Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação

Christopher: Vamos andar um pouco, então. — Eu lhe ofereci o braço.

Dulce: Não! — Suas mãos espalmaram meu peito. — Quer dizer... Caramba, de repente fiquei morta de sede. Vamos pegar alguma coisa pra beber?

Que ela queria desesperadamente me manter afastado do jardim, estava claro.

O porquê disso é que me preocupava.

Não levei muito tempo, porém, tentando decifrar seus atos.

Uma risadinha ecoou ali perto. Avistei Suellen e Najla, duas amigas da Anahí, cochichando em meio ao riso. As duas mantinham os olhos no outro lado do jardim. Eu procurei o que as divertia tanto. Ali, em meio às sombras e muito distante dos demais casais, encontrei Anahí.

Aos beijos com o maldito Alfonso!

Christopher: Filho da...

Dulce: Ah, droga! Christopher, não! — Dulce tentou me deter, mas eu me livrei de suas mãos com facilidade. Ela tentou me acompanhar. — Christopher, espera! Você não pode...

Christopher: Aquele maldito patife é que não pode, Dulce!

Dulce: Ele não é um patife! Só está apaixonado!

Christopher: E está também com a língua dentro da boca da minha irmã! — acabei gritando.

Minha voz deve ter chegado até os ouvidos do par, pois Anahí se desvencilhou dos braços ansiosos do rapaz e pulou um metro longe. Ela logo me viu e levou a mão ao rosto afogueado. Alfonso também tinha as faces coradas, mas eu duvidava que fosse por constrangimento.

Alfonso: Senhor Uckermann, eu posso explicar... — ele disse quando eu estava perto o bastante.

Christopher: Duvido que possa — rosnei, pegando-o pelo pescoço.

Anahí: Christopher, solte-o! — Anahí começou a socar minhas costas.

Dulce: Para, Christopher. Isso não é jeito de resolver as coisas! — Dulce tentou argumentar.

Mas não havia argumentos que me fizessem desistir da ideia de matar aquele sujeito.

Christopher: Como se atreve? Como ousa colocar a reputação de Anahí em risco? E em sua própria casa! — Meus dedos se fecharam ao redor de seu pescoço como um torniquete.

Alfonso: Não era... minha... intenção — ele murmurou com dificuldade, o rosto adquirindo um tom azulado.

Christopher: Sei muito bem qual era a sua intenção ao trazer Anahí aqui para fora.

Anahí: Ele não me trouxe aqui. Eu é que sugeri um passeio — Anahí interveio, piorando tudo. — Posso decidir o que farei da minha vida e com quem! Agora solte-o, já!

Dulce: Christopher! Ai, meu Deus, largue ele! Vai machucá-lo de verdade! — Dulce puxava meu braço enquanto minha irmã continuava me socando.

Christopher: Não até que ele tome uma decisão, Dulce. — E só havia duas escolhas para Alfonso: casar-se com Anahí e livrá-la de um escândalo ou me enfrentar em um duelo ao amanhecer.

Ele foi inteligente o bastante para optar pela alternativa que o manteria vivo.

Alfonso: Eu me caso... com... Anahí — arfou.

Anahí: Não! — gritou minha irmã.

Eu o encarei, observando sua cor mudar do azul para o púrpura. Afrouxei um pouco os dedos.

Alfonso: Eu me caso com Anahí — repetiu, com um pouco mais de convicção.

Anahí: Não! — Anahí escondeu o rosto nas mãos.

Soltei Alfonso, que se dobrou, apoiando as mãos nos joelhos para ganhar equilíbrio, lutando por ar.

Alfonso: Terminei o curso de medicina — ele disse, ainda curvado. — Levará um tempo para que eu possa me estabelecer e ter uma renda aceitável com a profissão, mas tenho lucros muito bons com as terras da família. Em torno de cinco mil ao ano.

Christopher: Terá que ser o suficiente por ora.

Anahí: Eu não quero nada disso! — Minha irmã ergueu a cabeça e me fitou, o rosto brilhando de raiva.

Devolvi o mesmo olhar furioso a ela.

Christopher: Se não queria, então não deveria ter vindo até aqui para ficar se enroscando com esse sujeitinho.

Dulce: Christopher! — Dulce censurou.

Eu me virei para ela.

Christopher: Você sabia que eles estavam aqui?

Dulce: É claro que não! Até eu sei que Anahí se meteria em problemas se viesse pro escurinho com um cara. Quando eu cheguei na sala, eles já tinham sumido. Eu estava procurando por eles quando você me encontrou.

Assenti uma vez. E então notei a pequena multidão que observava a cena poucos metros adiante. Engoli uma imprecação. Na manhã seguinte, Anahí seria motivo de mexericos por toda a região. Tudo o que eu podia fazer agora era minimizar o dano.

Christopher: Bem, é melhor entrarmos — falei. — Parece que um noivado precisa ser anunciado.

Anahí: Não faça isso, Christopher. — A voz de Anahí estava trêmula quando ela apoiou as mãos em meu peito, o olhar desesperado. — Por favor, meu irmão, não faça isso.

Trinquei os dentes.

Christopher: Você não me deixou escolha, Anahí.

Um soluço lhe escapou da garganta, então ela se virou e, desviando da multidão, suspendeu um dos lados da saia e correu para casa.

Dulce: Anahí! — Dulce disparou atrás dela.

A multidão logo se apressou em acompanhá-las, então ficamos Alfonso e eu para trás, observando as duas contornarem a construção e entrarem pelos fundos. O que tinha acontecido com aquela menina?

Christopher: Pensei que ela gostasse de você — comentei.

Alfonso: Eu também. — O rapaz a meu lado manteve o rosto impassível enquanto ajeitava as roupas, mas uma pontada de decepção se espreitou em seu olhar.

Christopher: Vamos. Tenho de salvar a reputação de minha irmã. E trate de parecer contente.

Ele concordou com a cabeça, mas não pude deixar de notar, enquanto voltávamos para dentro da casa, que ele parecia tudo menos contente.

Aquele rapaz fizera a corte a Anahí no último ano sem lhe dar trégua. E minha irmã, por sua vez, não só aceitou seus avanços como aparentemente lhe dera abertura para que o que eu tinha acabado de presenciar acontecesse. E agora nenhum dos dois estava feliz com o resultado. Que diabos. O que estava havendo?

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