Fanfic: Até que o Amor nos Separe (Faberry) | Tema: Glee
Querida, querida, querida
Eu me despedaço quando eu estou com você
Rachel desceu do carro, observando o lugar que Quinn havia a levado.
No início houve relutância sobre sair de Chicago naquele final de semana. Tudo ainda estava um caos, os tabloides a caçavam para uma declaração, sua mãe a procurava incansavelmente e ainda havia toda a burocracia de compra para os advogados de Quinn cuidarem. Tinha medo que qualquer coisa pudesse acontecer se tirasse os olhos do seu instituto. O medo de perde–lo era tão forte que não conseguiu dormir a semana inteira.
Por isso Quinn decidiu intervir. Ver sua mulher definhar com suas preocupações a enlouquecia. O que estava em suas mãos ela conseguia cuidar ou delegava para alguém capaz disso, agora o nervosismo de Rachel, sua ansiedade, o medo constante de alguém lhe tomar seu bem mais querido, fazia Rachel enlouquecer, e Quinn também. Queria Rachel cheia de vida e atrevida. A garota que conhecera antes e tanto... gostava.
Porque sim gostava de sua esposa, e aquilo não era um crime. Não estava infringindo sua lei fundamental de não se apaixonar. Rachel era uma companhia agradável, tinha um corpo delicioso e ainda uma história tão trágica quanto uma donzela de contos de fada.
Que infelizmente fora obrigada a se casar com a vilã.
—Quando me disse que tinha uma cabana em Aspen eu realmente pensei que era uma cabana humilde, feita de madeira –Rachel comentou abismada. –Mas isso é um verdadeiro castelo!
—E quando foi que algo foi que humilde e Fabray se encaixaram em uma frase? –Quinn contornou o carro e a abraçou por trás.
—Tem razão, que loucura a minha.
—Só temos que tomar cuidado com Eros –Elas olharam para o animalzinho enfiado na coberta. –Vendo esse branco todo pode pensar que é açúcar.
Rachel riu. Recentemente descobriram que Eros tinha uma predileção por tudo que era doce, sua recente peripécia foi conseguir um jeito de achar a lata de açúcar na dispensa e enfiar a cabeça todinha, com o rabinho abanando de felicidade. Para a infelicidade do cachorro Quinn flagrou a cena e rapidamente o tirou lá, não sabendo se ria ou se brigava com o cachorro. Agora as duas sempre vigiavam quando o cachorro estava quieto demais, pois com certeza estaria se esbaldando em alguma guloseima.
—O manteremos dentro de casa –Rachel beijou o rosto da esposa. –E espero, não sair de lá de dentro também.
Apesar de ter adorado a ideia de Quinn reservar um final de semana pra elas tinha algo que esquecera de dizer a esposa enquanto fazia os planos: ela odiava frio.
—Não vamos ficar em casa o final de semana inteiro! –protestou Quinn. –Quero te levar pro snowboard, esqui...
Rachel se esforçou pra não deixar transparecer seu medo. A lista de Quinn era tão grande que Rachel ficou assustada. Tudo aquilo seria feito fora do conforto da cabana?
—E em qual hora vamos descansar e assistir um filminho? –Era na verdade tudo que Rachel queria fazer naquele final de semana.
—Querida –Quinn lhe olhou com estranheza –Não viemos a Aspen pra passarmos o dia trancadas.
—Não?
—Não –Quinn sorriu com empolgação. –Agora vamos entrar e nos trocar o mais rápido possível.
Rachel deu um sorriso forçado e desfez a cara no momento que Quinn foi até o banco de trás pegar Eros. Odiava, odiava com todas as forças o frio. Apesar de estar com Quinn nada daquilo a animava tanto quanto a fortaleza aquecida a sua frente.
Mas enquanto assistia Quinn tão animada pensou nas mulheres que provavelmente ela levava ali. As lindas modelos esqueléticas que faziam iogas de biquínis no Instagram. Elas não ficariam intimidadas por toda cobertura gelada. E Rachel não iria ser menos que elas.
Mesmo que significasse fingir que estava gostando o dia todo. Era hora de valer as aulas de atuação.
(...)
Enquanto Quinn comprava um novo snowboard pra elas Rachel esperava em um píer. E sua cara fechada deixava claro o quanto estava odiando ficar ali parada.
