Fanfics Brasil - Capítulo 4 Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy)

Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação


Capítulo: Capítulo 4

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Toquei seu queixo, obrigando-a a olhar para mim.


Christopher: Sinto muito. Não era minha intenção trazer essas recordações. — Eu sabia muito bem quanto aquilo podia machucar. — Mas eu já perdi você uma vez, Dulce . Não me obrigue a reviver esse pesadelo.


Dulce: Não vou mais correr. Prometo, Christopher. — Ela ficou na pontinha dos pés e selou sua promessa com um beijo. E ficava realmente muito difícil não acreditar em Dulce quando ela me beijava daquela maneira. Doce, cálida, entregue.


Christopher: Pensei que não fosse trabalhar hoje — falei, quando libertei sua boca.


Dulce: Eu não ia. Mas a senhora Herbert me mandou uma mensagem pedindo que eu fosse até a pensão. A coitada tá derrubada na cama por conta de uma gripe e ficou com medo de não conseguir trabalhar na segunda, então me inteirou do que deveria ser feito. Tadinha, Christopher, ela mal conseguia falar uma frase inteira sem começar a tossir. Até tossiu na minha cara quando fui ajudá-la a se ajeitar na cama. — Dulce fez uma careta. — Depois eu dei um pulo na venda antes de vir para casa.


Cerca de um ano e meio antes, Dulce dera início a uma pequena fábrica de cremes para cabelos, e desde então seu negócio só se expandia. O estabelecimento ficava próximo da propriedade, mas o casebre já estava se tornando pequeno. Um comerciante português que visitava um parente na vila soube do sucesso do produto entre as damas e ficou particularmente interessado.


Dulce agora fazia planos para exportar.


No começo, ainda grávida, ela participava de todas as linhas de produção, da escolha das frutas à obtenção do produto. Depois do nascimento de Maite, algo dentro dela se modificou, e Dulce decidiu deixar a fábrica sob a mão firme da viúva Herbert.


Dulce ficara decepcionada quando oferecera o cargo a Madalena e esta recusara.


A mente moderna de minha esposa não compreendia que uma mulher como Madalena só se sentisse feliz e útil quando estava cuidando de pessoas, não de frutas. O oposto ocorria com a velha viúva Herbert, dona da única pensão nas redondezas: assim que soube que Dulce procurava alguém para assumir a direção da fábrica, a mulher se viu feliz da vida por ter novamente funcionários a quem dar ordens.


Dulce agora fazia aquilo de que mais gostava e entendia: administrava seu próprio negócio.


Foi interessante observar as mudanças que aquela pequena fábrica de cosméticos causou nas mulheres da vila. Muitas delas acharam escandaloso o fato de a esposa do senhor Uckermann trabalhar. Mas para outras tantas o efeito foi o oposto. Se uma dama como a senhora Uckermann podia ocupar seus dias com algo lucrativo, então elas também podiam. Algumas se candidataram a um emprego na fábrica.


Outras — as mesmas que tinham dado ouvidos a minha mulher na questão da crinolina e entendido o perigo que ela representava —, incentivadas por Dulce, largaram os bordados e se arriscaram em seus próprios empreendimentos. Os homens se indignavam com o comportamento “inadequado” de suas mulheres, mas, uma vez que elas experimentavam a liberdade, não podiam mais ser trancafiadas como bibelôs. Eles me culpavam por isso, naturalmente. E eu não podia me importar menos. Dulce mudara o mundo daquelas mulheres, ampliara seus horizontes, quebrara barreiras, exatamente como tinha feito comigo. Dava-me um orgulho danado ter a meu lado uma mulher inteligente e corajosa como ela, e, para ser franco, dava-me paz de espírito também. Se algo porventura me acontecesse um dia, Dulce jamais teria de mendigar a ajuda de ninguém. Ela cuidaria de si mesma, de Anahí e de nossa filha com alguma de suas ideias mirabolantes.


Dulce: E você? — perguntou ela, notando a presença dos três cavalos. — Pensei que fosse entregar a égua para o tal seu Bernardi.


Christopher: Era o que eu pretendia. Mas houve problemas.


Dulce: De que tipo?


Contei a história a Dulce, a raiva se inflamando de novo. E ela se mostrou tão indignada com a atitude do sujeito que eu quis beijá-la outra vez. Está certo, eu sempre queria beijá-la. Mas saber que ela me compreendia fez esse desejo se tornar ainda mais agudo.


Dulce: O que pretende fazer com ele? — Dulce apontou com a cabeça para o pangaré.


Christopher: Vou cuidar dos ferimentos, alimentá-lo e esperar por um milagre. É tudo o que posso fazer no momento. — Empurrei para trás da orelha uma mecha de seus cabelos ondulados.


Um sorriso de canto de boca lhe esticou o rosto, e Dulce deitou a cabeça em meu ombro, mantendo os olhos em mim.


Christopher: O que foi? — perguntei, curioso.


Dulce: Nada. Só estava aqui pensando em quanto eu me orgulho de ser a sua senhora Uckermann.


Um misto de prazer e deslumbramento trouxe um sorriso estúpido ao meu rosto, e fui vencido pela necessidade de beijá-la novamente.


Coração acelerado. Pele em chamas. Mãos suando. A urgência de trazê-la para ainda mais perto. Tocá-la em tantos lugares quantos pudesse alcançar. Por isso, antes que minhas mãos tivessem tempo de, digamos, iniciar uma batalha com os botões de seu vestido, obriguei-me a soltá-la.


