Fanfics Brasil - Capítulo 26 Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy)

Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação


Capítulo: Capítulo 26

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DP nada mais era que a abreviação de distrito policial. Assim que chegamos lá, que surpresa, a delegacia em nada lembrava o que eu conhecia. Em vez de uma saleta com uma mesa, um armário e duas celas para os prisioneiros, o prédio de dois andares comportava uma enorme área repleta de cadeiras e portas que davam em cômodos menores, objetos dos quais eu não sabia o nome ou uso e uma centena de pessoas.


Vasculhei o recinto em busca de Anahí, mas ela não estava entre as pessoas que se amontoavam nos assentos desconfortáveis ou em pé junto à parede cinzenta. Eu estava inquieto. Já fazia pouco mais de uma hora que havíamos chegado e então pediram que aguardássemos.


Dulce: Fica calmo. Vai dar tudo certo — Dulce pousou a mão sobre minha coxa, impedindo que eu continuasse a sacudi-la. As outras pessoas também pareciam impacientes.


Christopher: Por que tanta demora?


Dulce: Porque o serviço público é péssimo por aqui.


Dulce me explicou algumas coisas. Por exemplo, que o rapaz atrás do balcão logo na entrada (o mesmo que pediu que aguardássemos) não estava falando com a mão, mas com alguém ao telefone. Olhando com mais atenção, vi a pequena chapa preta entre sua palma e a orelha. Um olhar mais atento e percebi que a maioria ali tinha um desses na mão. Dulce disse que estavam falando com alguém distante, e eu me perguntei por que precisavam disso se estavam rodeados de pessoas com quem podiam conversar.


Dulce: É que... Bom, ninguém costuma conversar com quem não conhece. — Ela ergueu os ombros.


Christopher: Curioso. O que é aquilo?


O rosto de Dulce exibiu uma careta engraçada.


Dulce: Ah, é uma máquina de escrever.


Christopher: É bonita. — Delicadas garras se elevavam com um tec-tec-tec conforme o homem apertava alguns botões.


Dulce: Eu odeio esse treco. E é um absurdo que em pleno século vinte e um algumas delegacias ainda tenham essa coisa jurássica. — Dulce sacudiu a cabeça. — E acho que você não entendeu direito o que um computador é capaz de fazer.


Christopher: Não entendi mesmo. — Como poderia? Minha mente estava uma baderna e eu não conseguia ouvir meus próprios pensamentos naquele mundo. Havia muito barulho, uma cacofonia complexa que me causava um zumbido contínuo nos ouvidos. TV, rádio, iPod, celular, explicara minha esposa. Dulce espirrou alto. E uma segunda vez. Peguei o lenço no bolso da frente da calça e ofereci a ela.


Dulce: Valeu. — Ela o esfregou no nariz.


Christopher: Está tudo bem?


Dulce: Tá sim. Acho que é o ar-condicionado. Acho que eu meio que desacostumei. — E sorriu como se isso a deixasse feliz, me devolvendo o lenço. Eu o guardei no bolso e assenti, mesmo sem entender uma palavra do que ela disse.


Maite, que tinha ido até a entrada conversar com o rapaz que não falava com a mão, retornou e se sentou a meu lado, cruzando os braços.


Maite: É por isso que este país não vai pra frente. Se você não consegue nem ser atendido numa delegacia...


Dulce: O que ele disse? — Dulce perguntou, inclinando-se para poder vê-la.


Maite: Que é pra gente esperar. — Ela bufou. — Cretino. Ele nem se deu o trabalho de olhar pra mim pra responder.


Muito pouco cortês, de fato.


Maite: Bom — Maite mudou de posição, parecendo menos irritada ao cruzar as pernas escondidas por uma calça comprida. — Já que somos obrigados a esperar, me digam tudo o que eu perdi.


Dulce: Humm... Acho que te contei quase tudo nas cartas. — Dulce ponderou por um instante antes de prosseguir. — Eu encontrei a minha fada madrinha na noite em que você se casou. Foi na pracinha lá perto de casa. Então eu pedi que ela desfizesse toda aquela confusão, porque sabia que o Christopher tava sofrendo e isso me matava.


Maite: Eu lembro — assentiu Maite.


Christopher: Pediu a ela que desfizesse o quê? — Dulce nunca mencionara isso.


Dulce: Tudo, Christopher. Que apagasse tudo, como se nós nunca tivéssemos nos conhecido, mas apenas porque ela disse que eu não podia repetir a experiência. — Ela pegou minha mão e entrelaçou os dedos nos meus. Então se dirigiu à amiga. — Aí ela me contou sobre Christopher e eu estarmos no destino um do outro e que eu devia escolher onde queria viver. Eu nem precisei pensar...