Pegou o telefone do bolso com muito esforço, pois as luvas estavam congelando devido a imobilidade de Rachel. Mexia-se o mínimo necessário e fazia careta as costas de Quinn toda vez que era obrigada a dar mais de dez passos.
Agora iria descer uma colina em cima de uma mini prancha que não possuía freio. Precisava dar um jeito de se livrar disso. Por isso procurou na agenda a pessoa que sabia lidar com Quinn como ninguém. Ligou em chamada de vídeo e Lauren atendeu com um sorriso no rosto.
—Olá Sra. Fabray! –Lauren vestia uma regata e um óculos escuro.
Rachel teve inveja de seu conforto.
—Me ajude! –implorou.
—Por que está parecendo aquelas crianças do comercial do Danoninho ice?—Camila surgiu ao lado de Lauren, com o cabelo castanho preso em um coque.
Antes que viajassem Lauren jantou na mansão Fabray com Quinn e Rachel, querendo provar a melhor amiga de Camila que era a pessoa ideal para namorar. No início Rachel relutou a acreditar que Lauren tinha boas intenções com a doce Camila e criou um longo questionário sobre a vida de Lauren. Depois de muita conversa e bons argumentos, Lauren acabou ganhando e Rachel deu aprovação pra duas iniciarem um relacionamento.
Então enquanto estava congelada em Aspen, Camila e Lauren aproveitavam um dia de sol na beira da piscina na casa de Lauren.
—E mesmo assim não tá parecendo que lambeu alguma coisa gostosa ultimamente—Lauren gargalhou da própria piada.
—Chega! –Rachel bufou –Lauren preciso que me diga como desligar Quinn!
Camila e Lauren zombaram da cara desesperada de Rachel.
—É sério! Ela não para, já escalamos uma montanha enorme e ela ainda quer me inventar de descer tudo em um snowboard. Não aguento mais ficar na neve. Meu nariz está tão gelado que vai cair!
—Quinn é apaixonada por esportes no gelo, é difícil tira–lá de um snowboard—Lauren deu um sorriso esperto –Mas se quiser acabar com ela conheço um chá que a derruba fácil.
—Qual?
—Um chá de buceta—Lauren deu seu sorriso alá Gato Cheshire.
—Lauren! —Camila esbofeteou o ombro da mulher.
—É verdade!
—Valeu pela ajuda –Rachel murmurou rolando os olhos.
—Sempre que precisar. Agora volta Abominável Quinn das Neves— Lauren encerrou a chamada.
Rachel revirou os olhos. Lauren não tinha ajudado em nada. E mesmo que se Rachel cogitasse em acalmar Quinn com o chá sugerido por Lauren demoraria um ano até tirar o casaco térmico. A morena passou a travar uma luta pra colocar o celular no bolso da blusa. Mas com as luvas congeladas o aparelho voou de suas mãos e acertou a nuca do homem que estava perto dela, preparando–se pra esquiar.
—Ai droga! Moço, me desculpa! –Rachel foi até ele com o rosto vermelho. – Essas malditas luvas! Não consigo segurar nada direito.
—Oi –O homem virou-se e piscou algumas vezes enquanto olhava para o rosto dela. –Está tudo bem. Ainda bem que os celulares estão cada dia mais leves.
Ele recolheu o celular do chão e deixou na mão dela. Rachel reparou na pele bronzeada e o sotaque estrangeiro. Certamente era de outro país. E também lindo, não que Rachel estivesse reparando muito nisso.
—Sim –Rachel sorriu sem graça.
—Você deveria tirar um pouco –sugeriu o homem ainda olhando pro seu rosto.
—O que?
—As luvas –Ele apontou para as mãos de Rachel que mal podiam fechar.
—Meus dedos ficariam congelados um segundo depois –Rachel estranhou a sugestão. Se com luva estava desse jeito não queria imaginar–se sem.
—Não se outra pessoa esquenta-los –Ele ergueu as mãos, sugerindo a si mesmo –Muito tempo com essas luvas também pode causar câimbras. Acho que não quer que seu celular caia montanha abaixo, não é?
Rachel olhou para as próprias mãos. Sentia–as dormente e não seria bom segurar a vara de apoio sem ter a sensibilidade ou então não seria o celular que rolaria montanha abaixo e sim ela.
