Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação
O hotel ficava a poucas quadras do teatro, e levamos mais tempo esperando pela carruagem que nos conduziria até lá do que para chegar a nosso destino.
Ouvi a risadinha de Madalena tão logo meu pé tocou o piso acarpetado do segundo andar. Encarei Dulce, que simplesmente ergueu os ombros e abriu um sorriso.
Destranquei a porta e, antes que pudesse dar passagem para minha mulher e minha irmã, divisei meu mordomo aos beijos com minha governanta, diante da lareira da pequena sala.
Anahí: Oh! — exclamou Anahí atrás de mim, ao passo que ouvi a risada de Dulce.
Rapidamente levantei a mão e tapei os olhos de minha irmã. O casal percebeu nossa presença um tanto tarde demais.
Madalena: Oh, minha nossa! — Madalena pulou um metro longe, o rosto adquirindo o mesmo tom escarlate das cortinas que pendiam das janelas.
Gomes ajeitou as lapelas da camisa. As mangas do paletó. O paletó em si. Então cruzou os braços nas costas e pigarreou.
Sr. Gomes: Suponho que o concerto tenha sido agradável.
Christopher: Não tão agradável quanto a sua noite, acredito. — E tive de me segurar para não rir quando sua cor mudou de vermelho para púrpura. Madalena escondeu o rosto nas mãos.
Dulce: Maite já dormiu? — Dulce quis saber, passando pelo batente.
Sr. Gomes: Com algum custo — o mordomo disse, fitando o tapete sob seus pés.
Dulce: Valeu, gente. Humm... — Dulce olhou para mim enquanto eu fechava a porta. Anuí com a cabeça. — Vem, Anahí. Vou... te ajudar a tirar as forquilhas.
Madalena: Eu vou ajudá-las a trocar de roupa — Madalena se apressou.
Christopher: Não, senhora Madalena. A senhora ficará aqui — eu disse.
Madalena: Mas, senhor Uckermann...
Cruzei os braços. A mulher se deteve, olhando para Gomes com tanta raiva que quase fiquei com pena dele. Dulce pegou Anahí pela mão e as duas atravessaram a antessala do apartamento onde estávamos hospedados. Havia quatro quartos ali.
Assim que elas entraram e fecharam a porta, fitei os dois empregados, que eram muito mais que isso para mim, com o cenho franzido.
Christopher: Estou esperando uma explicação.
Madalena: Por Deus, senhor Uckermann. Estou tão envergonhada que quase caio desmaiada. — Madalena amassava o tecido de sua saia, um antigo hábito, mas, ao que parecia, não se dava conta de que naquela noite não usava avental.
Sr. Gomes: Patrão — começou Gomes—, eu lamento muito que o senhor tenha nos flagrado naquela maneira pouco... hã... civilizada. O senhor tem todo o direito de me colocar na rua. Mas, veja bem, senhor, o culpado sou eu. Mada... a senhora Madalena tentou deter meus avanços. Não a castigue por ter se deixado enredar em uma de minhas artimanhas.
Foi muito difícil manter meu papel e não gargalhar. Ainda assim, com algum esforço, consegui segurar o riso e a fachada de homem preocupado com a honra e os bons costumes.
Christopher: O que aconteceu ainda agora foi apenas diversão ou há sentimentos envolvidos?
Sr. Gomes: É claro que há sentimentos envolvidos, senhor Uckermann. — Meu mordomo endireitou os ombros. — Esta dama jamais me permitiria...
Madalena: Minha Virgem Santíssima, cale-se, senhor Gomes! — choramingou Madalena, os olhos dardejando como se buscassem refúgio.
Christopher: Isso é mútuo, senhora? — eu quis saber. — Também tem sentimentos por este homem?
Madalena: Bem... Não entendo por quê... E eu não queria. Mas sim, patrão, eu gosto deste velho tolo. Agora, se me permite, vou ajudar a sua senhora. — E começou a se afastar.
Christopher: Espere, senhora Madalena — eu disse. Ela fez o que pedi, embora tenha se mantido de costas. Voltei para o meu mordomo. — Senhor Gomes, posso perguntar por que ainda não pediu a mão desta adorável senhora, já que está claro que o senhor a ama?
