Fanfics Brasil - Não consigo me conter Até que o Amor nos Separe (Faberry)

Fanfic: Até que o Amor nos Separe (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: Não consigo me conter

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Mesmo com todos os altos e baixos
Continuamos fazendo amor
E eu estou tentando, tentando, estou tentando, mas eu


Não consigo me conter


 


 


—Queria estar na cabana agora –murmurou Quinn com as mãos no bolso.


Estavam na frente na casa de Brad, pai de Sunshine, aguardando serem atendidas. Quinn adorava Brian, o pai de Sunshine, mas adorava ainda mais ficar na cama com a sua esposa. Principalmente depois da tarde que tiveram.


Rachel deu um sorriso contido a esposa.


—Talvez devemos pular a sobremesa. Se bem que eu adorei estar em um vestido tão bonito.


Era propriamente para o frio. Todo aveludado e colado no corpo. Rachel o achou no closet do chalé depois de perceber que não tinha levado nada digno de um jantar. Foi um belo achado.


—Era da minha mãe –Quinn engoliu seco e sorriu ao lembrar–se da bela visão que era Judy Fabray naquele vestido.


—Oh Quinn –Rachel alisou a roupa –Eu não sabia! Devia ter me avisado, assim eu não teria colocado...


Quinn calou–a com um beijo intenso. Rachel era o motivo do qual Quinn queria estar na cabana aquela noite. Depois da noite maravilhosa que tiveram gostaria de repetir a dose. Talvez na sala, na hidro... Por toda a casa. Passou quatro meses sem sexo e apesar de toda a turbulência que rondava o casamento Quinn não podia mentir pra si mesma: sentia muita falta do sexo.


E o objeto de desejo dormia no quarto ao lado.


—O que é meu é seu.


Quinn terminou o beijo alisando o rosto de Rachel. Depois de um momento de observação, ela acrescentou:


—Precisamos conversar sobre o que fizemos.  


—Foi ótimo...


—Foi irresponsável –Quinn utilizou uma voz terna, para não assustar Rachel com suas palavras.


Rachel engoliu seco. Mesmo com a suavidade aquilo a desestabilizou.


—Meus exames estão em dia –Quinn explicou.


—Os meus também –Rachel assegurou antes de se casar que fosse feito um check-up.


Se bem que entre as duas Quinn era a mais propensa a ser questionada sobre uma DST.


—Mas não conversamos sobre filhos –Quinn a olhou profundamente.


Sim, aquele assunto nunca fora abordado pelas duas. Mas se tinha alguma dúvida se Quinn era fértil obteve sua resposta ali. O medo estampado nos olhos da loira deixava claro que a falta de proteção poderia ter resultado em uma gravidez. E Quinn estava com medo de que filhos não eram o desejo de Rachel.


—Quinn –Quando Rachel começaria a explicar a porta abriu e revelou o anfitrião delas.


Um homem, na casa dos cinquenta, de pele bronzeada e descendência asiática. Sunshine se parecia muito com Gary Corazon.


—Oh vocês vieram! – Comemorou o homem. –Sejam bem–vindas!


Antes de cumprimenta–lo Rachel transferiu o olhar com a mensagem “depois” e Quinn assentiu.


Rachel deixaria bem claro o que pensava sobre tal assunto.


(...)


—Já nos conhecemos Rachel –Comentou Gary enquanto cortava seus legumes –Não deve se lembrar porque era muito nova.


Ao contrário do que imaginou, o pai de Sunshine era uma pessoa agradável. Rachel já gostou logo de cara quando o homem comentou sobre o jantar vegetariano e como ele mesmo aderiu a dieta após estudar sobre o impacto ambiental que o consumo de carne trazia. Rachel e Gary entraram em uma conversa amistosa, que deixou Rachel contente por conhecer uma pessoa mais velha tão aberta a mudanças.


No meio tempo que conversava, Sunshine aproveitava para tirar uma casquinha de Quinn. Tocando–a e fazendo o máximo para chamar sua atenção. Não foi coincidência estar vestida com um decotado vestido preto e se esforçar para parecer mais velha.


