Fanfic: O Príncipe Mercante de Braavos (Viserys Self Insert) | Tema: Game of Thrones, A Song of Ice and Fire, A Guerra dos Tronos
Eu não possuo "Crônicas de Gelo e Fogo"(Livro) nem "Game of Thrones" (série da HBO). Autoria dos lugares e personagens pertencem somente ao Jorginho (R. R. Martin).
Viserys
"Hei! Seu pequeno ladrão!"
João saltou por cima de uma ponte e deslizou para dentro de uma taleta assustando o remador e o casal que se encontrava escondido na cabine da pequena embarcação.
Ele olhou para trás e viu seus perseguidores olhando sob a ponte sem idéia de onde ele foi parar.
João respirou aliviado, em uma sacola ele carregava a carga preciosa que ele adquirira por meio menos que ideais. Ele tentou negociar um valor justo, mas nenhum dos ferreiros queria dar ouvidos a uma criança de oito anos.
A solução mais simples era "pegar emprestado" as varas de ferro. Ele jurou repara-los pelo prejuízo com juros. Mas por enquanto João precisava adquirir mais recursos. E ferro era um dos ingredientes básicos para a construção de eletro-imãs. Imãs são base para a construção de um instrumento náutico capaz de revolucionar para sempre toda a navegação.
Menos de um minuto depois, ele saltou por uma via estreita ele entrou num beco entre duas casas antigas. Preparando-se para andar em direção da Casa de Porta Vermelha quando alguem o agarrou pelo pescoço.
"Ora ora, você é bem menor do que eu imaginei ratinho. Ninguém rouba nas minhas ruas sem pagar a minha parte!"
`Era só o que faltava`. Viserys viu um homem de aparência horrenda, barbasuja e dentes amarelados de mascar folha azeda. Ele era flanqueado por três brutamontes e um grupo de crianças de vestes rasgadas e complexão pálida.
"Me perdoe Sr. Aliciador, mas o senhor cometeu um... OUCH!"
Viserys tomou um soco no estomago que o deixou se contorcendo de dor. Ele derrubou o saco, o conteúdo tilindando para fora e espalhando pelo chão.
"Mas que diabo? Barras de ferro? Por que alguém ia roubar barras de fe- Urg!"
Antes que o bruto pudesse terminar, Rocco, o velho marujo, saltou do outro lado do beco e o esmurrou, derrubando-o no chão. Ele rapidamente se virou defletindo o porrete de um dos lacaios do homem e agarrando outro em pleno ar.
Ele torceu a mão do valentão fazendo-o largar o porrete a gemer de dor, e em seguida arremeçou-o contra o terceiro. Os meninos que assistiam fugiram assustados diante da força e brutalidade do marujo.
"Rocco! Atrás de você!"
Bang!
"Urg!"
João tentou avisar mas não conseguiu a tempo.
O homem de dentes amarelados agarrou uma garrafa de uma pilha de material descartado no beco e a arremeçou contra a cabeça de Rocco, fazendo o grande marujo tombar de joelhos. João pegou uma das barras de ferro do chão mas antes que precisasse agir uma lança passou por detrás da cabeça do homem saindo por um dos orifícios oculares em uma explosão de vermelho e massa cinzenta.
"Aquele que quiser viver, saia agora!" Gritou uma voz familiar da borda do beco. Os lacaios do recém falecido brigante não pensaram duas vezes e fugiram deixando Rocco e Viserys sozinhos.
Viserys correu para ajudar Rocco, e olhou para o homem que acabara de salvar a sua vida. A sua frente estava o Príncipe Oberyn Martell ou, como ele era conhecido em Braavos, Byrone Sand da Companhia dos Segundo Filhos.
"P-por favor, precisamos de um méd-ah Meistre..." João quase cometeu uma gafe. No Mundo de Westeros, a medicina é praticada por curandeiros e Meistres da Cidadela.
"Ha! Viserys, você tem sido um menino bem diabólico heh, venha, eu conheço alguém que pode costurar seu amigo como um bordado de donzela da Campina!"
Ferrego Antaryon
"E então Syrio, novidades quando a Corte em Exílio do dragões? Como anda o príncipe?"
"As coisas continuam...Interessantes com o príncipe Viserys, aparentemente ele está trabalhando agora no Septo do Ultramar."
