Fanfics Brasil - A Balada de Rachel Até que o Amor nos Separe (Faberry)

Fanfic: Até que o Amor nos Separe (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: A Balada de Rachel

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Diga o que está tentando dizer, me fale que eu estou certo


Deixe o sol chover em mim


Me dê um sinal, eu quero acreditar


 


Rachel não sabia pra onde Quinn a guiava.


No final da peça, de todos os cumprimentos, abraços dos pais, e infinitos beijos das crianças, Quinn a velou e só mandou que a seguisse.


Sem nenhum detalhe a mais.


—Não me diga que colocou uma cama no meio da minha sala –Rachel comentou rindo.


Sabia que não tinham saído do Instituto já que não sentiu nenhuma brisa em seu rosto e conhecia mais que ninguém o barulho de seus saltos naquele piso. Mas a gravata de Quinn em seus olhos e sua mão em sua figura a levava pra algum lugar e Rachel estava ansiosa pra saber qual.


—Acho que já te provei que não preciso de cama –rebateu Quinn mordiscando a olheira de Rachel.


Agitação subiu em seu estômago e um calor iniciou entre as pernas.


—Estou tão esquecida –Rachel ronronou empinando a bunda ao corpo de sua esposa. –Por que não me faz lembrar disso?


—Rachel não estrague a surpresa –Quinn se afastou dela. Não podia ceder a tentação da esposa. –Estamos quase chegando.


—Chegando onde? Ouça, eu não gosto de não saber o que acontece no meu Instituto e se você quer manter suas bolas é melhor...


Quinn retirou o pano assim que passaram pela entrada da cantina e assistiu a expressão surpresa de Rachel ao encontrar o que a loira unha preparado.


—Todo musical tem uma festa de estreia –Quinn explicou com orgulho. –O nosso não seria diferente.


Os professores e assistentes do institutos, o grupo dos herdeiros, seus amigos... Estavam ali parados, a recepcionando com um sorriso. Balões pratas pendurados no céu, as mesas organizadas no refeitório. Sequer parecia com o local onde as crianças se reuniam pra comer e conversar. Pensariam que era um salão profissional devido a organização.


O sorriso de Rachel foi o mais iluminado que Quinn já viu.


—Como me escondeu tudo isso? –Perguntou emocionada, absorvendo cada canto.


—Kurt me ajudou com quase tudo –Quinn deu um sorriso cúmplice ao homem que já se aproximava delas.


Camila e Lauren também se aproximavam de mãos dadas. Rachel não deixou de notar o brilho nos olhos de Camila e sua aura apaixonada.


—Foi ótimo finalmente organizar algo sem você palpitando –Kurt comentou piscando pra Rachel.


—E por que eu não sabia disso? –Camila olhou pra Quinn com indignação.


—Por que não sabe guardar segredo –Kurt deixou escapar.


—Rachel! –Camila exclamou. –Você concorda com isso?


—É verdade, Camz –Rachel se desculpou com os olhos.


—Laur? –Camila procurou reforço na namorada.


—Não liga ,bebê, eu te amo mesmo assim –Lauren deu um beijo estalado na bochecha de Camila.


Isso deixou o casal Fabray em choque. Rachel não esperava que o relacionamento delas já estivesse nesse nível e que Lauren soasse tão sincera naquelas palavras. Apesar de ter convivido com o grupo dos herdeiros nos bailes, Lauren era uma presença constantes nas gandaias de Quinn e flertava com cada uma sem discrição. Camila era viciada em contos de fadas e mal teve um namoro na adolescência. Rachel sorriu enquanto olhava o casal.


E não pode deixar de sentir inveja das duas. Amor... o que lhe foi negado por Quinn. A frase que nunca escutaria.


Rachel olhou pra Quinn, e percebeu que não era felicidade que se encontravam nos olhos de Quinn.


—Camila vai cuidar de Lauren –Rachel acariciou o rosto da esposa. –Não precisa ficar preocupada com sua amiga.


—Deveria se preocupar com Camila, isso sim –rebateu inspirando fundo.


—Eu sei que Lauren vai ser boa pra minha Camz. E se não for me divertirei a torturando como prometi.


—Fiquei até com medo de você, Sra Fabray –Quinn fingiu tremer e ganhou um tapa no braço. –Mas deixando as duas um pouco de lado, tenho outra surpresa pra você.


