Fanfics Brasil - Capítulo 37 Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy)

Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação


Capítulo: Capítulo 37

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Christopher: Ah. — Isso, de fato, podia fazer um homem perder as estribeiras. Sobretudo na questão do parto. Eu não sabia se me sentia irritado ou agradecido por não me lembrar.


Christian: Então eu queria saber sua opinião. Mas de verdade, não aquelas baboseiras que todo mundo diz. Como é ser pai?


Xingando baixinho, esfreguei o centro do peito, pois parecia estar em brasa.


Christopher: Essa é uma das coisas das quais eu não me lembro.


Christian: Ah, cacete, cara! Foi mal. — Ele se esticou sobre a mesa e deu dois tapas ligeiros em meu ombro. — Não fica assim. Daqui a pouco a sua memória volta, você vai ver.


Christopher: Eu realmente espero que esteja certo. É um inferno não lembrar da própria filha.


Ele me fitou especulativamente.


Christian: A gente podia tentar trazer sua memória na marra.


Christopher: Como? — eu quis saber.


Ele ergueu os ombros.


Christian: Que nem nos filmes. A gente podia tentar, se demorar muito pra voltar.


Desde que trouxesse minha memória de volta, para mim estava tudo bem.


Christopher: Quanto a sua pergunta — continuei —, eu não me lembro de minha filha, mas me lembro de quando soube que ela estava a caminho. Foi o melhor dia da minha vida. E o pior também.


Christian: Eu sabia! — Ele deu um soco na mesa. Os talheres e as taças tilintaram.


Christopher: Fiquei feliz e orgulhoso pelos motivos óbvios. E apavorado com a lembrança de quantas mulheres eu conhecia que haviam perdido a vida ao trazer o filho a este mundo. A do meu mordomo, por exemplo.


Christian: Você tem mordomo? — Seus olhos se alargaram.


Christopher: Sim, é claro. — Que pergunta mais tola. — Não sei como foi o nascimento de Maite e, de certa maneira, acho que estou grato por não lembrar. Imaginar que Dulce possa ter sofrido me deixa doente.


Christian: Ah, po/rra. Eu não tinha pensado nisso ainda!


Christopher: E o pensamento de que aquela pequena vida ainda no ventre de Dulce era responsabilidade minha me deixou paralisado de medo. Como eu podia ter certeza que faria tudo direito? Que o manteria seguro? Que cresceria saudável?


Christian: É isso. Tá resolvido. Não vale a pena.


Eu o fitei com seriedade.


Christopher: Eu não disse isso.


Christian: Não, mas por que alguém ia querer passar por um pesadelo desses?


Christopher: Porque eu posso não me recordar, mas, ao ouvir Dulce falar de nossa filha, a maneira como seus olhos cintilaram... Isso por si só já teria valido a pena. Mas eu vi o retrato de Maite. E eu lhe juro, Christian, eu me apaixonei por ela assim que vi seu rosto. Na verdade, se pudesse me lembrar de tudo, aposto que lhe diria que me apaixonei antes mesmo disso. Não consigo explicar essa ligação. É quase primitiva.


Ele acenou uma vez, pegou sua taça, mas não bebeu, o olhar perdido em um canto da cantina. Deixei-o imerso em seus pensamentos, esperando ter sido útil, enquanto me perdia nos meus.


Onde estaria Anahí agora? Teria um prato de comida para lhe saciar o estômago?


Teria um teto sobre a cabeça? Quem diabos a havia levado?


O documento que eu pegara no hospital jazia em meu bolso, e lutei contra a vontade de dar uma olhada nele outra vez. Havia algumas informações ali, como os remédios que deram a Anahí, o relato de sua crise nervosa, seu nome e sua idade. Mas a assinatura de quem se dissera responsável por ela no fim da página era ilegível. Não havia nenhuma identificação, nenhum documento, nada além da assinatura corrida e ligeiramente pontuda. Não era possível distinguir nem mesmo se pertencia a um cavalheiro ou a uma dama.


