Fanfics Brasil - Não volte por mim Até que o Amor nos Separe (Faberry)

Fanfic: Até que o Amor nos Separe (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: Não volte por mim

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Oh, o que quer que você faça


Não volte por mim


 


—Uau, isso aqui já é um avanço! – comemorou Lauren depois que Quinn contou sobre a conversa que teve com Rachel no jardim e na prova de roupas.  


Quinn escondeu um sorriso que sempre aparecia quando mencionava a noiva. Era estranho estar tão feliz apenas com a menção a Rachel, mas depois da conversa, Quinn estava esperançosa que as duas poderiam fazer o casamento dar certo.  


—Se eu já era apaixonada por ela só por rejeitar todos seus presentes. Agora então –Lauren se abanou. Ela adorou a maturidade de Rachel prometer sempre ser franca – vou roubar ela de você.


—Você nunca conseguiria –Quinn parou para pensar em alguém que poderia roubar sua noiva – Mas acho que alguém sim.


—Quem? – perguntou Lauren.


—Reunião das meninas! –Santana adentrou na sala carregando uma bandeja com três cafés. – Ainda bem que eu trouxe um café a mais. –Santana deu um café a Lauren e Santana.


—Santana, se você não fosse casada... –Disse Lauren dando um sorriso sedutor.


—Esquece, você já pegou com tanta gente que sua boca deve estar até ressecada –Provocou a morena.


—Ainda bem que eu gosto de coloca-lá em um lugar em úmido...


—Pare com isso, Jaureguii! –exclamou Quinn revirando os olhos. Lauren era uma paqueradora nata. 


—O que estavam falando? –Sant quis saber.


—Quinn acha que Rachel vai troca-la – Contou Lauren.


—Serio? Ela me parecia bem convencida sobre o casamento quando a vi.


—Eu temo que os sentimentos dela pelo ex possa atrapalhar. –Disse Quinn com receio. –Finn... Como é o sobrenome dele?


—Hudson. E nem precisa pesquisar, posso te contar o que sei dele. –Garantiu Santana.


—No almoço. Temos trabalho a fazer –ordenou recebendo o aviso no computador que teria uma reunião em dez minutos.  


—Oba, almoço na conta da Fabray! – comemorou Lauren se convidando para a conversa.


—Eu não disse que ia pagar!


(...)


—Desembucha, S –Lauren pediu com um ravióli na boca.


Quinn levou suas amigas ao melhor restaurante da cidade, como já tinha feito outras vezes. Nunca foi um problema para Quinn pagar para estar com elas. E se tratando daquela conversa aquele almoço era um dos mais importantes.


—Rachel conhece Finn a vida toda. Ele é filho do motorista do pai dela. No começo era só uma amizade. Rachel não podia namorar. Hiram nunca permitiria que Rachel se envolvesse com alguém fora da elite. –Santana apontou para Lauren e a mulher lhe mostrou o dedo do meio   – Por isso passou a namorar escondido, sendo o mais discreta que conseguiria ser. Mas não adiantou muito porque Hiram não só descobriu como passou a pagar Finn para manter Rachel na linha.  


—Como sabe disso? –Lauren questionou.


—Minha mãe é uma grande fofoqueira. Ela sempre me conta o que Shelby diz pra ela.


—Rachel sabe sobre Finn? –Quinn questionou. Conhecendo Rachel duvidava que a morena não fazia ideia do que acontecia.


—Não. Ninguém tem a coragem de dizer. Hiram achou melhor controlar o namorado de Rachel, assim ela não podia conhecer novas pessoas e sair do roteiro de vida que ele traçou para ela. 


—Hiram é um gênio, mas também um grande filho da puta. – Lauren ficou revoltada.


—É, e Finn é ainda mais. –Santana contou –Rachel acredita na bondade de todo mundo, incluindo no pai e no namorado abusivo dela. Além do instituto, Rachel não ia em nenhum lugar sem ele, porque era exigência dele. Foi por ele que nós duas nos afastamos, Finn e eu brigamos muito e Rachel estava desgastada. Decidi que tinha que me afastar.


—Devia ter contado a ela a verdade –repreendeu Quinn. Ela sabia que os Berry era uma família difícil pelos relatos de Santana. Mas deixar a prima vivendo um namoro controlado pelo pai sem saber era errado.


—Tive medo por ela –Santana parecia estar arrependida– E se Hiram decidisse manda– la pra algum internato? Uma escola no exterior? Antes do noivado de vocês, Rachel não tinha grande importância pra ele. Hiram só não a queria metida em problemas.


