Fanfics Brasil - Capítulo 57 Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy)

Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação


Capítulo: Capítulo 57

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Dulce veio ao meu encontro, uma expressão abismada no rosto.


Dulce: Você conseguiu que ela ficasse com a carta! 


Christopher: Sim, e também consegui ser pedido em casamento. 


Dulce: Assim não precisamos correr o risco de acabar presos. Uma carta anônima! Isso foi sensacional, Christopher!


Ela estava tão contente e aliviada que não tive coragem de lhe contar que eu havia assinado a carta.


Então sorri, oferecendo o braço a ela, e a levei para fora daquele lugar, disposto a vasculhar cada canto da cidade até encontrar minha irmã.


 


************************************


Dulce e eu perambulamos por horas e horas, visitamos cada rua, entramos em cada comércio, perguntando por Elisa e distribuindo folhetos com seu retrato.


Não obtivemos nenhuma notícia dela.


A noite havia caído fazia muito tempo quando, cansados, frustrados, demos as buscas por encerradas. Seguimos direto para a casa dos amigos de Dulce, e rezei durante todo o trajeto para que Christian tivesse melhorado, mesmo que apenas um pouquinho.


Dulce: Como ele tá? — Dulce perguntou tão logo Maite abriu a porta, um pano de prato jogado sobre o ombro.


Maite: Com fome. — Ela revirou os olhos. — Nem parece que ardeu de febre o dia todo.


Dulce: Isso é bom sinal. — Dulce a beijou e foi entrando.


Maite: E você, Christopher, ainda não consegue se lembrar das coisas?


Apenas neguei com a cabeça.


Maite: Que saco. Entra. — Ela me puxou para dentro.


Encontrei Christian no sofá. Dulce estava ao lado dele, alisando seu antebraço.


Maite: Estou preparando o jantar. Estão com fome? — Maite secou as mãos no pano de prato. — Estou fazendo sopa. Tem bastante para todo mundo.


Christian: Humm... Comida lavada, que delícia. — Christian fez uma careta.


Dulce: Vou te ajudar — Dulce se prontificou.


Maite: Hã... Obrigada, Dulce. Mas, sem querer ofender, eu nunca vi alguém tão incapaz na cozinha feito você.


Dulce: Ei! Picar coisas não tem segredo, Maite, e até eu sei fazer isso! — E a empurrou para a cozinha.


Eu me sentei ao lado de Christian.


Christopher: Tem alguma coisa que eu possa fazer? — ofereci.


Christian: Depende. Tem alguma chance de ter algo bem gorduroso no seu bolso?


Tateei a camisa sem bolsos e sorri.


Christopher: Sem sorte desta vez.


Christian: Não custava nada tentar. — Ele inspirou fundo, como se sofresse. Uma respiração áspera, ruidosa.


Christopher: Como você está se sentindo de verdade, Christian?


Ele deixou a cabeça pender no sofá, os olhos ligeiramente enevoados.


Christian: Um pouco cansado e dolorido, só isso. O remédio já começou a fazer efeito. — Apontou para uma caixinha bordô sobre a mesa de centro, que trazia um nome estranho e uma tarjeta branca onde se lia “amostra grátis”. — Amanhã estarei novo.


Era o que parecia. Sua cor estava melhor, e seu apetite era indício de alguma melhora. Soltei um longo suspiro, parte alívio, parte frustração. Estava contente com a melhora de Christian, mas não consegui deixar de pensar que aquela caixinha bordô poderia ter salvado meu pai, se aquele tipo de antídoto estivesse disponível na minha época.


Ele voltou seu olhar para uma tela imensa. Nela, imagens reais de homens em largas vestimentas e capacetes deslizavam no gelo segurando bastões.


Christopher: O que é isso?


Christian: Hóquei. Os Red Wings estão ganhando.


Olhei para o aparelho — o que quer que aquilo fosse — e tentei acompanhar o que estava acontecendo. Havia um pequeno disco em disputa. Homens de vermelho digladiavam com os de branco para conseguir o disco. Era ágil, brutal, e eu queria saber mais sobre aquilo.


Christian: Nada da sua irmã ainda? — Christian perguntou.


Balancei a cabeça, afundando no sofá.


Christopher: É como se ela fosse um fantasma, Christian. Ninguém a viu, ninguém sabe dela, ninguém dá notícias. Estou perdendo o juízo com essa espera. — E com aquele mundo. Seria por causa dele que minha cabeça parecia ter um parafuso solto?


Seria aquele mundo a causa da amnésia? Ou o jovem médico tinha razão e tudo era culpa do estresse causado pelo desaparecimento de Anahí?


Diabos! Dulce não se mostrara tão confusa quando caíra em minhas terras, em meu tempo.


