Fanfics Brasil - Hipnose está me controlando Até que o Amor nos Separe (Faberry)

Fanfic: Até que o Amor nos Separe (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: Hipnose está me controlando

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Você faz isso comigo tão bem


Hipnótico tomando conta de mim


Me faz sentir como outra pessoa


Você me pegou falando em meu sono


Eu não quero voltar para baixo


Eu não quero ir ao chão


 


—O que ela está fazendo aqui? –esbravejou Rachel para Camila.


—Não sei, ela quer falar com você, não comigo –Camila falou com desespero.  –Devo manda–la embora?


—Não – Rachel respirou fundo. – Pode deixar ela subir.


Camila saiu da sala e Rachel afundou em sua cadeira.


Era sexta–feira, sua semana tinha sido longa com todas as provas do vestido e as conversas sobre a decoração do casamento. Tudo que ela não precisava era ter Quinn no Instituto poucos minutos antes de acabar seu expediente.


—Atrapalho? –Quinn adentrou a sala com um sorriso tímido.


—Não, já estava terminando – Rachel bloqueou o computador e foi até a loira.– O que foi? Veio até aqui finalmente dizer que alcançou a sensatez e ira desistir do casamento?


—Não. Na verdade vim fazer o contrário. – Quinn então entregou a Rachel um buquê de lírios. Aquela foi a primeira vez que Quinn acertou o presente –Quero te levar em um encontro.


—Encontro? –Rachel ergueu a sobrancelha enquanto chegava as flores.


—Sim. Sinto muito por não fazer isso antes, estava ocupada demais...


—Saindo com todas as modelos da sua marca –Disse Rachel não conseguiu se conter.


—Sei que você tem uma péssima visão da minha pessoa. –Quinn engoliu seco –Só quero mudar sua opinião. Ou ao menos tentar.


—Vamos então –Rachel pegou sua bolsa. – Mas se pensa que vou perder minha noite de sexta em um restaurante chato fingindo que gosto de vinho tinto está muito enganada. Eu digo onde vai ser o encontro.


—Tudo bem. –Concordou Quinn seguindo Rachel.


—Lírios. –Comentou a morena olhando para a Fabray com os olhos semicerrados –Acertou dessa vez.


—Coincidência –Quinn ergueu os ombros.


—Você é sádica! –Rachel bateu em seu ombro com o buque.


—Só com você. –Quinn a respondeu com uma piscadela.


E Rachel sentiu um comichão em sua barriga. Ela atribuiu isso ao fato de Quinn ser muito bonita. Quem não ficaria mexida estando perto de uma mulher como ela?


(...)


 


—Serio Rachel? Se queria ir a um parque de diversões eu teria levado a Disney! –Quinn não conseguiu esconder o escarnio ao olhar os brinquedos altos e de segurança duvidosa.


Rachel gargalhou alto. Ela sabia que Quinn Fabray nunca deve ter ido a um parque de diversões comum em sua vida. Ela era chique, e se leva a sério demais para essas coisas. Mas para o azadar da sua noiva, Rachel adorava aquele parque.


E não podia esconder que gostou de atormentar um pouco a “inatingível Quinn Fabray”.


—Eu não quero luxo. –Rachel segurou a mão de Quinn e começou a guia-la –E também o cachorro quente daqui é maravilhoso. Vem!


Quinn a acompanhava pois não tinha outra opção. Estava confusa com todas as luzes e choro de criança, mas também havia algo novo acontecendo dentro dela. Era a primeira vez que Rachel segurava sua mão. Era algo tão bobo, e ainda sim, a Fabray estava sentindo seu coração bater como um tambor.


Se fosse qualquer outra mulher, Quinn daria as costas entraria em seu carro e nunca mais se relacionaria com ela. A Fabray não gostava de estar em ambientes descontroláveis, e um parque como aquele era descontrolável em alto níveis. Mas ao ver o sorriso da Rachel olhando para tudo e sentindo o calor de sua mão, Quinn não teve como dizer não.


O que era muito perigoso, ser assim tão vulnerável a alguém.


—Vamos no tiro ao alvo! –berrou Rachel mudando de direção e levando Quinn consigo.


Rachel pagou ao moço da barraca e recebeu a arma de dardos. Quinn lamentou ter que soltar sua mão tão cedo, porém teve sua recompensa ao ver Rachel tão seria atirando nos balões. Ela tinha uma determinação no olhar, parecendo uma amazona. Uma linda e sexy amazona.


Rachel acertou seis dos sete balões e aquilo a garantia um urso de pelúcia marrom e de tamanho médio. Com um sorriso exibido, Rachel passou a arma a Quinn.


Quinn se posicionou e viu que não era tão difícil acertar os balões. No entanto sentiu um peso na consciência se tomasse o prêmio de Rachel, por isso acertou apenas três dos sete.