—Que maneira infeliz de ser criada –Lauren lamentou.    –O que vai fazer a respeito disso?


— Ela me disse que os dois terminaram. Não acho que ela vai voltar com ele –comentou Santana.


— Se ele controlava ela tanto assim é fácil de retomar o controle. Tenho que fazer algo a respeito –Disse Quinn.


— O que? Fazer a mesma coisa que o pai dela? Isso é maldade, Quinn –Lauren não pode deixar de olhar para a amiga com decepção.


— Já te disse, Jauregui, Rachel será minha esposa. Não vou deixar um merdinha atrapalhar meus planos –Nos olhos de Quinn refletiam sua determinação implacável.  


— Ele ama Rachel, realmente duvido que vá abrir mão dela tão fácil –Santana suspirou cansada. Ela não gostava da ideia de esconder a verdade de Rachel, mas sabia que dificilmente ela se desvincularia de Finn.


—Ela será minha esposa. –Quinn soou fria como gelo –E nem mesmo o diabo é capaz de se meter com algo que é meu.


—Arrepiei. – disse Lauren virando o copo todo na boca.


(...)


Quinn sabia que precisava agir. 


Foi uma surpresa que tenha sido tão rápido, pensou que Rachel manteria seu relacionamento até o último momento, até que já não conseguisse mais fugir do casamento entre as duas e então o dispensasse para assumir o compromisso. O término repentino significava que as coisas também não estavam boas entre eles. 


Isso não significava que Quinn não se asseguraria que lá dois não voltassem. 


Se fosse qualquer outra mulher ela estaria encantada demais com o dinheiro ou com a própria Quinn para pensar em descumprir o acordo por qualquer coisa que fosse. As mulheres que já estiveram na vida de Quinn imploravam literalmente de joelhos para que a loira as mantivesse, que assumisse um compromisso. Quinn nunca sabia dizer se era por ela ou pelo dinheiro que elas se entregavam assim tão fácil, e Quinn nunca teve problema de sentir– se rejeitada. 


Agora Rachel Berry era totalmente diferente. Era um quebra– cabeça que Quinn nem sabia como começar a montar. 


Sua única motivação era o Instituto e por mais que estivesse claro que o lugar era a paixão de Rachel, Quinn não tinha certeza que a morena poderia facilmente ignorar seus sentimentos pelo ex– namorado e deixá– lo de lado para se casar com alguém que não gosta. O dinheiro de Quinn não a atraia, isso estava claro na rejeição de cada presente caro que Quinn a enviou durante esses cinco anos de noivado. E até onde sabia nem mesmo pela pessoa Rachel estava atraída. 


O relacionamento delas era um teto de vidro e Finn Hudson poderia ser uma pedra bem grande. 


Isso deu a motivação necessária para Quinn fazer o que fez. 


Foi fácil descobrir a rotina dele. Finn ao que parecia era uma pessoa previsível e Quinn disponha dos melhores investigadores como seu contato. Geralmente usados para saber as reuniões secretas dos conselheiros da Lux, já que Quinn gostava de ser adiantada em seu negócio, ela tinha confiança no seus contatos.


Quinn adentrou na fábrica de meias que Finn Hudson era dono. Não era bem uma fábrica e sim um galpão caindo aos pedaços com sete costureiras em ativa. Finn ficava no centro das mulheres, ordenando e algumas vezes gritando para suas operarias.


O que Rachel tinha visto em um homem como aquele?


Quinn duvidou que ele mostrasse esse seu lado a ela.


Um empregado então teve a coragem de avisar Finn que eles tinham visita.


Quando Finn viu Quinn ali seu rosto ficou vermelho e seu olhar quase assassino.


— Parece que seu negócio... –Quinn andou em passos lentos até ele. – Tem grande potencial.


Finn olhou ao redor e com um sinal de mão todos que estavam ali os deixaram sozinhos.


— Sabe quem eu sou? –perguntou Quinn. 


— Quem não sabe? –Rebateu o homem. – A questão aqui é como você sabe quem eu sou. Rachel falou de mim pra você?


— Ela comentou que vocês terminaram. Isso é tudo que preciso saber de você.


— Então o que você veio fazer aqui? –Finn cruzou os braços.


— Garantir que você mantenha seu status de solteiro. –Quinn estendeu o braço deixando a bolsa de dinheiro nos pés dele – Ou melhor, garantir que fique longe da minha noiva.


