Fanfics Brasil - Ela me tem como ninguém Até que o Amor nos Separe (Faberry)

Fanfic: Até que o Amor nos Separe (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: Ela me tem como ninguém

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Não, ele não consegue decifrar a minha cara de paisagem


(Ela me tem como ninguém)


 


—Ele nunca, nunca vem aqui –Camila começou a andar de um lado pro outro. –Sequer compareceu a inauguração. Será que é uma vistoria? Será que ele vai dar uma notícia ruim...


—Lauren –Quinn chamou pela amiga –Leve Camila para fora e peça pra Hiram entrar. Faça um café, chã e traga alguns biscoitos também, depois traga aqui.


—Já estou indo –Lauren levantou e foi até Camila. –Vamos, Cams.


—Mas –A mulher olhou desesperada pra Quinn.


—Camila, confie em mim, dou conta de Hiram Berry –Quinn deu seu melhor sorriso confiante.


Camila assentiu e aceitou ir pra fora com Lauren.


Quinn sabia que a visita dele não tinha haver com o instituto e sim com os eventos da festa de Antoine. Apesar do assunto ter sido abafado e do desaparecimento de Rachel ter sido levemente noticiado como um erro de localização; uma revista até mesmo brincou que a mansão era tão grande para Quinn se perder de sua esposa, era claro que alguns boatos surgiriam. E pelo visto tinha parado no ouvido de Hiram Berry.


No começo pensava que Hiram era um pai que não se importava com a filha, já que a deu como moeda de garantia em um acordo mesmo contra sua vontade. Depois do noivado, e sua ameaça velada a respeito da segurança de Rachel, Quinn começou a vê–lo de um modo diferente. Pelos relatos de Rachel e o total controle que Hiram exercia no Instituto estava claro que o homem se importava demasiadamente com a filha. E ali estava o problema; existia uma linha tênue entre cuidado excessivo e controle absoluto.


Hiram entrou com a confiança de um dono, claro, que era isso mesmo que ele era. Mas em vez de encontrar a filha encontrou Quinn sentada na cadeira de diretora, tão acomodada e orgulhosa que rivalizava com a posse de Hiram. Dois lideres natos em uma sala de tamanho médio. Nora e Sogro juntos, e sozinhos pela primeira vez. Era um desafio e tanto para Quinn.


E ela estava mais que ansiosa para encara–lo.


—Da última vez que chequei era o nome de Rachel que estava na diretoria –Hiram disse com rispidez.


—Da última vez que chequei Rachel era minha esposa, portanto o que é dela, é meu –Quinn deu um sorriso irritante.


Hiram respirou fundo, procurando recompor–se. Quinn não era uma mulher insignificante; era dona de uma empresa multimilionária. Cordialidade era um modo de sobrevivência naquele mundo.


—Peço desculpas pelo meu mau humor, Quinn –Hiram sentou a sua frente, com uma expressão de irritação. Com certeza se Rachel estivesse ali teria cedido o lugar de diretoria a ele.


Mas ela não era Rachel e não cedia a ninguém.


—Ouvi alguns boatos preocupantes sobre a noite de ontem envolvendo Rachel. Vim aqui para certificar que ela está bem.


—Rachel está bem, Hiram. Está em casa, tendo uma folga depois da agitação noturna. Ela me disse que não gosta de festas na semana e foi erro meu não ter acreditado –Quinn usou seu melhor tom de casualidade.


Seu plano era fingir que a noite anterior não foi tão seria quanto os boatos que ele escutou. Não queria que ele pensasse que Quinn era ineficaz em proteger Rachel.


—Ouvi que a agitação envolveu um roubo e minha filha desaparecida por horas –Hiram soou nervoso.


—Boatos são sempre aumentados –Quinn revirou os olhos.


Antes que pudesse continuar Lauren adentrou a sala com a bandeja cheia.


—Aceitam café? Chá?


—Aceito café, Lauren. E o senhor, sogro?


—Café sem açúcar.


Lauren preparou as xicaras e entregou.


—Obrigada, Lauren –Quinn sorriu em agradecimento.


Enquanto Hiram nem mesmo olhou para o rosto da mulher. Isso fez Lauren se irritar, e Quinn deu–lhe um olhar como aviso para se conter. Fora uma atitude deplorável a do homem e fez Quinn perguntar–se como uma pessoa tão gentil como Rachel pode ser filha de alguém como Hiram Berry.


