Fanfic: Até que o Amor nos Separe (Faberry) | Tema: Glee
E eu acho que você deveria saber
Que eu não vou deixar pra lá
Pensei que eu bastava
Mas eu não quero dizer adeus
Rachel estava parada no altar de uma igreja.
Quinn sorriu pra esposa. Ela usava o vestido branco do casamento delas, e sorria de forma tão brilhante que iluminava o ambiente todo. Os amigos delas estavam lá, assim como os familiares. A família de Quinn do lado direito, a de Rachel do lado esquerdo. O conselho da Lux se fazia presente mais atrás, e Quinn não fazia ideia quem tinha os convidado.
Mas ninguém estava esperando por ela. Todos se concentravam no altar, ou melhor, em Rachel e em alguém que ocupava seu lugar ao lado dela. Um homem.
Quinn deu alguns passos até eles, a raiva fervilhando sua cabeça. Rachel não podia se casar com mais ninguém, ela é minha!
O homem virou-se em sua direção, revelando ser Jesse St. James. Exibindo um sorriso arrogante, o homem lhe falou:
–Finalmente Rachel enxergou quem você é, Fabray –A voz de Jesse ecoou por toda capela. Seus olhos cruéis saboreavam o espanto de Quinn. –Você não a merece e nunca vai merecer.
–Rach – choramingou a loira, tentando alcançar a mulher. Rachel se aninhou a Jesse e a olhou com desgosto.
–Você só trouxe confusão pra minha vida, Fabray – o seu sobrenome soou como uma maldição nos lábios dela. Quinn suou frio. –Tudo ficou pior desde que me casei com você.
–Por que você não a liberta disso? –Jesse desceu um degrau, deixando Rachel pra trás. Seus olhos verdes brilhando como jades e fez Quinn lembrar uma cobra antes de dar o bote. –Sabe que nunca vai dar o que ela quer: amor. Por que condena-la a essa vida horrível ao seu lado?
–Ela é feliz! –Quinn fechou os punhos. –Nós somos!
–Não, eu não sou –Respondeu sua esposa. Rachel caminhou até ela, os olhos castanhos brilhantes suplicando alguma coisa. Algo que Quinn não sabia compreender.
Rachel parou em sua frente, e passou a mão por sua bochecha.
–Sabe o que precisa fazer, o que é melhor pra mim. –sua voz era cheia de dor, de magoa. –Me deixar ir, Quinn.
Quinn cobriu a mão dela com a sua, de repente não tinha mais ninguém além delas duas. E o pedido de sua esposa ecoando pela catedral.
A loira estava disposta a lutar contra qualquer um que tentasse separa-las, mas se Rachel pedisse...
(...)
Sentiu algo molhado em sua bochecha e foi arrancada daquela ilusão.
Ela piscou assustada quando se deu conta de que tudo não passava de um sonho, e em sua realidade estava na cama, com Rachel dormindo profundamente ao seu lado.
E o cachorro delas no meio das duas.
–Eros –resmungou limpando sua bochecha.
O cachorro a encarou com seus grandes olhos castanhos. Era como se soubesse que ela estava em um pesadelo, e a ajudou se livrar dele.
–Obrigada por me ajudar, garotão –Ela acariciou entre suas orelhas e o cachorro lambeu sua mão.
–Quinn, com quem você está falando? –Rachel virou–se sonolenta.
–Nossos filho quis fazer uma visita –Quinn a encarou com receio.
Será que o sonho era um aviso? Será que as palavras de Noah tiveram efeito em Rachel? Ela quer me deixar? Quinn questionava em sua cabeça.
–Estou tão feliz que ele está bem –Rachel acariciou o animal e sorriu pra esposa.
–Eu também –foi tudo que Quinn conseguiu dizer.
Uma longa troca de olhares pendurou entre elas. Era estranho que oito meses atrás Quinn sequer imaginava ter um cachorro em sua cama e um sonho onde seu medo era Rachel a deixar.
Agora ali estava tudo que era importante e ela tremia de medo em perder. A fraqueza que relutou em ter.
–Você é muito bonita –Rachel disse por fim, tocando o rosto da esposa da mesma forma que no sonho.
Oh céus, o que ela quer dizer?
–Por que isso agora?–Quinn questionou desconfiada.
–Porque é tudo que eu consigo pensar olhando pra você –Rachel se aconchegou mais perto da loira, colocando sua perna entre as pernas de Quinn –Você é muito bonita pro seu próprio bem.