Christopher: Acho melhor voltarmos, antes que eu cometa uma besteira que nos coloque em apuros.


Dulce: Que tipo de apuros? — Ela roçou a ponta do nariz em meu pescoço.


Ah, inferno.


Christopher: Do tipo que me poria atrás das grades e mesmo assim eu não seria capaz de deixar de sorrir. — Seu pescoço delgado era tudo o que eu podia ver agora. Não resisti e corri um dedo pela pele delicada. Eu adorava particularmente aquela curva em que o ombro e o pescoço se encontram.


Ela riu em minha garganta e se afastou justamente quando eu pretendia beijar aquele ponto específico onde, eu bem sabia, ela era muito sensível.


Dulce: Vamos, então. Não podemos nos atrasar para o baile de aniversário da Anahí.


O maldito baile. Com tudo o que tinha acontecido nas últimas horas, acabei me esquecendo dele. Fechei a cara.


Christopher: Acho que mudei de ideia, Dulce. Prefiro ficar aqui, beijando você, e correr o risco de acabar sendo preso a ter de comparecer a mais um baile.


Ela deu risada outra vez.


Dulce: Sua irmã ficaria muito chateada se te ouvisse falando isso.


Christopher: Eu sei. — Bufei, tirando minhas mãos de Sofia muito a contragosto. — Muito bem, vamos para casa. — Usei como apoio a lateral do faetonte e saltei direto para a sela de Storm.


Dulce manteve os olhos fixos em mim, mordendo o lábio.


Christopher: O que foi? — Eu me ajeitei na sela.


Dulce: Muito impressionante, senhor Uckermann.


Meu rosto queimou. Eu não queria me exibir... muito.


Christopher: Por que foi até a venda? — Inclinei-me para pegar as guias de Storm. — Esqueci de comprar alguma coisa?


Dulce: Não, não. É que... O problema foi que... humm... — Seus ombros caíram quando ela abriu os braços, desamparada. — A Maite gostou muito dos enfeites de cristal que a sua tia insistiu em mandar. Uns trecos para colocar nos guardanapos.


Senti um nó no centro do peito.


Christopher: Maite se feriu?


Dulce: Não! — ela se apressou em responder. — Os cacos caíram bem longe dela. Mas tive que ir até a venda ver se tinha alguma coisa parecida para substituir os que ela quebrou. Achei uns bem bacanas. Não têm nada de frescura como os da Ninel, nem são muito parecidos, mas acho que ninguém vai reparar.


Christopher: Quantos Maite quebrou?


Dulce: Só seis. — Ela se encolheu. — Mas foi sem querer! Humm... Pelo menos o primeiro.


Christopher: Como assim?


Dulce: Ela meio que achou divertido arremessar os cristais na parede. Você precisava ver a carinha dela quando aquelas argolas se espatifavam em um milhão de cacos. — Seus olhos reluziram. — Foi a coisa mais fofa, Christopher.


Christopher: Dulce! — Fiz o melhor que pude para não rir.


Dulce: O quê? Eu não deixei ela fazer isso! Mas eu estava ocupada, falando com a Anahí. Quando percebi, a Maite já estava dentro da caixa. Agi o mais depressa que pude. Aliás, deixar os enfeites no chão da sala, ao alcance daquelas mãozinhas ligeiras, não foi ideia minha!


Acabei rindo. Não tive escolha.


Christopher: Estou certo de que ninguém vai reparar que não fazem parte de um jogo de argolas para guardanapos. O importante é que ninguém se feriu. Especialmente Maite.


Dulce: É. — Ela se acomodou no assento, empunhando as rédeas. — E é por isso que eu tô doida para voltar para casa. Já faz mais de uma hora que eu saí. Só Deus sabe o que a Maite pode ter aprontado nesse meio-tempo. E nem quero pensar no que pode acontecer esta noite!


Comecei a rir outra vez, quando uma rajada de vento fez meus cabelos sacudirem. Dulce esfregou os braços.


Dulce: Humm... — resmungou ela, o olhar subitamente aflito.


Christopher: Está com frio? — Eu já retirava o casaco.


Dulce: Não, não precisa, Christopher. Foi só um arrepio. Uma... sensação ruim.


Christopher: Foi apenas o vento, meu amor.


Mas eu devia ter lhe dado mais atenção. Refletindo agora, gostaria de ter dado ouvidos ao sexto sentido de minha esposa e de ter feito escolhas diferentes.


Infelizmente, ignorei que algo perturbava Dulce, assim como desconsiderei os pelos eriçados em meus braços e a fria sensação que tinha na boca do estômago.


O fato de eu ter ignorado tudo isso não impediu os acontecimentos daquela noite odiosa. A noite em que meu pior pesadelo começou a tomar forma.

************************************


 


 


Continua...



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Autor(a): delenavondy

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O sol estava quase se pondo quando finalmente consegui entrar em casa. Cuidar daquele pangaré tinha levado muito mais tempo do que eu imaginara. Depois de acompanhar Dulce até a casa, eu fora tratar as feridas do animal e agora estava coberto por todo tipo de sujeira. Fiz o melhor que pude por ele: preparei os cataplasmas usando um bocado de arnica e algumas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00

    O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele

    • delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56

      <3

  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21

    AFF que perfeito sua fic&#9829;&#65039; amei amei amei

  • taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42

    Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre &#128584;

    • delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50

      Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos

  • mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04

    Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

    • delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37

      já já posto mais...

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47

    ansiosa pelos proximos

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21

    kd vc ?

    • delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17

      Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09

    pelo amor de deus

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01

    mais mais mais


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