Os ombros de Madalena enrijeceram, mas ela não se virou. Gomes relanceou a mulher e foi inevitável que a ternura dominasse suas feições.
Sr. Gomes: Bem, senhor Uckermann... Um homem precisa ter algo a oferecer a uma mulher quando a pede em casamento. Tenho juntado algumas economias. Quero ao menos lhe dar um anel decente, o senhor entende?
Christopher: Perfeitamente, senhor Gomes! Eu o entendo perfeitamente.
Madalena se virou, a boca aberta em uma exclamação muda, os olhos em seu amado, que lutou contra um sorriso ao dizer, ainda a admirando:
Sr. Gomes: Guardo a esperança de que ela aceite a mão e o coração deste velho tolo apaixonado.
Madalena: Oh, Gomes... — Ela levou a mão ao peito.
Acabei sorrindo.
Christopher: Muito bem — me intrometi, cruzando os braços nas costas. — Então, como todos parecem estar de acordo, eis o que vai acontecer. Vocês se casarão no próximo sábado. Falarei com padre Antônio para agilizar os proclamas. A casa do antigo guarda-caça está vazia, fica a apenas um quilômetro da casa principal. Aproveitarei que o senhor Domingos está quase finalizando a obra do banheiro de Dulce e pedirei que faça uma boa reforma naquela casa, e então vocês dois vão viver lá. Pagarei o dote de Madalena e as despesas da cerimônia. E o enxoval da senhora, claro...
Madalena: Patrão! — Os olhos da mulher reluziram, a meio caminho de um sorriso.
Christopher: Ainda não terminei, senhora. Com o dinheiro do dote, suponho que poderão pensar em alguma fonte de renda extra. Apenas espero que continuem cuidando de minha família como sempre fizeram. Alguma objeção?
Madalena: Ah, meu menino querido! — A mulher cruzou a sala e me puxou para baixo, abraçando-me como fazia quando eu tinha dez anos e nós tínhamos a mesma altura. — Nenhuma objeção!
Sr. Gomes: Mas não precisamos de tanto, senhor Uckermann — Gomes disse, parecendo ter dificuldade para manter a compostura.
Christopher: Encarem como um presente de casamento. Uma bonificação pelos excelentes serviços prestados. Uma desculpa pelos incidentes envolvendo sapos — murmurei para a governanta, que ruborizou. — O que os deixar contentes. Mas eu os quero casados até o próximo domingo.
Madalena me soltou, porém antes sapecou um beijo em minha bochecha.
Madalena: Não imagino que teremos problemas com isso. Oh, há tanto a ser feito! Devemos voltar, senhor Gomes. O mais breve possível. Há muitas providências a tomar... — Madalena levou as mãos ao rosto e deixou a sala em uma nuvem de alegria e ansiedade, indo para o quarto destinado a ela.
Gomes deu um passo à frente, encarando-me com os olhos úmidos e enrugados pelo tempo.
Sr. Gomes: Quando conheci seu avô, eu ainda era um garoto e pensei: Não deve existir homem melhor neste mundo. Então veio seu pai, e eu percebi que havia me equivocado. Depois o senhor nasceu, meu caro, e percebi que havia me equivocado de novo. Não encontro palavras para expressar minha gratidão.
Christopher: Eu é que lhe sou grato, Gomes. Não sei o que faria sem você a meu lado todos esses anos. E estava na hora de alguém fazer alguma coisa, ou vocês dois ficariam nesse chove não molha a vida toda.
Sr. Gomes: Foi sempre uma honra lhe servir, senhor. — Ele fez uma reverência profunda e começou a se afastar.
Christopher: Senhor Gomes?
Sr. Gomes: Sim, patrão? — Ele se virou para me olhar.
Christopher: Tente manter as mãos longe de sua noiva até ela ser oficialmente sua esposa. Ou ao menos tente fazer menos barulho. — Cocei a cabeça. — A acústica da cozinha lá de casa não é das melhores.
Sr. Gomes: O que o senhor quer d... — Ele então compreendeu, e seu rosto ficou tão vermelho que temi que fosse ter uma apoplexia. Saiu correndo e se enfiou na ala reservada aos empregados.
Eu ainda sorria ao ir para o quarto. O de Anahí ficava ao lado — a porta estava fechada, mas a luz da vela escorria por debaixo da porta.
