Fanfics Brasil - Capítulo 25 Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy)

Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação


Capítulo: Capítulo 25

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****: Você acha que eu ia deixar aquela doida dentro de casa? Ela podia me matar, moço! Pior, podia continuar quebrando os cacarecos da família! — Ela apoiou as mãos nos quadris. — Adivinha quem ia ter que pagar o prejuízo.


Balancei a cabeça, refutando a ideia.


Christopher: Anahí jamais faria tal coisa, senhorita. — A mulher não tinha anel algum. — Minha irmã é inofensiva, eu lhe garanto.


****: Diz isso para o jardineiro! — E indicou um jovem agachado entre as roseiras no jardim, no local exato onde eu encontrara Dulce na noite anterior. — A cabeça do Luiz ainda tá dolorida, coitado.


Maite: O que aconteceu? — Maite inquiriu.


****: Ele chegou aqui antes de mim e abriu a casa. Aí viu a moça, e ela começou a gritar que não conseguia encontrar ninguém depois de ter visto a luz! — Ela revirou os olhos. — O Luiz tentou acalmá-la, mas a menina jogou um retrato nele, por sorte não abriu um talho na cabeça. Quando eu cheguei, os dois estavam aos berros.


Christopher: E depois? — consegui perguntar, engolindo com dificuldade ao compreender o terror que Anahí sentira.


****: Fiz o que devia fazer — continuou a governanta —, já que ela tava muito doida e começou a jogar coisas em mim também. Liguei para a polícia.


Que inferno, não!


Maite: Merda — resmungou Maite.


Dulce: Pra qual delegacia a levaram? — Dulce exigiu saber.


****: E eu é que vou saber, minha filha? Dei graças a Deus quando a garota sumiu daqui. Ela parecia uma versão da menina do Exorcista misturada com a do Kill Bill. Não sei de mais nada. Agora, se me derem licença, eu preciso trabalhar.


Um sopro gélido percorreu minha espinha conforme imaginava Anahí, assustada a ponto de agredir uma pessoa, sendo abordada pela autoridade local. A única vez em que ela tivera contato com a guarda fora menos de dois anos antes, logo depois de Dulce ter desaparecido. Movido pelo álcool, acabei me metendo em algumas brigas, mas aquela em especial terminou com um desfecho inesperado.


Fui detido na cidade, e, assim que a notícia chegou aos ouvidos de minha irmã, ela correu para a sede da guarda.


Anahí ficara aterrorizada — tanto por meu comportamento destrutivo quanto pelas instalações da sede policial —, e a todo momento levava um lenço ao nariz. O fedor estava impregnado em cada maldito tijolo daquele lugar, o que fazia sentido, pois era ali que era jogado o lixo da humanidade. Naturalmente, eu também não estava exultante com a situação, mas ver a decepção e a mágoa em seu rosto me fez tomar uma decisão. Naquele dia, imundo e com as roupas em farrapos, sentado em um banco de madeira preso à parede da cela fétida, observando minha irmã do outro lado da grade, limpa e linda, tendo sua inocência maculada por toda aquela sujeira, jurei que jamais a faria passar por aquilo novamente. A partir de então, nunca mais saí para me embebedar. Passei a fazer isso no sossego de nossa casa.


E agora, uma vez que eu tinha sido um cretino descuidado, ela estava novamente em um lugar como aquele, rodeada de gente em cuja índole eu me recusava a pensar.


Meu coração disparado pulsava tão alto em minhas orelhas que tive de me esforçar para prestar atenção no que me cercava. Percebi que a única pessoa que poderia me ajudar a encontrar minha irmã tinha começado a fechar a porta.


Christopher: Por favor, espere! — supliquei à governanta, segurando a porta para impedi-la. — A menina que esteve nesta casa é minha irmã. Estou muito preocupado com o que possa ter acontecido com ela. Eu lhe dou minha palavra de que Anahí é inofensiva e a melhor das criaturas. Estava apenas assustada demais por ter se perdido. Ela nunca esteve tão longe de casa, senhorita, e tudo isso deve tê-la assustado muito. Então, se sabe de algo que possa me levar até ela, eu lhe imploro, me diga.


Os olhos da moça de cabelos vermelhos estavam fixos nos meus. Então eles perderam o foco, a boca se abriu ligeiramente.


Christopher: Senhorita?


****: Hã... eu... nossa! — Ela tocou as bochechas, subitamente rosadas, e lutou contra um sorriso. — Não sei se posso ajudar...


Christopher: Qualquer informação pode ser importante — assegurei.


Ela manteve os olhos nos meus, os dedos escorregando do rosto para o pescoço, para as pontas dos cabelos cor de sangue.


****: Bem... O nome do delegado que atendeu a ocorrência é doutor Cesar Cerqueira. Não sei se isso ajuda.


Maite: Vou jogar no Google — falou Maite, abrindo a bolsa.


Que diabos era Google? O nome da casa de jogos? De seu proprietário? O próprio jogo? E por que Maite queria fazer uma aposta justo naquele momento?


Eu quis perguntar, mas Dulce exalou pesadamente, deixando-me com a impressão de que, fosse o que fosse, aquela informação serviria de alguma coisa.


Christopher: Fico-lhe muito grato, senhorita. — Sorri para a governanta.


****: Eu... hã... de nada. Acabei de passar um café — ela murmurou, os olhos vidrados. — Não quer entrar?


Christopher: Receio que terei de recusar. Estou, de fato, muito preocupado com Anahí. Tenha um bom dia. — Fiz uma reverência antes de pegar Dulce pela mão e descermos as escadas.


Maite correu para nos acompanhar, ainda olhando para algo que tinha nas mãos.


Dulce: Como é que você faz isso? — Dulce me perguntou.