— É tão insegura assim, Fabray? Acha que Rachel ira quebrar o contrato para ficar comigo? –Finn lhe deu um sorriso arrogante.


Mas Quinn era mestre em esconder seus sentimentos. Ela não deixaria transparecer que o comentário de Hudson estava certo e que ela estava insegura sobre a dimensão do sentimentos de sua noiva pelo homem.


— Aqui está uma quantia significativa. –disse a Fabray com um sorriso debochado – Você pode melhorar o orçamento da sua fábrica.


— E se Rachel vir me procurar?


— Ela veio em algum momento?


— O que Rachel e eu temos você nunca vai ter.


— O que vocês tiveram. –Corrigiu a loira – Estou sendo bondosa em te oferecer essa quantia e espero que mantenha sua parte. Porque não vai me querer como inimiga.


Quinn deu o assunto por encerrado e passou a se retirar dali.


— Você não é tão poderosa assim! –Finn tentou soar confiante, no entanto Quinn viu que ele já estava com a mala nas mãos.


Se ele amasse Rachel como diz, ele nunca aceitaria nem mesmo a hipótese de aceitar aquele dinheiro. Ele era comprável, assim como foi no passado com Hiram.


A questão é que Quinn não tolerava ser ameaçada. Por isso olhou de relance para o homem e disse em um tom auditivo:


— Com um telefonema eu posso apagar a existência da sua marca no mercado. Não teste minha paciência, Hudson.


(...)


— Você fez isso? –perguntou Lauren no carro.


Ela odiava aquele plano, e tinha tentado impedir Quinn o caminho todo. Mas se tem alguém mais teimoso que uma mula era Quinn Fabray.


E como amiga, Lauren tinha que estar lá mesmo não concordando.


— É necessário –foi tudo que Quinn disse.


— É perturbador, na verdade. –Lauren começou a dirigir e tentou manter a curiosidade quieta. Não conseguiu se segurar e perguntou – Vai contar a Rachel?


O silencio de Quinn foi sua resposta.


— Fabray...


— Eu sei o que estou fazendo, Lauren –Quinn encarou a amiga seriamente.


— Espero que saiba mesmo –Lauren disse por fim – Só lembre-se que a garota já teve um pai bosta, não seja uma esposa assim também.


Não, Quinn não seria desse jeito. Mesmo que fosse errado aquilo era bom para as duas. Sem Finn, Rachel não teria um namorado abusivo.


Apenas uma esposa mentirosa, sussurrou uma vozinha dentro da cabeça de Quinn.


Será que Quinn aguentaria o peso de esconder algo assim de Rachel?


(...)


Era uma péssima, péssima ideia.


Quinn e Rachel conversavam no telefone, e aparentemente os amigos de Quinn estavam organizando uma festa em homenagem ao casamento. E Rachel iria de boa vontade se esses amigos fossem Santana e Lauren. Porém eram os famosos bajuladores de Quinn que a acompanhava em suas baladas e viagens luxuosas.


E Rachel detestava cada um.


Você os conhece, Rach –insistiu Quinn mais uma vez.


—Eu conheço, isso não significa que eu gosto deles.


Eles são meus amigos. E já que não vão ao casamento...


Rachel respirou fundo. Ela não queria muitos convidados, o que vetava a presença deles no casamento. A cerimonialista até tentou argumentar com Rachel a permissão de alguns já que tinha sido interesse de Quinn chama-los, então Rachel ligou para a noiva e passou uma hora dizendo que não seria uma festa grande e que Quinn não podia chama–los.


O problema é que não tinha como evita-los a vida toda, afinal faziam parte do ciclo de sua futura esposa.


—Está bem, vamos –respondeu contra gosto. – Mas nada de exs, nem mesmo casinho de uma noite. Não pense que eu não conheço as modelos que você chama de amiga e transa toda vez que pode.


Tudo bem, concordo com isso. E isso vale pra você.


Rachel bufou com escarnio, como se Finn tivesse algum interesse de ir prestigiar uma festa em comemoração ao noivado dela com outra pessoa. Mas era justo que Quinn impusesse essa regra.


—Ótimo. Até a noite – Rachel desligou.


(...)


—Vamos, Rach, coloque um sorrisinho nesse rosto –Camila puxou os lábios da amiga para formar um sorriso.


Mas a carranca mal humorada de Rachel não se desfez.


Estavam indo juntas a festa. Kurt não quis ir pois estava maratonando alguns filmes da Disney então lhe restou Camila para lhe fazer companhia naquele espetáculo.