A alegria por ter encontrado o papel em tempo, por ter conseguido sair da Santa Casa sem ir parar na cadeia outra vez, transformou-se em desespero. Voltamos ao ponto de partida. Sem a menor ideia a respeito do paradeiro de Anahí.


Christian tossiu, me trazendo de volta para o presente. Eu o fitei com atenção. Seu rosto estava um pouco afogueado, os olhos ligeiramente brilhantes.


Christopher: Você está se sentindo bem, Christian?


Christian: Tranquilo. Mas acho que peguei uma gripe.


As garotas retornaram no momento em que as pizzas chegaram. O pão redondo e fino recoberto de queijo e linguiça fez meu estômago roncar, e me lancei sobre a comida assim que meu prato estava cheio.


Dulce: Essa é a melhor comida do mundo. — Dulce se serviu de mais um triângulo.


Christopher: Uma das melhores coisas que já provei — concordei.


Apesar do estado de espírito infeliz, acabei comendo uma daquelas quase inteira.


Em menos de meia hora, as duas bandejas estavam vazias.


Christian: Cara, não cabe mais uma azeitona. — Christian arrotou alto.


Maite: Olha os modos. — Maite o cutucou com o cotovelo, mas riu.


Assim que terminamos, os pratos foram recolhidos. Ninguém pediu sobremesa, porém ainda sobrara vinho. Maite e Christian se entreolharam, e ela assentiu uma vez antes de se pôr a falar.


Maite: Dulce, bom... Lembra que você sumiu do mapa sem deixar nenhum recado e tal?


Dulce: Você sabia que eu estava indo embora. Ou tentando, pelo menos — minha esposa se defendeu.


Maite: Eu sei disso. A questão é que... Bem, algumas coisas são meio complicadas e eu não sabia muito bem o que tinha acontecido até você começar a me escrever. Você deixou tudo meio que em suspenso. Seu contrato de aluguel terminou e o dono do imóvel me procurou. Ele pediu uma ordem de despejo. Avisei que você não voltaria mais, e ele ficou bem furioso...


Dulce: Imaginei. O que foi feito das minhas coisas?


Maite: Nada. — Maite sorriu de leve, ao passo que Dulce franziu a testa.


Dulce: Como assim, nada?


Maite: O apartamento foi vendido antes disso. O novo dono não decidiu ainda o que vai fazer com ele, e não se importou de deixar suas coisas ali, por enquanto.


Christian: Isso foi muito generoso — comentei.


Christian: Generosidade é o meu nome do meio. — Christian levou a mão ao bolso da calça e jogou um molho de chaves sobre a mesa.


Dulce olhou para elas, então para Christian, a boca escancarada.


Dulce: O quê?! — perguntou, sem fôlego. — Christian, por que você fez isso?


Christian: Foi um bom negócio. — Ele ergueu os ombros. — O antigo proprietário estava afundado em dívidas e me ofereceu o apê pela metade do valor de mercado. Fiquei com ele.


Dulce: Mas, Christian...


Ele revirou os olhos.


Christian: Antes que você pire, me escuta. Não teve nada a ver com você. Vi uma boa oportunidade e aproveitei. Esse não é o primeiro imóvel que eu compro. Tenho vários pela cidade. Alguns eu alugo, outros reformo e vendo. Outros ficam ali parados esperando a hora certa.


Dulce pareceu ainda mais atônita. Christian riu.


Christian: Está pronta pra me pedir desculpas por todas as vezes em que me chamou de encostado com a vida ganha?


Maite: Não liga pra ele. — Maite o olhou torto. — O importante é que as suas coisas ainda estão lá, do jeitinho que você deixou. Ah, e seu carro tá na garagem. Nem sei se funciona ainda. Mas a documentação tá toda atrasada. Se quiser dar uma olhada...


Dulce: Caramba, eu... nem sei o que dizer, além de que o Christian ficou doido.