"Trabalhando? Syrio, isso é algum tipo de brincadeira?"
"Eu sei. Difícil de acreditar mas aparentemente ele convenceu Septa Rhaeny a deixá-lo ajudar a catalogar e reorganizar a biblioteca do Septo em troca de duas moedas de ferro a diária."
"Ha! O Príncipe convenceu o velho Darry a permitir tal cousa?"
"Eu acredito que o velho Darry não está ciente. O príncipe tem tido lições com o Septor todas a manhãs antes de trabalhar. Ele provavelmente pensa que o jovem está a praticar suas lições."
"E quanto as fugas vespertinas?"
"Ele diminuiu a frequencia, mas continua a perambular pela cidade, cometendo pequenos delitos, e passando tempo nas oficinas da ilha dos sopra-vidro"
"Pequenos delitos? Não basta trabalhar ele está a praticar furtos? Hah não é a toa que ele é filho do Rei Louco Aerys! Por acaso ele se fantasia um príncipe dos ladrões?" Ferrego estava se divertindo. Não é todo dia que um homem como ele tem a sorte de ouvir tais relatos. O trabalho de Lorde do Mar infelizmente tende a ser bem mais tedioso e burocratico do que as peças e versos dos bardos tendem a descrever.
"Não creio que seja algo tão simples. Aparentemente a princípio ele ofereceu pagamento pelos itens em questão. Mas os artesãos rejeitaram pensando se tratar de alguma brincadeira infantil. Depois de várias tentativas e de quase levar uma sova ele optou por furto dos itens."
"E que itens seriam esses que ele se pôs em tanto pelejo para obter?"
"Bem Lorde do Mar, isso é o difícil de entender. Aparentemente não passam de alguns trinquetes, ferramentas, utensílios de sozinha, resina e óleos, barras de ferro..."
"Barras de Ferro? O que ele pretende com essas coisas?"
"Difícil dizer... Ele vem construindo algo no estábulo da Casa de Porta Vermelha. E tentou mais de uma vez escalar o Titã de Braavos, o que obviamente ele falhou em concluir. Mas isso não o fez desistir, ele instalou as barras de ferro na grimpa da torre do Sépto, a construção mais alta que ele teve acesso. Seja lá o que ele pretende, parece que tem algo a ver com `capturar` o poder dos `raios`..."
"..." Ferrego se levantou e caminhou ate uma das varandas de seu solar, acima do porto púrpura, os navios recolhiam as velas ante aos ventos que sopravam.
Uma tempestade se precipitava no horizonte lançando uma sombra sobre o futuro da cidade.
"Diga me Syrio, você ja ouviu o velho ditado sobre os Targaryen?"
"Loucura e a grandeza são dois lados da mesma moeda quando se trata da casa dos Dragões..." Syrio começou a recitar "Sempre que um novo Targaryen nasce" disse ele, "os deuses atiram uma moeda ao ar e o mundo segura a respiração para ver de que lado cairá".
"Exatamente!" Ferrego se voltou para Syrio e lançou lhe uma moeda. Syrio Forel a pegou em pleno ar sem nem virar a cabeça. Ele examinou-a de perto.
Tratava-se de uma simples moeda de ferro, porém não era uma das típicas moedas Bravosi, no anverso da moeda havia uma figura encapuzada com um rosto indistinto que, dependendo da luz, parece mudar de aparência. No verso um monograma com as letras `VDVM` no centro, cercadas pelas palavras, Valar Morghulis, Valar Dohaeris: Todos os homens devem morrer, todos os homens devem servir.
"Valar Morghulis" Ferrego sussurou. O flash de um relâmpago iluminando o horizonte.
"Valar Dohaeris." Veio a resposta de Syrio quase no momento em que o som do trovão invadiu o solar...
Autor(a): joao_franco
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Qburn Mestre Oberyn Martell trouxe um marujo ferido e o príncipe Viserys a bordo do navio da companhia dos Segundo Filhos. Ele ordenou que os ferimentos do velho marujo fossem atendidos enquanto conversava algo com os homens. Mais tarda, sob o subtil aceno do ex-Meistre de que o Marujo não possuía nenuma doença venérrea, Príncipe Ob ...
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