Encontrei Dulce sentada diante do toucador, desfazendo seu penteado. Um berço havia sido colocado no quarto de vestir, já que ela se negara a deixar Maite no quarto de Anahí.
Dulce: E aí, eles finalmente se acertaram? — ela quis saber.
Christopher: De certa maneira. Eles se casam no próximo sábado.
Ela sorriu largamente.
Dulce: Até que enfim!
Fui até o quarto de vestir. Minha garotinha arrulhou assim que passei pela porta, mas não acordou. Seus cachos louro escuro haviam se alongado, e ela vinha crescendo tão depressa que muito em breve já não caberia no berço. Dulce e eu estávamos à espera de seus primeiros passos. Ela se equilibrava muito bem sobre os pés, mas movimentá-los ainda era um desafio.
Depositei um beijo em sua testa e saí na ponta dos pés. Dulce tinha terminado com o cabelo, e ondas douradas lhe caíam nas costas, chegando à cintura.
Aproximei-me devagar, travando o olhar no dela pelo espelho. Coloquei-me às suas costas, pegando uma mecha e a enrolando nos dedos.
Christopher: Já disse que adoro o seu cabelo?
Dulce: Muitas e muitas vezes.
Inclinei-me sobre ela, puxando suas madeixas para o lado e expondo aquela curva tentadora do pescoço.
Christopher: E também já disse que a amo? — sussurrei em sua orelha, resvalando os lábios ali.
Dulce: Não estou me lembrando agora. — Ela soltou um suave suspiro, deitando a cabeça para o lado para me dar mais acesso.
Christopher: Humm... — Beijei aquela curva deliciosa entre o ombro e o pescoço. Não resisti e corri a língua ali, saboreando sua pele. Ela estremeceu. — Acho que é hora de irmos para a cama. — Passei um braço sob seu joelho e a peguei no colo.
Dulce: Christopher, esse hotel tem paredes finas, diferente de casa. A Anahí está no quarto ao lado! E a Maite!
Christopher: Seremos silenciosos. — Eu a coloquei na cama. A seda rubra de seu vestido contrastou com o lençol de cetim marfim. Seus misteriosos olhos castanhos estavam muito abertos. Sorri sem decidir fazê-lo. Dulce era inteligente, dona de uma força que eu vira poucas vezes, fosse em um homem ou em uma mulher.
No entanto, havia uma fragilidade nela que sempre me comovia. Que sempre me comoveria.
Eu a livrei dos sapatos. Então beijei seu tornozelo e continuei subindo, expondo pouco a pouco suas pernas. Mal podia esperar para alcançar suas coxas. Mal podia esperar para estar entre elas.
Dulce: Christopher, espere!
Diabos.
Dulce: É que eu tenho uma coisa pra você. — Ela se apoiou nos cotovelos.
Christopher: O que é?
Ela se arrastou sobre o colchão, pegou um embrulho na mesa de cabeceira e me entregou.
Dulce: Feliz aniversário!
Christopher: Obrigado, meu amor. Sabe que não precisava gastar dinheiro comigo. Ter você já me é mais que o suficiente. — Eu me sentei a seu lado e peguei o pacote, um tanto emocionado. Sempre me comovia quando ela me dava alguma coisa.
Fosse um sorriso, uma caneta, um relógio de prata, pouco importava.
Dulce: Ah, mas, se eu não gastar dinheiro com você, vou gastar com quê, se você nunca me deixa pagar nada? Vai, abre!
Com sua ajuda, rasguei o bonito papel que o envolvia até encontrar o livro de couro vermelho. Virei-o de um lado a outro. Não havia uma única palavra na capa. Eu o abri, e a folha de rosto havia sido escrita à mão, com a caligrafia inconfundível de Dulce.
As memórias secretas do senhor Uckermann
Meus olhos buscaram os dela. Dulce mordia o lábio.
