Fanfics Brasil - Capítulo 48 Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy)

Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação


Capítulo: Capítulo 48

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Dulce: Quê...? — Dulce disse, desprendendo-se de mim.


Não havia como confundi-la com outra pessoa. Eu acompanhara cada mudança em seu perfil nos últimos quinze anos. Dezessete, corrigi depressa.


Christopher: Ali, Dulce! Anahí! — gritei.


Dulce se virou para onde eu apontava, os olhos arregalados, um sorriso abobalhado de início, depois largo e aliviado.


Dulce: Ai, meu Deus! Anahííííí!


Não sei bem como, mas minha irmã conseguiu nos ouvir. Virou o rosto, e os cabelos presos no estilo que Dulce costumava usar se agitaram em seus ombros.


Seu olhar encontrou o meu. Então ela se lançou em uma das janelas.


Anahí: Christopher? — gritou de volta, sua voz chegando um pouco abafada em meus ouvidos devido à cacofonia que os carros produziam. Sorriu, um tanto surpresa e absurdamente aliviada.


O ônibus começou a se mover mais depressa.


Christopher: Cara*lho! — Comecei a correr. Não era fácil, no entanto, com tanta gente atrapalhando o caminho e minha cabeça latejando. A cada impacto de meus pés contra o solo, parecia que uma lâmina atravessava meu cérebro.


Dulce: Desça! Puxe a cordinha! — gritava Dulce, correndo também.


Anahí: O que disse? — Anhaí tentou colocar a cabeça para fora da janela.


Dulce: A cordinha! Puxe a...


Christopher: Dulce, não! — Ela estava no meio do cruzamento, onde os carros vinham rápido demais. Tudo o que tive tempo de fazer foi me lançar sobre ela, pegando-a pela cintura e a empurrando para a frente a fim de evitar que um veículo de pequeno porte a acertasse em cheio. O carro guinchou a centímetros de mim, as rodas cantando e soltando muita fumaça. Outros barulhos semelhantes se seguiram, com a adição de imprecações e sons de cornetas.


Aos tropeções, o coração na garganta, conseguimos chegar inteiros ao outro lado.


Christopher: Diabos, Dulce! — Eu a segurei pelos ombros. Não sabia ao certo se a sacudia ou a abraçava. Optei pela segunda alternativa. — Você quase foi atropelad...


Dulce: Você pode gritar comigo depois! — ela resmungou em meu peito. — O ônibus tá indo embora!


Olhei para a frente. O ônibus se distanciava e Anahí já não estava mais à vista.


Maldição!


Voltamos a correr, desviando dos transeuntes que disputavam espaço com placas, postes, árvores e lixeiras.


Dulce: Não, não, não! — Dulce implorou.


Christopher: O quê?


Antes que ela pudesse me responder, o ônibus fez uma curva, cruzou a avenida e sumiu em uma rua lateral. Continuei em frente até chegar a um novo cruzamento. Os carros passavam a toda, o movimento sacudindo de leve minhas roupas. Vasculhei a rua onde o veículo havia entrado, mas ele já não estava mais visível. Provavelmente dobrara em uma daquelas dezenas de ruelas.


Christopher: Por*ra! — xinguei, tomando fôlego.


Dulce me alcançou, também procurando.


Dulce: Droga! — Ela se curvou, apoiando as mãos nos joelhos, ofegante. — Tinha alguém com ela? Conseguiu ver se tinha alguém com ela?


Balancei a cabeça.


Christopher: Havia muita gente em pé, não sei ao certo se alguma delas a acompanhava.


Dulce: Não consegui ver o número do ônibus! — Ela se endireitou, os cabelos agora em desordem. — Você conseguiu? Porque podemos descobrir a rota dele.


Christopher: Havia uma porção de letras e números, mas não recordo quais eram. — Inferno. Chutei uma lata de metal azul para liberar a frustração. Alguns passantes me olharam torto.


Que se danem!


Tão perto. Estivemos tão perto! O que eu não daria por um cavalo naquele instante. Se tivesse uma montaria, jamais teríamos perdido Anahí outra vez.


Dulce: Tudo bem, vamos pensar. — Os olhos de Dulce dardejavam. — Ela viu a gente, certo? Sabe que estamos aqui procurando por ela. Provavelmente não sabe como fazer o ônibus parar, por isso não desceu quando nos viu. Mas ela vai descer assim que tiver uma oportunidade. Ou seja, no próximo ponto.


Christopher: Que fica...?


Ela empurrou os cabelos para trás e bufou.


Dulce: Aí é que tá. Sem conhecer a rota não dá pra saber. Vamos ter que olhar em todos.


Christopher: Está bem. Mas, Dulce, não acredito que Anahí ficará nos esperando. Ela vai nos procurar também. Estou certo de que ela tentará voltar ao local onde nos viu. Não sei se conseguirá chegar até aqui, claro, mas ela vai tentar. Acho melhor nos separarmos. Você espera aqui, para o caso de ela aparecer, e eu procuro nos arredores.