—Continue –Hiram pediu quando Lauren fechou a porta. –Estava me explicando sobre ontem a noite.


—Foi tudo um engano. Rachel ficou perdida no jardim de Antoine. Aquele lugar e um verdadeiro labirinto. E eu, confesso, fiquei um pouco paranoica ao não encontra–la na festa.


—E sobre o roubo?


—Não houve roubo –Quinn negou com a cabeça. –Na verdade houve um prejuízo considerável com o colar que sua filha me fez comprar.


Quinn também tinha pedido a Antoine que não denunciasse sobre o roubo. Atrapalharia qualquer investigação que Sue fizesse se a polícia se envolvesse. Além disso o homem não sofreu qualquer prejuízo já que arcou com os custos e ainda ganhou uma parceria. No mínimo a história do roubo deveria ser enterrada.


Hiram saber do roubo deixou Quinn curiosa. Afinal poucas pessoas sabiam do ocorrido, somente ela, Antoine, Marley e Kitty, Santana e Brittany e Jesse st. James que ficou até Rachel ser encontrada. Teria sido Jesse quem contou a história para o pai de Rachel? Ele queria queimar sua imagem com o sogro de Quinn?


—Então o boato é uma invenção –Hiram comentou com desconfiança.


—Completamente –Quinn soou com firmeza.


—Então ficarei feliz de ver esse colar tão magnifico no jantar de aniversário de casamento que eu e Shelby daremos na semana que vem –Hiram deu um sorriso sínico. –Contamos com sua presença e a de Rachel.


Claro, ele não se daria por vencido facilmente.


—Será um prazer.


Hiram terminou seu café e apoiou a xicará na mesa.


—Fico feliz que nada tenha acontecido a minha garotinha –O homem pegou o quadro de Rachel ainda criança e passou o dedo sob o rosto da filha. –Rachel é a luz da minha casa. Shelby e eu lutamos muito para concebe–la. Minha esposa tinha certa dificuldade em segurar uma gravidez. Quando ela nasceu foi uma das maiores vitorias que tive na vida. Prometi que a protegeria de tudo, entende Quinn?


—Claro.


Não, Quinn não entendia. Não entendia como um pai conseguia dar a filha em casamento apenas para garantir que receberia seu dinheiro de investimento de volta. Rachel tinha sorte que era Quinn a pessoa do contrato, e ela nunca a machucaria. Poderia ter sido Jesse, poderia ter sido um dos acionistas velho e machista... Como alguém que dizia amar tanto a filha lhe fazia passar por essa situação?


—Acredite em mim, sogro –Quinn seria franca dessa vez. –Eu farei de tudo pra que Rachel esteja segura. Nada de ruim irá acontecer com minha esposa.


Nem mesmo você, Quinn queria acrescentar.


—Confio em você, Fabray – o homem pareceu franco. –Você é como eu quando jovem.


Aquilo fez o sorriso de Quinn morrer. Apesar das mentiras, dos planos debaixo dos panos, Quinn nunca forcaria Rachel a algo que ela não queria. Não, ela não era como Hiram Berry.


E no que dependesse dela nunca seria.


(...)


 


Assim que Hiram saiu da sala, Quinn relaxou na cadeira. Nem percebera que estava tensa. Estar com Hiram Berry era como jogar xadrez, tinha que tomar cuidado a cada passo.


Imaginou como deveria ser difícil pra Rachel lidar com alguém assim a vida toda.


E para facilitar um pouco a vida da esposa Quinn pegou seu telefone e discou para a pessoa mais próxima que tinha no grupo dos herdeiros.


—Sam! –Falou com empolgação quando o homem atendeu.


—Fala grande Q. 


—Você vai fazer uma doação pro instituto da Rachel. 


—Vou? –O homem riu do outro lado da linha.


—Vai e depois eu arranjo um jeito de recompensar você. 


—Para com isso, Q. Eu faço de bom grado. 


—Você é um amigão. 


—E você é uma falsa –Sam soou brincalhão –Está casada há meses e nem deu um jantar. Olha eu sei que tem o drama com a Kitty e Puck, mas o resto está ansioso pra saber mais da mulher que fez Quinn Fabray adotar um cachorro!


—Vou falar com ela sobre isso –Um jantar com Sam seria agradável e já conseguia visualizar Rachel e ele gargalhando sobre as gracinhas de Eros.