–Você também é linda, Rachel –Quinn mordeu o lábio inferior, preparando–se para o pior.
–Não como você –Rachel revirou os olhos.
Quinn odiava isso, como ela se diminuía e não acreditava na própria beleza, na verdade em si mesma. Não era porque Quinn tinha mais dinheiro que significava ser melhor que Rachel.
Quinn conseguiu notoriedade a Lux por ter o sobrenome certo e uma empresa que só precisava de uma liderança forte.
Foi Rachel quem construiu um Instituto do nada, com alguns trocados do pai. E ela já viu Rachel fazer muito para sustentar seu sonho.
E quanto a beleza não entendia como não podia enxergar-se a deusa que era. Os olhos castanhos brilhantes, cheios de um entusiasmo que Quinn nunca conheceu. A boca que exibia o sorriso mais iluminado que já conheceu.
Rachel não tinha uma beleza típica, e Quinn deu graças a Deus por isso. A beleza de Rachel ia além do rosto, do corpo (que já era o suficiente pra Quinn sentir-se atraída por ela). Seu coração era
–É muito mais do que eu –Quinn beijou a ponta de seu nariz, sua bochecha –É linda por dentro e por fora.
Antes que pudesse chegar até a boca Eros chegou os cabelos de Quinn e foi descendo por seu rosto.
–Hey, Eros, será que posso beijar minha esposa? –Quinn não conseguiu esconder seu aborrecimento pela intromissão.
Em resposta o animal se aconchegou entre as duas, colocando o rabo felpudo bem no rosto da loira.
–Pelo visto não –Rachel riu baixinho.
–Então é melhor irmos dormir –Quinn deu um último olhar mal humorado a Eros e se ajeitou mais pra baixo na cama.
O cachorro deixou acima de sua cabeça, bem no travesseiro da loira. Quinn então apoiou a cabeça entre a barriga da esposa e abraçou seu corpo.
Como seu coração ficou feliz em ver Rachel aberta a ter intimidade com ela. Não era a intimidade que queria na época, mas era muito melhor do que já tiveram em cinco anos.
–Esta confortável assim? –Rachel riu afagando seus cabelos. Ela achou engraçado Quinn se arrumar toda pra deixar Eros na cama.
–Mais do que pode imaginar –Quinn respirou fundo, sentindo o sono aos poucos voltar.
E ela agarrou Rachel mais firme, torcendo pra que o pesadelo fosse apenas seu medo interior falando e não um preludio do que aconteceria com elas.
(...)
Quinn apoiou o rosto nas mãos depois de ler o email de convocação do conselho.
A situação do roubo dos projetos estava lhe dando mais dor de cabeça do que esperava. E eles exigiam uma resolução.
Era por isso que no café da manhã, momento que Quinn fazia questão de dar atenção a Rachel antes da esposa ir pro Instituto, ela estava ali revisando todos os emails pendentes.
–Parece preocupada –Rachel notou a expressão atormentada no rosto de Quinn.
–Irei a NY –Quinn anunciou, sua voz triste. O desanimo era constante quando era obrigada a ir a NY. – Archie provavelmente está me enrolando com a reconstrução dos sistemas e o conselho quer uma reunião do que iremos fazer com o material...Tenho que me preparar pra longas horas de falação.
–E eu pensando que ser CEO era só festas e ternos bacanas –Rachel brincou querendo amenizar a tensão no rosto de Quinn.
Teve o efeito esperado, Quinn sorriu, mas não chegou até os olhos.
–Você poderia vir comigo –Quinn sussurrou a sugestão, não querendo parecer ansiosa pra que Rachel aceitasse. No entanto era tudo que mais queria. Além do medo de deixa-la em Chicago sozinha tinha as feridas que parecia sangrar toda vez que colocava os pés na filial de NY. –Nós assistimos aquele musical que comentou: "Os Harods"
–Os Halmitons –Rachel corrigiu sorrindo. Seria ótimo um tempo para as duas, longe de toda aquela loucura –E por mais que eu queira, preciso ficar aqui pra acompanhar a peça. Também tenho duas reuniões com Sebastian e...
Antes que Rachel terminasse Quinn foi até ela, agarrou-a pelos braços e a fez ficar de frente com ela.