—Tudo bem –Ela assentiu e retirou as luvas. Rapidamente guardou o celular no bolso e depois colocou suas mãos sob a deles.
O homem passou a esfregar suas mãos nas delas. As mãos deles cobriam totalmente a de Rachel e não demorou muito pra sentir o calor emanando de seus movimentos.
—Sou Aaron –Apresentou–se o homem sorrindo galanteadoramente a Rachel. – Tudo bem que já inovamos o cumprimento de mãos.
—Sou Rachel –Ela retribuiu o sorriso –E desculpa de novo pela cabeça.
—Está tudo bem, sempre digo de que bons encontros são ocorrências do acaso –a voz ficou mais baixa, em uma tentativa de parecer sexy.
—Pois é –Rachel murmurou desconfortável.
Aaron abriu suas mãos para visualizar se as dela estava mais relaxada e avistou o diamante singelo no dedo anelar.
—Hum... É casada? –Ele pareceu decepcionado.
—Não, o anel está ai apenas de enfeite –Quinn surgiu ao lado dela, com a cara fechada.
Quinn trocou olhares com Rachel e pelo tempo juntas Rachel já sabia identificar que não era um olhar amistoso. Uma raiva contida era guardada nos olhos verdes de Fabray e Rachel se viu em uma encruzilhada.
—Mãos de câimbra o celular derrubou –Rachel tentou explicar debilmente. Seu nervosismo a fez perder a capacidade de conjurar uma frase para se explicar.
—Não te entendi, Yoda –Quinn a fuzilou com os olhos.
—Sua amiga está explicando que ela derrubou o celular na minha cabeça acidentalmente –Aaron deu um sorriso galanteador a Quinn –Porque suas mãos estão com câimbras. Estou apenas a ajudando a esquentar as mãos um pouquinho.
—A língua dela congelou também? –Quinn questionou o homem com um sorriso irônico.
—Aaron, está é Quinn, minha esposa –Dizendo isso retirou suas mãos da dele e voltou a vestir suas luvas rapidamente –Quinn, esse é o Aaron.
—Uau, esposas! –Em vez de encarar como uma chance perdida, Aaron pareceu ainda mais animado. Como se realmente tivesse chance de se envolver com as duas.
—Pois é, aquecedor humano –Quinn segurou a mão de Rachel com força e começou a puxa-la. –Vamos.
Quinn passou a andar em direção a uma loja de conveniência que ficava perto do pier em vez do pico da montanha. Rachel estranhou.
—Não íamos esquiar? –Quis saber quando Quinn segurou seu antebraço pra que andasse mais rápido.
—Perdi o interesse –respondeu com mau humor.
—Tchau, Aaron –Acenou Rachel por cima do ombro. –Obrigada.
—Quando precisar –respondeu o homem.
—Adeus, Adam –gritou Quinn.
—É Aaron –ele corrigiu.
—Quem se importa? –Quinn murmurou apenas pra que Rachel escutasse.
As duas adentraram a loja em silencio e Quinn foi direto a ala de fumantes. Não que a loira fumasse na verdade, mas a área ficava voltada pra uma montanha linda e o ar gélido acalmava seu temperamento explosivo. Odiava bancar a patética ciumenta, não era assim com Mercedes e com nenhuma outra. No entanto quando viu o homem próximo de Rachel tudo que quis era dar um soco naquele sorrisinho safado.
—Isso é fofo –comentou Rachel parando do seu lado. As duas se apoiaram no parapeito e se olharam.
—O que é fofo? O australiano bronzeado que queria te levar pra cama? –Quinn desviou os olhos.
—Você com ciúmes. Fica toda emburradinha, irritadinha...
—Para com esse negócio de “inha” –desdenhou a Fabray.
—Minha Quinnizinha –Rachel agarrou as bochechas dela e apertou.
Quinn a atacou de repente, colocando seus braços ao redor do corpo dela e a deixando encurralada.
—Vou te dar algo que não poderá colocar no diminutivo –Quinn tomou seus lábios com urgência.
Realmente não era um “beijinho” e sim um baita “beijão”. A língua de Quinn trabalhava bem a dela, era uma mulher que fazia qualquer um gozar com aqueles lábios. Apesar do frio, Rachel sentia–se cada vez mais quente. Rachel apertou a blusa de Quinn, fazendo seus corpos se aconchegarem mais.