Rachel chegou ao local, o hotel San Andrés, nível 5 estrelas, e deixou que o chofer levasse seu carro para o estacionamento.


—Meu Deus, isso é demais! – Comemorou Camila olhando ao redor. –Como você pode não adorar essa vida de rica?


—Porque tudo isso é como mostra em Gatsby –disse Rachel entrando no hotel.


—Fabuloso?


—Uma mentira.


Assim como o casamento dela.


Ambas pegaram o elevador até a cobertura. Quinn já estava na festa, o que aborreceu Rachel. As duas deveriam ir como um casal. Isso remetia Rachel quando as duas eram obrigadas a cumprir alguns eventos sociais, onde Quinn era educada o suficiente para chegar com ela e ficar apenas quinze minutos ao seu lado até encontrar alguém de seu grupo e deixa–la sozinha.


Não ficaria sozinha com Camila ali, mas era ridículo estar em uma festa que comemora seu noivado quando a noiva nem mesmo fica do seu lado.


Ao chegaram na cobertura Rachel percebeu que a festa era maior do que tinha esperado.


Tinha muita gente ali, muita gente bonita e que Berry nunca tinha visto na vida.


—Ah isso é demais! –exclamou Camila fazendo uma dança esquisita. –Vou ali no bar pegar uma bebida pra gente.


—Ah, a pequena Berry está aqui!


Essa pessoa Rachel conhecia.


Rachel virou–se a direita e encontrou Noah, seu primo. O sobrenome dele era Puckerman, pois sua mãe era irmã do pai de Rachel e ainda sim era Noah quem o pai estava cogitando para a presidência da empresa. Rachel e Noah tinham um relacionamento conturbado devido a preferência de Hiram.


E além de ser obrigada a suporta-lo nas festas de família, ele também era um dos companheiros de balada da Quinn.


—Olá Noah –Rachel beijou as duas bochechas dele. –Você, como sempre, não perde uma boa festa.


—A surpresa não sou eu aparecendo em festa, é você – O homem bagunçou a franja da prima sabendo que isso a irritava. – Então você vai se tornar uma Fabray.


—E o que parece –Rachel arrumou a franja enquanto fuzilava o homem com olhar.


—Se Quinn gostasse de homem, eu iria rouba– lá de você –Ele deu uma piscadela.


—Acho difícil isso acontecer – Quinn surgiu ao lado de Rachel, passando seu braço pela cintura da morena. –Mesmo se eu gostasse de homem nunca iria acabar com um traste como você.


—Assim você me magoa –Noah pós a mão no peito. –Vou até beber mais pouco por conta disso. E também, porque superar uma gostosa com você vai ser muito ruim.


Rachel ficou aborrecida. Como Puck pode flertar com uma mulher ao lado de sua noiva? Ele não tinha decência?


Elas ficaram assistindo Noah ir ao bar e Rachel varreu os olhos pelo salão, procurando os amigos de Quinn, e os encontrou no píer, gargalhando alto e olhando todos de cima como se fossem deuses do olímpio.


Sua irritação duplicou.


—Estou feliz que tenha vindo –sussurrou Quinn em seu ouvido.


Isso arrepiou Rachel e também sentiu que a mão dela não tinha abandonado sua cintura. E Rachel também não tirou a mão dela. Gostava do toque, por mais que odiasse admitir.


—Preciso ir cumprimentar seus amigos –disse Rachel encarando Quinn.


Seus rostos estavam tão próximos que podia sentir sua respiração bater na bochecha.


—Não parece animada com isso –Quinn brincou apertando sua cintura.


—Não é segredo que não nos damos bem.


— Até onde eu sei você nunca os deu atenção –Quinn lembrava-se da carranca de Rachel toda vez que eles a cumprimentava, e as constante recusas de se juntar a eles em festas.


Ela agia como se fosse melhores que eles.


— Desculpa, eu não gosto de perder tempo falando quantos eu gastei em uma bolsa ou no meu sapato –Rachel pegou uma taça de um garçom que estava passando e virou o liquido de uma vez.


—Nós não...


— Quinn, Rachel, venham! –Acenou Sam na parte VIP.


Rachel ia seguir o caminho contrário quando Quinn pegou sua mão e começou a guia– la. Afinal foram os amigos que estavam dando aquela festa, Rachel deveria cumprimenta– los.


Rachel colocou seu sorriso educado no rosto e viu que o grupinho ali era o mesmo de sempre: os herdeiros detestáveis.


