Fanfics Brasil - Belo Crime Até que o Amor nos Separe (Faberry)

Fanfic: Até que o Amor nos Separe (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: Belo Crime

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Nós lutamos todas as noites por algo


Quando o Sol se põe somos ambos os mesmos


Metade nas sombras


Metade queimados em chamas


Não podemos olhar para trás por nada


Pegue o que você precisa, diga suas despedidas


Eu te dei tudo


E é um belo crime


 


Jane levou Quinn a pequena exposição de quadros da família “St. James”. Aquilo era uma grande besteira na visão de Quinn. Ela não sabia porque quadros esquisitos fascinavam a alta sociedade, mas como todo membro, os Fabrays tinham suas coleções.


—Como conheceu Jesse? –Quinn questionou a mulher enquanto a seguia.


—Em um pub em Londres há quatro meses atrás – Jane sorriu a Quinn. –Ele gostou do que viu em mim e eu gostei do que vi nele.


—Você não se importa que seu namorado esteja apaixonado pela minha esposa? –Quinn foi direto ao ponto. Estava obvio o interesse de Jesse em Rachel.


—Eu não quero o amor de Jesse –Jane falou com tanta calma que Quinn ficou surpresa –Quero seu status e a vantagem de entrar no mundo de vocês. Quero ser modelo. Jesse facilita alguns contratos publicitários pra mim.


—Conheço bem esse tipo de relação –murmurou a Fabray.


Era a relação que Quinn costumava ter com muitas modelos durante o noivado. Elas só queriam a fama por associação e Quinn só queria uma companhia noturna.


Quando acabava se despediam sem drama, nem corações partidos.


—Sei que conhece – O olhar de Jane era de quem sabe um segredo.      


—O que quer dizer?


—Sua fama a precede, Quinn Fabray.


—Isso depende de quem te falou sobre mim. 


—Vi com meus próprios olhos –Jane chegou mais perto de Quinn  –O verão em Sant Torine.


A lembrança a envolveu. Após assinar o contrato de casamento com Rachel, após ser nomeada CEO da Lux. Quinn decidiu que era momento de comemorar, e conhecia a pessoa certa pra isso. Chamou Archie e o homem não poupou lucros enquanto organizava a comemoração.


Alugou uma ilha no mar caribenho e bancou tudo, absolutamente tudo, por quase três meses. Envolvida demais em bebidas, e até algumas drogas, pra parar aquele absurdo.


Foi necessário a intervenção de Russel e a ameaça de tira–la da presidência.


Mas todos da elite ouviram falar da tremenda festa que a Fabray deu.


Quinn e Archie poderiam ter fundado um pequeno país se aplicassem o dinheiro que gastaram em algo importante. Pra raiva de Archie, Quinn nunca mais fez algo parecido.


— Aqueles são tempos que não voltam.


—Que pena. O que eu vi era fascinante –Jane acariciou o ombro de Quinn –Era como uma rainha e todos querendo agradá-la.


—Você se inclui nisso? –Quinn não se afastou de Jane, pois analisava até onde a mulher iria.


Claro que comparando Jesse e Quinn o peixe maior era Quinn. Mas a mulher de Quinn estava na sala ao lado, e Jane fingiu simpatia a noite toda que estiveram ali.


Tudo foi falso? A iniciava de Jane foi por ambição ou algo a mais? Talvez um plano de Jesse...


—Quem não quer Quinn Fabray? –Os olhos de Jane brilharam e a mulher ficou tão próxima de Quinn que seus seios se encostaram –Algumas amigas minhas já estiveram com você. Elas me contaram, como é e o que dariam pra ter de novo.


Quinn esperou sentir–se tentada a beijar Jane. Era algo que faria antes, mesmo sabendo que a mulher estava mais interessada em ser vista ao lado de Quinn do que exatamente ter Quinn. No passado costumava dizer a si mesma que não importava, desde que gozasse no final da noite e a mulher ficasse tempo o suficiente para ter uma boa noite de sono.