—Qual?


—As crianças ganharam um dia com tudo pago no parque.


Os olhos de Rachel brilharam. Ganhar um colar, um vestido ou qualquer outra coisa não a deixava mais feliz do que ver Quinn engajada em seu projeto.


—Você... Eu não sei como te agradecer por ter pensado nelas.


—Fizeram um trabalho incrível, eu que sou grata –Quinn foi sincera nas palavras.


No entanto era obvio que sua ação foi motivada para agradar Rachel. Por isso a voz da morena estava embargada quando disse:


—Eu nunca estive tão feliz.


Quinn beijou–a rapidamente, mas quando separou seus rosto o olhar de Quinn era de orgulho, felicidade e algo mais que Rachel não conseguia decifrar.


—Fico feliz em te deixar feliz.


—Foi esperta em deixar o clube dos herdeiros participarem da nossa festinha, Q. Mas há três penetras que já pode expulsar. –Santana anunciou se colocando no meio do casal.


Olharam pra mesa do canto a esquerda. Hiram, LeRoy e Puck as encaravam com atenção.


—Eu chamei apenas Puck, não sabia que ele iria trazê–los –Quinn enrijeceu o maxilar.


—Não. Deixe–os –Rachel respondeu, pensando no plano de Noah. –Não vão atrapalhar nossa noite.


—Bem, uma festa não começa sem um brinde –Lauren trouxe uma bandeja com duas taças.


Foram servidos taças de champanhe a todos e o resto das pessoas olhavam o casam com expectativa.


—Um brinde a responsável por tudo isso –Quinn anunciou a todos. –Rachel Berry Fabray! Minha talentosa esposa e diretora.


—Um brinde a Rachel! –Gritaram os funcionários do instituto em unissolo.


Rachel guardou aquele momento em seu coração. O momento que sentiu que o casamento valeu a pena para ter o instituto caminhando pra um projeto solido e lindo.


Por isso decidiu que iria fazer tudo que poderia pra protege–las das garras de seu pai.



(...)


Depois do discurso de agradecimento e mais algumas taças de champanhe, Rachel conseguiu tempo pra encarar seu desafio da noite.


Hiram e Leroy se levantaram quando viram a morena se aproximar da mesa deles.


—Gostaria de dizer que são bem vindos, mas não são –Rachel cruzou os braços –O convite era apenas pra minha mãe.


—Sua mãe está em um leilão de joias. Mas não podíamos deixar de prestigiar um trabalho seu –Hiram sorriu com cinismo.


—O que a mídia pensaria, não é mesmo? –Rachel não confiava em qualquer boa intenção que o pai inventava. Ele era calculista demais pra esperar que foi motivado pela vontade de admirar a filha.


—Parem vocês dois, aqui não é o momento –Leroy pediu, vendo que todos observavam a interação do pai e filha –Está divina, Rachel.


—Obrigada, Leroy. Também está muito elegante –Rachel beijou o rosto do homem rapidamente.


Conviveu com o amante do pai desde os três anos. Em festas mais discretas, que não fosse na mansão Berry já que a mãe nunca suportaria o amante do marido, Rachel e Leroy conversavam sobre a vida da menina.


E era sempre mais efetivo pedir a Leroy que a ajudasse com o pai do que pedir a mãe.


Rachel jamais suportaria a situação de Shelby. Jamais deixaria seu casamento se tornar como o de seus pais.


—Trouxe um presente a você. –Hiram abriu uma caixa de veludo na frente de Rachel.


—Não vou usar isso –Rachel teve vontade de jogar o presente na cara dele.


Um colar de pérolas. Seu famoso jeito de pedir desculpas.


—Rachel...


—Isso é o que você dá a mamãe quando faz alguma merda explicita, ou que a deixe brava com você. Pra lembra-la do quanto dinheiro você tem e de que isso garante seu controle sobre ela. Mas eu não sou a minha mãe e não pode me comprar com suas malditas perolas!


—Rachel, a imprensa... –Puck sussurrou quando viu uma jornalista caminhando na direção deles.


—Olá, a todos. Eu só quero uma declaração rápida de... –A repórter sorriu pra todos –Hiram Berry.


Dele? –Rachel não escondeu sua indignação.


O projeto era dela! Por que queriam entrevistar seu pai?