—Esse é o melhor que consegue fazer? –provocou Rachel gargalhando da Fabray.


—Está me desafiando, Berry? –Quinn arqueou sua sobrancelha.


—Chacota! Quinn é uma chacota –cantarolou.


—Eu iria ser gentil só pra não te humilhar, mas agora vou arrastar sua cara no chão. Aquele ursinho é meu –Quinn bateu no balcão do menino com uma nota de cinquenta e ele lhe deu mais dardos.


Ao tentar dar o troco Quinn disse para que ele guardasse o dinheiro, pois seria da vencedora do ursinho.


—Vocês são o casal de namoradas mais estranho que já vi –comentou o garoto achando a situação engraçada.


Rachel corou com o comentário. Ela só lembrava que Quinn e ela eram um casal nos eventos que eram obrigadas a comparecer. No entanto aquele era realmente um encontro de casal e as duas estavam se divertindo juntas.


Quem sabe... Uma chama de esperança nasceu no coração da Rachel ao pensar que as duas poderiam se dar bem juntas.


—Aprenda com a mestre –Quinn deu um sorriso arrogante a Rachel e depois se concentrou nos balões.


Em menos de um minuto Quinn tinha acertado os sete, sem nem mesmo pensar em quais atirar.


—O que? Você trapaceou! –Ralhou Rachel apontando para a loira.


—Eu?


—Vocês! – Rachel apontou para o atendente também, que estava gargalhando assistindo a cena. – Não tem como acertar todos!


—Aceite a derrota, amor. –Quinn foi até o homem e recebeu seu urso. Como provocação, balançou a pelúcia na face da noiva –Vai ficar ótimo na minha estante de troféus. Será meu favorito.


—Quer saber? Esse encontro não serviu de nada. Continuo te achando a mesma canalha arrogante de antes –Rachel revirou os olhos e cruzou os braços. Como  podia ser tão boa em tudo?


—Rachel, me desculpe, não sabia que isso era importante... –Quinn segurou o braço da morena e repetia suas desculpas com fervor.


Droga, ela tinha estragado tudo. Custava ter deixado seu espirito competitivo de de lado e ter deixado Rachel feliz?


—Ai Fabray –Rachel segurou o rosto de Quinn com as duas mãos e o sacudiu. –Você é tão bobinha.


Quinn percebeu que ela não estava brava coisa nenhuma. E ela pedindo desculpas igual uma idiota!


—Sua...


—Vamos, te deixo pagar um hot-dog pra mim –Rachel ofereceu sua mão novamente.


E Quinn aceitou antes de dizer alguma coisa que ofendesse Rachel. Afinal, ter Berry tão intima dela era também o seu prêmio.


(...)


 


—Hum, é gostoso – Elogiou Quinn se esbaldando no hot–dog.


Elas tinham ido ao carrinho de bate–bate, a barraca das argolas, até mesmo Rachel convenceu Quinn a tirar algumas fotos naquelas cabines fotográficas. As duas estavam surpresas pelo fato de estarem gostando daquela noite e da companhia.


—Bom né?– Rachel ficou orgulhosa.  –Nenhum prato chique supera o hot-dog da Martha – a morena deu uma piscadela para a dona da barraca.


—Você vem bastante aqui com Finn? –Quinn ficou atenta a reação de Rachel.


Ainda sentia–se culpada por ter subornado o ex–namorado de Rachel para ficar longe dela. Porém sua insegurança estava forte, algo que não sentia há muito tempo. Não se tratava apenas de proteger os planos do casamento. Quinn definitivamente não queria Finn na vida de Rachel e nem mesmo conseguia explicar o porquê.


—Sim. –Rachel respondeu com um sorriso triste  –Ele detestava, sabe. Fazia isso porque queria me agradar, mas ficava reclamando a noite toca.


—Nunca fiz isso com ninguém –admitiu Quinn olhando ao redor.


—Ir ao parque de diversões?


—Ir a um encontro.


—Você vive saindo com mulheres. – Rachel achou difícil em confiar nela.


—Não chamo de encontro.


Rachel sabia que não precisava muito para as mulheres beijarem o chão que a Fabray pisa. Elas se ofereciam nas festas que iam juntas, muitas vezes com Rachel ao seu lado. O que significava que pela primeira vez Quinn esta tentando agradar uma mulher. Agradar aquela que será a sua mulher.


—Tem razão – disse Rachel por fim.  –Essa noite eu até consigo ver uma esperança nessa loucura toda. Você não é uma pessoa ruim.


—Não sou.


—E quer ser minha amiga.


—Quero.


—Então como minha amiga você vai na roda gigante comigo.


—Roda gigante? –perguntou a Fabray em pânico.


Mas Rachel já estava a levando antes de que pudesse a impedi–la.


Quinn começou a sentir tontura quando entraram no brinquedo, em uma cabine de ferro que não poderia ser descrita como segura.