Mas mesmo frustrada com Rachel, e de uma noite mal dormida, Quinn não sentia nenhuma vontade de beijar a bela namorada de Jesse. Nem se fosse apenas para provar ao Jesse que podia.


Lembrou da expressão magoada que Rachel a olhou na noite anterior. E o quanto ficaria assombrada se recebesse esse olhar de novo.


Por isso esperou Jane fechar os olhos, inclinar–se para o beijo, para deixa–la parada e sozinha enquanto voltava furiosamente para a sala de jantar.


—Rachel, precisamos ir embora –Quinn foi até a esposa e a ergueu pelo braço.


—Mas... –Rachel olhou de Quinn para Jesse.


—Agora! –Quinn a sacudiu para que entendesse a urgência de seu pedido.


Jane voltou a sala de jantar, consternada. Quinn preferiu não encarar o cinismo de Jane e saiu pra fora sem se despedir. 


—Desculpa, Jesse –Rachel olhou para o homem que lentamente se levantava.


Não entendeu o que fez Quinn agir assim, mas odiou o jeito como Quinn soou mandona e totalmente desrespeitosa.


—Rachel perceba esses sinais –Jesse segurou sua mão, olhando no fundo dos olhos dela. – Essa relação de vocês está me soando como uma relação abusiva.


—Obrigada pelo jantar –Rachel se inclinou e deu um beijo em sua bochecha. Ela olhou pra Jane e disse: –Sinto muito por isso. Ela não está em um dia bom.


—Está tudo bem –Jane deu um sorriso amistoso.


Rachel foi atrás de Quinn, com o rosto vermelho. Aquela não seria uma noite calma na mansão Fabray.


(...)


 


Jesse olhou para Jane com fúria depois que a namorada contou o motivo de Quinn sair tão depressa.


—Ela não beijou você? –Ele não conseguiu esconder a surpresa.


—Não –Jane sentou ao seu lado –Fiquei chocada também. Por um momento pareceu que queria. Me ofereci, como pediu. Mas... Por alguma razão mudou de ideia.


—Aquela maldita só pode estar apaixonada por Rachel! – Jesse socou a mesa.


Ele viu o jeito que Quinn olhava pra Rachel e não tinha como dizer que Fabray era indiferente a esposa.


O fato de ter resistido a Jane prova que a Fabray realmente tinha mudado como Noah contou.


—Disseram que é impossível. Quinn Fabray não se apaixona por ninguém –Jane repetiu o que ouviu muitas vezes durante anos.


—É impossível não amar alguém como Rachel –Jesse soou triste –Droga, eu esperava usar esse beijo como vantagem. Espero que Rachel tenha ao menos acreditado que Quinn é má.


—Tudo isso é por vingança?


—Não –mesmo com a negativa os olhos do homem brilharam com a possibilidade –Mas será uma grande satisfação ver o império de Quinn ruir. Pra isso vou precisar de um aliado.


—Quem? –Jane o olhou com interesse.


Porém o dano mais permanente que Quinn tinha o deixado era a falta de confiança nas pessoas. Ele não contava com Jane, nem com os poucos amigos que tinha na vida. Que droga, escondia seus planos até do pai, com medo dele delata–lo ao conselho da Lux. Por isso preferiu dispensar a mulher:


—Vá ficar bonita e me deixe em paz um pouquinho.


Jane se levantou, consternada, mas não disse nenhuma palavra.


Jesse pegou seu telefone e localizou um número antigo em sua agenda. Torceu para a pessoa estar disponível.


—Hiram Berry –a voz grossa soou do outro lado.


—Sr. Berry –Jesse engoliu seco –Gostaria de uma reunião com você para discutirmos sobre o destino de sua filha.


 


(...)


Hiram Berry vivia para a empresa dele. Já era quase meia noite quando Jesse estacionou na frente da sede da Empreiteira Berry. Não esperava que o pai de Rachel o convocasse até ali aquela hora da noite. Mas ali estava Jesse, se preparando para falar com a raposa velha da alta sociedade.