Queria estar na cabana agora, queria Quinn com o mínimo de roupas possível e um quarto quente pra abriga-las. Queria o membro de Quinn dentro do seu, e de novo, de novo...
—Quinn! –exclamou uma mulher fazendo o casal separar–se na mesma hora.
Na verdade era uma garota, talvez com dezessete ou dezoito anos. Baixinha e com longos cabelos castanhos. Quinn pareceu animada em vê-la, já Rachel não ficou nenhum pouco feliz em ser tirada dos lábios de sua esposa.
—Sunshine, você está ótima –Quinn foi até a menina e a abraçou –Faz quanto tempo dês da última vez que nos vimos? Dois anos?
—Três anos e meio –Sunshine encarava Quinn com os olhos brilhantes de empolgação. Rachel soube na hora que era mais uma admiradora de Quinn Fabray –Não que eu esteja contando.
—Ao que parece estava sim –Rachel deu um sorriso sarcástico.
—Sunshine, essa é Rachel, minha mulher. –Quinn foi até Rachel e passou o braço por sua cintura –Rach, essa Sunshine, uma amiga da família.
—Claro, Rachel Berry –A menina murchou na hora que reconheceu a esposa da sua paixonite –Quando veio aqui comentou que estava noiva. Não achei que se casaria.
—Também não achei –Rachel acariciou o rosto da esposa –Quinn é sempre uma surpresa, não é?
—Agora estou arrependida de não ter me casado mais cedo, Sun. –Quinn percebeu que agora era Rachel quem estava sendo ciumenta e sua mão desceu um pouco. Até seu quadril –Rachel é tudo que eu estava procurando.
—Fico feliz por vocês –A careta que esboçou dizia o contrário –Posso tirar uma foto com você, Quinnie? Meu pai vai enlouquecer quando ver que você estava por aqui.
—Claro!
Rachel preparou–se pra sair, no entanto a mão de Quinn ficou ainda mais forte. Nos olhos de Quinn estava a mensagem de que não deixaria que ela saísse dali. Sunshine deu um sorriso sem humor e todas posaram pra foto.
—Obrigada, Quinnie –A menina deu um aceno sem vontade a Quinn. –Tchau, Rachel.
—Tchau –Rachel murmurou.
Agora ela que estava mau humorada.
—Agora é você que está toda irritadinha –Quinn deu um beijo em sua bochecha.
—Será sempre assim? As mulheres derretendo ao te ver? –Até mesmo no meio do nada Rachel tinha que tolerar todos se jogando nos braços de Quinn.
—Isso acontece com pessoas bonitas –Quinn arrumou a franja de Rachel –E não é como se não soubesse a sensação. Se eu demorasse mais um minuto aquele Australiano teria te levado pra terra do canguru.
Rachel abriu um sorriso. Claro que qualquer uma se derrete com o chame daquela mulher.
—Desculpa interromper de novo –Sunshine surgiu novamente.
Rachel lutou pra não revirar os olhos na frente dela.
–Mas meu pai está vindo pra cá, Quinn, e queria te chamar pra jantar na nossa casa.
—Tudo bem, estaremos lá –Quinn respondeu cordialmente.
—Perfeito –Sunshine comemorou aos pulinhos –Esperamos vocês duas lá.
A garota saiu com o telefone na mão, provavelmente twittando sobre isso. Rachel torceu pra que ela não voltasse ou então torceria seu pescoço.
—Não conseguimos fugir da sua agenda de eventos nem mesmo enterrada nessa neve? –Rachel questionou emburrada.
—Não tenho culpa de ser tão popular –Disse Quinn fazendo uma imitação perfeita da Grethen de Garotas Malvadas.
Rachel não conseguiu manter a pose aborrecida e gargalhou alto. Valia a pena enfrentar um jantar com uma groupie de Quinn só pra ter mais momentos como aquele.
(...)
Rachel tinha que tomar banho para se arrumar pro jantar. O problema é o chuveiro manual pra encher a banheira da cabana parecia ter apenas uma temperatura e ainda mais congelante do que toda a neve lá fora.
A frustração inundou Rachel. Tinha passado o dia todo no frio, seu corpo todo era uma pedra de gelo, agora teria que se arrumar pra um lugar que não queria ir e sequer tinha agua quente.
Um grito agudo fugiu de seus lábios na decima vez que falhou ao regular a agua do chuveiro.