—Tudo bem, pode perguntar – Hiram respondeu.


—Sr. Berry, você largou o projeto de Rachel há dois meses. Está arrependido de ter abandonado um projeto de sucesso ou está aqui para assegurar que não estava errado?


Rachel encarou o pai, aguardando ansiosa pela mentira que iria inventar.


—Minha companhia abriu mão do instituto Berry pois sabíamos que Rachel era capaz de lidera-lo não importasse quem o financiasse. Ela realizou tudo com a maestria e habilidade de uma verdadeira Berry e estou aqui para prestigiar essa magnifica conquista.


—Estou surpresa em ver como ele te apoia! – a repórter comentou com Rachel.


—É uma surpresa até pra mim –Rachel sorriu com falsidade.


—Então, Rachel, a quem dedicará o sucesso do instituto? A esposa ou ao papai?


—A mim mesma – respondeu com confiança –Apesar de ser grata a ambos pela ajuda financeira, nada teria adiantado se não fosse minha insistência e dedicação a esse lugar. Estamos todos orgulhosos pelo trabalho das crianças. Mas hoje acho que podemos dar todos os créditos a mim.


—Isso vai ser ótimo. Provavelmente meu editor irá querer uma entrevista detalhada com você –A repórter desligou o gravador do celular.


—Será uma honra –Rachel maneou a cabeça e a repórter já partiu em direção a Quinn.


Rachel olhou para o pai com atenção. Ele estava preocupado com sua resposta confiante, vendo que ela não iria mais se esconder dos holofotes como no passado.


Ela não iria mais deixar que ninguém levasse credito pelo esforço dela. E agora o pai estava completamente ciente disso.


(...)


Rachel cumprimentou a todos, e ficou mais agradecida a Quinn quando percebeu que seus funcionários se divertiam e pareciam tão alegres. Foram semanas exaustivas e eles mereciam cada momento.


Flagrou até mesmo Kurt e Blaine trocando beijos atrás da maquina de café e com certeza iria exigir os detalhes pros dois depois.


Quando finalmente terminou de dar atenção a todos e poderia voltar a Quinn, foi interrompida por Kitty e Marley.


—Kitty, Marley –Rachel se esforçou para manter o sorriso educado. Não por Marley, por Kitty. –Gostaram da peça?


—Ficou tão lindo! Quero te ajudar a organizar o próximo, já imagino as roupas... –Marley divagava com animação.


—Não pensei que seu pai estaria aqui –Kitty interrompeu, cortando a falácia de Marley –Depois do drama da venda do instituto.


—Ele não deixaria de prestigiar uma realização minha –Rachel usou a mentira dele. Não iria dar armas pra Kitty falar mal dela com o Clube dos Herdeiros.


—Soube que ele conseguiu um grande acordo com a China –Kitty mordeu o lábio inferior, a ganancia no olhar –já que somos amigas poderia nos apresentar.


—Somos amigas? –Rachel ergueu as sobrancelhas


—Bem, eu sou de Quinn e você é de Marley –kitty deu ombros –Por tabela diria que somos.


—Se é assim, faço questão.


Rachel sabia o quanto valia um favor para um membro da alta sociedade. Ainda não gostava de Kitty, mas no momento já estava deixando distante sua opinião pessoal para ter os meios que precisa para adquirir vantagens.


—Pai essa é Marley, minha amiga e sua esposa Kitty –Rachel parou na frente da mesa do pai.


—Kitty Wilde –Kitty ofereceu sua mão –É uma honra conhece–lo, Sr. Berry.


—Fico feliz em ver minha filha se associando a bons nomes da sociedade –Hiram apertou a mão dela.


—Claro que fica –Rachel revirou os olhos –Sabe pai, Kitty além de ser uma herdeira famosa também é filantrópica.


—Sou? –Kitty encarou Rachel com estranheza.


—Claro, depois da sua doação ao instituto eu não poderia te chamar de outra coisa. –Rachel passou sua mão pela cintura da Kitty e apertou sua bochecha pra aparentarem ser intimas. –Obrigada, querida.


—Que merda é essa? –Kitty sussurrou em sua orelha.


—Minha amizade é muito cara –Rachel sussurrou de volta, dando uma piscadela no final.