Jesse foi recebido pelo segurança, que o acompanhou até o elevador e já apertou para o último andar.


A Berry não era tão luxuosa quanto as sedes da Lux. Um ar sombrio pairava pelo lugar e os tons escuros não animavam o ambiente. Jesse entendeu porque aquilo nunca atraiu Rachel.


Quando chegou a sala de Hiram a porta estava aberta e Hiram não estava sozinho.


Era de conhecimento geral que Hiram tinha um amante de longa data chamado Leroy. O homem era tão especial a Hiram que até comparecia a eventos na casa dos Berrys e não tinha nenhum pudor em demonstrar que ele tinha uma relação com Hiram.


Shelby fingia um bom relacionamento, para agradar o marido. Jesse não imaginava como a mãe de Rachel tolerava aquela situação. Shelby era o exemplo de esposa-troféu: ambiciosa e disposta a aceitar qualquer transgressão do marido.


—Sr. Berry –Jesse cumprimentou.


—Sente-se, Jesse –Hiram deu-lhe um sorriso frio. Depois virou-se para Leroy, que estava deitado no divã marrom e perguntou:  –Querido, lembra-se de Jesse?


—O menino que vivia correndo atrás de Rachel. –Leroy olhou Jesse dos pés à cabeça –Os anos foram gentis com você. Colocou botox aqui?


O homem bateu no canto direito da testa.


—Não –Jesse negou com a cabeça.


—Que inveja! –Dramaticamente Leroy apoiou a mão no coração.


Jesse olhou de Leroy para Hiram. Em uma pergunta silenciosa se era seguro falar na frente dele.


—Ele pode ficar –Hiram respondeu em voz alta –LeRoy e eu somos parceiros há anos. Tudo que eu sei, ele sabe.


—E vice–versa –Leroy jogou um beijo ao amante.


—Você queria falar sobre Rachel, certo? –Hiram questionou.


—Sim –Jesse se endireitou na cadeira –Sua filha corre perigo com Quinn Fabray.


—Prossiga.


Jesse contou sua história com Quinn, a mesma história que compartilhou com Rachel. O quão fria e manipuladora Quinn Fabray era.


—Tudo que me contou não me surpreende –Hiram sequer demonstrou alguma emoção –Não faria nada de diferente dela.


Jesse engoliu seco. E pensar que Rachel era filha dele. Ao que parece Quinn se daria melhor com um pai como Hiram.


Ou então ambos se destruiriam em busca do poder.


—Por que Rachel corre perigo? –Leroy quis saber.


Pelo que lembrava, apesar de ser amante do pai, Leroy e Rachel tinham um bom relacionamento. Rachel não adorava Leroy, no entanto tolerava e até conversava educadamente com ele.


Poderia ter gostado muito do homem, contou Rachel em uma festa, se ele não fosse a razão pelo qual Shelby chorava algumas noites.


—Souberam o que aconteceu no baile de Antoine? –Jesse olhou para os dois –Não foi um simples roubo. Rachel desapareceu por quase três horas. Quinn ficou maluca.


—Mas a questão foi resolvida, até onde sabemos –Hiram contou –Jesse eu entendo que possuí interesse na minha filha e claro que deseja se vingar de Quinn Fabray. Mas até que me traga provas conclusivas de que minha filha corre perigo não poderei fazer nada.


—Trarei suas provas. –Jesse se levantou, irritado por Hiram demonstrar pouco interesse –Desculpe ter desperdiçado seu tempo.


—Certo, aguardarei seu retorno –Hiram deu–lhe um aceno. 


—Tchau, querido. –Leroy balançou os dedos no ar– Ele é um garoto tão bonito.


Jesse se retirou sem olhar pra trás.


Leroy observou que Hiram ficou pensativo por um tempo. Foi até o homem e sentou em seu colo.


