Fanfic: O Príncipe Mercante de Braavos (Viserys Self Insert) | Tema: Game of Thrones, A Song of Ice and Fire, A Guerra dos Tronos

Tycho Nestoris

Tycho Nestoris era um membro do Diretório de Chaveiros do Banco de Ferro, Tycho é alto, magro e enxuto. Ele tem um rosto estreito com olhos escuros e uma barba longa e fina, que quase chega à cintura.

Tycho usa um chapéu de três camadas sem aba de feltro roxo, vestes de um roxo sóbrio enfeitado com arminho e uma gola alta rígida. Em outras palavras Tycho é um Gandalf Púrpura que trabalha no maior Banco do Mundo.

E, acima de tudo... Tycho Nestoris está extremamente entediado...

`Arg! Eu detesto esse marasmo. Quando era jovem eu empreendia perigosas negociações mar adentro. Liderava expedições de cobrança de crédito contra piratas e Archons, Magistrais e  Príncipes Mercantes... Agora tudo que me mandam fazer é cuidar de negociações de câmbio e venda de apólices.` Nestoris cutucava a barba entre os dedos.

Ele subiu as escadarias do Banco de Ferro para mais uma reunião sem sentido. Sua mente absorta em in odio tedioso quando uma bem vinda comoção chamou-o à atenção.

Em um dos balcões, Dorytos Pahlus, um dos Escriturários do banco, estava a tentar, e falhando, em se livrar do que parecia uma insistente criança de aparência Valiriana. Olhos lilases e tudo.

"Fedelho, não me faça te pôr para fora a chutes! Quem não tem apontamento não pode falar com o conclave" Disse Dorytos.

"Mas como eu faço para marcar um apontamento?" Respondeu o pequeno homem, ou seria menino? Não parecia ter mais de dez nome-dias de idade.

"Crianças não marcam apontamentos, vá embora senão eu..." Dorytos levantou uma das mãos.

"Com vossa licença, há algo que eu possa fazer para auxiliar nessa situação?" Nestoris perguntou polidamente.

"Por que não começa carregando esse fedelho antes que eu chame a segurança? Aqui é o Banco de Ferro não um-Aaah? Estimado conclave Nestoris, não percebi que era o senhor?" Dorytos ficou pálido e parou de gritar quase imediatamente ao ver que um dos diretores do conclave e Membro do alto escalão de Guardiões do Banco.

Os Guardiões das Chaves ou Chaveiros são funcionários do Banco de Ferro de Braavos.

São descendentes dos vinte e três fundadores do Banco de Ferro: dezesseis homens e sete mulheres, cada um dos quais possuía uma chave dos grandes cofres subterrâneos do banco.

A família de Pahlus é descendente de um desses pais e mães fundadoras. Tendo perdido praticamente toda a fortuna após um negócio mal sucedido a quase cem anos, ele ainda ostenta uma chave de Ferro no pescoço, símbolo do passado e último tesouro do que fora uma vez uma grande família.

Nestoris suspirou e voltou os olhos para o menino; Ele parecia afiado, com um brilho no olhar e decidido a ser ouvido.

Em outra ocasião Nestoris não se importaria com as tolices de terceiros, pois muitos são os tolos que apresentam-se às escadarias do banco de ferro com toda sorte de "proposta" mirabolante de negócios, ou suplicando por renegociação de dívidas para sobreviver a uma eventual liquidez de ativos. Mas o tédio falava mais alto, ao ponto que humorar as fantasias de uma criança parecia bem mais interessante que o sofrido vai-e-vem de papeladas para revisar, separar e carimbar que tornou-se a vida de Nestoris.

"Estimado Chaveiro, eu me chamo Viserys Targaryen e venho apresentar meu pleito. E como prova de bom grado, trago também um empenho de garantia extrajudicial para quaisquer riscos de minha proposta." Disse o menino num tom comicamente sério, tirando um laço com pergaminho da algibeira e um pequeno baú.

Nestoris sorriu quando viu que dentro do baú estava uma delicada e adornada coroa, a Coroa da falecida Rainha Rhaella.

"Estou ouvindo..."

Ferrego Antaryon

Ferrego estava a trabalhar em seu solar quando Syrio Forel foi anunciado. Tem sido assim nas últimas semanas desde que o Lorde do Mar o incubiu de seguir de perto o pequeno Príncipe de Westeros em suas andanças.

No início, Willian Darry reagiu com desconfiança após o desaparecimento do cozinheiro da Casa de Porta Vermelha. O Lorde do Mar ordenou que Syrio desse um fim ao envenenamento do velho Cavaleiro e assim Syrio o fez. Desde então, ele tem fornecido quase que diariamente atualização sobre o que o príncipe vem aprontando.