Rachel até suspeitou que aquele visual foi inspirado no dela própria no baile de Antoine. O mais triste era que Rachel sequer conseguia sentir ciúmes da tentativa de Sunshine em agradar Quinn. A loira ficava tão frustrada com sua conversa que a ignorava na maior parte do tempo, sem ao menos fingir que estava interessada.


Ainda bem que logo o jantar foi servido e agora todos aproveitavam o banquete.


—E você bem mais bonito –Quinn rebateu provocante.


—Verdade –O homem piscou o olho, depois dirigiu–se a Rachel –Era um baile de natal em sua casa. Você cantou uma bela versão de “O Holy Night”. Minha esposa até mesmo chorou.


—É cantora? –Sunshine questionou com suspeita.


—Não, não sou –Rachel negou com a cabeça.


Mas Quinn percebeu que a pergunta incomodou a esposa.


—Mas poderia –Quinn interviu apoiando uma mão no joelho de Rachel, dando–lhe conforto.


 –A voz dela já era incrível naquela idade, agora deve estar divina –Concordou Gary.


—Por que não se tornou cantora? –Sunshine quis saber.


—Meu pai não me deixou seguir carreira. Não era adequado que uma Berry se tornasse uma mera artista –Um sorriso triste surgiu nos lábios de Rachel.


—Mas você queria? –Sunshine insistiu.


—Era um sonho de criança –Rachel deu um longo suspiro –Agora fico feliz de incentivar jovens a seguirem seus sonhos. Isso me deixa feliz.


Apesar de suas palavras Quinn suspeitou que não fosse uma verdade completa. Rachel era sim feliz ajudando os outros, no entanto seu sonho para si mesma foi tomado por alguém que não conseguia deixar de pensar em si mesmo. Que em vez de se rebelar, como Quinn teria feito, matou o seu sonho e aceitou seu destino.


Era isso que tinha a levado casar com Quinn afinal de contas.


—Com licença, vou ao toalete –Rachel ergueu–se da cadeira.


—É o ultimo cômodo a direita –Gary orientou –O daqui de baixo está reformando.


Rachel se foi rapidamente, ansiosa para afugentar as emoções que


(...)


Santana encarou o convite novamente. Sua avó não sabia que o telefone já tinha sido inventado?


Era tão típico dos Berrys, não era só Rachel que tinha uma predileção ao drama. Todos ali faziam uma cena a mínima conversa.


Santana então adentrou sem querer adiar mais aquela chamada. Apesar de ignorar grande parte daquela família ridícula quando a Vovó Berry convocava era bom que a pessoa aparecesse. Ninguém queria aquela velha dinossaura como inimiga.


E quem a tinha como inimiga certamente não estava em Chicago pra contar como foi o estrago.


Na sala de estar estava Puck, Hiram e Shelby e a velha, sentada em sua poltrona que gostava de fingir que era um trono. Claramente não era uma reunião familiar aberta. Um segredo seria discutido. Um segredo que envolvia todos os presentes.


—Sente–se, Santana –mandou a velha sugerindo o lugar vago ao lado de Puck. –Fico feliz que tenha sabiamente decidido vir.


—Eu não sou louca de dizer não a senhora –Santana olhou com repulsa ao primo. –Mas prefiro ficar em pé. Não quero pegar sarna.


—A única cadela que eu conheço é você –rebateu Puck.


—Chega! –A velha bateu sua bengala no chão. Se não fosse idosa, e sua vó, Santana pegaria o objeto e bateria nela. –Pensei que sua mãe lhe deu uma educação melhor, Noah. Ou então todo esse mau comportamento foi herdado do inútil do seu pai!


Puck abaixou a cabeça. Derrotado. Santana deu um sorriso contido. Ninguém sabia humilhar alguém melhor do que a Velha, e ao que parece Santana puxou esse traço marcante dela.


—Mas Santana...


—Santana não é da sua conta! Ela é melhor do que você e o seu tio que não conquistaram nada sem garantir–se com o sobrenome da família.


Hiram a encarou com ódio e Noah foi esperto o suficiente para não retrucar.