—Ótimo, vou esperar meu convite


—Tchau, Sam. 


—Tchau, grande Q. 


Pronto, a questão da doação foi arrumada.


Agora seria a etapa da administração financeira. Apesar de Mike ser eficiente o homem era professor de dança, e com um musical e campeonatos não dava pra perder tempo com finanças.


Estava na hora de delegar algumas de roubar alguns funcionários de sua empresa.


(...)


 


Quinn reuniu todos os funcionários (quase todos já que Lauren deu um jeito de sumir com Camila) na sala de reuniões após o expediente das crianças. Sem perceber, acabou passando o dia no instituto. Conheceu as aulas das crianças, até mesmo brincou com algumas e assistiu como aquele trabalho era especial pra muitas vidas. As crianças tinham um lugar seguro, com pessoas dedicadas a dar o seu melhor a elas. As mães ficavam tranquilas, deixando seus filhos em um local onde receberiam todo o cuidado. E tudo graças a Rachel, ao seu desejo de levar musica a todos.


Claro que Rachel era mais que adorada por todos. Se ao menos fosse mais valorizada por isso...


—Olá, pra quem não me conhece eu sou Quinn, a esposa da Rachel. Ela está doente hoje então vim ajuda–la um pouco. Rachel é muito dedicada a esse instituto, e sei como vocês também são. Mas tomando um pouco de liberdade contratei alguém para acrescentar ao time   –Ela apresentou a mulher parada que estava ao seu lado  –Essa é Tina Coen Chang. Ela vai cuidar das finanças a partir de hoje. 


—Graças a Deus – Mike comentou em voz alta.


—Conversarei com Rachel sobre algumas melhorias e daqui pra frente esse instituto será algo tão esplendido quanto o trabalho de vocês –Quinn deu um sorriso educado a todos.


Palmas foram ressoadas pelo ambiente e Mike especialmente foi cumprimentar a nova companheira de equipe.


Tina era a melhor consultora que tinha e Quinn confiava que ela ajudaria Rachel a administrar os gastos do instituto. Claro que também estava instruída a alertar quando a verba não cobrisse os gastos pra assim Quinn cobrar outro amigo a fazer uma “doação” generosa.


—Tina, esse é o contato da Lauren Zizes, é a nossa representante na Berry Enterprise. No balanceamento ela entrará em contato com você sobre a liberação de orçamento –Quinn entregou o cartão de Zizes  –E peço que também me repasse o que for decidido, tudo bem?


—Sim, Sra. Fabray –Tina assentiu com entusiasmo.


A mulher ficou animada por estar em meio de um desafio, principalmente por ser escolhida a dedo pela própria chefe.


—Mike, mostre os documentos a Tina, por favor –Quinn mandou.


O homem guiou a mulher pra fora e os dois tagarelavam com fervor.


Acabou que na sala sobrou apenas ela e Kurt, que a analisava com os olhos.


—Uau. Não esperava que se importasse tanto com o instituto –disse o homem.


—É um trabalho incrível o de vocês –Quinn elogiou com sinceridade. –E Rachel precisa de ajuda com tudo isso, mesmo que não admita.


—Isso significa muito pra ela, e confiar o bebe dela na suas mãos... Rachel confia muito em você –a voz de Kurt foi como um alerta, dizendo “seja digna dessa confiança”.


—Serei digna dessa confiança –A loira respondeu com certeza.


Não decepcionaria Rachel. Se não poderia lhe dar amor, ao menos ajudaria em seu sonho de fazer aquele instituto crescer.


E torcer pra que aquilo fosse o suficiente pra Rachel.


(...)


 


Lauren tentava não encarar Camila no banco do passageiro. Gostava do tempo que passava com a moça, gostava de como Camila era espontânea e leve. Tão diferente das mulheres que costumava sair, que se importava mais com o que Lauren tinha do que com sua companhia.


A noite anterior tinha sido ótima, as duas aproveitaram que suas amigas iriam sair e se reuniram no apartamento de Lauren para assistir filme.


Mas depois do comentário de Quinn lembrando sobre a reprovação de Rachel, Camila parecia distante, com o olhar focado na paisagem.


—Está tudo bem? –Lauren perguntou sentindo–se preocupada.


—sim! –Camila olhou ao redor, tentando mudar o assunto. Você não tem um carro, tem uma nave! –Ela passou a mão pelo banco de couro –Você deve ganhar muito bem na Lux.


