais com Quinn do que qualquer outra coisa.


—Olha, nunca gostei de Hiram Berry. Ele é um desgraçado muquirana. Nem sei porque seu pai quis ter uma parceira com ele. A Berry nem tem tanto rendimento assim.


—Atualmente. Na época os Fabray estavam quebrados e a parceira com a empreiteira Berry salvaram a empresa da falência.


—E pra assegurar que pagariam a dívida ele oferece a filha como garantia de pagamento. Parece até história do século XVIII – Lauren revirou os olhos.


Quinn e Rachel tinham dezoito anos quando foram obrigadas a assinar, e Lauren acompanhou de perto o quanto aquilo frustrou Quinn. As duas foram a um bar depois da assinatura, e foi a primeira vez que viu Quinn alterada o suficiente para quase avançar em alguém.


Sua indignação não era por ela, desde sempre Quinn esteve mais que empenhada em transformar a Lux em algo maior do que era nas mãos do pai. O problema era Rachel, e como ela assinou o contrato aos prantos pelas ordens do pai. Rachel nem mesmo quis olhar na cara de Quinn depois, e partir daquele dia a Berry vem tratado a Fabray de inimiga.


Lauren sabia que não era culpa de nenhuma das duas, porém não podia deixar de sentir mais pena de Quinn e seu pequeno otimismo de que elas poderiam entrar em um acordo.


—E então? –questionou Lauren apoiando os braços na mesa.


—O que? –Quinn tirou sua atenção do computador e encarou a amiga.


—Não vai anular o casamento? –O silencio de Quinn foi sua resposta. –Quinn, ela não quer. Te disse isso com todas as letras. Não dá pra você ficar alimentando a ilusão de que uma hora ela vai mudar de ideia.


—O que acha que o pai dela fará com ela se eu anular isso? Ele só patrocina sua escola porque ainda a vê como a galinha dos ovos de ouro dele.


—Ela se vira, é isso que ela quer afinal!


—Não, Lauren, Rachel até pensa que pode se virar sozinha, mas toda renda dela vem do pai. Ele a arruinaria –Lauren sabia que Quinn estava certa, Hiram Berry era o tipo pior de filho da puta.


Mas se Lauren tivesse nessa situação, não iria se casar com alguém que a odeia.


—Está realmente pensando no bem dela ou é só seu ego ferido pelo fato de que ela nunca te quis? –Lauren não tinha rodeio, nem floreios. E desconfiava muito que Quinn estivesse fazendo tudo por pura bondade.


Tinha algo ali. Uma faísca. Um sentimento que até a "Elsa Fabray" não conseguia controlar.


—Pensa assim tão mal de mim? –Os olhos verdes de Quinn faiscaram com a ofensa.


—É que eu não consigo entender essa sua obsessão por ela. Com tantas mulheres te querendo, literalmente fazendo fila na sua porta, você insiste em chamar atenção daquela que te detesta. Se não te conhecesse acharia que está apaixonada por Rachel –Lauren deu uma risada irônica.


Dessa vez Quinn a acompanhou.


—Ainda bem que me conhecesse e sabe que isso seria impossível de acontecer. –Quinn voltou para o trabalho e disse sem nenhuma hesitação: –Mas sim, Rachel desperta a minha atenção. Talvez seja pelo desafio. Não sei. O que posso te dar certeza é que não desistirei deste contrato e Rachel Berry será minha esposa.


E se tinha algo que Lauren Jauregui colocava sua mão no fogo é que Quinn sempre tem aquilo que quer.


Tudo que Lauren podia responder era:


—Coitada da futura Senhora Fabray. Mal ela sabe o que a espera.


...


—Aquela maldita idiota, loira de farmácia...


Rachel usava todos os xingamentos possíveis para definir Quinn Fabray, enquanto praticamente fugia da Lux como um diabo foge da cruz. Prometendo–se nunca mais procurar a Fabray pra qualquer coisa. Inclusive pensava seriamente em um plano que pudesse destruir esse casamento de vez...


Até que colidiu com alguém na saída da empresa e isso a fez cair sentada.


—Eu sei que nossa família tem histórico de loucura, mas jurava que você estava isenta disso, prima –comentou Santana Lopez oferecendo a mão para levanta-lá.


Claro! O dia não podia ficar pior, pensou Rachel.


O irmão de Hiram Berry era Hernandes Berry, pai de Santana. Isso tornava Santana tão Berry quanto Rachel, porém a prima nunca seguiu as regras impostas pela família.


Rachel a idolatrava e odiava por isso. No momento ela escolheu o ódio.


—Tem como não ficar louca quando sua vida é tão controlada a ponto de decidirem te casar com uma...


—Rachel –censurou Santana antes que a deixasse terminar a frase.