—Agora, vamos ao que interessa. Não me agrada perder o pouco tempo que me resta com vocês –Vovó respirou fundo. –Chegou ao meus ouvidos que Quinn Fabray está zangada conosco. Depois da sua atitude infantil em largar o instituto de Rachel, Hiram, me surpreende você não ter se esforçado a reparar sua imagem com sua nora.


—O que vale pra mim a opinião de uma garota? –Hiram desdenhou.


—O que vale? –Repetiu a senhora com cinismo. –Como foi que a Empreiteira Berry não se desfez nas mãos de um líder tão burro?


Santana deixou escapar uma risada.


—Você apoia o que sua chefe fez? –Virginia Berry quis saber.


—Ela não me contou nada a respeito –Santana disse com sinceridade. –Talvez tenha medo do meu julgamento.


—Provavelmente Rachel também não sabe disso –murmurou Puck. –Ela sempre foi fiel a família.


—Acha que ela deve alguma coisa a nós agora? –Santana rebateu. –Nós não contamos que o namorado dela foi comprado. O pai usou o único cara que ela amou e ainda deixou seu projeto à deriva. Se fosse qualquer outro no lugar de Quinn não teria garantido que não cairia em mãos erradas. Rachel contou com a consideração de Quinn, não com a nossa!


—E esse, meu caro filho, foi um do seus piores erros –Virginia disse a Hiram. –O controle doentio que exerce sobre sua esposa e sua filha nunca me interessaram, mas a partir do momento que torna–se uma ameaça a nossa família torna–se um assunto meu.


—Eu quis dar–lhe uma lição –Hiram respondeu entre dentes.


—Oras, por que ela gritou com você? Por que ela estava em seu direito de ficar aborrecida? Por favor –Virginia revirou os olhos. –Vocês homens são tão frágeis que não suportam um grito, bem, não queira nunca ser mulher e aguentar alguém gritando, mandando, ditando tudo que deve fazer.


—Como soube que Quinn nos ameaçou? –Puck intrometeu–se, desviando o sermão da mulher.


—Isso não te interessa –Virginia rebateu. –Só mostrou que sua amizade com Quinn não serve de nada se não tinha a informação antes. De qualquer maneira, não acho que Quinn seja nossa inimiga. Ela está com raiva, e com razão. A imagem dela reflete em Rachel, polemicas assim são ótimas para a mídia, mas péssimas aos negócios. A garantia dela é que o sobrenome Fabray elevou–se muito, enquanto o nosso decaiu década após década, manchado por decisões idiotas e homens fracos.


A raiva de Hiram era quase tangível. Talvez a única coisa que o controlasse era a constante massagem que Shelby fazia em seu braço.


Mulher tola e fútil, pensou Santana, como foi que Rachel saiu desses dois?


—Precisamos nos esforçar a ter as boas graças delas, principalmente de Rachel –Virginia alertou. –Ela é a única que pode conter Quinn caso quiser retaliar.


—o que fiz foi contra minha filha –Hiram disparou. –Não tenho que fazer nada a Fabray!


—Sua filha é uma Fabray! –o tom alto da avó vertebrou por todo cômodo. –Você estava lá, a entregou no altar. Rachel é de Quinn, tanto quanto Shelby é sua para usar. E não se engane ao pensar que trata–se de apenas uma união por contrato como foi com vocês dois. Se Quinn está disposta a enfrentar a família de sua noiva significa que Rachel é mais importante pra ela do que Shelby jamais foi pra você.


Santana observou o rosto de Shelby. A dor que cada palavra a infligiu. Mesmo tendo pouca consideração a tia, Santana sentiu–se mal por vê–la em tal situação.


—Você tem razão –Santana intrometeu–se para afastar o alvo dos comentários negativos da avó. –Precisam ser melhores a Rachel. Eu diria como uma família decente, porém sei que isso é impossível quando se trata de vocês. No entanto Quinn é leal ao seu meio, isso inclui Rachel no mais alto nível. Se minha prima decidir perdoar Hiram pelo que fez acredito que acalmará Quinn.


—E desde quando tenho que ouvir conselhos de alguém que virou as costas pra família? –Hiram levantou–se apontando para Santana. –Você escolheu ser uma lacaia da Fabray, quando tinha um lugar de prestigio conosco.