Christian: Fiquei? — Ele apoiou os cotovelos na mesa. — Seu antigo vizinho me procurou perguntando se eu estava interessado em vender. Ofereceu três vezes mais do que eu paguei. E vai valorizar ainda mais. Estão construindo um shopping de alto padrão ali perto.


Dulce: Obrigada — Dulce disse aos dois com intensidade. Então me fitou. — Quer ver onde eu morava antes de te conhecer?


Christopher: Claro. — Por muitas vezes me flagrei tentando adivinhar o mundo de Dulce, mas mais frequente ainda era tentar imaginar sua casa, seus objetos preferidos, a maneira como ela vivia e cuidava de si. Nunca pensei que um dia teria a chance de ver tudo com meus próprios olhos. Essa era uma das coisas de viver com Dulce. Eu nunca sabia o que viria a seguir.


Ela olhou para Christian, hesitante.


Dulce: Você se importaria se eu usasse o apê só por esta noite? Eu queria muito mostrar pro Christopher de onde eu vim.


Christian: Credo, Dulce. Você fala como se o cara fosse de outro planeta!


Christopher: Não está muito longe da verdade — murmurei, sorvendo o que restava do vinho em minha taça.


Christian: Fique lá o tempo que quiser. — Christian apoiou o braço no encosto da cadeira de Maite. Ela se aconchegou nele. — Então, qual é o plano pra amanhã?


Nós quatro nos entreolhamos. Esperei que um deles apresentasse alguma ideia, uma moderna, que pudesse ser mais eficiente que a minha. Quando ninguém disse nada, obriguei-me a dizer:


Christopher: Pensei em espalhar alguns cartazes com o retrato de Anahí pela cidade.


Christian: Porr/a, Christopher, por que você não disse antes que tinha uma foto dela? — Christian estendeu a mão. — Passa pra cá. Vou imprimir.


Christopher: Eu não disse que tenho.


Ele revirou os olhos.


Christian: Não é possível que você não tenha nenhuma foto da sua irmã no celular!


Maite: Como ele teria um celular, Christian? — Mate se endireitou. — Já te disse que não tem essas coisas onde a Dulce mora agora.


Christian me observou de maneira muito estranha.


Christian: Tem certeza que você não caiu de um dos livros da Dulce? — E sacudiu a cabeça. — Onde podemos conseguir uma foto dela? No Facebook? Instagram?


Eu não sabia a respeito do que ele estava falando, mas, se pertencia àquele mundo, então a resposta era uma só:


Christopher: Não.


Dulce: A Anahí não tem Facebook — Dulce ajudou.


Christopher: Mas eu posso fazer um retrato dela — contei. — Foi isso o que eu quis dizer. Não garanto que será fiel, mas acredito que seja melhor que nada.


Os olhos do rapaz se alargaram.


Christian: Fazer um retrato, tipo, desenhando?


Christopher: Sim.


Christian: Tá legal, Michelangelo. — Coçando a cabeça, ele tentou se manter sério. — Vamos ver o que você sabe fazer.


Christian pediu a conta e eu imediatamente levei a mão ao bolso, lembrando então que minhas moedas não tinham valor algum naquele tempo. Demônios. Eu precisava pensar também em uma maneira de conseguir algum dinheiro.


************************************


 


 


Continua...



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Autor(a): delenavondy

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Dulce: Você acha que consegue encarar o elevador? — Dulce perguntou ao entrarmos no prédio de fachada amarela. Christian e Maite tinham nos deixado lá antes de retornar para casa. — Tô exausta. Não consigo enfrentar seis andares de escada. Christopher: Claro. — Embora sua pergunta tenha me deixado confuso. Não demoro ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00

    O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele

    • delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56

      <3

  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21

    AFF que perfeito sua fic&#9829;&#65039; amei amei amei

  • taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42

    Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre &#128584;

    • delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50

      Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos

  • mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04

    Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

    • delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37

      já já posto mais...

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47

    ansiosa pelos proximos

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21

    kd vc ?

    • delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17

      Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09

    pelo amor de deus

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01

    mais mais mais


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