Dulce se animou enquanto narrava à amiga todos os pontos que achava importantes. Flagrei-me sorrindo quando chegou ao nosso casamento. Aquelas eram algumas de minhas lembranças mais preciosas. Toda a cena me veio à cabeça enquanto ela descrevia tudo, do momento em que a vi entrar ao que viera depois, durante a festa, quando eu soube da suposta maldição e nada mais poderia ser feito. Na época eu não sabia que os acidentes eram causados pelo metal da crinolina e me vi de mãos atadas, armado apenas do desejo violento de manter Dulce a salvo, mesmo que fosse apenas com a força de meus punhos. E, naturalmente, meus punhos nada podiam contra raios letais. Foi um período turbulento. Mentir para Dulce fez parte de minha alma escurecer. Quando descobri que ela também andara escondendo fatos importantes, perdi o controle e por pouco não a perdi também.


Afastei a recordação da cabeça, concentrando a atenção em Dulce.


Dulce: Foi bem diferente do que nós duas estamos acostumadas — Dulce contou.


Maite: Meu Deus! — a amiga riu. — Não acredito que você chantageou um padre!


Dulce suspirou.


Dulce: Não tinha outro jeito. E foi o Christopher que subornou o padre Antônio, não eu.


Christopher: Não é exatamente assim que eu me lembro — comentei, achando graça.


Minha esposa revirou os olhos.


Christopher: Tudo bem, posso ter dito algumas coisas que fizeram o padre mudar de ideia.


****: O doutor Cerqueira vai atendê-los agora. — Uma jovem trajando calças escuras e camisa preta de mangas curtas com os dizeres “polícia civil” se aproximou e indicou a porta estreita atrás de uma coluna. Dulce já me contara que as mulheres ocupavam os mesmos cargos que os homens, por isso não fiquei tão surpreso ao ver uma moça servindo a guarda.


Maite nos esperaria ali, então Dulce e eu acompanhamos sem titubear a jovem de cabelos castanhos presos em um penteado semelhante ao que Dulce costumava usar. Ela abriu a porta e se afastou para que passássemos, e eu me detive. Uma mulher jamais deveria dar passagem a um cavalheiro. Era imperativo que fosse o contrário, não importava sua posição ou cargo. Indiquei a sala com o braço, esperando que ela entrasse. Em vez disso, ela me olhou com confusão. Então reparei que seus olhos não combinavam. Um era castanho e o outro, cinza.


****: O quê? — perguntou ela.


Christopher: A senhorita primeiro. — Indiquei a porta.


Ela inclinou a cabeça para o lado e me examinou por um momento, suas bochechas ganhando um tom rosado.


****: Ah, eu não vou entrar. Mas obrigada pela... pela gentileza.


Anuí com a cabeça e então me juntei a Dulce.


O delegado, um homem um pouco acima do peso com um respeitável bigode, parecia entediado e cansado e não nos dedicou muita atenção. Nem ao menos pediu que a dama se sentasse, pelo amor de Deus!


Delegado Cerqueira: O que posso fazer por vocês? — ele perguntou, desinteressado.


Tomei a frente.


Christopher: Procuramos minha irmã. Soubemos que ela foi trazida para cá — e narrei rapidamente o que sabíamos do ocorrido.


Isso fez uma centelha de curiosidade reluzir em seu rosto rechonchudo, e ele desviou a atenção de um... computador? Uma TV? Talvez um forno de microondas?...


Bem, ele desviou o olhar do que quer que fosse aquele artefato sobre sua mesa.


Delegado Cerqueira: Ah, sim. A mocinha de época.


Dulce: Diz que ela não está presa, delegado — suplicou Dulce.


Delegado Cerqueira: Não, ela não está presa.


Dulce e eu suspiramos ao mesmo tempo. O alívio, porém, durou pouco.


Delegado Cerqueira: A moça foi levada para o hospital — continuou ele. — Precisou ser contida. Ela estava um tanto... violenta. Foi medicada, encontrou um parente e foi pra casa.


Christopher: Encontrou um o quê? — perguntei, mais alto do que pretendia.


************************************


 


 


Continua...



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Autor(a): delenavondy

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Christopher: Encontrou um o quê? — perguntei, mais alto do que pretendia. Delegado Cerqueira: Um parente, amigo, conhecido. — Ele ergueu os ombros. — Não sei ao certo. Mas estou mais do que satisfeito por ter aquela garota longe da minha delegacia. Ela causou um tremendo tumulto com toda aquela gritaria. Christopher: Mas Anahí nã ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00

    O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele

    • delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56

      <3

  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21

    AFF que perfeito sua fic&#9829;&#65039; amei amei amei

  • taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42

    Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre &#128584;

    • delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50

      Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos

  • mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04

    Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

    • delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37

      já já posto mais...

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47

    ansiosa pelos proximos

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21

    kd vc ?

    • delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17

      Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09

    pelo amor de deus

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01

    mais mais mais


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