—Rachel acho que não é uma boa ideia –disse Quinn agarrando–se a barra de segurança, que não parecia tão segura.


—É sim! –Rachel revirou os olhos. A roda gigante era o brinquedo mais bobo do parque, não tinha motivo para tanto drama.


—Acho que tenho medo de altura. –O brinquedo começou a girar e o aperto foi mais forte.


—Acha?


—Só tive a oportunidade de descobrir agora.


—Mas você anda de avião.


—Que é uma máquina toca encapsulada onde eu posso dormir a viagem toda. Rachel vamos descer –Quinn olhou para baixo e percebeu que já estavam muito longe do chão. Empaleceu–se na mesma hora.


—Oh meu Deus. Acho que está tendo um ataque de pânico –Rachel se deu conta que Quinn não estava brincando.


A Fabray estava pálida e seus lábios começaram a tremer. Era tão estranho vê–la desse jeito, tão vulnerável. O coração de Rachel apertou. Ela devia ter entendido o seu medo, respeitado. Sentiu–se uma pessoa horrível. 


—Também acho. –murmurou Quinn fechando os olhos.


—Fique calma, Quinn. Está tudo bem. –Rachel segurou o rosto da loira com as duas mãos e forçou–a olha-la.  –Estou com você.


Quinn abriu os olhos e encontrou o olhar de Rachel, tão preocupado e amável. Rachel estava realmente preocupada com ela. Isso não acalmou Quinn totalmente, mas sua concentração agora estava na linda mulher que estava a centímetros do seu rosto e não no fato de estar em uma jaula de metal a pés do chão.


—Continue falando, por favor, isso me distrai – Pediu apoiando suas mãos em cima das de Rachel.


—Terminei com Finn –Rachel disse a primeira coisa que estava na sua cabeça.


—E como se sente?


—Triste por sua reação.  –Rachel deu um suspiro, porém seus olhos não demonstravam que seu coração estava partido com aquilo.   –Mas sabe, Quinn, eu já queria fazer isso. Estamos namorando por muito tempo, e eu sempre terei um grande carinho por ele, mas as coisas já não iam bem. E no momento estou me sentindo culpada por estar gostando de ter um encontro com você sendo que terminei recentemente.


—Não se sinta culpada por seus sentimentos. E nem sabote sua felicidade só porque é esperado que se sinta triste. Se te faz bem é a única coisa que importa. –Quinn acariciou a mão de Rachel com seu polegar. –E Rachel, também estou gostando de estar em um encontro com você.


—Mesmo que eu te trouxe a um brinquedo de dez metros de altura e quase caindo aos pedaços? –Rachel deu um enorme sorriso.


—Por favor, não me lembre disso –pediu Quinn voltando a fechar os olhos.


Mas um sorriso estava nos lábios da Fabray ao ouvir Rachel gargalhar.


(...)


A noite não terminou com um beijo. Quinn levou Rachel para a casa e a morena saltou do carro rapidamente. Quinn não esperava que elas se beijassem, mas ela queria... Droga, ela tinha que admitir: ela queria muito aquilo.


O final de semana passou e Quinn estava de volta ao trabalho. Ao menos assim conseguia distrair sua mente de seu drama pessoal.


—Entrega para Quinn Fabray.


Quinn ergueu os olhos e encarou o entregador. O menino parecia tão apavorado de estar ali que a loira percebeu que o embrulho tremia em sua mão. A regra da empresa era que ninguém procurava Quinn exceto Lauren, Santana ou Sugar. Era estranho que Sugar tenha deixado alguém passar e ir até a sala de Quinn.


—Minha secretaria é quem recebe minhas encomendas –respondeu Quinn desconfiada. –Quem enviou este pacote?


—Foi a Srita. Rachel Berry, Sra –respondeu nervoso. –E ela me deu regras especificas para não entregar a mulher com voz irritante.


Quinn segurou o riso. Rachel sendo Rachel e arrumando um jeito se irritar Sugar.


—Pode me entregar. –Quinn recebeu o pacote e deu uma boa gorjeta ao entregador.


O garoto sorriu de orelha a orelha e saiu da sala um tanto ansioso.


Quinn abriu um envelope e encontrou um porta–fotos dourado, emoldurando as fotos que as duas tinham tirado no parque. Grudado ao objeto havia um bilhete:


“Uma pequena recordação do dia em que você me derrotou no tiro ao alvo e enfrentou uma roda gigante. Fique com esta memoria (e o ursinho) como um prêmio, fez por merecer.


Ps: E decore essa sala sem–graça um pouco ;)”


Quinn jogou a embalagem fora e colocou a moldura em sua mesa. Lamentou por um instante, pois agora nem no trabalho conseguiria fugir de Rachel e do efeito que ela estava deixando em sua mente.



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Autor(a): blacksweetheart

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