—Hiram, pare – pediu Shelby.


—Escolheu ser diminuída a uma ninguém, totalmente esquecida, uma assistente de palco para Quinn e seu show.


—Ao menos participo de um grande show na Broadway, não de um stand up de quinta –Rebateu Santana divertindo-se com as palavras de Hiram.


Hiram Berry não era nada além de um homem opressor e mesquinho, nada do que dissesse afetaria Santana.


—Deve ter inveja de Rachel –Hiram deu um sorriu macabro. –Ela está no lugar de destaque. A verdadeira estrela. Minha filha...


—Que você perdeu no momento que passou a trata–lá como um peão em seu jogo ridículo por poder –Santana deu um passo até ele. –Vanglorie–se de sua conquista em tornar Rachel a maior mulher da alta sociedade. Isso não significa que ela aceite estar nesse lugar nem que aceite suas manipulações. Viu como ela reagiu a você quando soube do Finn. Ela não tem mais medo de mostrar a repulsa que tem por você –Um sorriso cruel surgiu em seus lábios. –E agora você foi burro o suficiente para dar de bandeja a única coisa que a fazia teme–lo. Quando ela entender que o vilão da história dela é você, não será Quinn quem puxará seu tapete. Assuma Hiram, você fez a própria cova e entregar Rachel a Quinn foi o início de sua queda.


Hiram não soube como agir. Encarava Santana com tanta fúria que a mulher temeu por sua segurança.


—Chega! –Virginia se levantou. –Afaste–se dela, Hiram!


Ele não obedeceu. No entanto aparentou mais contido depois da ordem da mãe.


—Shelby, leve seu marido para fora. Peça que ele se acalme –Virginia olhou para Noah. –E você, faça algo útil e busque agua para seu tio.


Ninguém questionou as ordens da matriarca e saíram da sala sem olhar para trás. Santana sentou perto da avó, preparando–se para bronca.


—Não deveria ter me chamado –foi o que Santana disse quando a velha voltou a sentar–se.


—Você é próxima de Quinn, o assunto lhe diz respeito –Virginia cerrou os olhos para a neta. –Precisava ser tão esdruxula?


—Com quem eu aprendi? –Santana ergueu os ombros.


—Você é odiável, Santana. Tanto quanto eu na sua idade.


—Então minha esperança de melhorar com a idade caiu por terra –As duas riram da observação.


—Ai esse meu filho –lamentou Virginia. –O pai dele era um desgraçado burro, mas achei que Hiram poderia se tornar um homem melhor.


—Quando é que vai matar Hiram como fez com o vovô Berry? –Santana brincou.


—Hoje em dia não dá mais pra distrair um homem mandando–o pescar e depois explodindo seu barco –rebateu a mulher com ironia.


—Você é a única da família que eu gosto, vovó –Santana segurou a mão enrugada.


—Bem, não há muito nessa família para se gostar –Virginia sorriu. –Mas achei que gostasse de Rachel.


—Eu amo minha prima –Santana foi sincera. –Só que não sei se me perdoará por não ter contado sobre Finn.


—Aquela garota tem um bom coração –Virginia olhou para a foto em cima da lareira. Todos os netos enfileirados quando crianças. Rachel ao lado de Santana, com um sorriso bangela e segurando uma flor que colheu para avó. –Quando era criança costumava achar Rachel bobinha.


—Vovó!


—Eu não minto sobre o que penso, e você também não! –A velha deu um tapinha na mão da neta. –Não dá pra negar que Rachel nunca fora uma “Berry” totalmente. Você tem mais da nossa família do que ela.


Santana reconhecia isso. Ela tinha aquele sentimento de superioridade, o dom para argumentar, ser implacável no seus objetivos. Certamente seria uma peça fundamental no negócio da família, até melhor que Noah.


—Rachel vivia cantarolando, com uma flor na mão. Lamentei por ela. Uma rosa no meio dos nossos espinhos, certamente sairia machucada.


—Acha que o que Hiram fez com ela foi certo?