"Então, depois de se tornar o lider de uma trupe de meninos sem-teto, ele começou a juntar mariscos?" Perguntou Ferrego.

"Não só mariscos, mas conchas, trinquetes, madeira flutuante da costa, tábuas de pau jogadas fora, restos de metal entre outras coisas." Syrio respondeu oferecendo ao Lorde do Mar uma estranha lista de materiais que aparentemente são pouco mais que lixo. Mas o Mais estranho são os fornos e a pilha de conchas, algas-marinhas e cascos de crústáceos o principe parece estocar. São pilhas e pilhas do material.

"E o que ele tem feito com isso tudo?"

"Aí é que fica interessante. A princípio ele vendeu os mariscos, usando os meninos de rua como seus vendedores. Eles construiram carrinhos-de-mão e vendem os frutos do mar aos marujos do Porto Alegre... Mas isso foi apenas o começo, em seguida eles juntam o dinheiro e compram ingredientes para fazer o que Viserys chama de Maka-haum, uma invenção bem interessante, trata-se de farinha de trigo tratada com óleo, ou em outros casos feito de uma massa ázima de farinha de trigo misturada com água ou ovos, e formada em folhas ou outras formas." Ferrgo estranhou a forma com que os olhos de Syrio brilhavam a medida que ele explicava sobre o estranho alimento, como se tomado por um vigor raramente visto no Bravo. "E então cozida em aqua fervente ou assada! E as vezes usando leguminosas como feijão ou lentilha, no lugar da farinha de trigo para produzir um sabor e textura diferentes!"No fim ele tem vendido esses Maka-hõens em pequenas barracas de madeira desmontáveis, que ele chama Camelos, eu particurlamente adoro uma sopa de legumes que eles chamam ramen embora Spagetys ao alho-e-óleo é ainda um dos meus favoritos!" Syrio estava beijando a ponta dos dedos, como que lembrando os lábios de uma amante e não um prato. Ferrego não estava achando a mesma graça...

"É isso, ele virou uma espécie de vendedor de rua? Talvez " Disse Ferrego.

"Não apenas isso, ele utilizou grama seca e um pouco de argila e contruiu um forno de cal... Usando as conchas recolhidas! Aparentemente conchas podem ser usadas para rpoduzir cal entre outras coisas. Ele cozinhou o material, e passou a distribuir para os pivetes que re-venderam quase toda a produção para as Guildas masonicas em troca de cartas de recomendação e ferramentas."

"Cartas de recomendação? Não me diga que ele..." Ferrego não estava gostando nada do rumo da conversa.

"E isso nos leva para o ponto mais importante, o menino se aproximou do Banco Ferrego..." O tom de Syrio era sério. 

"Ele aproximou-se do Banco cedo de manhã após sair escondido da Mansão de Porta Vermelha. De alguma forma ele conseguiu chamar a atenção de um dos Guardiões de Chave do Banco." Siryo continuou em tom sóbrio. "Eles marcaram uma reunião, aparentemente o menino deseja fundar algum tipo de Guilda ou casa de comércio."

"..."

"Ferrego, acha que devemos...?" Syrio foi interrompido pelo Lorde do Mar, que levantando uma mão respondeu:

"Não, deixe. Se o Banco de Ferro aceitar seja lá a proposta do rapaz, eles o farão por que acreditam que isso será propício aos interesses dele. Em vez disso vamos tentar outra estratégia... Syrio, eu irei falar com minha filha. Talvez seja hora de começar a treina-la no mundo dos investimentos de risco." Disse Ferrgo sério.

"..."

"..."

"Há! Investimentos de Risco! Entendeu? O que foi Syrio? Não achou graça?" Perguntou o Lorde do Mar tentando aliviar a tensão do momento.

 "Não Ferrego, não é engraçado. E se a menina correr perigo? Uma Casa Westerosi se envolvendo com os negócios de Braavos dificilmente ficará sem ser notada por jogadores indesejados." Syrio respondeu perplexo.

"Mais um motivo para acompanhar-mos de Perto Syrio. Quem sabe? Talvez o menino nos surpreenda de novo?" Disse o Lorde do Mar.

"Se é assim, vou me preparar, tenho alguns contactos no Banco. Talvez seja hora de cobrar alguns favores, até breve Ferrego..." Disse Syrio preparando-se para sair.

"Até, e cuidado. A política de Neutralidade de Braavos para com o Trono de Ferro depende do que se suceder desses eventos..."