—Desculpa, esqueci que ela é sua amiguinha –Rachel revirou os olhos.


—Ela não é tão ruim quanto pensa. Na verdade é melhor do que muitos membros de nossa família.


—Ela não é tão diferente já que quer continuar com o casamento.


—Lopez! –Chamou Sugar se aproximando delas. –A Srita. Fabray quer saber sobre o acordo com a MAC.


—Diga que já estou indo.


Antes de ir a secretaria deu um longo olhar a Rachel e a morena lhe respondeu fazendo sinal para que saísse. A secretaria saiu bufando.


—Mulherzinha odiosa –resmungou.


—Você não muda nada, Rach –Santana deu um sorriso a prima.


—Já você mudou bastante, Lopez –Rachel fez questão de focar no sobrenome. Santana podia esconder o que fosse, mas sempre seria uma Berry.


—Não me julgue por não querer ser mais uma Berry. Você também odeia essa família.


—Não te julgo –Rachel deu um abraço rápido de despedida. –Te invejo. Eu não consigo fugir como você.


Rachel por fim saiu apressada. Não queria que Santana visse que seus olhos estavam cheios de lagrimas.


Ela sempre seria uma prisioneira. Se não fosse do pai, logo seria de Quinn.


Será que ser uma Fabray era pior do que ser uma Berry?, pensou com ironia.


Logo ela descobriria a resposta de sua pergunta.


...


Era tarde da noite, e Quinn estava terminando os relatórios da sua próxima reunião quando Santana chegou em sua sala.


—Mandou me chamar? –perguntou colocando metade do corpo na porta da sala.


—Sim, por favor, sente-se.


Santana adentrou na sala e ficou alguns minutos observando Quinn terminar. Elas eram amigas de escola, e depois de trabalho. Foi Quinn que ajudou Santana a criar independência da sua família e ter uma posição de confiança na Lux.


Além de tudo Santana conhecia Quin, e vice-versa. Naquele momento era claro que algo preocupava a loira, porque mesmo com seu famoso autocontrole suas sobrancelhas estavam franzidas.


—Está transparecendo suas emoções. A coisa deve ser feia. O que foi? Perdermos o contrato com a MAC?


—Não, não é sobre a empresa – Quinn finalizou o relatório e fechou o notebook. Sua concentração agora era em Santana. –É sobre Rachel.


—Oh, minha querida e irritante prima Rachel. Vi que ela estava aqui mais cedo. O que tem ela?


—Rachel me pediu para cancelar o casamento. Quebrar o contrato –Quinn passou a mão pelos cabelos. Estava nervosa –Santana, eu posso fazer isso, se é o que ela quer. Mas preciso confiar que ela ficará bem. Se o seu tio não irá lhe punir de alguma maneira.


—Quinn, conhecendo meu tio Hiram tenho certeza que Rachel Berry não vai mais existir se ele perder esse contrato. Pra ele tudo é sobre dinheiro – Santana nem mesmo conseguia disfarçar o tom de desprezo. –Os Berry são mercenários, mas nada superava Hiram Berry. Rachel tivera uma grande sorte de não herdar nada do gene avarento dele.


—Não quero força-la a se casar comigo...


—Mas não quer ser o motivo de sua morte –Quinn arregalou os olhos com o comentário de Santana. –Metaforicamente! Calma. Ele provavelmente a jogaria na rua sem nenhum centavo.


—O que devo fazer? –Quinn encarou com a amiga seriamente.


Santana sabia que ela estava perdida demais para pedir ajuda. Geralmente Quinn tinha controle sobre cada área da vida. A única que nunca conseguiu entender era Rachel.


—Mesmo Rachel e eu brigando a maior parte do tempo que passamos juntas, ela é uma pessoa boa e merece ser feliz. Honestamente, Quinn, acredito que possa a fazer feliz –Rachel era uma das poucas pessoas que Santana amava em sua família. A prima mais nova era boa demais para aquela família.


—Então é isso? Caso com ela?


—Se é assim que pode fazê-la feliz. –Santana olhou para o relógio –Está tarde, precisa ir para casa.


—Certo. Mande Alessandra entrar quando sair, tudo bem? –Quinn também se levantou e passou a arrumar sua roupa.


Santana lançou um beijo no ar e saiu da sala. Quinn sabia que a razão de tanta presa era pra encontrar Britanny, sua esposa, que a esperava lá embaixo. Por um pequeno momento Quinn invejou o relacionamento delas.


—Olá Quinn. Precisa de mim hoje? –Alessandra entrou na sala com um sorriso de orelha a orelha.


—Sim. Preciso que durma comigo. – Ordenou a Fabray sem rodeios. –Mas fique tranquila, pelo que parece terei uma pessoa para fazer isso futuramente.


 



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Autor(a): blacksweetheart

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