—O que está pensando? –Leroy acariciou os cabelos de Hiram.


—Jesse seria um genro bem mais fácil de manipular que a Quinn –Hiram olhou para o amante. Amava o fato de ser completamente sincero com Leroy  –Se a Fabray acabasse inviabilizada como CEO certamente a segunda opção seria Jesse.


—E você jogaria Rachel nos braços dele? –Leroy estreitou os olhos –Hiram, sua filha não é uma boneca.


—Rachel é sentimental –Hiram deu de ombros –Está apegada a Fabray agora porque recebeu alguns segundos de atenção. Além disso Jesse está disposto a mexer com alguém maior que ele para tê-la. Se ele acredita que a ama, logo Rachel se convencerá disso.


—Mas por que quer tirar Quinn da jogada?


—Aquela garotinha birrenta ameaçou a minha família –o tom de Hiram foi sombrio –Ameaçou a mim. E provavelmente está colocando ideias na cabeça da minha filha. Rachel jamais falaria comigo daquele jeito se não estivesse casada com aquela que se acha a rainha do mundo. Ela se tornou um perigo.


—Hiram sua filha não é tão manipulável quanto pensa –Leroy alertou –Acho que a subestima muito.  


—Na verdade é o contrário. Eu sei que Rachel tem potencial –Hiram acariciou o rosto do homem em seu colo –Por isso eu a mantinha no controle. Ela está desperdiçando tempo naquela ideia tola de instituto. Meus planos pra ela era transforma–la em minha herdeira, a dona de tudo isso. Ela se recusou e eu a ensinei o que acontece com quem diz não a mim.


—O casamento... Não foi apenas para garantir que a Lux o pagasse. Foi para dar a Rachel uma lição? –Leroy se surpreendeu com a história.


 


—Rachel, você não vai gastar seu tempo e meu dinheiro com uma faculdade inútil! –Hiram gritava usando toda a força de seus pulmões.


Estavam naquele mesmo escritório, com Hiram perguntando a Rachel o que ela decidira fazer da sua vida. Tinha se formado nas lições, era hora de se decidir e Hiram esperava ouvir que Rachel cursaria administração empresarial, como ele, como o pai dele.


—Você não vai decidir isso por mim – Rachel empinou o nariz. –Eu quero cursar música e eu vou!


—Eu tolerei seus caprichos durante dezoito anos, mas não verei minha filha se tornando uma artista patética –Hiram tinha vontade de estrangular a filha as vezes e aquele era um dos momentos onde a vontade surgia com forço.


—E prefere que eu fique trancada em um escritório, com reuniões ridículas e tirando casas das pessoas para construir prédios? –Rachel apontou para fora da sala. –Eu não sou Noah, nem Santana. Eu não quero nada disso.


Conhecendo a filha, Hiram sabia que ela não desistiria de sua escolha. A teimosia, como característica detestável, tinha sido herdada dele.


Hiram queria que ela tivesse puxado a mãe e sua mente fácil de manipular.


—Você tem certeza de que quer encarar as consequências da sua escolha? –Hiram deu–lhe a última chance de mudar de ideia.


—Tenho –Rachel o olhou com uma profunda certeza –Nada do que fizer será pior do que me obrigar a uma vida que eu não quero.


—Vamos ver –E um sorriso cruel surgiu nos lábios de Hiram Berry.


 


—Ela sabia das consequências –Hiram explicou –Ainda fui gentil em aceitar bancar aquele instituto pra que ela assinasse o contrato de casamento.


LeRoy engoliu seco. Não apoiava grande parte das tramoias de Hiram, principalmente quando envolvia Rachel. O homem vira a criança crescer, e lamentou pela menina não ter mostrado interesse em seguir a carreira do pai. Hiram fantasiou com isso por muitos anos, um herdeiro que seguiria seus passos e que ele teria prazer de ensinar tudo. A menina delicada e amorosa agradava a todos, exceto o próprio pai.