Tinha aprendido com o pai que não existia favores naquele mundo, somente negociações. E Rachel não iria perder a oportunidade de conseguir dinheiro pro seu projeto.


Puck soltou uma gargalhada ao ver a cara de Kitty.


—Isso é realmente um milagre! Kitty não pagava nem nossa conta no LuCH.


—Cala a boca, Puck. –Kitty o fuzilou com os olhos. Depois percebeu quem estava a encarando e logo voltou a postura cortes. –Sr. Berry gostaria de conversar com o senhor sobre seu novo negocio...


Kitty saiu do aperto de Rachel e foi ocupar o lugar vago ao lado de Hiram. Sequer se importou em arrastar Marley com ela.


—Ótimo, agora ela vai falar a noite toda sobre trabalho –Marley olhava pra esposa com magoa.


—Como você está, Marley? –Rachel crispou a boca. Sentia que algo estava estranho com a mulher, e o olhar dela delatava que envolvia Kitty.


—Sinceramente não muito bem –Marley deu um sorriso triste –Mas isso é uma conversa que precisamos ter em particular. Podemos ir as compras na próxima semana talvez?


—Combinado –Concordou. –Falando nisso eu nunca te agradeci o suficiente por me apresentar Blaine, ele salva a minha vida.


—Ele que é grato. Está muito mais requisitado agora que trabalha pra uma Fabray. Esse sobrenome tem poder.


—Estou percebendo –E as vezes não é pro bem, pensou Rachel –Marley, estou grata por estar aqui, mas por que os outros vieram?


Se referia ao restante Clube dos Herdeiros. Puck, Kitty e Marley foram convidados, no entanto não contava com a presença de Sam e Archie.


—Sentem que Quinn está distante e em vez de lutar contra você querem te agradar, assim não perdem ela.


—Quinn estava certa –Rachel reconheceu.


—Depois de hoje não há dúvidas que ela está sob sua coleira –Marley sorriu com malicia –Quinn não se preocupava em fazer surpresa nem mesmo pro Theo.


Antes que Rachel respondesse Blaine surgiu entre as duas, as abraçando pela cintura.


—Minhas duas musas da beleza –Blaine beijou o rosto de Rachel e depois o de Marley.


—Blaine, seu galanteador! –Marley afagou seu nariz no rosto dele.


—Não se iluda, Marley, porque logo Blaine estará sendo guiado por uma coleira –Rachhel brincou.


—Não! –Marley arregalou os olhos e escancarou a boca. –Me conte tudo!


—Eu vou, querida –Blaine garantiu. –Só quero dizer a Rachel o quanto eu amei a peça e quero me envolver nas produções futuramente.


—É mais que bem-vindo pra participar. Você também, Marley.


—Eu vou amar! –Marley respondeu com sinceridade.


—E também quero dizer que está magnifica com essa roupa –Blaine pegou a mão de Rachel e a fez rodopiar.


Seu vestido inspirado em fallera e o cabelo preso a deixaram graciosa e tão sofisticada como as damas da alta sociedade. Blaine estava cada vez mais inspirado em torna–la uma inspiração aos outros e claro que aquela noite não seria diferente.


—Você está linda, Rach –Marley elogiou passando a mão pelo bordado do vestido.


—E quando Rachel não está? –Jesse St. James comentou se aproximando delas.


Jesse estava acompanhado de sua namorada, Jane. Depois de alguns cumprimentos, Jane exclamou:


—Ai meu Deus, você é Blaine Anderson! Eu preciso que você me conte onde achou o vestido que Rachel usou no evento de Antoine.


—Eu também quero saber! –Marley exclamou.


Enquanto Jane, Marley e Blaine conversavam sobre roupas, Jesse aproveitou a oportunidade pra falar com Rachel.


—Gostou do meu visual? –Jesse perguntou abrindo os braços para se exibir.


O terno cinza era de uma grife cara, feito sob medida. O estranho foi Rachel perceber que apesar de estar bonito o homem não a atraia de nenhum jeito.


—Você está muito elegante –elogiou com um sorriso forçado.


—Me arrumei especificamente pra você.


—Não deveria dizer isso –Rachel o cortou. Agora que ele era um suspeito e depois do que Noah contou não queria dar mais nenhuma abertura a Jesse, nem mesmo aceitar um elogio para que ele pense que tem chance. –Sou uma mulher casada.