–Eu quero uma lua de mel! –A fala de Quinn foi sincera, porque era exatamente isso que se passava em sua mente – Precisamos de um tempo pra nós, longe de Instituto, Lux e todos os problemas. Quero te levar pro Caribe, pra Paris...
–Eles nem ficam no mesmo continente –Rachel pontuou.
–Exatamente! –O sorriso de Quinn era cheio de empolgação –Quero viajar o mundo com você
–Quinn esperou que isso empolgasse Rachel também. Que o sorriso brilhante refletisse no rosto de Rachel. Mas não foi isso que aconteceu. Sua esposa a olhava com receio, e com uma pitada de desconfiança.
–A não ser que você não queira...
–Eu quero... Mas Quinn –Antes que Rachel pudesse terminar o celular de Quinn vibrou em seu bolso.
Com o caos que a Lux estava não podia dar o luxo de recusar uma chamada. Assim que leu o nome mostrou o visor a Rachel. A morena ficou tensa. Não perdendo mais um segundo Quinn atendeu.
–Pode falar, Sue, estamos te ouvindo –avisou a loira colocando o celular em voz alta.
–Nada ainda, Fabray. Quem está por trás disso se escondeu bem –a voz da mulher continua frustração.
–Eu vou pra NY essa semana. Queria que ficasse de olho em Rachel, tudo bem? –dessa vez não tinha previsão pra voltar e nem queria imaginar sua esposa desprotegida de novo.
–Karofsky já é o bastante –a morena encarou-a com seriedade.
–Rachel –Quinn retribuiu o olhar.
–Não vou ter um batalhão me vigiando. E talvez a pessoa até tenha desistido –Rachel deu ombros.
–Alguém disposto a envenenar alguém não retrocede de uma hora pra outra –Sue explicou em uma voz arrastada –Como não conseguiu ferir seu alvo o próximo golpe será mais forte que o primeiro. Fiquem atentas.
–Não conseguiu nada com seu pai?
–Não –Rachel desviou o olhar ao responder.
Quinn sabia que aquilo era um sinal de desconforto. Se fosse Mercedes teria entendido como mentira. Mas sabendo da vivencia conturbada de Rachel e o pai entendeu o sinal como Rachel evitando falar sobre a relação caótica dos dois.
–Cuidem uma da outra, retorno se descobrir alguma coisa –Sue desligou a chamada em seguida.
Um silêncio desconfortável ficou entre as duas. O assunto anterior pairando sobre o casal, até Rachel decidir falar:
–E eu quero viajar com você –Rachel segurou o rosto de Quinn em suas mãos, fazendo com que a loira prestasse atenção em cada palavra. – Só precisamos resolver toda essa situação antes, tudo bem?
–Como quiser, Sra. Fabray –Quinn enlaçou sua mão na cintura da esposa e pressionou sua pelve –Ainda bem que pra te beijar não precisamos ir pra outro continente.
(...)
Quinn foi pra New York no dia seguinte. Assim que chegou leu as pilhas de relatório que Archie deixou e as queixas do conselho. Inúmeros documentos e solicitações. A pilha na mesa de Quinn se desfez hora a hora.
Também pediu a Barbara que deixasse uma foto dela e de Rachel em sua mesa. Nunca pediu isso antes, mas passou a se acostumar com a mesa em Chicago decorada com a foto do primeiro encontro delas. Na de NY tinha a do casamento, emoldurada por um porta fotos com bordas de ouro.
Algumas vezes entre os documentos Quinn parava pra admirar a esposa, e mesmo que passou apenas um dia, já sentia saudade.
Estava quase terminando quando uma batida sou na porta.
–Entre! –gritou a loira ajeitando-se na cadeira.
–Podemos conversar? –Lauren surgiu com a "cara de cachorrinho fofo" na porta.
Lauren se ofereceu a ir com Quinn até NY quando a loira avisou sobre a situação. Quinn estranhou já que Lauren quisesse deixar Camila tão cedo, mas não negou que precisava de um apoio.
Queria Rachel... No entanto entendia que a morena tinha uma vida além de ser a esposa dela.
Esse é o problema de não ter se casado com uma esposa-troféu, pensou Quinn com humor.
–Claro –Quinn deu um sorriso calmo. –Essa deve ser a primeira vez que você bate pra entrar na minha sala.
–Estou checando se está de bom humor.
–Não é meu melhor dia, mas consigo lidar com você –Fabray usou seu tom brincalhão.
