Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação
Maite: Pra onde? — perguntou Maite, atrás do aro preto que, descobri depois de fazer algumas indagações, se interligava às rodas, permitindo assim que o condutor manobrasse o carro como bem entendesse. Aquele invento extraordinário parecia ter revolucionado a maneira de o homem se locomover, e me fascinava de um jeito que eu não conseguia explicar.
Dulce me obrigou a sentar ao lado de Maite, no assento dianteiro voltado para a frente, alegando que ali havia mais espaço para um homem do meu tamanho.
Dulce: Pra casa do Christopher — respondeu Dulce, apoiando os braços no encosto dos bancos dianteiros.
Christopher: Nossa casa — corrigi.
Dulce: É, nossa casa. E é melhor você usar o cinto, Christopher. Deixa que eu te ajudo com isso.
Ela se esticou, pegou uma tira preta fixa na lateral da cabine e a cruzou por sobre meu ombro e abdome, encaixando a ponta prateada em uma espécie de caixinha. Senti-me desconfortável instantaneamente.
Maite: Você acha que a Anahí tá mesmo lá? — Maite girou uma chave e, simples assim, o carro movido a combustível rosnou.
Dulce: Bom, toda vez que a máquina do tempo me levou pra algum lugar, foi apenas através do tempo. Eu sempre estava no local do ponto de partida. Se a Anahí encontrou o celular no escritório do Christopher, então acho que ela apareceu lá também, mas neste século.
Christopher: Faz sentido — concordei.
Maite: Na verdade não faz, não — rebateu Maite, nos colocando em movimento com mais suavidade que a condutora do táxi. — Essa coisa de viagem no tempo é muito doida pra fazer algum sentido.
Christopher: Não posso discordar — murmurei.
Dulce: É — assentiu Dulce. — Ainda assim, aqui estamos nós. E acho que, se a Anahí apareceu lá, o Jonas deve estar cuidando dela, porque ele é um cara muito bacana.
Isso fez meu receio diminuir um pouco. Jonas era descendente de Anahí, conhecia a história da família e provavelmente a reconheceria de imediato.
Maite não se lembrou do caminho da nossa casa, e eu quis ajudá-la, porém não reconheci um único ponto de referência. Eu compreendia o argumento de Dulce a respeito de viajar apenas no tempo e permanecer no local de partida, então a planície recoberta de cimento me era familiar e ao mesmo tempo completamente diferente. Eu estava olhando para minha vizinhança, quase duzentos anos à frente. Estávamos nas terras dos Albuquerque? Ou seriam as dos Boyer?
Maite estendeu o braço e apertou um dos muitos botões presos a... o que quer que fosse aquela bancada sob a larga vidraça dianteira. Luzes piscaram e um barulho ensurdecedor me fez pular.
Dulce: Nem toda música é boa por aqui. — Dulce acariciou meu ombro, tranquilizando-me.
Christopher: Isso é música?!
Ela encostou a cabeça em meu ombro.
Dulce: Também não sou muito fã de rap.
Maite: Gente, acho que era essa rua... — Maite fez a curva e entrou na ruela.
Mesmo com os prédios altos e modernos ao redor, reconheci o casarão que até hoje de manhã tinha sido minha casa. Não pude desgrudar os olhos da fachada envelhecida, das janelas altas tão familiares. Era a mesma construção onde nasci, cresci, me casei, onde Maite fora concebida. E, no entanto, não era.
Havia muros agora, e um portão alto e extenso, o telhado estava mudado, assim como a cor das paredes. Uma tristeza profunda fez meu peito doer. Divisar aquela casa antiquada naquele tempo moderno era o mesmo que olhar para mim e Dulce. Ela, vibrante, astuta e moderna, enquanto eu, com meu limitado conhecimento, não passava de um decrépito velho de vinte e dois anos.
Dulce: Tudo bem, vamos lá. — Dulce abriu a porta do veículo antes que eu pudesse me desamarrar daquela porcaria que me prendia ao banco.