—É mais forte que eu.


—Tudo bem, só não diga isso na frente de Quinn –Rachel olhou em direção de Quinn, que por sorte estava distraída com Cassandra e Santana –Acho que seu lugar está na mesa do meu pai. Não sei bem, Quinn quem organizou...


—Está tudo bem –Jesse acariciou seu braço –Já não tenho medo do temível Hiram Berry. Lembra como eu tremia quando ia falar com ele?


—Lembro –Rachel murmurou.


Preferia que continuasse desse jeito, pensou ela.


(...)


Rachel passou a noite se dividindo entre fingir que prestava atenção nos elogios das pessoas e observar a mesa de seu pai. Ele e Jesse conversavam por muito tempo, enquanto Noah se dividia em falar com Kitty e parecer distraído no celular.


Então em uma conversa com Mike e Tina, Rachel visualizou um sinal de Noah com a cabeça. Qualquer que fosse o assunto entre o pai e Jesse requeria a atenção da morena.


Se desculpou rapidamente e caminhou até eles. Mais próxima dos dois pode escutar o pai dizer:


—Eu acho que deveria lutar por uma posição maior na Lux. Com o seu talento certamente só teriam a ganhar. Talvez eu deva conversar com Russel sobre isso.


—Nossa, está tão amoroso hoje –Rachel cruzou os braços na frente deles e fuzilou o pai com os olhos.


—Me inspirei em você, filha.


—Podemos conversar, Rach? –Pediu Leroy se levantando.


Rachel o acompanhou até um canto do salão, afastado do pai.


—Que tal uma trégua com seu, querida? –LeRoy acariciou o ombro de Rachel –Ele reconhece que errou, ou então não estaria aqui.


—Ele não se desculpou.


—Sabe que ele não fará isso. –Leroy deu um suspiro –Mas ele te ama, Rachel.


—Acho que preciso conversar com ele a sós –Rachel fingiu querer a reconcliação sabendo que Leroy a ajudaria.


—Também acho –Leroy sorriu com cumplicidade. Retornaram a mesa e o homem comentou com todos –Que tal nós fazermos um tuor pelo instituto? Acho que estou me sentindo um pouco benéfico hoje e quero fazer uma doação.


—Vamos –Puck levantou–se em um salto.


—Vamos, Jesse querido –pediu Leroy de jeito meloso, pra que o homem não recusasse. Pelo olhar do homem era obvio que não queria sair dali.


—Rachel não vem? –Kitty notou que a morena nem se mexeu.


—Estou cansada devido a correria dessa semana. –Pra enfatizar deu um bocejo longo. Pra sua sorte viu Camila passando por eles, e a segurou antes que fosse embora –Camila, poderia leva–los em um tour pelo instituto?


A amiga a olhou com estranheza. Camila dirigia muitos, mas aquele era um grupo de elite e geralmente Rachel tomava conta disso.


—C–claro –gaguejou. –Vamos?


—Agora me interessei mesmo por esse tour –Kitty sorriu de maneira sedutora a Camila.


Camila, nitidamente embaraçada, passou a pedir que a seguissem e Jesse, Leroy, Kitty e Puck saíram da mesa. Quando Hiram se levantou pra acompanha–los Rachel sussurrou:


—Você fica. Precisamos conversar –em seu olhar deixou claro que não aceitaria qualquer desculpa dele.


—Estou ansioso por isso –Hiram bebericou seu vinho e se arrumou na cadeira.


—Rachel! –chamou Lauren indo em direção a ela.


—Me espere na minha sala –Rachel sabia que seu tom era imperativo, e o pai odiava qualquer um que ousasse falar com ele assim.


Pra surpresa dela o homem simplesmente levantou–se e fez o que ela pediu.


—Por que Camila? –Lauren questionou com os olhos azuis brilhando –Ela trabalhou tanto, merece um momento de folga.


—Eles são possíveis doares –explicou com rapidez. Não podia perder tempo enquanto Hiram estava sozinho. –E ela sempre cuidou da demonstração.


—Mas ela estava comemorando –rebateu Lauren. –E não sabe lidar com aquela laia.


Não gostou de Lauren questionando sua ordem. Provavelmente não faria isso com Quinn se ela mandasse fazer alguma coisa.


—Camila é mais do que capaz de lidar com alguns ricaços.