—Rachel o que foi? –Quinn surgiu na porta, pálida de medo.
—Essa droga de chuveiro não fica quente! –Rachel gesticulou furiosa–Já basta ter ficado o dia inteiro com a bunda congelada agora sou obrigada a tomar banho frio.
Quinn não disse nada, mas arrumou a temperatura da agua em dois segundos. Rachel ficou vermelha.
—Pronto, já arrumei. –Quinn observou a frustração no rosto de Rachel, e sua não sucedida forma de tentar esconder. Apesar disso tinha que dar créditos a esposa: ela aguentou o que foi o pior passeio da sua vida sem exclamar uma reclamação. –Por que não me disse que não gostava de neve?
—Você não perguntou –Rachel rosnou a resposta, jogando a toalha longe e entrando na banheira –E depois ficou tão animada com as atividades... Não queria ficar abaixo das outras que trouxe aqui.
A morena afundou na banheira quando ficou cheia e deixou sentir–se relaxada quando a agua quente apagava a sensação de sentir–se como um cubo de gelo. Quinn só assistia silenciosamente, gostando de cada parte exposta. Desde os seios médios, com aureolas marrons, sua barriga lisa e uma área que infelizmente não estava tão exposta, mas se inclinasse um pouco...
—Hey! –exclamou Rachel estralando os dedos. Quinn subiu seus olhos até o rosto dela. –Está gostando de me comer com os olhos?
Quinn deu um sorriso, que diferente de todos, era um sorriso tímido. Isso encantou Rachel de uma forma que seu coração parecia querer sair do peito.
—Nunca trouxe ninguém aqui –Quinn contou em um sussurro.
—Serio? –Rachel segurou a borda da banheira e prestou atenção a esposa.
—É um local de família, minha mãe adorava vir pra cá –Quinn ajoelhou–se e arrumou uma mecha de cabelo solto atrás da orelha de Rachel –Voltei com Frannie, Cass e Theo algumas vezes, mas nunca trouxe ninguém.
—Então me trouxe porquê...
—Não é obvio? –Quinn a encarou com firmeza –É da minha família agora.
Isso mexeu um lugar profundo no coração de Rachel. Nunca sentiu–se um membro importante da família Berry. Suas primas não fazia questão de inclui-la em suas inúmeras compras e viagens, os pais raramente viajavam e quando o faziam ficavam ocupados demais para dar atenção a Rachel. Tinha Santana, mas depois de Brittany só voltou a ter participação na vida da prima quando casou com Quinn.
Mas a mulher a sua frente, que todos conheciam por ser fria e impessoal, tinha a levado para um lugar especial de sua família e lhe deu mais atenção do que recebeu a vida toda.
Rachel não pode impedir o sentimento de gratidão. De adoração pela atitude de Quinn.
—Hey, Rach, não chore –Quinn limpou a lagrima que escapou de seus olhos.
—Eu nunca me senti querida por ninguém, nem por meus pais –Rachel a encarou com os olhos cheios de dor –Não mereço isso, Quinn.
—Me escuta –Quinn agarrou seus ombros –Você merece muito mais, até mais do que eu. Vou te mostrar isso de todas as formas que puder.
—Obrigada –Rachel encostou suas testas.
—Vou te deixar tomar banho tranquila –Quinn levantou e saiu do banheiro, querendo esconder a comoção em seu peito por ver Rachel tão frágil, tão doce.
Rachel terminou o banho com os pensamentos voltados a loira. Ela tinha feito tanto por Rachel, pelo casamento ultimamente. Mesmo sem a promessa de amor Quinn tinha se doado totalmente, mostrando que merecia a confiança de Rachel. Que merecia seu corpo...
E pra ser sincera Rachel também queria muito ter Quinn totalmente.
Por isso depois que terminou de secar–se saiu do banheiro determinada a ter Quinn naquele momento.
—Quinn –Rachel disse abrindo a porta e encontrando Quinn de hobbie no quarto. Pelo visto a loira tinha se lavado em outro banheiro.
—O que foi? –Quinn estranhou a determinação nos olhos da esposa e como Rachel chegou a sua frente, sorrindo diabolicamente.
—Eu quero você –Até mesmo Rachel estranhou a certeza em sua voz, o quanto o tesão a tinha dominado.
