Fanfics Brasil - Capítulo 51 Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy)

Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação


Capítulo: Capítulo 51

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Anahí: Oh, Christopher!


Anahí não disse mais nada, apenas me abraçou com força. Remexendo-se no chão de pedra molhada até acabar sentada, ela aninhou minha cabeça em seu colo e começou a acariciar meus cabelos. As lágrimas que lhe escorriam pelas faces se misturavam às gotas da chuva e pingavam em meu rosto, enquanto o inferno finalmente me alcançava e engolia...


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Christian: O que quer dizer com "nem sempre a força dos braços basta"? — Christian repetiu, arrancando-me daquele pesadelo.


Puxei uma grande quantidade de ar para me recompor. Maldição. De todas as lembranças que eu deveria esquecer, aquela era uma delas. E, naturalmente, era a que permanecia mais viva.


Sacudi a cabeça. Christian não sabia nada sobre a viagem de Dulce. Se ela tivesse a intenção de que ele soubesse de algo, já teria lhe contado. Além disso, Christian parecia ser um homem pragmático, jamais acreditaria em mim.


Christopher: Dulce foi arrancada da minha vida sem que eu tivesse sequer uma chance de impedir — acabei dizendo a ele. — O mais perto que consigo descrever é que, se meu coração tivesse sido arrancado daqui de dentro e jogado em uma fogueira, teria doído menos. Mas isso eu teria suportado. O que me dilacerava era pensar que ela também se sentia assim. Por muito tempo desejei estar errado, Christian.


Desejei ter me enganado, e que o amor dela por mim não fosse tão grande, desse modo ela não estaria no mesmo inferno que eu.


Christian: Acho que entendo o que você quer dizer. — Seus olhos vagaram para a aliança em seu dedo anular. — Minha vida sem a Maite seria um inferno... mas pensar nela sofrendo por minha causa seria... — Ele esfregou o rosto. — Ca*cete, não quero nem pensar nisso!


Christopher: Exatamente. — E ali estava eu outra vez, pensei com desgosto, fazendo-a sofrer por não me lembrar de nosso casamento.


Christian: A Dulce nunca explicou o que aconteceu. E a Maite me disse que ela tinha tomado um pé na bunda, então eu... — Ele engasgou. A tosse o atacou, fazendo-o se curvar para a frente.


Christopher: É melhor cuidar desta tosse, Christian.


Christian: É, vou tomar alguma coisa quando chegar em casa.


A noite já tinha caído quando passamos pelo último ponto de ônibus e não encontramos nem sinal de Anahí. Contemplei o céu, bufando, e juro que vi uma estrela — vermelha! — se mover. Acompanhei a estrela contornar um prédio alto e então lentamente baixar e sumir em seu telhado. Eu estava cansado demais. Devia ser isso.


Desanimados, começamos a voltar para o local onde tínhamos deixado Dulce e Maite. No meio do caminho, porém, avistei um toco de madeira jogado na calçada ao passarmos por uma casa em obras. Abaixei-me e o peguei, girando-o nos dedos. Era pesado. Ia servir.


Christian: Que foi? — Christian me fitou com a testa franzida.


Estendi o toco a ele.


Christopher: Bata. — Se eu não podia encontrar Elisa naquela noite, ao menos me reencontraria com minhas memórias. — Com bastante força.


Christian: Você ficou doido? — Christian pegou o toco e o jogou em uma espécie de lata de lixo imensa. O som da madeira colidindo com o metal repercutiu como o badalar de um sino. — Não vou bater em você!


Christopher: Por que não? Você se ofereceu esta manhã.


Christian: Porque eu não achei que você fosse me levar a sério! Além do mais, eu disse que faria isso caso a sua memória demorasse a voltar.


Christopher: E está demorando! Não quero voltar para Dulce sem me lembrar do que aconteceu no último ano e meio. Isso a está magoando, Christian.


Ele esfregou o rosto.


Christian: Christopher, cara, olha só, eu te entendo. Isso é uma bosta. Mas te acertar na cabeça não é a melhor saída agora. Talvez mais pra frente, se as coisas continuarem na mesma. Além do mais, se a gente voltar pra casa e a Dulce souber que eu arrebentei sua cabeça, ela vai arrancar meu coro e mandar fazer um abajur. E a Maite vai ajudar.


Desconfiei de que ele tivesse razão, mas estava ficando cansado de não lembrar.


Voltamos a andar, e, assim que nos aproximamos do ponto de encontro, avistei minha esposa parada ao lado de Maite. Anahí não estava com elas.


Meus pés ganharam vida própria, acelerando. Os dela também, presumi, pois se pôs a correr tão logo me notou.