—Claro que não! –Virginia arregalou os olhos. –A menina nunca deu trabalho. O instituto dela é menor que as contas de cassino do Noah, por Deus!


—Então porque deixou que ele vendesse o instituto?


—Meu filho é sorrateiro. Ele conversou com os acionistas em reuniões secretas. Os convenceu que era uma perda de orçamento manter o instituto e o empurrou com uma pilha de corte de cortes de orçamento. Soube da notícia quando Quinn já havia comprado as ações e me deixasse de mãos atadas –Virginia apertou sua bengala, furiosa com toda situação. –Aquela menina deveria ter feito um escândalo. Indo a mídia e revelando cada trama do pai. Eu e você com certeza faríamos isso.


Santana não duvidava. Era por essa razão que os pais de Santana a mimavam até na fase adulta. Depois que Santana entrou pra Lux passou a ser perigosa aos pais. O que ela poderia expor... Santana tinha os dois nas mãos.


—Mas como disse, vovó, Rachel não é como nós –Santana lamentou. –Não retribuiria Hiram na mesma moeda, apesar dele merecer. Muito. Ela ainda se importa com a família.


—Por isso sei que ela te perdoara, minha querida –Virginia garantiu alisando o rosto de Santana. –Você e ela são provas vivas de que a família não define o caráter.


Santana tinha certeza que sim. Agora era a questão de tornar–se merecedora do perdão da prima.


E ela tinha uma ideia de como tê–lo.


(...)


Já chega, Quinn iria busca-la.


Deixou Rachel em paz por vinte minutos enquanto conversava com Gary. Mas sua ausência era notada e a preocupação não deixou os olhos de Quinn. Gary insistiu que fosse até sua esposa enquanto o homem descia até seu estoque de vinhos.


E lá estava Quinn batendo na porta.


—Rachel, me deixe entrar –pediu Quinn batendo mais uma vez.


Rachel ponderou enquanto se olhava no espelho. Limpou o rosto rapidamente para apagar os vestígios das lagrimas e arrumou o vestido esgrouvinhado. Passou um bom tempo chorando sentada.


Não foi só o assunto que a magoou. Lembrar de seu sonho também a fez lembrar de todas as coisas que sacrificou pelo pai. A magoa estava recente em seu coração, era difícil não sentir decepcionada com a própria família. Sozinha agora que não tem apoio deles.


Abriu a porta pra Quinn e deixou que entrasse. Ela era a única que estava a ajudando, não podia esconder–se. 


—Rach – o tom de Quinn foi apreensivo.


—Estou bem.


—Não sabia que queria ser cantora –Quinn lamentou segurando seus ombros.


—Isso faz muito tempo –Rachel secou o canto do olho –Era uma ideia idiota.


—Nunca deixe ninguém tirar um sonho de você –Quinn encarou os olhos castanhos com intensidade, com uma raiva contida por alguém ter magoado sua esposa.


Isso deu impulso a Rachel para segurar o rosto da mulher nas mãos e beija–la com força.


Quinn retribuir com o mesmo vigor, trancando a porta com uma mão enquanto a outra estava ocupada enterrado no cabelo de Rachel.     


Todo o fogo da tarde voltou rapidamente as duas, mostrando que estavam prontas para um segundo round. Além disso Rachel queria voltar a sentir a euforia do final de semana, a felicidade plena que Quinn lhe proporcionou. Queria qualquer coisa que afastasse a tristeza de seu coração.


—Quinn, eu preciso... –Rachel começou a pedir.


—Eu sei –Quinn a virou e passou a beijar seu pescoço.


Levando Rachel até a pia Quinn a encurralou entre o mármore frio e seu corpo quente, fazendo Rachel sentir a ereção debaixo de sua calça. Quinn tateou seu bolso até que encontrou um pacote prateado e o rasgou com os dentes.


—Você trouxe uma camisinha? – sussurrou Rachel entre o espanto e a felicidade.


—Sabia que não iria me segurar até voltarmos vendo você tão gostosa assim –Quinn deu um sorriso safado e desceu o zíper da calça.


Quinn, muito habilidosa, logo colocou a camisinha ao redor de seu pênis. Depois encarou Rachel pelo espelho, com os olhos brilhantes e um sorriso felino:


—Tente não fazer barulho.