Dulce: Acho que eu nunca sofri tanto como quando você se esquecia das coisas, no meu outro tempo — começou. — E não apenas por mim. Te ver daquele jeito era muito doloroso, Christopher. Então outro dia, enquanto eu ainda estava trancafiada no nosso quarto, li uma coisa que fez todo o sentido. Uma história nunca contada é uma história que ainda não aconteceu. Achei que tinha tudo a ver com a gente e pedi para a Anahí me comprar este diário. A ideia era que você fizesse anotações nele ou, o que eu acho mais provável, desenhos. Às vezes eu pego você me olhando, os dedos traçando padrões no ar, como se estivesse me pintando, e... achei que você ia gostar de ter onde rabiscar, sei lá. Mas aí eu estava com tempo livre, sem nada pra fazer, e às vezes eu acordava e você ainda estava dormindo e... Sabe, eu descobri que sou uma baita de uma artista... — Ela esticou o braço e virou a página.
Gargalhei alto, e ela logo colocou a mão sobre minha boca.
Dulce: Shhhh! Vai acordar a Maite!
Christopher: Desculpe. — Mas como eu poderia não rir? Havia um desenho ali. Uma bola com olhos e boca espetada em um palito. Imaginei que os rabiscos mais abaixo fossem sua interpretação de um cavalo. Havia um boneco semelhante ao que montava o cavalo, mas com uma espécie de novelo de lã sobre a cabeça, sentado no chão. Acima do desenho, ela escrevera:
Quando eu conheci e me apaixonei pela mulher mais maravilhosamente maravilhosa do mundo, também conhecida como minha esposa, Dulce Saviñón Uckermann.
Virei a página. O desenho seguinte era muito semelhante ao primeiro, mas o cavalheiro estava no chão ao lado da jovem. Neste ela escrevera:
Quando a mulher mais maravilhosamente maravilhosa do mundo, na época conhecida apenas como Dulce Saviñón, se apaixonou por mim.
No terceiro, a jovem estava no meio de uma confusão de rabiscos — um riacho, desconfiei, já que havia um peixe saltando de lá — com seus braços de palito cobrindo a parte de cima do tórax. Aqui ela anotara:
A primeira vez que eu admirei os belos, gloriosos e perfeitos... olhos castanhos lamacentos de Dulce Saviñón.
Havia outros desenhos, mas eu não olhei, pois tive de beijá-la. Que outra opção me restava?
Christopher: Eu a amo. Eu a amo tanto, Dulce! — falei em sua boca.
Dulce: Também amo você, Christopher. Muito loucamente.
Sem deixar de beijá-la, coloquei o livro sobre o criado-mudo. Eu me deleitaria com seus desenhos mais tarde. Muitas e muitas vezes. E adicionaria todos aqueles que estavam em minha cabeça e que eu estava louco para esboçar havia tanto tempo, porém temia que ninguém mais pudesse ver. Eram particulares. Minhas memórias secretas, como ela escrevera. Mas os faria em outro momento. Agora eu estava faminto, e havia apenas uma coisa que poderia saciar minha fome.
Inclinei-me sobre ela, fazendo-a deitar na cama, a mão subindo por seu esterno.
Dulce: Espere, Christopher!
Caí de costas no colchão, bufando.
Christopher: Diabos, Dulce! Você vai me deixar beijá-la ou não?
Ela se debruçou sobre meu peito e beijou meu queixo.
Dulce: Vou, mas depois que nós discutirmos um assunto pendente.
Christopher: Que assunto?
Dulce: O de planejar um irmão ou uma irmã para a Maite. Ou você desistiu?
Christopher: Não, eu não desisti. — Puxei-a para cima de mim, encaixando suas pernas ao lado de meus quadris. Minha mão se embrenhou em sua saia, erguendo-a enquanto acariciava suas coxas. — Estou louco para fazer outro filho com você. Que tal agora?
Pegando-a pela nuca, eu trouxe seu pescoço até minha boca e saboreei sua pele quente, sentindo-me um tanto inebriado. Naquela noite. Poderíamos conceber um filho naquela noite.
E então, no momento mais inoportuno possível, o mistério de Alexander ficou claro como um cristal.
Eu tinha que garantir que você e a Dulce prosseguissem com a sua história para que eu venha a ter o meu trabalho logo.
Eu jamais poderei saldar a dívida que tenho com você, Alexander.
Pode sim, só não entendeu isso ainda.
Bem, agora eu entendia. E, ao que parecia, começaria a providenciar seu futuro trabalho naquela noite. Diabos.
Um soluço ecoou pelo quarto. Eu me detive de imediato.
Christopher: Dulce?
Ela escondeu o rosto em meu pescoço, tentando conter o choro.
