Fanfic: O Príncipe Mercante de Braavos (Viserys Self Insert) | Tema: Game of Thrones, A Song of Ice and Fire, A Guerra dos Tronos

Eu não possuo "Crônicas de Gelo e Fogo"(Livro) nem "Game of Thrones" (série da HBO). Autoria dos lugares e personagens pertencem somente ao Jorginho (R. R. Martin).

Cozinheiro Hill

Cook Hill estava sem saber o que fazer. Ele acreditara que havia acertado a sorte grande com o esquema que o Mestre dos Sussurros, Lorde Varys havia prometido. Perdão de suas dívidas e um navio para fora do atoleiro que é Porto Real. No fim ele se viu "plantado" na Casa de Porta Vermelha e aguardando instruções. 

Dizem que uma "vida humana é barata em Braavos". No tempo que ele manteve contacto com as creaturas de Varys em becos e canais obscuros, ele aprendeu o quanto o velho ditado era verdade.

Logo chegaram ordens específicas de como lidar com os habitantes da mansão.

Varys o havia enviado um "pacote" com mercúrio, ao qual os locais chamam `prata-movediça` um metal líquido feito de Cinábrio, uma pedra conhecida como sangue-de-dragão. Segundo Varys, pequenas doses deveriam ser ministradas cuidadosamente na dieta de Ser Darry a fim que o odioso velho adoecesse sem levantar suspeitas.

Nos primeiros dias Hill fez conforme fora ordenado... Até o dia que o frasco de mercúrio sumiu. Em seguida as coisas começaram a ficar estranhas. A espada de Ser Triston tornou-se possuída por uma força invisível que atrai metais. A criadagem contava histórias sobre um dragão e que o príncipe estava a praticar magia.

Assustado ele decidiu que era hora de sumir. Ele juntou o dinheiro que tinha e saiu sem avisar ninguém. O plano é fugir para Lys e assumir um novo nome. O que pode dar errado?

"Arg! Olhe por onde anda!" Um bravo com roupas coloridas atravessou seu caminho quase derrubando-o. O rufião sequer desculpou-se antes de seguir pelas ruas estreitas.

Malditos Bravos, eles estão por toda parte a esbarrar nas pessoas. Ele começou a sentir uma sensação estranha e morna, como se estivesse urinando nas calças. Foi aí que Hill percebeu, o Bravo que o tinha esbarrado havia consigo um Stiletto afiando, a faca fez uma perfuração precisa em sua artéria femoral. Com a Virilha a encharcar-se de sangue Hill mal teve tempo de entrar em pânico e pedir socorro. 

Na manhã seguinte seu corpo seria apenas mais um a boiar nos Canais de Braavos.

Rocco

Rocco Waters estava sem saber o que fazer. Primeiro, o Príncipe Oberyn partiu sem dizer adeus, deixando-o a ver navios e com o coração partido. E por algum motivo uma trupe de crianças aparentemente de rua não para de o seguir pelas ruas de Braavos.

Rocco: "O que vocês querem? Me deixem em paz!"

"Mas chefe, nós estamos esperando suas ordens" Melianna, uma das meninas mais velhas se aproximou e declarou.

"Chefe? Por que estás a chamar-me chefe ó piveta, por que não vais para tua casa?"

"Mas chefe, a maioria de nós não tem pra onde ir. O senhor derrotou o velho chefe. Deixa a gente trabalhar pro senhor que nem o menino de cabelos prata. " Falou outro menino.

"Ei ele não trabalhava para mim!" Rocco estava se sentindo ainda mais desamparado.

"Hey Rocco, vejo que fizeste amigos enquanto eu estava fora." Nesse momento Viserys e o Cavaleiro Ser Triston apareceram. Ele havia acabado de sair da Casa de Porta Vermelha.

"Jovem Mestre! Não é o que parece, esses..."

"Hey! Tu és o Chefe do chefe? Mas és só um rapaz?" Melianna falou surpresa. 

Então tudo fez sentido, essas crianças viram Viserys a roubar das oficinas, e ao ver Rocco brigar por ele, assumiram que ele era algum tipo de gangster que aliciava crianças para organizar pequenos furtos, tal como o estranho barbudo que Rocco enfrentava.

"Quem são vocês? onde vivem" Viserys aproximou interessado e começou a encher as crianças com perguntas. Rocco não esperava tal reação do Príncipe em buscar conversação com plebe do pequeno povo. Mas Viserys raramente comportava-se como era de se esperar com alguém de sua estação. 

Em tempo Rocco descobriu que a maioria daquelas crianças morava na "cidade afogada", um bairro pobre de Braavos onde as construções foram parcialmente tomadas pelas águas, e agora apenas os telhados e cúpulas das construções mais altas permanecem acima da linha d`água. Embora nem todas as crianças fossem órfãs, muitas haviam fugido de lares abusivos e deixadas para viver a própria sorte na Cidade dos Mil Canais.

Sem muita opção, muitas voltaram-se para o furto de transeuntes e marujos incautos, dividindo o pouco que conseguia por um punhado de pão e um lugar para passar a noite...

"Se é esse o caso, então por que vocês não trabalham para mim?" Disse o príncipe Viserys.

Rocco piscou os olhos e limpou os ouvidos...

"Mestre Viserys! Por que estás a te envolver com esses pivetes e crianças de rua? Não vê que..."

"Diga-me Rocco qual a diferença?" Viserys o interrompeu.

"Como?"

"Qual a diferença entre eu e eles? São órfãos? E daí? EU TAMBÉM! Muitos não tem um lar para voltar, assim como eu e minha irmã, e muitos tem pais abusivos, e meu pai era um homem louco que abusava de seus próprios súditos e...! E de minha mãe! E onde isso me deixou? Eu não reino sobre nada, tenho tanto direito ao trono quanto um pedinte de ser Lorde do Mar!"

"..." Rocco calou-se. Até na Pedra do Dragão ouviam-se estranhas histórias sobre o Castelo Vermelho. Mas ele sempre achou que fossem exageros criados pelos rebeldes para difamar o Rei. Mas agora ouvindo o próprio príncipe... Rocco não sabia mais o que pensar.

"Eu tenho um plano!"  Ele voltou-se para a menina. "Para começar meu próprio negócio, mas pra isso eu vou precisar de ajuda para conseguir alguns ingredientes. O que dizem?" Viserys estava com um sorriso criminoso. O mesmo quando ele roubou as barras de ferro das oficinas. 

"Feito!" Disse Melianna apertando a mão do príncipe como se este fosse um reles mercante. E Rocco sentiu real terror.

"Vamos começar com algumas conchas..." Viserys falou com um estranho brilho no olhar...

(...)