—Se for verdade o que o menino disse –LeRoy encarou a foto em cima da mesa de Hiram: Rachel, provavelmente com sete anos e Hiram sorrindo em uma festa de natal. –Vai protege–la, não vai?


Hiram entendia porque Shelby e Leroy temiam que Hiram desse as costas completamente a Rachel. De todas as pessoas do mundo Rachel foi quem mais o desafiou. E ainda desafiava. Sim, Hiram ficava louco com a audácia da filha.


E apesar da petulância dela e de sua teimosia enfadonha no fundo Rachel sempre seria sua garotinha e amaldiçoado fosse quem ousasse feri-la.


—Eu sempre vou protege-la –A certeza de Hiram, tal como a de Rachel quando determinou que não trabalharia na Berry era irrefutável.


Ainda sim Leroy duvidou. Não que Hiram fosse proteger Rachel, mas qual seria sua motivação por trás disso.


(...)


—Essa situação é inaceitável! Você grita comigo dizendo que eu quebro sua confiança. Mas você me humilha com esse tipo de comportamento explosivo e eu tenho que tolerar! Você ofendeu Jesse e Jane! –Rachel berrou assim que as duas passaram pela porta.


Quinn se virou no mesmo instante. Os olhos verdes furiosos pela menção de “ter ofendido Jane”.


—Ah sim ela estava muito ofendida enquanto enfiava a língua dela na minha boca!


—O que? –A boca de Rachel fez um grande O –Oh Deus, ela está traindo Jesse.


—Eles devem estar planejando isso juntos! –Quinn retirou o terno e jogou no sofá.


—Não seja paranoica –Rachel revirou os olhos.


—Claro, porque seu amiguinho de infância é um santo incapaz de fazer algum mal.


—Eu entendo todo o seu ranço quanto a Jesse –Rachel rebateu –Mas julgar que ele pediria a namorada dele dar em cima de você é exagerado. O que ele ganha com isso?


—Você! –Quinn explodiu –Não vê? Você é o prêmio que ele nunca teve, que eu roubei dele!


A palavra roubo soou negativamente a Rachel. E além de achar que ela era apenas uma peça na mão de Quinn ou de Jesse, Quinn mencionou uma história que ela sequer contou a Rachel.


—Não quis dizer...


—Eu sei da história toda –Rachel interrompeu colocando as mãos na cintura. – Não por você, obviamente. Parece que todos conhecem a mulher com quem me casei, exceto eu.


—Por que fica investigando sobre mim? Com Sunshine, com minha irmã, com Jesse. O que eu fiz pra trair tanto sua confiança? –Quinn não conseguia entender quanta informação chegava em Rachel e porque sempre estava em julgamento.


—O que você não fez –Corrigiu a Berry  –Você não me conta as coisas importantes. Sobre você.


—Não sou obrigada a te contar nada sobre mim –Quinn cruzou os braços.


—Não? Você é minha esposa. Você é a dona dessa casa, portando a dona do teto que eu durmo. E agora você é a dona do projeto da minha vida. Você é minha dona. –Era uma verdade dolorosa, mas ao contrário de Quinn, Rachel odiava esconder informações só para aparentar algo que não era  –Eu só queria entender até onde...


—Até onde o que? –Quinn deu um passo à frente.


—Até onde eu posso agir pra não ofender você.


—Então tudo é porque tem medo de mim? –Quinn conseguiu amedrontar sua esposa. Claro!


—Não! –Rachel foi até Quinn, pra que ela olhasse em seus olhos enquanto falava –Eu só quero te entender, Quinn. Conhecer você... como um casal normal se conhece.


—O que tanto você quer saber sobre mim? Anda, me fala o qual dúvida está na sua cabeça agora? –Quinn a olhou de cima a baixo. Seu modo defensivo em alerta.


—Você só insistiu no casamento pra se vingar de Jesse? –Era a pergunta que rondou a cabeça de Rachel a noite toda.


Quinn era mesmo capaz de se prender a alguém só pra mostrar a um inimigo que está certa?