Christopher: Dulce, o que foi? Eu a machuquei?
Ela fez que não, ao mesmo tempo em que outro soluço lhe escapou.
Segurando-a com cuidado, eu a fiz rolar para o lado e desalojei seu rosto do esconderijo. Ela abaixou o olhar, então segurei seu rosto entre os dedos, o polegar acariciando sua bochecha.
Christopher: O que foi, meu amor?
Dulce: Nada. É que... nós passamos por tanta coisa em tão pouco tempo.
Christopher: Eu sei.
Dulce: E eu me sinto horrível porque... porque de certa maneira... eu fiquei aliviada com aquela maldita viagem! Sou uma pessoa ruim! — Ela cobriu o rosto com as mãos.
Christopher: Isso não a torna uma pessoa ruim. É natural que sentisse saudade, que quisesse voltar lá.
Ela sacudiu a cabeça.
Dulce: Mas aí é que está! Eu não queria! Sentia saudade dos meus amigos e mais nada.
Franzi o cenho. E, com delicadeza, afastei suas mãos para que pudesse ver seu rosto.
Christopher: O que quer dizer, então?
Dulce: Ah, Christopher! Tantas vezes eu senti medo que você tivesse se apaixonado por mim porque eu era diferente. Mas aí você conheceu o meu mundo, de onde eu vim. E tinha um milhão de mulheres iguais a mim lá, e você... não enxergou nenhuma delas. Tudo o que você conseguiu fazer foi prestar atenção em mim, e eu sei que não devia me sentir feliz, pois vivemos um inferno e quase tivemos nossa vida destruída. Eu sei de tudo isso, mas você se apaixonou por mim lá também. Você me notou num mundo onde eu era só mais uma.
Acabei rindo.
Christopher: Dulce, você é inigualável, eu já lhe disse isso um milhão de vezes! Como eu poderia não ter prestado atenção em você, se o meu coração começou a dançar quando eu a vi? Se ele dança a cada vez que eu a vejo sorrir? Como eu poderia não ter notado você? Coloque uma coisa nesta sua linda cabecinha: eu nasci para amar você, e apenas você. Seja neste mundo ou em qualquer outro.
Dulce: Ah, Christopher.
Dessa vez, foi ela quem me beijou, e não houve interrupções.
Eu me perdi nos lábios da mulher que criara todo tipo de confusão e problema em minha vida. Que riscara as palavras “paz” e “sossego” de meu vocabulário.
Que me mostrara que a vida perfeita é construída de momentos imperfeitos, como todos os que nos levaram até aquele instante, em que nossa história continuava. E continuaria. Dulce era tudo o que eu queria, tudo de que eu precisava e sempre precisaria.
Indubitavelmente.
E, enquanto eu removia suas roupas, me perdia em suas curvas e me deleitava com suas carícias, peguei-me pensando outra vez que, sim, a vida nem sempre tinha sido fácil, nem sempre tinha sido boa. Mas naquele instante era as duas coisas.
A vida era perfeita.
Foi natural que meu corpo encontrasse o caminho para dentro do dela, que suas pernas se prendessem ao redor de meus quadris, que nossas bocas se unissem.
Foi correto nos empurrar ao limite da paixão e da loucura, seu calor úmido atrair-me para ainda mais fundo, como se minha alma e a dela pudessem se tocar, se atrelar, tornar-se uma. Pois era assim que tinha de ser. Afinal, eu estava destinado a amar aquela mulher, e apenas ela. Não havia nada tão certo no mundo quanto Dulce e eu. Não havia magia mais poderosa que aquela que fazíamos naquele instante. E não existia nada que pudesse nos manter afastados, porque nossas vidas se entrelaçaram havia muito, do mesmo jeito que faziam nossos corpos agora. Do jeito que tinha de ser.
Do jeito que sempre seria.
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FIM
Autor(a): delenavondy
Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 108
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vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00
O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele
delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56
<3
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vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21
AFF que perfeito sua fic♥️ amei amei amei
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taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42
Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre 🙈
delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50
Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos
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mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04
Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss
delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37
já já posto mais...
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47
ansiosa pelos proximos
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36
quero mais
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28
voltaaaaaa
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21
kd vc ?
delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17
Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09
pelo amor de deus
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01
mais mais mais