Lauren sentou-se na cadeira em frente a mesa e falou calmamente:
–Quero me desculpar pelo modo que tratei Rachel na inauguração. Claro que vou falar com ela também, mas sei que eu não ficaria feliz se tratasse Camila da mesma maneira e iria querer desculpas suas.
Lauren temeu que sua atitude abalasse sua amizade com Quinn. Elas e Santana formavam um time, uma pequena família, e prometeram que ninguém de fora abalaria a união que tinham. Santana foi a primeira a casar e Brittany era a pessoa mais doce que conheciam, não havia motivos para brigarem. Mas ao se desentender com Rachel, e sabendo que Quinn era protetora até demais com sua esposa, Lauren temeu que tivesse rompido um limite entre elas e que Quinn estivesse magoada.
–Não acho que sou apropriada pra falar sobre o surto de raiva de alguém –Quinn seria hipócrita em criticar Lauren quando a amiga já a segurou e ajudou tantas vezes em suas crises. Nenhuma parte de seu coração se ressentiu pelo que aconteceu entre elas –Mas pode desabafar sobre o que te incomodou.
Lauren engasgou com a própria saliva.
–Quer que eu desabafe com você? –Lauren piscou algumas vezes, e ao ver as bochechas da loira ruborizar entendeu que estava sendo franca–Santa Rachel Berry! Nem seu terapeuta caro conseguiu te ensinar a ser empática.
–Já perdi o interesse. Saia daqui –Quinn revirou os olhos e voltou a digitar em seu notebook
–Não mesmo, agora vou aproveitar –Lauren soltou o corpo na cadeira e relaxou. Quinn voltou sua atenção a amiga –No baile eu tinha pedido a Camila pra morar comigo... e ela não aceitou.
–Você a chamou pra morar com você? –Quinn se esforçou pra controlar seu espanto. O eu te amo, a oferta de morarem juntas...Lauren parecia mergulhar de cabeça nessa relação. –Não acha que é muito cedo?
–Olha quem fala, a pessoa que se casou por contrato –Lauren rebateu já aborrecida –Eu a conheço há sete meses, e nos vimos dez vezes mais que você e Rachel em cinco anos de noivado.
–Tudo bem, retiro o que disse. –Quinn ergueu as mãos em rendição, não diria mais nada sobre o tempo delas juntas. –Ela explicou o porquê da rejeição?
–Não, só disse que precisava pensar e que queria conversar com Rachel a respeito.
–Então ela não negou o pedido.
–Foi como se negasse! E ainda precisa de Rachel pra consultar sobre isso? –Sua voz subiu dois oitavos –É comigo que ela tem que tratar desse assunto.
–Lauren –Quinn se inspirou no tom que Rachel usava quando as duas conversavam situações desagradáveis que a loira viveu. Sua esposa sempre a olhava com paciência e sua voz aveludada acalmava-a . Talvez funcionasse com Lauren –Você sempre foi impulsa. Muito mais que eu e Santana. Quando se apaixona entra de cabeça sem hesitar... Nem todo mundo é assim. Dê tempo a ela, não antecipe sua decepção até que ela mesmo diga se aceita ou não.
–Mas por que Rachel?
–Por que eu te conto tudo da minha vida? Até as escolhas deturpadas? –Quinn questionou –É minha melhor amiga.
–Você não me consulta pra decisões importantes. Só vai lá e faz.
–Faço sabendo que estará lá pra limpar minha bagunça depois –Quinn piscou pra amiga –Camila provavelmente quer que Rachel diga se você fará uma bagunça na vida dela, e se Rachel está disposta a limpar.
–Depois da minha ceninha de ciúmes duvido que Rachel me apoie. –As bochechas de Lauren ganharam tons rosas.
–Rachel é a pessoa menos rancorosa que conheço –Quinn sabia que Rachel jamais se ressentiria de Lauren por isso. Depois achou engraçado que já conhecia a esposa para saber o que ela se ressentiria. –E ela também não estava em seu melhor momento naquele dia.
–O que aconteceu?
Quinn cogitou compartilhar os transtornos que elas estavam vivendo, sobre a ameaça e como Eros sofreu por isso. Mas Lauren é emotiva demais pra não agir com imprudência e não adiantaria frustra-la já que tinham tão poucas informações.
–Nós tivemos uma discussão –Quinn deu ombros, fingindo nenhuma importância ao assunto –já foi resolvida.