—É um salario generoso –Lauren tinha que concordar que Quinn a mimava muito.


Camila passou a se distrair com os botões de comando do carro, apertando cada um e assistindo sua função.


—Para –Lauren alertou. Ela era extremamente ciumenta com seu carro.


Mas isso não intimidou Camila, que continuou apertando.


—Paraaaa –Lauren pegou a mão dela e colocou em sua perna.


Camila disfarçou por alguns segundos até usar a outra mão e continuar a apertar incansavelmente.


—Camila!


—Ai que chata! Se tem um bando de botão porque não posso apertar?


—Porque você não é uma criança de cinco anos apesar de trabalhar com elas –Lauren brincou soltando a mão dela.


Camila riu e depois voltou a encarar a janela.


Se Lauren fosse como Quinn não pressionaria Camila a falar seus pensamentos. Mas observando a relação da amiga a ultima coisa que queria era segredo entre ela e Camila.


—O que Rachel disse sobre nós... importa muito pra você? –Lauren questionou sem rodeios.


—A opinião de Quinn sobre alguma mulher importa pra você? –Camila rebateu;


—Quinn é minha chefe, mas não define com qual mulher eu me relaciono.


—Rachel não é minha chefe, é minha amiga. Somos como irmãs. E se ela não te considera certa pra mim... Talvez ela esteja certa –Camila mordeu o lábio, não queria esconder seu receio.


Rachel a protegia desde a faculdade. Por Camila ser tão ingênua, as pessoas com quem se relacionavam tendiam a manipula–la, abusarem de seus sentimentos. Se Rachel via em Lauren uma ameaça era algo que Camila acreditaria fielmente.


—Caramba. Sempre tem uma Fabray pra ferrar com a minha vida –Lauren bufou com frustração. – Quando não é no profissional é no pessoal.


—Podemos sempre ser amigas, Laur. Não é o suficiente? –Camila pegou em sua mão e deu seu sorriso doce.


—Não –Lauren apertou sua mão com firmeza  –Eu acho que não.


Lauren conversaria com a “Nova Sra. Fabray” e colocaria juízo naquela cabecinha igual fez quando a resgatou da estrada. Porque se Rachel não mudasse de ideia sobre ela da próxima vez que Quinn aprontasse, o que com certeza iria acontecer, deixaria Rachel sozinha nessa.


Rachel tinha que ser sua aliada para conquistar Camila Cabelo, porque ter uma aliada quando se tratava de Quinn era ainda mais valioso.


(...)


Quando chegou em casa Quinn sentiu um cheiro diferente vindo da cozinha. Geralmente quando chegava do trabalho Martha já tinha posto a mesa do jantar. Mas a mesa do jantar estava iluminada por velas e apesar de ter alguns pratos parecia que o principal estava ausente.


Indo até a cozinha Quinn pode flagrar Rachel de costas, cortando uma travessa de lasanha enquanto cantarolava Dancing Queen.


Ela nunca imaginou que uma cena tão simples poderia lhe excitar tanto. Uma mulher, sua mulher, que provavelmente fez aquele jantar pra elas. E Rachel rebolava tão bem... Quinn não resistiu e foi até ela, passando seu braço por sua cintura e colando seus corpos.


—Ai, Quinn! –Rachel gargalhou –Você quer me matar de susto?


—Susto não, só de prazer –Quinn beijou seu pescoço.


A loira olhou para a travessa. Era uma lasanha vegetariana e parecia tão saborosa que Quinn até se espantou que uma herdeira pudesse ter mãos tão abeis na cozinha.


—Você fez?


—Sim –Rachel respondeu cheia de orgulho –Eu estudei em casa. Quando estava entediada era cozinhar ou tocar piano. Fiquei boa nas duas coisas. 


—Tão humilde! –Quinn mordeu a orelha dela.


—Aprendi com você –Rachel deu um selinho em sua boca. – Agora senta enquanto eu termino de cortar.


—Não... 


—Senta agora –A voz da morena foi rígida  –Você deu as ordens de manhã, agora sou eu quem está no comando. 


—Como quiser, diretora –Quinn deu um tapa em sua bunda e foi até a mesa.


Rachel logo colocou a lasanha com as outras comidas e serviu Quinn no processo. A loira apenas assistiu toda a cena, ainda extasiada pelo cuidado que Rachel colocou em tudo.