Dulce: Senti tanto a sua falta. — Ela se jogou em meus braços.


Christopher: Eu também. Mais do que você possa imaginar. — Eu a apertei com força até que seus pés deixassem o chão e afundei o rosto em seus cabelos, inalando seu perfume. Reviver aquelas lembranças sempre mexia comigo.


Dulce: Não conseguimos nada. Anahí não voltou pra cá.


Christopher: Também não a encontramos.


Como já era tarde e estávamos fatigados, comemos em uma espécie de taberna, que Dulce chamou de boteco, mas não nos demoramos. Sobretudo porque Christian começou a se sentir mal. Não que ele tivesse dito qualquer coisa. Mas não era necessário. Bastava olhar para ele.


Christian: Estou bem, Maite. É só uma gripe chegando — disse à esposa após uma crise de tosse, puxando grandes quantidades de ar, como se encontrasse dificuldade para levá-lo até os pulmões.


Maite: É melhor a gente ir pra casa. — Ela se levantou. — Vou te colocar na cama e preparar um chá de camomila, mel e laranja.


Ele reclamou que não precisava de nada, mas Maite não estava disposta a ouvir um não. Então Christian e eu pagamos a conta — sob os protestos das respectivas esposas —, e eles nos levaram para casa.


Quando entramos no apartamento, Dulce suspirou.


Dulce: Estou exausta, mas preciso de um banho.


Christopher: Terei prazer em lhe ser útil.


Eu a levei para a miúda sala de banho. Ela se sentou no vaso sanitário enquanto eu afastava a cortina e girava o pequeno pendente, como fizera com a torneira mais cedo. Testei a temperatura da água.


Dulce: Você tá se saindo muito melhor do que eu — ela resmungou, carrancuda.


Acabei rindo ao me ajoelhar diante dela.


Christopher: Creio que seja mais fácil lidar com coisas que tornem a vida mais simples, e não o oposto. E você se saiu muito bem.


Dulce: Bom, se você levar em consideração que eu fiquei com o mocinho no final, então acho que me saí foi bem demais.


Eu ainda ria ao começar a despi-la. Ela suspirou quando a livrei da blusa, mas seus dedos se fecharam em torno do relicário dourado.


Dulce: Mais uma noite longe dela. Não sei por quanto tempo mais posso suportar, Christopher.


Eu também, eu quis dizer. Também sentia falta de minha irmã e não estava certo de por quanto tempo mais seria capaz de lidar com seu sumiço sem perder a cabeça.


Entrelacei nossas mãos, apertando seus dedos de leve.


Christopher: Esta será a última noite, meu amor. Amanhã estaremos com ela, em casa. Eu prometo.


Ela soltou o colar e afagou meus cabelos, então se inclinou para me beijar.


Percebendo sua exaustão, eu a ajudei a ficar de pé e a levei para baixo do jato de água. Lavei seus cabelos, deslizei os dedos ensaboados por todo o seu corpo, massageando-a por inteiro. Depois a sequei com muito cuidado, sentindo-a relaxar pouco a pouco sob meu toque.


Carreguei-a para a cama, e Dulce estava tão exausta que apagou antes mesmo que eu a cobrisse com o lençol. Já eu não tive tanta sorte. Ainda não conseguia acreditar naquele dia, em quão perto estivemos de encontrar Anahí. E estava inconformado com as pessoas daquele século, que pareciam hipnotizadas por seus aparelhos tecnológicos e não notavam nada ao redor. Imaginei que, mesmo se um elefante surgisse no meio da rua, apenas uns poucos reparariam. Breno fora o único que vira Anahí. Ou que prestara atenção nela, pelo menos. Era como se ela tivesse se tornado um fantasma.


Enquanto eu me deitava e abraçava Dulce, peguei-me pensando se Anahí teria alguém para lhe secar as lágrimas. Para dar-lhe colo e consolo quando o medo a dominasse e ela não soubesse mais que rumo seguir. Um teto sobre sua cabeça já me aliviaria o coração.


Muitas perguntas pairavam em minha mente. Todas elas sem resposta. O sono tardou a chegar.


*******************************


 


 


Continua...



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Autor(a): delenavondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00

    O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele

    • delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56

      <3

  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21

    AFF que perfeito sua fic&#9829;&#65039; amei amei amei

  • taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42

    Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre &#128584;

    • delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50

      Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos

  • mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04

    Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

    • delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37

      já já posto mais...

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47

    ansiosa pelos proximos

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21

    kd vc ?

    • delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17

      Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09

    pelo amor de deus

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01

    mais mais mais


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