–É, se envolver com você enlouquece qualquer uma mesmo –Lauren brincou piscando pra amiga.
Você não faz ideia, pensou Quinn.
(...)
–Você quer vender nossos produtos há outras marcas? Nossas formulas? –Edgard questionou com a voz carregada de indignação.
–Iremos perder muito mais deixando lançarem os projetos e ainda lucrar com os matérias – Quinn já esperava que fossem relutantes.
O conselho formado por sete homens não aceitaram bem a decisão de Quinn em vender o material dos cosméticos descartados da campanha de Rachel.
O conselho formado por homens velhos, não tinha lugar pra inovação ou flexibilidade. Certamente concordavam com tudo que seu avô propunha, e Russel foi um líder que abriu mão demais. Se o pai não seguisse tantos conselhos a empresa não estaria quase falida quando Quinn assumiu. Ela não teria recorrer a tantas praticas desonestas se o pai administrasse da melhor forma pra Lux, não pro conselho.
Mas claro que pro conselho a pior presidente que se tem registrado e a mulher que agora sugeriu vender os produtos da Lux a outras empresas pra que não perdessem o prazo de distribuição e fossem obrigados a jogar tudo no lixo.
–E a campanha da sua esposa? –Will, como sempre, bancando o diplomático. Ele não demonstrou apoio a sua ideia, no entanto também não lhe agradava a perca de lucros.
–Rachel já escolheu as cores, será uma boa campanha e não tenho dúvida alguma que não sobrará nada do material que ela escolheu. Mas nosso material estava pronto para mais três campanhas consecutivas e agora a Dy Beauty acabou de anunciar uma das nossas campanhas pro mês que vem.
–Aquele maldito do Spencer Poter! –Trovejou Jesse.
Spencer era um velho rival de Quinn. Os dois acenderam no mesmo período e o arrogante CEO da Dy Beauty pagou muitas lojas pra não aceitarem vender os produtos da Lux. Quando Quinn soube dessa sabotagem fez Sue arranjar um jeito de prejudicar todas as cargas da Dy Beauty por uma semana. Spencer se rendeu e prometeu nunca mais entrar no caminho de Quinn.
Pelo visto ele quebrou sua promessa.
–Tudo bem, que ele lance o que quiser, já não temos controle desses projetos –Dalton Rumba retrucou –Mas ter nossos produtos? Não. Queimamos tudo e começamos do zero.
–Pessoas perderam suas horas preparando esses produtos. Quer dizer que suas bolhas e horas de serviço serão descartadas desse jeito? –Quinn não acreditou que queimar parecia mais correto do que vender.
–Desde quando você se preocupa com a mão de obra? –Pierce retrucou.
Pierce, Dalton e Edgard eram os membros mais difíceis do conselho. Quinn respirou fundo antes de perder o controle.
–E quem vai querer fazer negócios com você? –Jesse entortou o nariz em sua direção –Boicotou a maioria das marcas pra Lux sobressair.
–Não precisa me relembrar o que eu fiz pra essa empresa se tornar o que é hoje –A Fabray disparou olhando com irritação a Jesse.
Quinn não demonstrou nenhum remorso pelo que fez. E também não julgava nenhum dos outros de aproveitar a oportunidade de meter as mãos em seus projetos. Aquele cargo requer frieza e ela foi mais fria que ninguém.
Por isso entendia que os outros CEO também seriam frios na hora de comprar seus produtos. Facilitaria a vida deles não precisarem criar toda a matéria do zero e claro uma satisfação a mais por saber que Quinn Fabray se dava por derrotada.
–E essas empresas já tem nossos projetos de qualquer forma, não vão recusar terem produtos de pronta-entrega –A loira argumentou.
–E ficarão com todo o lucro que devia ser nosso! –Jesse trocou olhares com Dalton.
–Algum lucro é melhor que lucro nenhum –Quinn não podia aceitar perder tanto dinheiro, mesmo que fosse menos do que previsto em vendas. –Será bom ter laços de parceira. No futuro podem ser eles que precisarão de nós.
Múrmuros e lamurias ainda eram ouvidas. Eles não queriam dar o braço a torcer e cada um tinha um plano mirabolante pra salvar a Lux.
Se tivessem uma boa ideia eu não teria sido obrigada a vir pra cá! Quinn resmungou em sua mente.