—Te–tem certeza? –Quinn perguntou com receio. Claro que tinha imaginado aquele momento há um bom tempo e esperava que o final de semana servisse pra que Rachel confiasse seu corpo a ela.
Mas ouvir as palavras da esposa fez com que paralisasse por um momento.
—Sim –Pra provar sua resposta Rachel segurou sua nuca e aproximou suas bocas.
O beijo avassalador foi a resposta necessária ao corpo das duas. O pênis de Quinn tomou vida e Rachel conseguiu senti-lo através do hobbie da esposa.
Quinn deitou Rachel na cama com cuidado, tanta afeição que comovia Rachel. Sentia–se como uma deusa em um culto de adoração, com Quinn sendo uma fiel devota. Antes de toca–la Quinn a olhou dos pés à cabeça, gravando cada parte da esposa, admirando tudo que não pode desde que se conheceram.
—Você pode não acreditar –Quinn disse com admiração. –Mas desde que te conheci queria te levar pra cama.
—E por que nunca tentou antes?
—Porque você já tinha decidido que me odiava antes mesmo de me deixar tentar –Quinn tocou a barriga lisa da esposa, acariciando sua pele com seus dedos.
Aquilo deixou Rachel arrepiada. Seus seios enrijeceram, com os bicos pontudos, quase implorando por atenção.
—Eu também te queria –Rachel confessou se esforçando muito pra não puxar Quinn pra si. –E me odiava ainda mais por te querer como todo o resto do mundo.
—Então quer dizer que Rachel Berry, a mulher que rejeitava meus presentes –Quinn subia sua mão com lentidão, deleitando–se de como Rachel se contorcia com tanta excitação. –Que me evitava em todos os bailes –Sua mão chegou em um dos seios de Rachel e com a ponta do dedo passou a brincar com a auréola. Rachel mordeu o canto inferior da boca–Queria o tempo todo ser fodida por mim?
—Vai se gabar a noite toda ou vai fazer algo a respeito? –Rachel a encarou com olhos desafiadores.
—Oh, Rachel, no final você vai se arrepender por ter perdido tanto tempo.
Quinn foi rápida ao se mover. Colocou–se ajoelhada entre as pernas de Rachel. Tendo a visão de tudo. Desde os seios empinados a sua linda boceta molhada. E o que mais gostava de ver era a expressão de ansiedade no rosto da esposa.
Mas Quinn não iria apenas abrir suas calças e meter com força. Primeiro tinha que saborear a esposa do jeito que gostava.
Primeiro molhou os dois dedos em sua boca. Rachel arrumou os travesseiros pra poder assistir Quinn melhor em sua performance. Como se fosse possível ficou ainda mais excitada vendo Quinn preparar–se. Os olhos verdes reluzindo como esmeraldas e tão famintos quanto uma leoa em caça.
Quinn passou os dedos ao redor da fenda de Rachel, a morena estremeceu um pouco, e quando finalmente introduziu pode–se escutar um suspiro de alivio.
Quinn introduziu fundo rodando com cuidado seus dedos dentro da cavidade apertada. Usou a outra mão desocupada para dar atenção a um seio, e com a boca passou a chupar o outro. Como Rachel estava quase sentada na cama era possível aproveitar tudo, deliciando do que podia.
Rachel gemia Baixo, jogando sua cabeça pra trás. Não sabia que o sexo podia ser tão bom, e aproveitava cada segundo dele. A mão de Rachel encontrou o cabelo dourado da esposa e passou a puxar levemente. Com os dedos de Quinn dentro dela, começou a rebolar lentamente neles.
Quinn não resistiu e foi até seus lábios, beijando–a com paixão. Ambas gemia na boca da outra, com seus corpos cada vez mais próximos. Rachel teve que cortar o beijo pra dizer:
—Podemos brincar a noite toda, mas agora eu preciso do seu pau dentro de mim –Rachel pediu com a voz carregada.
—Eu nunca negaria um pedido da minha mulher –Quinn sorriu de modo sombrio.
Quinn abriu o hobbie com rapidez e o arremessou longe. Exibindo os seios brancos e sua barriga quase tanquinho Rachel sentiu a boca encher–se d'água. Depois iria chupar os peitos de Quinn com muita vontade e assistiria a expressão de prazer no rosto de Quinn.
Antes que pudesse pensar mais alguma coisa Quinn assumiu o controle e se colocou em cima dela, com os corpos se aquecendo e seu pênis encostando sem sua coxa.