Sam Evans, Archie Abrams, Kitty e Mayley Wilde e seu primo Noah. Mercedes Jones também faz parte do grupo, mas estranhamente não estava ali.


— Rachel! –Exclamaram todos juntos.


— Oi gente –cumprimentou sem graça.


— Nossa, Berry, eu amei esse seu vestidinho. Onde você comprou? –Perguntou Marley em claro tom de ironia.


— Provavelmente no brechó –respondeu Kitty fazendo todos rirem.


— Sempre tão engraçada, Kitty –disse Quinn segurando a mão de Rachel mais forte.


Rachel fincou suas unhas na mão da noiva, e Quinn mordeu o lábio para disfarçar a dor.


— Sabe, Rachel, nunca pensei que você quisesse realmente seguir com o casamento –Archie comentou olhando Rachel com suspeita.


— Eu não quis. Foi a Quinn –Aquilo deixou Rachel ainda mais nervosa.


— Por que? –Quis saber Marley olhando para Quinn.


— Provavelmente tem a ver com o problema do bord. Eles acham a Quinn imprudente –Sam contou com um copo de Whysky quase finalizado na mão.


Ele estralou os dedos e rapidamente um garçom o substituiu por um cheio.


— Um casamento certamente arrumaria sua imagem. Sempre pensando na empresa certo, Quinn? –Archie deu um sorriso orgulhoso para amiga.


— E Rachel vai aproveitar horrores sendo uma Fabray. Vai entrar pra A list –Marley ergueu seu copo em um brinde.


— Eu nunca quis ser uma A-list –Rachel não escondeu o nojo daquilo.


A-list era eles. Os VIP. Aqueles que sempre eram convidados para a festas, mas inacessíveis a qualquer um de fora.


E Rachel odiava cada um deles. E por um momento lembrou– se que deveria odiar a pessoa que segurava sua mão.


— É inevitável, querida. Sendo Rachel Berry Fabray tudo será diferente –Kitty deu uma piscadela para Rachel.


— Só cuidado pra ela não gastar todo seu dinheiro naquele Instituo idiota –comentou Noah, pela primeira vez se metendo na conversa.


— Calado, Puck –mandou Quinn.


— É, quem pede tempo com um Instituto de música na periferia? –Kitty esnobou e os outros acompanharam com risadas.


— Alguém que se importa mais do que com o próprio umbigo. –Rachel soltou a mão de Quinn e deu um passo pra frente.


— A gente vai te ensinar as coisas boas de ter dinheiro, Berry –Marley soprou um beijo no ar – O começo vai ser como comprar um vestido bonito.


Aquilo era demais. Rachel iria começar a discutir até sentir duas mãos segurando seus braços a empurrando para longe dali.


— Com licença –falou Quinn levando Rachel para perto do bar, longe dos amigos.


Quinn percebeu que Rachel se descontrolaria e brigaria com Kitty. Não tinha dúvidas que Rachel se sairia bem na briga, mas Kitty não valia o tempo. Qualquer argumento que Rachel usasse entraria em um ouvido e saia pelo outro.


—Eles não estarão no casamento –sussurrou Quinn acariciando Rachel.


—Acho bom –Rachel tremia dos pês a cabeça –Ou serei eu que não vou aparecer.


Aquilo pegou Quinn de surpresa. Sim, Rachel não gostava dos amigos, mas a ponto de arriscar o casamento por eles era demais. 


—Não sabia que meus amigos te aborreciam tanto –Quinn não deixou de soar ofendida.


—Claro que não sabia, você nunca me perguntou. Na verdade as poucas vezes que íamos nos eventos juntas você me esquecia depois de quinze minutos e ia se divertir com eles –Rachel também estava magoada e irritada.


Quinn nem os rebateu, na verdade não teve coragem de dizer nada quando eles estavam sendo desagradáveis.


—Você nunca fez questão da minha presença.


—Era questão de senso, Quinn, eu sou sua noiva!


—E não agia como uma um mês atrás!


—Assim como você também não. E não venha me dizer que seus presentes ridículos era construção de qualquer relacionamento –Apontou Rachel afundando seu dedo no peito da loira.


Quinn abriu e fechou a boca.


—Quinn, o pessoa está te chamando! –Gritou Sam chamando– a com a mão.


—Pode ir. Assim como das outras vezes eu não faço questão da sua presença agora –Rachel deu as costas, encerrando o assunto.