–Eu sou a diretora –Ela bateu a palma na mesa e isso fez com que os todos silenciarem. Teorias e resmungos não adiantaram naquele momento e ela não perderia seu tempo com isso, doa a quem doesse. –Estou comunicando a vocês que farei isso. Se minha decisão for errada deixarei que me punam depois dos três meses, como está previsto no contrato de vocês.
No contrato entre o conselho e o CEO: caso o CEO tenha uma conduta que prejudica a imagem da empresa ou que vá de contra os interesses da companhia ele poderá ser suspenso para investigação. Se concluído que o CEO agiu com má fé ou de modo degenerativo a Lux o mesmo seria destituído do seu posto.
Ela sabia que muitos ali queriam a ver fora, e que torceriam pra que falhasse.
Apesar de confiar em seu plano uma vozinha assombrou sua mente. A insegurança que fazia–a pensar não ser o suficiente pra Rachel, nem pra Lux, ou pra qualquer lugar.
Dando a reunião por encerrada os homens saíram aos sussurros e olhares carrancudos. Apenas um ficou, e essa esse um que Quinn queria distância.
–É um plano terrível –Jesse comentou –Mesmo que tenha os lucros, o conselho não ficará satisfeito.
–Não busco a satisfação do conselho –Quinn rebateu –Meus interesses são em manter a Lux no padrão que alcancei nesses anos. Dar um trabalho digno aos funcionários e livra-la de mesquinhos e ignorantes como esses velhos do conselho.
–Não pode liderar sem eles.
–Assim que virem que meu plano deu certo vão parar de reclamar –Quinn teria que aumentar a parte deles pra isso, mas sabia que conseguiria lidar com essa crise.
–Ótimo, seria uma pena ver Rachel casada com uma desempregada.
Sentiu os olhos de Jesse nela, o olhar insolente não tinha mudado desde a infância. Naquele momento ele só a via como alguém perto da derrota, e que ele estaria por perto pra saborear a queda.
O que ele não esperava era que Quinn sorrisse de volta, que em vez de medo ou receio, Quinn tinha um brilho determinado nos olhos.
Não importava o quanto a sua insegurança berrasse em sua mente ela nunca deixaria Jesse St. James pensar que podia vence-la. Seu orgulho a fez ficar calada mediante a surras, até que enfim teve força de rebater e machucar todos aqueles que a afrontaram. Seria assim com Jesse, ela tinha certeza disso.
E depois que vence-lo, de provar que ela não perderia a Lux, iria se esforçar pra esquecer completamente que um dia conheceu Jesse St. James.
Mas no momento, como não poderia fazer isso, só planejou afasta–lo o máximo que podia.
–Quero você em Washington –Quinn anunciou juntando as mãos em cima da mesa.
–O–que? –Ele piscou rapidamente, atônico. –Mas eu estou supervisionando a restauração dos sistemas de segurança.
–Eu estou aqui agora, posso cuidar de tudo –Quinn deu ombros –A nossa linha de produção pode ser prejudicada pelo que for resolvido. De qualquer forma quero alguém coordenando as produções assim que for decidido sobre o material.
–Por que não em Chicago? –Vociferou com raiva. Também precisava
–Eu poderia criar alguma desculpas, mas você nem vale minha criatividade –Quinn falou sem rodeios. Tinha problemas maiores que poupar Jesse de sua verdadeira intenção –Não quero você rondando minha mulher. É complicado te demitir porque seu papai garantiu uma cadeira no conselho, mas ainda responde a mim e posso te mandar pra onde quiser. Se comporte em Washington ou então eu crio uma filial na Antártida e te mando pra lá.
Jesse, conhecendo o temperamento de Quinn, sabia que não adiantaria uma discussão. A Fabray jamais mudou uma decisão depois de tomada. Jamais hesitou... até o dia que não bateu em Noah. Jesse sabia que ela fez isso por Rachel, e que o mandando pra longe, também era pela esposa.
Seu ponto fraco.
Jesse pegou seus documentos na mesa e lentamente se retirou da sala, não antes de lançar um olhar sombrio a CEO da Lux.
O olhar com a clara mensagem de que ele buscaria retaliação.
Autor(a): blacksweetheart
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Mentiras, não quero saber, não quero saber Eu não consigo te deixar ir, não consigo te deixar ir Eu apenas queria que fosse perfeito Acreditar que valeu a pena lutar por tudo Mentiras, não quero saber, não quero saber –Cuidado! Cuidado, crianças! –Rachel gritava quando os pequenos corriam at& ...
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