Dulce: Tá maluco? Não vou correr o risco de perder você também. Vou ligar pra Maite e pedir ajuda.


Dulce usou o celular para mandar um recado a seus amigos, avisando sobre o ocorrido. Eles não estavam longe e em menos de dois quartos de hora se juntaram a nós. Dulce explicou o que havia acontecido em uma frase sem nenhum sentido:


Dulce: A Anahí tava no busão.


Ao menos para mim. Seus amigos pareceram entender.


Christian: Pegou o número? — Christian quis saber.


Dulce: Não tivemos tempo — Dulce grunhiu. — E o que está me deixando maluca é não saber por que ela vendeu os brincos.


Maite: Ou foi forçada a vender — Maite sugeriu, preocupada.


Christopher: Não — descartei a ideia imediatamente. — Breno nos disse que Anahí parecia deslumbrada, mas não aterrorizada. Se ela estivesse em perigo, teria dado um jeito de pedir ajuda, e ela não fez isso. — Fitei Dulce. — Acredito que Anahí vendeu os brincos pela mesma razão que levou você a querer vender suas coisas para pagar pelos vestidos, logo que nos conhecemos.


Dulce: É, pode ser isso mesmo.


Christian: Certo. — Christian remexeu os ombros. — Vamos procurar em todos os pontos, então.


Christopher: Ela também nos viu — expliquei a ele. — Tenho certeza de que tentará voltar a este local. Acho melhor nos dividirmos. Assim conseguiremos cobrir uma área maior.


Christian: Parece lógico — Christian disse, surpreso.


Christopher: Porque eu sou uma pessoa lógica. — Eu o olhei com diversão. Isso o fez revirar os olhos, mas não argumentou. — Então, Christian e eu vamos para...


Dulce: O quê?! — Dulce me interrompeu. — Christopher, não!


Não posso negar que sua recusa em nos apartarmos me fez sorrir. Eu também não queria me separar dela nem por um instante. Entretanto, havia muito eu estava ciente da falta que a amiga lhe fazia. Nunca pude fazer nada quanto a isso, a não ser consolá-la. Agora eu podia.


Christopher: Dulce, é o melhor a ser feito.


Ela franziu a testa, examinando meu rosto.


Dulce: Precisamos de um minuto — Dulce disse aos amigos, puxando-me para longe deles. — Por que você quer se separar de mim?


Christopher: Mas eu não quero, meu amor. Você e Maite não se veem faz muito tempo. Talvez seja a última vez em que estarão juntas na vida. Pensei que gostaria de um tempo com ela.


Dulce: Sim, mas... — Algo reluziu em seus olhos. Parecia medo. — Mas... eu não quero ficar longe de você.


Fechei os olhos e balancei a cabeça, puxando-a para meu peito.


Christopher: Sei disso, meu amor. Será apenas por algumas horas. Fazemos isso o tempo todo em casa.


Dulce: É, mas aqui é diferente. Tenho medo de te perder de vista, e você... Christopher, eu tenho pesadelos assim o tempo todo. Que você desaparece, que não me reconhece. Aqui, neste... mundo.


Christopher: Isso não vai acontecer — murmurei em seus cabelos, abraçando-a com mais força. — Confesso que sem ajuda seria muito provável que eu me perdesse, mas Christian conhece este lugar. Ficarei bem. É com Anahí que devemos nos preocupar agora.


Ela ergueu os olhos para mim, a resistência ruindo pouco a pouco, mesmo que a contragosto.


Dulce: Não era pra você ter as ideias por aqui, sabia? Era pra você estar todo atrapalhado, como eu fiquei quando cheguei na sua casa.


Christopher: Mas eu estou! — Embora saber que, de algum modo, eu estava me saindo bem aos olhos dela tenha feito meu peito estufar.


Dulce: Sei. — Ela ficou na ponta dos pés e aproximou a boca da minha. — Tome cuidado e me prometa que não vai se meter em confusão até eu voltar.


Arqueei uma sobrancelha, achando graça. A especialista nesse assunto era ela, e nós dois sabíamos disso.


Ela revirou os olhos ao notar minha expressão.


Dulce: Eu não tenho culpa que todas as confusões do planeta resolvem me encontrar. — E me pegou pela mão.


Eu ainda ria quando voltamos para junto de Maite e Christian. Ficou decidido que Maite e Dulce ficariam ali, e eu e Christian procuraríamos a pé.


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Autor(a): delenavondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00

    O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele

    • delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56

      <3

  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21

    AFF que perfeito sua fic&#9829;&#65039; amei amei amei

  • taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42

    Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre &#128584;

    • delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50

      Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos

  • mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04

    Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

    • delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37

      já já posto mais...

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47

    ansiosa pelos proximos

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21

    kd vc ?

    • delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17

      Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09

    pelo amor de deus

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01

    mais mais mais


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