Quinn decidiu que voltaria para os amigos, elas poderiam conversar mais tarde.


Tudo ainda estava fervilhando em sua cabeça. Ela tinha abandonado Rachel como diz? Porque o que ela se lembrava era da recusa de Rachel em se juntar a eles.


—Vamos brindar a Quinn! Perdemos outra soldada! –Sam ergueu o copo quando Quinn se juntou a eles.


—Consigo ouvir o choro de todas as garotas daqui a Dubai. –Archie brincou, engolindo sua bebida em um gole.


—Casamento não é essa prisão que vocês dizem. Dá pra se divertir bastante com a esposa. –Kitty abraçou Marley pela cintura.


Quinn observou as duas. Era claro a grande atração que sentia uma pela outra, mas seu relacionamento não o tipo que a inspirava. As duas tinham liberdade para ficar com outras pessoas. E esporadicamente Quinn e Marley se pagavam em algum banheiro das festas.


Mas a Fabray não queria ter esse relacionamento aberto com Rachel. Não conseguia nem mesmo imaginar a morena fazendo isso.


—Com certeza – Marley beijou a boca da esposa.


—Vocês duas tudo bem –Noah apontou para as duas. – Mas a Quinzzie vai se casar com a pessoa mais chata que eu conheço. E olha que é minha prima.


—Não fale assim dela. –Quinn deu um olhar cortante ao Noah.


—Quinn, um amigo meu tá chegando ai, tem problema? –perguntou Sam com alguém no telefone.


— Não. –respondeu automática.


— Mas é sério, Queen – Marley sempre brincava com seu nome a chamando de “Queen” –A Berry? Você já transou com tanta coisa melhor quer acordar do lado da Madre Tereza?


—Isso não é da sua conta –Seus amigos, sempre tão brincalhões, estavam abusando da acidez para falar de Rachel.


E sim, talvez no começo do noivado Quinn também tenha criticado a noiva duramente. Rachel era fechada, de nariz em pé e não dava abertura para conhecê-la. Mas depois de tudo que conversaram, e do encontro do parque, Quinn percebera que era sua defesa ser tão fechada.


Ela tinha que concordar com Rachel que seus amigos também eram mesquinhos quando queriam.


— Somos seus amigos, Quinn, pode confessar que brocha toda vez que pensa que vai ter que transar com aquilo –Kitty gargalhou alto atraindo a atenção de algumas pessoas.


E aquilo foi a gota d’agua para Quinn.


— Escutem. Porque eu detesto repetir –Seu tom não era mais o da Quinn amiga, que fazia parte do grupo e era tão má quanto eles. Era o da rainha fria dos negócios, de quem destruía um império só com uma palavra – A partir de hoje só dirão coisas boas sobre minha noiva, e se não conseguirem fecharam as malditas bocas. Qualquer comentário que seja, na minha frente ou nas costas, saiba que perderá meu patrocínio para financiar seus negócios de merda. Entenderam?


O silencio foi o suficiente para ela. Todos tinham entendido e Quinn esperou que parassem com as brincadeiras.


Porque ela não estava brincando em sua ameaça.


Rachel andava pelo lugar com pressa, procurando um lugar silencioso onde pudesse esbravejar em paz. Ela odiava festas daqueles tipos, odiava do fundo do seu coração. E depois da discussão com Quinn tudo que queria fazer era ir embora.


—Rachel! –Alguém puxou seu braço enquanto atravessa a multidão de rostos desconhecidos.


Rachel virou– se furiosa e deu de cara com Camila.


—O que foi, Camila?


—Finn está aqui –disse pálida.


—O que?


Rachel olhou por todo o salão até encontra-lo na área vip, abraçando Sam Evans.


—Ele é amigo de Sam –sussurrou em total espanto.


—Aquele não é... –Santana surgiu em suas costas, acompanhada de Brittany.


Rachel nem mesmo cumprimentou a esposa da prima quando virou– se para perguntar:


—Por favor, me diga que Quinn nunca viu uma foto de Finn.


—Ela nunca viu uma foto dele –Santana deu um gole de seu champanhe.


—Mas Finn com certeza sabe quem Quinn é –Camila sussurrou. Rachel e Santana a encarou com fúria. – Só estou comentando.


—Eu vou lá antes que um desastre aconteça –Rachel respirou fundo e se viu caminhando novamente para “O campo dos herdeiros”. 


Agora conhecido por ela como: Campo de batalha.


 



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Autor(a): blacksweetheart

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