Quinn pegou seu membro na mão e passou ao redor da abertura de Rachel da mesma forma que fez com os dedos; provocando–a.
—Diga o quanto quer isso –mandou olhando nos fundos dos olhos de Rachel.
—Eu preciso de você dentro de mim, Quinn –Rachel suplicou contra sus vontade. Mas cada vez que sentia Quinn quase entrar sua vagina pulsava por isso de forma quase dolorosa.
—Então receba o que é seu, querida –Quinn enfiou tudo de uma vez, fazendo Rachel perder o fôlego.
Quinn estava em cada canto... E aquilo parecia tão certo. Como se fosse feito pra ela. Quando escutou um gemido alto escapar dos lábios de Rachel decidiu que era hora de começar a se mexer, saindo com lentidão e voltando com mais fervor. Estar dentro de Rachel já era ótimo, mas assistir a esposa gostando era um prazer indescritível.
Rachel segurava seus ombros, querendo mais proximidade, querendo beijar Quinn e querendo mais, mais e mais... Decidiu então subir no colo da loira, fazendo ambas ficarem sentadas na cama. A respiração da loira encontrava seu pescoço e agora o pau dela tinha–se enterrado ainda mais fundo, se era possível.
Quinn colocou suas mãos nas nádegas de Rachel e ajudava a guiar o ritmo.
—Rachel, sou eu que tenho que lamentar em não ter investido em te conquistar antes –Quinn confessou enquanto a morena rebolava em seu colo.
Rachel deu uma risada roca e arranhou as costas da esposa. Uma resposta silenciosa de que concordava plenamente com Quinn.
Quinn bateu na bunda de Rachel com precisão. Fez Rachel pular em seu colo e um sorriso safado nascer em seus lábios.
Rachel não queria ser tratada com cuidado, nem ter o clássico papai e mamãe que Finn proporcionava.
Queria o fogo, a selvageria do ato, os toques com paixão. Tudo que Quinn estivesse disposta a dar.
—Quinn –choramingou sentindo que seu orgasmo estava perto.
—Liberte–se meu amor, permita–se sentir tudo –Quinn mordeu o lóbulo de sua orelha.
Então chegou ao orgasmo. Rachel derrubou algumas lágrimas. De alívio, claro, mas havia ali uma pontada de dor. Se não era o suficiente lidar com Quinn sendo uma ótima amiga, uma companheira que jamais sonhou em encontrar agora teria sempre em mente que o melhor sexo que já fez era com Quinn Fabray também.
Que Quinn tinha preenchido os melhores espaços de sua vida, mas que seu coração era um lugar inalcançável a Rachel.
E apesar de estar com sua esposa, de acabar de fazer um ato de amor ela nunca poderia amar Rachel.
A dor que crescia em seu peito cada vez que pensava nisso só crescia.
Demorou mais algumas estocadas até que Quinn arqueasse as costas, deixando o alivio sair dela também. O liquido preencheu Rachel por alguns minutos e Rachel ficou inebriada pelo momento. Era o certo. Agora as duas eram realmente um casal.
—Rach –Quinn puxou seu queixo pra poder encara–lá.
Rachel abriu os olhos marejados e exibiu seu melhor sorriso. Afastando seu momento de tristeza pra demonstrar a Quinn apenas a felicidade que ela lhe proporcionou.
—Esse foi, definitivamente, o melhor sexo da minha vida.
Quinn deu seu sorriso arrogante, carregado de confiança.
—Oh meu amor, mas nós apenas começamos –Quinn beijou seus lábios –E vou querer provar pra você que posso melhorar cada vez mais.
Rachel deu um sorriso brilhante, a felicidade transbordava de seus olhos.
Até que um pensamento sombrio lhe ocorreu:
Quanto tempo conseguiria aguentar até que seu coração esquecesse de não se apaixonar por Quinn Fabray?
Autor(a): blacksweetheart
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Mesmo com todos os altos e baixosContinuamos fazendo amorE eu estou tentando, tentando, estou tentando, mas eu Não consigo me conter —Queria estar na cabana agora –murmurou Quinn com as mãos no bolso. Estavam na frente na casa de Brad, pai de Sunshine, aguardando serem atendidas. Quinn adorava Brian, o pai de Sunshine, mas adorava ...
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