Quando comeu o primeiro pedaço foi difícil não gemer.


—Rachel… Se eu já não estivesse casada com você pediria sua mão agora. 


—Fico feliz. 


—Como foi o dia de folga?


—Eu e Eros nos divertimos muito. Até tinha esquecido como era dormir tanto– Rachel segurou a mão dela por cima da mesa –Obrigada. 


—Melhor deixar o agradecimento pra depois –Quinn fez careta –Eu contratei alguém pra ajudar nas finanças. Ela é muito competente o pobre Mike realmente precisava de ajuda. 


—Certo… –Rachel não pareceu muito feliz com a notícia, no entanto Quinn esperava essa reação. Também não gostaria de saber que Rachel mudou alguma coisa na Lux, mesmo que fosse para melhor. –Mais alguma coisa que preciso saber?


—Bem, pode ser que meu amigo Sam tenha feito uma doação.


—Quinn!


—A regra é que eu não posso, isso não é estendido pros meus amigos –Rachel iria argumentar quando Quinn acrescentou: – E o valor é quase nada, Sam com certeza gastaria esse dinheiro em um final de semana em Cancun. 


—Tudo bem… Mas só vou aceitar dessa vez. –Rachel murmurou fechando a cara. Quinn era tão espertinha que já tinha até mesmo pensado no argumento que usaria para fazê–la aceitar a doação.  –E também porque estou preocupada com a liberação do orçamento do meu pai. 


—Falando no seu pai... Ele foi até o instituto hoje.


—O que? Por que? –Rachel ficou apavorada. –Ele pediu pra analisar o fechamento anual? Quer vender uma sala? O que...


—Calma –Quinn acariciou a mão dela com o polegar. –Ele foi ver como você estava. Queria saber sobre ontem...


—O que você disse? –Ela ficou mais preocupada ainda.


—Diminui a historia e neguei tudo. Fique tranquila.


—Caramba... Agora estou mais aliviada de ter ficado em casa.


As duas riram. Quinn deixou os talheres no prato e ficou observando o rosto de sua esposa. Sua esposa... Aquele dia tinha sido atípico de sua rotina. Nunca se imaginou deixando sua empresa de lado para cuidar de um instituto benevolente. Sequer ganharia um centavo daquele dia. Mas só o sorriso dela, a felicidade em seus olhos era a melhor recompensa de todas.


—O que foi? Estou suja? –Rachel limpou o canto da boca.


—Está linda. –Quinn levantou–se e foi até ela, depositando um beijo em sua bochecha   –Obrigada pelo jantar. 


A loira se retirou, provavelmente para tomar banho como fazia todos os dias. Colocando assim a segunda parte do agradecimento de Rachel em pratica.


(...)


Rachel olhou para si mesma, por um momento sentindo–se ridícula.


Quinn já viu corpos melhores, mais bonitos... Caramba, ela dormia com modelos!


E ela, em uma lingerie não é nada que impressionaria ela. Apesar de Finn ficar tão animado quanto uma criança em um parque quando a viu de lingerie pela primeira, Rachel não considerava seu corpo bonito. Era simples. Normal.


Era um plano idiota. Tinha imaginado a cena toda. Quinn de robe no quarto, enquanto ela entra em seu quarto com a lingerie, exibindo–se pra ela. Quinn então lhe daria aquele olhar faminto, excitada, pronta para fazer tudo o que queria com Rachel. Mas ela estaria no controle. Estava curiosa a respeito de Quinn em um lugar especifico...


—Porra.


A voz de Quinn surgiu em seu quarto e Rachel deu um pulo pra trás. A loira estava parada em seu quarto, com a mão na maçaneta da porta e a olhando tão chocada que era difícil interpretar o que se passava em sua mente.


Pronto, tudo tinha dado errado.


—O que... Você... Eu... –murmurava Quinn.


—Eu sei que já viu melhores, não precisa ficar sem saber o que me dizer –Rachel soou aborrecida, cruzando os braços.


—Eu não... Eu não... Você está vestida assim... pra mim? –Quinn piscava freneticamente.


—Claro, Quinn, você é a minha esposa! –Rachel virou–se de costas, estava humilhada demais vendo Quinn claramente sem graça. –Queria fazer uma surpresa. Era parte do meu agradecimento. Sei que já viu melhores e eu...