Maite: Assim. — Maite pressionou um botão vermelho na caixa onde a fivela estava presa, libertando-me.
Christopher: Obrigado.
Dulce já tinha atravessado os portões e subia as escadas. Bateu à porta com força.
Maite e eu nos apressamos.
Maite: Da última vez que estivemos aqui, achei que Dulce fosse morrer de tanta tristeza. — Os saltos de seus sapatos repicavam no concreto.
Christopher: Ela me contou. Não sei o que me dói mais, senhora Maite: ter ficado sem ela ou saber que sofreu dessa maneira.
Maite: Christopher. — Ela me pegou pelo braço, detendo-me. — A Dulce é a pessoa mais especial deste mundo. Então, nem pense em magoá-la, tá bom? Nunca!
Christopher: Essa é a missão da minha vida, senhora. Jamais magoar Dulce.
Ela assentiu com a cabeça.
Maite: Ótimo. Assim não vou ter que te ameaçar de morte nem nada do tipo.
Imaginei que ela estivesse brincando, mas não pude ter certeza.
A porta se abriu no momento em que nos juntamos a minha esposa, e uma mulher de cabelos vermelhos — como sangue — apareceu. Suspeitei de que fosse uma empregada da casa, pois trazia um avental branco sobre o vestido azul, que ia apenas até os joelhos.
Dulce: Oi — Dulce foi dizendo. — Eu tô procurando o Jonas. Ele tá por aí?
****: Não. Ele e a família estão viajando. Foram pra Europa, parece que teve um problema em uma das indústrias, e só voltam no fim do mês.
Dulce: Indústrias?
****: Farmacêuticas. Quer deixar algum recado?
Os ombros de Dulce arriaram no mesmo instante em que meu estômago embrulhou. Diabos. Nem mesmo o cheiro que vinha da casa se assemelhava ao que eu estava habituado.
Por Deus, que Anahí esteja aí dentro!
Dulce: Hã... Não. — Dulce respondeu. — Mas acho que você pode nos ajudar. Estou procurando uma garota. Deste tamanho, cabelos loiros, olhos azuis e... hummm... vestida com roupas de época.
A expressão da mulher se alterou de cuidadosa educação para irritada afronta.
****: Ela é tipo... amiga de vocês? Porque, olha, sem querer ofender, aquela menina não tava batendo bem da cabeça, não.
Ela tinha visto Anahí. Sabia onde minha irmã estava. Graças a Deus!
Dulce: Ela... está em tratamento psiquiátrico — apressou-se Dulce, retorcendo os dedos em frente ao corpo.
****: Ah, isso explica muita coisa.
Christopher: Viemos buscá-la — fui dizendo. — Poderia avisar que o irmão e a cunhada dela estão aqui?
****: Não. — A mulher cruzou os braços sobre o peito.
Christopher: Não? — perguntei, confuso. — E por quê?
****: Porque ela não tá mais aqui, ué.
Christopher: O quê?!
Tudo bem, mantenha a calma. É importante manter a calma agora. Está tudo bem.
Ela dirá para onde Anahí foi e tudo ficará bem. Apenas mantenha a maldita cabeça no lugar.
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Autor(a): delenavondy
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****: Você acha que eu ia deixar aquela doida dentro de casa? Ela podia me matar, moço! Pior, podia continuar quebrando os cacarecos da família! — Ela apoiou as mãos nos quadris. — Adivinha quem ia ter que pagar o prejuízo. Balancei a cabeça, refutando a ideia. Christopher: Anahí jamais faria tal coisa, senhorita. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 108
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vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00
O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele
delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56
<3
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vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21
AFF que perfeito sua fic♥️ amei amei amei
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taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42
Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre 🙈
delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50
Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos
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mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04
Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss
delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37
já já posto mais...
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47
ansiosa pelos proximos
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36
quero mais
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28
voltaaaaaa
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21
kd vc ?
delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17
Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09
pelo amor de deus
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01
mais mais mais