—Então ele te contou tudo que fiz a ele –Quinn deu um sorriso sem humor –E você acreditou nele, tal como acreditou em Frannie.


—Ao menos eles estão dispostos a me contar alguma coisa.


—Pensei que depois desses cinco meses eu não teria que te dizer isso. Que apesar de não prometer paixão eu venho te respeitado, venho me importado com você mais do que qualquer um –A voz de Quinn estava carregada de emoção –Acho que Jesse conseguiu te roubar afinal.


—Pare de falar como se eu fosse uma coisa! A escolha é minha também e eu não quero Jesse.


—Tem certeza? Parecia tão intima dele, tem tanto em comum...


—Pare –Rachel sentiu as lagrimas chegando –Não me magoe mais.


—Quem tem que estar magoada sou eu! Você conspira com a minha irmã nas minhas costas, aceita um jantar em nosso nome sem me contar e lá esfrega na minha cara que não somos tão opostas que sequer me pediu pra ir ver esse musical idiota com você!


—Você está aumentando tanto as coisas –Rachel murmurou, mas viu que ela tinha razão.


Quinn sempre se mostrava interessada no que ela falava, ao contrário das pessoas que conhecia, e mostrava disposição para fazer o que ela quisesse. Se tivesse contado sua vontade de ver o musical na Broadway com certeza teria contratado um avião particular na hora e a levaria.


—Então só me responde, Rachel, me diz se nunca pensou que Jesse seria o homem perfeito pra você? –Quinn ficou tão próxima de Rachel que sentiu o hábito quente da esposa em seu rosto.


Ao contrário de quando Quinn a seduzia, aquele momento era como se Rachel fosse a pressa e Quinn a leoa pronto para abocanha-la. Quinn estava a testando, estudando se Rachel mentiria.


—Já –Rachel admitiu casualmente –Quando eu era adolescente! E não é como se eu fosse sua primeira escolha também. Se não fosse por esse contrato sequer olharia pra mim em qualquer dos bailes idiotas que ia.


O argumento de Rachel sequer importou a Quinn. Tudo que conseguia pensar era que Rachel já estivera interessada em Jesse. Rachel deveria ter se casado com Jesse. Quinn era a vilã que desfez a história de amor que Rachel merecia.


—Eu vou pra cama –Foi o que conseguiu responder. Quinn deu as costas e começou a subir as escadas.


—Claro, o método Quinn Fabray de evitar um assunto! –Quinn nunca estava disposta a encarar uma discussão sobre elas, esquivava–se ou desviava do assunto. Aquilo cansava Rachel – Mas se você não me explicar, deduzirei a resposta e pode ser pior do que a verdade. Pode me afastar ainda mais de você.


—Se eu não a quisesse, Rachel, pode apostar que eu nunca teria perdido meu tempo casando com você –Quinn parou e a encarou de cima –Lembra que não era eu que queria cancelar o contrato.


—Só isso que eu sou pra você? Um contrato?


A pergunta magoou Quinn profundamente.


Se Rachel fosse um contrato teria deixado Jesse ou quem ela quisesse ficar com sua esposa porque ela não teria nenhuma relevância a não ser comparecer em eventos e usar seu sobrenome. Não doeria tanto ouvir que Rachel desejou Jesse e que ele seria melhor pra ela.


Seria fácil dar ombros e dizer a Rachel que ela poderia ter um caso com Jesse, se Quinn não se importasse tanto.


Mas o que adiantou demonstrar que Rachel era importante se a Berry ainda pensava que tudo não passou de um plano para assegurar o contrato que as uniu?


—É triste que em uma noite Jesse tenha colocado em cheque tudo que fiz durante cinco meses – Quinn se esforçou muito pra esconder a dor que sentia ao dizer isso –E se minhas ações não foram o suficiente pra você entender o quanto significa pra mim, não perderei meu tempo tentando explicar.



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Autor(a): blacksweetheart

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