Antes que pudesse terminar Quinn já tinha avançado sobre ela, virando–a com violência e calando a boca dela com um beijo avassalador. Quinn nunca tinha sido tão urgente, tão feroz. Rachel então sorriu entre o beijo, orgulhosa por conseguir seduzir sua esposa.


Quinn praticamente a jogou na cama e subiu em cima dela, com suas mãos passeando em seus seios, sua barriga, o meio de suas coxas...


—Rachel, nós não… –Quinn interrompeu o beijo com toda a força de vontade que conseguiu juntar. –Eu quero que tenha certeza que você me quer desse jeito, que nosso relacionamento está pronto para dar esse passo.


Rachel ficou pensativa por um momento. Ela não tinha dormido com alguém que não amasse. Estava apaixonada por Finn e apesar de nem sempre ser bom ainda sim ficava feliz de ser tocada por alguém que também a amava. Com Quinn não seria exatamente casual, mas também não envolveria sentimento. Isso a confundia...


—Está tudo bem se não quiser continuar, não me importo. Você é o que eu quero. Sua amizade, seu companheiro, seu corpo… o que você quiser me dar –Quinn foi sincera em cada palavra. Apesar de ser muito difícil negar que naquele instante o que mais queria era o corpo de Rachel.


—Fabray –Rachel beijou Quinn lentamente. –Eu quero agradece–la agora. Então cale a boca e me deixe mostrar o quão grata estou.


Quinn deu seu melhor sorriso safado e retribuiu o beijo.


Rachel inverteu as posições, ficando por cima de Quinn. Esfregava–se no centro de Quinn, e lentamente começou a retirar seu robe. A loira adorou ver a atitude que Rachel estava tomando aquela noite e permitia que a loira


—Sempre estive curiosa pra ver o seu... –Rachel descia a mão pelo tronco de Quinn, com os olhos brilhantes encarando a esposa.


—Pau? –Quinn perguntou cheia de excitação.


Em resposta Rachel passou a mão levemente pelo membro, sentindo sua extensão.


—Sim. Posso? –Rachel mordeu o lábio inferior. Ainda um pouco tímida com toda sua ousadia.


Finn não teria gostado. Ele nunca gostou quando ela queria demonstrar que o desejava.


Mas estava com Quinn, repetiu pra si mesma, não iria esconder nada dela.


—Rachel, você pode ver o que quiser de mim. Nesse momento se quiser abrir meu peito e ver meu coração eu permitirei –Quinn segurou em seu queixo e beijou seus lábios.


Rachel as separou, e antes de descer colocou sua boca no ouvido da loira e sussurrou:


—Seu pau em minha boca é tudo que eu quero no momento.


—Santo Deus, olha o que essa mulher me fala –Quinn gemeu jogando sua cabeça no travesseiro.


Rachel descia sob o corpo de Quinn, beijando todos os cantos. Depois beijaria os seios dela, beijaria sua barriga... Mas por agora satisfaria a curiosidade que tinha há cinco anos.


Quinn tinha o rosto tão belo quanto de um anjo, isso é fato. No entanto seu corpo era um verdadeiro mistério. A esposa gostava de brincar com a moda, variando de vestidos femininos elegantes, a ternos caros com saltos de marca. Porém nada era tão revelador, como se ela não quisesse usar seu corpo para sedução.


Afinal não precisaria, era Quinn Fabray, apenas sua menção causava epifania entre as mulheres.


Já Rachel, que nunca admitiu sua atração por Quinn durante o noivado, queria saber como era o membro da mulher. Em alguns bailes que estavam juntas Rachel dedicava um bom tempo se questionando como seria ter Quinn na cama. Uma mulher perfeita, com um mebro masculino em uso.


Agora como esposas, agora que assumiam que uma poderia tocar a outra da maneira que quisesse, aproveitaria o momento.


Quinn estava sem vestes intimas, e quando Rachel finalmente chegou a altura do membro ele já estava rígido, pronto. Era rosado, com uma cabeça discreta e em tons de rosa mais escuro. Sem querer Rachel arfou.


—É lindo –Ela elogiou passando seu dedo.


—Rachel... –Quinn gemeu com impaciência e isso o fez pulsar. Era uma tortura vê–la de quatro, em cima dela, com seus olhos brilhando de empolgação e ter que aguardar para a esposa verificar suas expectativas.