Christopher: Isso o quê?


Seus olhos se estreitaram.


Dulce: Você realmente não percebeu o que fez com aquela garota?


Eu me detive.


Christopher: O que eu fiz? Pelo amor de Deus, Dulce, diga que eu não a ofendi!


Maite: Ele tá falando sério? — Maite gargalhou, os olhos presos em um objeto que se assemelhava muito com o que eu trazia no bolso da calça. Um celular. Um simples, como aquele que Dulce levara para casa ao voltar para mim. Ela havia me explicado que os celulares eram assim, serviam apenas para se comunicar com alguém distante. Aquele que descansava em meu bolso, apesar de ter a mesma aparência, tinha outra função.


Dulce: Pior que tá, Maite. Ou melhor, ainda bem que tá — Dulce se corrigiu, e fiquei ainda mais confuso.


Christopher: O que foi que eu fiz? Devo voltar e me desculpar?


Dulce: Não. — Ela segurou meu braço com as duas mãos e voltou a andar. — Você só deixou a mulher abobalhada. Pensei que isso só acontecesse comigo. E com a Belinda. Ah, e com a Suellen e a madame Georgette e... humm... Deixa pra lá. O que importa é que você usou o seu charme e conseguiu descobrir alguma coisa.


Christopher: Mas eu não fiz isso, Dulce! Eu recorri à gentileza.


Dulce: Pode ser. — Ela ergueu os ombros. — Mas que o fato de você ser lindo pra cacet/e contribuiu um bocado pra que ela abrisse a boca, ah, eu não tenho dúvida alguma.


Christopher: Dulce! — repreendi, envergonhado por ela sugerir que eu tivesse flertado para conseguir as informações. Eu jamais poderia fazer isso, pois minhas práticas de flerte eram desastrosas. Eu ainda me espantava que tivesse conseguido seduzir Dulce de alguma maneira, algum dia.


A verdade é que pouco pude exercitar minhas quase inexistentes técnicas de sedução tão logo me tornei adulto. As jovens que eu conhecia estavam sempre ansiosas demais por me agradar ou atrair minha atenção. Isso se devia ao fato de estarem em busca de um marido abastado que lhes atendesse todos os caprichos.


Aquilo me deixava pouco à vontade, pois me parecia que elas não me viam realmente quando olhavam para mim, apenas minhas terras e o prestígio que a adição do sobrenome Uckermann lhes traria. Não era isso que eu buscava, uma esposa ciente de meus bens e alheia a meus anseios. Eu queria o que meus pais tiveram: alguém que desse sentido a minha vida. E eu encontrara isso apenas em Dulce.


Por isso era tão ridículo que ela sugerisse que eu estivesse flertando com quem quer que fosse.


Maite: Achei! — Maite exclamou, guardando o celular na bolsa grande. — Próxima parada, 35º DP.


Estávamos perto de onde havíamos deixado o carro. Abri a porta para que Maite entrasse, e em seguida ajudei Dulce. Que diabos era 35º DP?


Dulce hesitou antes de se acomodar, a mão na porta do carro.


Dulce: O que foi, Christopher?


Olhei para a rua, para a casa que já não era minha, para o carro e para minha mulher. Soltei uma pesada expiração.


Christopher: Queria não me sentir tão confuso. Queria poder entender o que você e sua amiga dizem.


Ela se esticou na ponta dos pés, colocando as mãos em meu rosto, e me olhou com intensidade.


Dulce: Desculpa, Christopher. Eu queria poder explicar tudo com calma e te mostrar as coisas mais legais que tem por aqui. Mas nós precisamos...


Christopher: Eu sei. — Aproveitei a proximidade e a beijei de leve. — Não se preocupe comigo. Tudo o que importa agora é Anahí.


Dulce: Isso não é verdade!


Sua irritação me fez sorrir.


Christopher: Eu sei disso, meu amor. E agradeço. — Empurrei uma mecha de seu cabelo para trás do ombro. — Mas você pode se preocupar comigo depois que Anahí estiver a salvo.


Seu olhar escrutinou meu rosto, os dentes cravados no lábio inferior. Tive de fazer o meu melhor para que ela não percebesse quanto eu estava aflito, quanto aquele mundo me perturbava.


Mas ela percebeu. Claro que sim.


Quando eu estava na universidade e fui obrigado pelo professor de filosofia a ler Platão, achei tudo aquilo maçante. Em minha cabeça, O banquete e sua teoria de almas gêmeas não passavam do devaneio filosófico de um romântico incorrigível e um tanto solitário. No entanto, em momentos como aquele, quando Dulce parecia me enxergar por dentro sem que eu dissesse uma palavra, eu o compreendia.


Dulce: Ela está a salvo, Christopher — assegurou Dulce com doçura. — Está na delegacia, sob proteção. A polícia deve estar procurando o responsável por ela. No caso, você.


Ela está segura.


Minha esposa não esperou por uma resposta. Beijou-me brevemente e então entrou no carro.


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Autor(a): delenavondy

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DP nada mais era que a abreviação de distrito policial. Assim que chegamos lá, que surpresa, a delegacia em nada lembrava o que eu conhecia. Em vez de uma saleta com uma mesa, um armário e duas celas para os prisioneiros, o prédio de dois andares comportava uma enorme área repleta de cadeiras e portas que davam em cômodos menor ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00

    O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele

    • delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56

      <3

  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21

    AFF que perfeito sua fic&#9829;&#65039; amei amei amei

  • taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42

    Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre &#128584;

    • delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50

      Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos

  • mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04

    Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

    • delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37

      já já posto mais...

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47

    ansiosa pelos proximos

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21

    kd vc ?

    • delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17

      Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09

    pelo amor de deus

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01

    mais mais mais


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