Quinn subiu o vestido de Rachel até a cintura, depois inclinou o corpo da esposa, arrebitando sua bunda e dando uma visão espetacular. Quinn lambeu os lábios e se ajoelhou no chão. De forma atenciosa passou a distribuir beijos por todo o quadril da esposa, depois passou a mordiscar sua bunda. O gemido baixo de Rachel foi a aprovação que ela queria.


—Uma hora vou mostrar tudo que sempre quis fazer com sua bunda –Quinn deu uma última mordida. –Mas agora não temos muito tempo.


Quinn se levantou, colocou as mãos em volta do quadril de Rachel. E sem avisar enfiou seu pênis de uma vez.


Isso fez Rachel perder o ar.


Rachel inclinou–se sob a pia, o mármore frio pressionando seus seios. Não importava. Tudo que sentia era Quinn entrando e saindo, tudo que pensava era no corpo relaxando cada vez que sentia Quinn dentro de si.


Como pode viver sem isso?, perguntou–se Rachel, como que um dia eu vou querer outra pessoa?


Continuaram nesse movimento, e Quinn foi obrigada a morder o ombro de Rachel para abafar seu gemido. Rachel foi obediente em não fazer barulho, mas não conseguia segurar os suspiros altos que escapavam. O espelho já começava a embaçar com o ar que saia dos lábios de Rachel.


—Quinn –Rachel murmurou, sentindo o ápice chegando.


—Eu te seguro, amor –Quinn agarrou–a pelo quadril e enterrou seu pau o mais fundo que podia.


E Rachel deixou que o prazer a desfizesse. Sentiu o liquido em torno do pênis de Quinn, e escorrendo através de sua coxa.


Passaram um bom tempo apenas escutando as respirações uma da outra. Até Quinn decidir sair completamente de Rachel, com a camisinha cheia de seu esperma, e depois amarrou e jogou no lixo. Quinn enrolou algumas folhas de papel higiênico na mão e passou a limpar Rachel.


Rachel ainda estava tão relaxada que nem sabia o que dizer sobre o ato de Quinn. Quinn sempre colocava as necessidades de Rachel acima de tudo. Tão carinhosa... Os lábios de Rachel formaram um sorriso amoroso.


Quinn arrumou o seu membro dentro da casa, depois lavou a mão na pia. Sempre olhando pra Rachel, exibindo um sorriso satisfeito.


—Vou enrolar Gary por mais meia hora e depois iremos pra casa –Quinn beijou os lábios de Rachel. –Não vejo a hora de repetirmos isso.


Quinn desceu na frente, afinal estava arrumada e precisava distrair os anfitriões até que Rachel se recompôs–se.


Rachel ficou pra trás, tentando colocar o cabelo no lugar, e apesar de ser uma tarefa quase impossível, não conseguia evitar de sorrir ao se olhar no espelho. Quinn era... Bem, a melhor transa de todas. Apesar de não ter uma vasta experiência sabia que ela era boa no que fazia, já que tinha tantas aos seus pés. Além disso tinha aquela confiança que compartilhavam, a forma como seus corpos se conectavam sem precisar de palavras.


Rachel decidiu prender tudo e lavar o rosto pra disfarçar o rubor de suas bochechas. Quando sua aparência parecia mais contida tomou coragem pra sair do banheiro.


A mulher andava quase como se estivesse nas nuvens quando trombou com Sunshine no topo das escadas. A garota deu um sorriso amarelo.


—Vim ver se precisava de alguma ajuda.


—Não preciso mais –Rachel deu um sorriso confiante. –Minha esposa já me ajudou. Obrigada.


—Percebi –A garota olhou pra baixo, onde dava pra ver Quinn e Francis rindo com charutos na mão.


Quinn parecia tão leve, diferente da CEO distante que conheceu durante seu noivado. Era nítido que cada vez mais sentia–se a vontade com a presença de Rachel. E apesar de se esforçar para não alimentar qualquer esperança não tinha como não perceber o quanto ela parecia mais feliz naquele final de semana.