—Tão macio –Rachel passou seu dedo ao redor da cabeça, achando muito interessante o quanto ele pulsava, implorando sua atenção.


—Você quer me agradecer ou me torturar? –Quinn rugiu apertando suas mãos na cama.


—Um pouco dos dois –Rachel riu. Uma parte dela sempre iria amar aborrecer Quinn Fabray.


—Então está conseguindo –Quinn suspirou alto.


Fechou os olhos para suportar mais tempo daquele exame todo de Rachel. E foi surpreendida quando Rachel o apertou com toda sua mão e o levou até a boca.


Isso fez Quinn abrir seus olhos e gemer alto. Deus, aquela mulher era sua perdição. Era tão dedicada, tão concentrada... Qualquer coisa antes dela não se comparava e Quinn ficou tão absurda com seus lábios ao redor do pau dela que sentiu que não iria durar muito tempo. Segurou seus cabelos castanhos em sua mão e a ajudava com o ritmo, não que ela precisasse disso. Rachel era perfeita.


Rachel olhou pra cima, assistindo Quinn regozijar–se daquele momento, tal como ela quando Quinn fez o mesmo. Sentia orgulhosa ao ver sua mulher gostando tanto e isso a impulsou para continuar com vigor. Sua mão apertava com firmeza o membro, o empurrando para cima e para baixo sem pressa, para que sua boca pudesse saborear o resto que conseguia. Durou algum tempo dessa maneira e cada vez ela gostava mais.


—Rachel eu estou perto... –murmurou Quinn.


Então a morena aumentou a velocidade, Quinn chamava por seu nome, gemia com vontade. Quando o liquido dela foi despejado Rachel o recebeu direto em sua garganta. Tinha aprendido a não gostar tanto do gosto, e essa técnica sempre agradou a Finn. Ficou surpresa ao perceber que de Quinn não era tão ácido... Ela tinha gostado de tudo.


Quinn estava nas nuvens, ainda entorpecida. Sua esposa, Rachel Berry, era terrivelmente maravilhosa e não se via querendo outra tão cedo.


Assim que terminou Rachel voltou a deitar–se ao lado dela, para tomar folego. Quinn estava com o rosto vermelho, um sorriso bobo na cara e os olhos brilhando ao olhar pra Rachel.


—Esse foi o melhor agradecimento que eu já tive –Quinn beijou–a com vontade e depois olhou para   –Vou trabalhar no instituto todos os dias.


Rachel gargalhou com vontade.


Aquele sorriso e a boca de Rachel em seu pau era definitivamente o melhor pagamento que Quinn já teve.


(...)


Hiram encontrou Shelby a mesa, pronta para o jantar. Assim que sentou–se em sua cadeira sua esposa o abordou:



—Nossa filha está bem? Falou com ela?


Quando Jesse St. James o visitou naquela manhã contando o ocorrido com Rachel sua mãe ficou tão nervosa que decidiu que a visitaria ela mesma. Rachel nunca tinha passado por nenhum perigo em sua vida, sequer teve um ferimento quando criança, devido a proteção da mãe e do pai.


Logo Shleby e Hiram não gostaram de saber que sua filha correu um risco enorme. Principalmente acompanhada por Quinn.


—Conversei com Quinn –Hiram respondeu vagamente –Rachel se deu folga hoje.


—Ela nunca tira folga, nem mesmo doente. –Shelby respondeu com preocupação. –E sobre o que aconteceu? O que Quinn disse?


—Que as informações foram aumentadas –Hiram deu de ombros. –Ao que parece Jesse não estava tão bem informado sobre o paradeiro da nossa filha. Quinn garantiu que tudo está bem.


—E confia nela?


—Eu a casei com a nossa filha, Shelby, tenho que acreditar.


—Isso tudo está muito estranho – murmurou a mulher, não se dando por vencida.


—Também achei estranho, mas deixarei Quinn cuidar de Rachel. Isso agora é função dela.


—Se ela não estiver segura com Quinn Fabray você irá dar um jeito, certo? Não deixe minha garotinha sofrer por suas ambições, Hiram –Ela segurou em sua mão, lhe encarando com firmeza.


Um olhar como o de Rachel. Isso mexeu com o pouco de emocional de Hiram.


—Eu nunca vou deixar nada de mal acontecer com nossa filha, Shelby. Tem minha palavra.


E destruiria Quinn Fabray se algo acontecesse.



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Autor(a): blacksweetheart

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