—Mas é com Kitty Wilde! –Lauren soou asperizada. –Como tem coragem de joga–la na boca do leão assim?


Quinn tinha se aproximado das duas, apenas visualizando o embate que estava acontecendo.


—Escute, só porque tem uma relação com ela não significa que seja prioridade acima do instituto –Rachel exclamou com aborrecimento.


—É isso que se deve esperar da filha de Hiram –Lauren respondeu no mesmo tom.


—Lauren! –Quinn interrompeu, vendo que a amiga rompeu um limite de Rachel.


Se não as parasse ali sabia que a relação delas seria abalada e talvez sem reconciliação.


—Eu vou ir atrás deles –Lauren explicou em voz alta, pra ninguém especifico.


Depois de Lauren partir, Quinn segurou o braço de Rachel e a fez encara–la.


—O que está acontecendo? –Quinn franziu o cenho.


—Vou descobrir se Hiram teve algum inimigo recentemente, mas ele não falará nada se não estivermos sozinhos.


—Mas essa noite não era pra que comemorasse –Quinn a olhou com censura.


—Não dá, Quinn. Corremos perigo –Rachel não escondeu a sua urgência –Eu corro perigo. Toda vez que coloco a cabeça no travesseiro não sei o que me espera no outro dia. Se vou receber um novo bolo envenenado, ou alguma bala na minha cabeça...


A menção a bala fez Quinn paralisar. Rachel assistiu a dor passar nos olhos verdes, a lembrança de uma história que temia repetir.


—Desculpa –Rachel sussurrou. Não era sua intenção tocar na ferida de Quinn, no entanto não podia esconder que a história da mãe dela mudou o jeito como ela encarava aquela situação.


—Entendo –Quinn engoliu seco –Está certa. Conversarei com Lauren depois e explicarei a situação.


Sentiu Quinn fria, distante.Rachel a magoou. E ela deu as costas para sair de perto dela.


Rachel segurou o braço de Quinn antes que ela se afastasse e aproximou seus corpos.


—Você confia em mim? –quis saber olhando profundamente nos olhos de Quinn.


As duas precisavam confiar uma na outra, mesmo que significasse agir de modo que não aprovavam, atravessar algumas barreiras.


—Rachel Berry, eu confio em você completamente –Quinn beijou sua testa. –Apenas não me deixe de fora do seus planos, tudo bem?


Rachel entendeu o pedido dela. Eram parceiras, Quinn abriu sua vida e seus demônios a Rachel. Não queria um muro entre elas, algo que as afastasses. Algo como Hiram Berry.


Rachel concordou com a cabeça, em uma promessa silenciosa que Hiram Berry não se colocaria entre elas.


Mas que estava disposta a fazer o que fosse necessário pra protege–las.


 


(...)


Hiram e Rachel foram até a sala dela, e Rachel certificou de fechar a porta.


Sem nem esperar o pai se sentar, ela começou:


—Seja honesto: por que está aqui? –Rachel cruzou os braços e ergueu o queixo –E não repita a bobagem sobre reatar a relação pai e filha. Você vendeu meu instituto sem hesitar, sentimentalismo não é com você.


—Ocorreram mudanças referente aos Fabrays. Não acho que são confiáveis.


—Você não acha... –Rachel não sabia como terminar a frase, em tamanha indignação. –Em quem eu devo confiar, Hiram? Na pessoa que vendeu meu sonho ou em quem me ajudou a resgatá–lo?


—Pensa mesmo que Quinn Fabray é tão diferente de mim? Que ela está fazendo tudo isso por amor?


—E você? Está querendo me separar de Quinn por que me ama? Por que quer o bem da sua filha?–Arfou com indignação –Me poupe.


—Já é bem grandinha pra saber que sentimento não é a motivação pra tudo. –Hiram a encarou com impaciência –Certamente não foi por sentimento que Quinn fez o que fez.


—Diga-me qual é a intenção da minha esposa já que a conhece tanto!


—Quinn pagou Finn pra ficar longe de você –Hiram saboreou a surpresa no rosto de Rachel, os olhos arregalados carregados de indignação. –Ela queria garantir que nada a desviasse do dever de cumprir o contrato e garantiu que Finn não se metesse em suas vidas. Agora me diz se isso não é algo que eu faria?


 



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Autor(a): blacksweetheart

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