Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação
Assim que estávamos apresentáveis, deixamos as instalações e seguimos para a sala.
A melhor amiga de Dulce e o homem estavam sentados no sofá.
Christian: E aí, cara, sua cabeça ainda tá zoadona? — Christian, deduzi, perguntou-me com a intimidade de velhos amigos. E um palavreado estranho, obviamente.
Logo que Dulce apareceu em minha vida, eu me espantei com seu modo de falar, suas expressões sem sentido. Presumi que a situação fosse inversa agora, que eles é que se espantariam com meu jeito de me expressar.
Naturalmente, eu não me lembrava de tê-los visto, mas Dulce mencionara os dois ainda agora, pouco antes de me contar que eu estava sem memória. Era provável que aquela não fosse a primeira vez que nos encontrávamos.
Christopher: Ainda... humm... cara — arrisquei.
Dulce deixou escapar uma risada, olhando-me com uma expressão de divertimento.
Christian: Que bosta. — Christian pegou um dos copos brancos sobre a mesa de centro. — Se precisar, te ajudo a dar um jeito nisso.
Aquilo capturou meu interesse de imediato.
Christopher: De que maneira?
Christian: Ué, já te falei. Que nem nos filmes. Uma bela pancada na cabeça... Ai, Maite! — ele resmungou quando o cotovelo dela se encontrou com suas costelas. — Quase derrubei todo o café!
Maite: Para de falar besteira.
Dulce: Caramba, Christopher! — exclamou minha noiva. Esposa. Minha esposa! Ela mantinha a atenção em um caderno. — Você conseguiu! Ficou perfeito!
Maite se inclinou para espiar o que Dulce admirava.
Maite: Nossa! É tão real que parece que ela tá olhando pra mim. E ela é linda! Olha isso, Christian! — E jogou o bloco para ele. Christian não foi rápido o bastante e o caderno caiu no chão. Abaixei-me para pegá-lo e me vi diante de um retrato de Anahí. Um esboço, na verdade, e não muito bem feito.
Quando eu desenhei isso?
Christian: E não é que você leva jeito, Michelangelo? — Christian pegou o bloco de minha mão e levou o copo à boca, examinando a gravura. — Ela é muito bonita.
Dulce se levantou, pegando dois copos com tampa, e se aproximou de mim.
Mordendo o lábio inferior, entregou-me um deles, fitando-me com intensidade, como se partilhássemos um segredo. Um que eu não fazia ideia do que poderia ser.
Dulce: Café — disse apenas, levando o seu à boca sem remover a tampa.
Examinei o meu. Pelo furo em formato de sorriso, escapava um vapor aromático. Eu o levei à boca, pouco à vontade. No entanto, quando o café amargo e encorpado atingiu minha língua, esqueci o constrangimento e apreciei o conforto que a bebida oferecia.
Será que Anahí teria algo para lhe aquecer a barriga naquela manhã?
Meu estômago embrulhou. O café ameaçou fazer o caminho de volta.
Christopher: Devemos ir. — Levantei-me, deixando o café sobre a mesinha.
Dulce: Certo. Vamos até a delegacia de novo — contou Dulce. — Temos que denunciar formalmente o desaparecimento da Anahí. Mas preciso de um número de telefone para contato. Tudo bem se eu der o seu, Maite? Minha linha tá cortada.
Maite: Não. Pode colocar o seu. — Maite abriu a bolsa e jogou um pequeno objeto preto para Dulce, que o pegou no ar. Um celular, similar àquele em que ela me mostrara as fotos daquele casal. — Achei que ia precisar. É antigo, mas funciona. O número você sabe de cor. É o da época da faculdade.
Dulce: Valeu!
Pegando o caderno, Dulce rabiscou alguma coisa logo abaixo do retrato e arrancou a página, indo em seguida até a estante de livros. Então se abaixou, puxando um caixote cinzento. Pressionando um botão, fez o que quer que fosse aquilo produzir uma infinidade de sons, antes de luzes verdes como as de um vaga-lume se acenderem em um pequeno painel. Não percebi que me aproximava até estar bem ao lado dela, também agachado.
Christopher: O que é isso? — apontei para o artefato barulhento.
Dulce: Uma multifuncional. Vou usar a função copiadora. Ela copia qualquer coisa que você quiser.
Christopher: Qualquer coisa? — perguntei, maravilhado.
Dulce fez uma careta.
Dulce: Bom, não. Só coisas que estiverem no papel. Mas ouvi falar de umas impressoras 3D que podem até copiar um órgão do corpo humano.
Ela vasculhou a última prateleira e encontrou um calhamaço de folhas alvas, que enfiou em uma abertura. Erguendo a tampa, posicionou o retrato de Anahí com a face para baixo e voltou a fechar. A multifuncional começou a gemer, estalar e resmungar enquanto eu assistia ao papel branco ser engolido pela máquina e ressurgir do outro lado, o retrato replicado. Peguei uma das cópias.
Christopher: Impressionante. — Eu já vira uma prensa. Uma vez, ainda na faculdade, fizemos uma visita ao jornal da cidade e acompanhamos todo o processo editorial, dos artigos sendo escritos até o papel sendo maculado pela máquina de prelo. O equipamento era imenso, ocupava quase todo o cômodo e produzia um barulho infernal, que fez meus ouvidos zunirem por uma semana. A máquina de Dulce parecia ter função semelhante, mas era tão pequena que cabia na prateleira de uma estante de livros.
Dulce: Merda — minha doce noiv... esposa. Ela era minha esposa agora. Minha doce esposa praguejou.
Christopher: O que foi?
Dulce: Acabou a tinta.
Ela me mostrou uma das folhas que saía da pequena abertura, totalmente branca.
Nós nos levantamos ao mesmo tempo, em total sincronia.
Christian e Maite se aproximaram.
Maite: Tudo bem, deve ter umas cem cópias aí — a amiga disse. — Dá pra começar. Me deixa algumas que eu e o Christian passamos na gráfica aqui perto e fazemos mais cópias enquanto vocês vão até a delegacia. Vamos andar por aí distribuindo a foto dela. Quem tiver notícias avisa a outra, ou então a gente se encontra na pracinha, no fim da tarde.
Dulce: Combinado. — Dulce entregou metade das cópias a ela.
Christian cutucou meu braço.
Christian: Vê se consegue manter a cabeça fria. Se cuida, falou?
Como não entendi nada do que ele disse, assenti.
Christian: Boa sorte. — E me deu um soco no braço. Um pouco aborrecido, devolvi o gesto, e ele pareceu apreciar.
Balancei a cabeça. Não dava para compreender as mudanças ocorridas no mundo nos últimos dois séculos. Simplesmente não dava.
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Autor(a): delenavondy
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Dulce: Certo, não podemos deixar que mais nada dê errado — Dulce disse, receosa, enquanto esperávamos na caótica sala na entrada da delegacia. Christopher: E devo deixar tudo por sua conta — completei, acomodando melhor a pilha de retratos sob o braço. Dulce: Bom, eu não ia dizer isso, mas pode ser mais fácil assi ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 108
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vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00
O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele
delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56
<3
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vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21
AFF que perfeito sua fic♥️ amei amei amei
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taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42
Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre 🙈
delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50
Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos
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mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04
Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss
delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37
já já posto mais...
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47
ansiosa pelos proximos
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36
quero mais
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28
voltaaaaaa
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21
kd vc ?
delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17
Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09
pelo amor de deus
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01
mais mais mais