Era impossível não acreditar que era por causa de Rachel. Mesmo um desconhecido poderia ver que a atmosfera de Quinn mudava com Rachel por perto.


—Depois de Mercedes pensei que Quinn nunca mais seria feliz com alguém – Sunshine comentou, amarga.


—Isso me deixa feliz.


Rachel deu um sorriso sincero e seguia em direção a escada até Sunshine dizer:


—Se bem que a situação do noivado de vocês era estranha –Rachel exibiu uma carranca. – Eu via vocês nas revistas, mas estava claro que Quinn não era totalmente fiel a você. Um ano atrás ela até pediu Mercedes em casamento, aqui nesta sala – Sunshine apontou para o cômodo de baixo.


—Ela pediu? –Rachel não conseguiu disfarçar a surpresa.


—Sim. Foi uma cena e tanto –Sunshine revirou os olhos   –Quinn ajoelhando, chorando, com um diamante enorme na mão...Minha mãe falou que era escandaloso de tão grande. Eu achei muito brega!


Rachel olhou para a aliança em sua mão. A aliança simples, que a própria Rachel pediu, parecia singela depois da descrição de Sunshine para a aliança que Quinn escolhera pra Mercedes. E além disso ela propôs Mercedes em casamento quando já estavam noivas! Apesar de manter um relacionamento amoroso com Finn sempre deixou claro que teria um compromisso a cumprir com a Fabray, que uma hora o relacionamento chegaria o fim pois tinha um compromisso. Um contrato.


Que Quinn estava disposta a quebrar se fosse para ter Mercedes como esposa.


—O discurso de Quinn, nossa, até meu pai chorou e olha que ele não chorou nem no nascimento do meu irmão –Sunshine soou irritada. –Era como um conto de fadas... O que ninguém esperava era que Mercedes dissesse não bem na cara dela.


—Mercedes negou na cara dela? –O queixo de Rachel caiu.


—Sim –Sunshine mostrava–se igualmente surpresa. –Quinn parecia perdida depois, ninguém acreditou que ela teve coragem de fazer isso. Nem a própria Quinn. Nem imagino como deve ter se sentido. 


Rejeitada na frente de todos? Rachel indagou–se. Quinn odiava ser exposta daquela maneira. Aquele tempo era claro que Quinn estava diferente de atualmente, uma Quinn aberta o suficiente para declarar seus sentimentos na frente de todos, de dedicar–se a exibir devoção a alguém... Pra depois ser humilhada com sua negativa.


Cada história que ouvia daquela mulher criava um sentimento negativo no coração de Rachel. Mercedes Jones era uma pessoa que definitivamente não queria conhecer.


—Desculpa, acho que falei demais –Sunshine disse, interrompendo os pensamentos de Rachel. –Acho que devemos voltar.


—Não me sinto muito bem –Rachel tocou em sua barriga de forma teatral. –Irei pro chalé.


—Mas Quinn e meu pai ainda estão conversando.


Olharam pra baixo e viram a dupla inclinada sobre a mesa, observando uma pilha de papeis.


—Tudo bem, peço pro Ryder a buscar depois –Rachel deu um sorriso forçado a menina. –Obrigada pela noite.


—Disponha –Sunshine quase sorriu de orelha a orelha ao perceber que Quinn ficaria sozinha na casa.


Rachel nem mesmo ficou incomodada pela repentina animação da menina. Sua preocupação rondava em uma ameaça maior.


Na pessoa que quebrou Quinn a ponto dela nunca mais deixar–se apaixonar por alguém.


Na pessoa que roubou a chance de Rachel de ter amor no seu casamento.


Aquela que estava tão presente em Quinn que nunca conversou sobre ela com Rachel, que a fez até mesmo ser expulsa do carro: Mercedes Jones.


 



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Autor(a): blacksweetheart

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Eu tenho que saber que seu coração bate rápido e Eu tenho que saber que sou o único pra você O que eu me tornei? Eu sou a porra de um monstro Quando tudo que eu queria era algo bonito     —Rachel, por Deus, eu já estava prestes a denunciar seu desaparecimento! –Entrou no chalé ao gritos. &ndash ...


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