Remexi-me no sofá absurdamente mole e esbarrei em alguma coisa. Olhei a tempo de ver o objeto atingir o chão e se despedaçar em três.


Abaixei-me e peguei os pedaços.


Christopher: Sinto muito, Christian. Vou comprar outro... hã... celular para substituir este.


Ele me olhou com a testa franzida.


Christian: Isso é o controle da TV, Christopher — e apontou com o queixo o aparelho sobre a estante, onde dois jogadores retiravam as luvas e as mandavam longe, para então se lançar em uma disputa de socos.


Christopher: Ah. — Como eu poderia saber? — Vou ressarci-lo.


Christian: Só desencaixou. Me dá isso aqui. — Ele pegou os pedaços e começou a montar. Ouviu-se um clique quando ele colocou os dois cilindros dourados dentro do retângulo maior e em seguida um pequeno pedaço chanfrado. — Agora esquece isso. Tá novinho em folha, como se nunca tivesse caído.


Ele me devolveu o controle e eu o peguei automaticamente, distraído por suas palavras. Elas se encaixaram de maneira desordenada em meu cérebro.


Esquece isso. Como se nunca tivesse caído.


Christian: Pode me fazer um favor? — Christian voltou a se recostar no travesseiro. — Pode pegar minha carteira? Tá ali naquela gaveta. — E apontou para a estante baixa sob a TV.


Fiz o que ele pediu e lhe entreguei a carteira de couro preto. Ele a abriu com dificuldade e de lá retirou um envelope azul-anil.


Christian: Quero que fique com isso, Christopher. Eu ia levar a Maite hoje à noite, mas pelo visto o mais longe que eu vou é até o banheiro.


Christopher: O que é isso? — Peguei o envelope.


Christian: Entradas para um show de rock. Leve a Dulce. Ela gosta dessa banda.


Humm... Dulce me falara disso uma vez. Ela adorava esse tal show de rock. Não que eu tivesse entendido o que era, naturalmente. Mas, como ela o mencionara em uma conversa sobre ópera e música, eu sabia que estava relacionado a algo do gênero.


Devolvi o envelope a ele.


Christopher: Christian, não posso aceitar.


Christian: Pode sim. Considere isso um presente de casamento atrasado.


Christopher: Eu agradeço, mas não posso ir a um concerto quando...


Christian: Por que não? — ele me interrompeu. — Ficar aqui não vai fazer sua irmã aparecer, não. Você tá com cara de acabado, cara. Descanse a mente por umas horas. — Comecei a sacudir a cabeça, mas ele prosseguiu: — E isso vai te ajudar com a Dulce! Você reclamou que não aguenta mais magoá-la sem querer. Aí tá a sua chance de fazer ela esquecer tudo isso por algumas horas. Aproveite. E faça todas as coisas que ela gosta. Sei lá, fica grudadinho nela, canta no ouvido, diz que ela é muito gostosa...


Christopher: O quê?


Christian: As mulheres adoram essas coisas. — Ele ergueu os ombros.


Eu estava pronto para argumentar. Estava disposto a lhe devolver o envelope. No entanto, o que Christian disse me fez reconsiderar. Magoar Dulce inadvertidamente estava me matando. Se havia uma chance de fazer com que ela sorrisse, então eu não pretendia desperdiçá-la.


Dobrei o envelope e o guardei no bolso.


Christopher: Eu agradeço, Christian.


Ele assentiu uma vez, parecendo satisfeito.


Christian: Sabe, também estou com um problemão. — Coçou a nuca.


Christopher: Além de ter contraído uma doença com baixíssimo índice de sobrevivência, suponho — brinquei.


Christian: É, além disso. — Ele deu risada. — Quebrei uma maquiagem da Maite sem querer, dois dias atrás. Era uma daquelas de marca famosa, e eu não disse nada pra ela ainda. Acho que vou aproveitar que estou doente e contar. Tem alguma dica para que eu consiga sair dessa com as minhas bolas intactas?


Acabei rindo também. Eu gostava daquele rapaz. Gostava mesmo.


Christopher: Desconfio que seu estado debilitado ajudará. E seja franco com ela, se desculpe. Pelo que vi nos olhos de Maite, ela o ama e vai perdoá-lo.


Christian: É melhor você estar certo, ou vou ter que pedir asilo na sua casa.


Christopher: Será sempre bem-vindo, Christian. — Mas relanceei a TV e o tal jogo de hóquei. Como eu voltaria para casa se ela estava a quase dois séculos de distância?


Christian: Christopher?


Voltei a atenção para ele.


Christian: Você sabe como chegar ao local do show? — Christian perguntou com as sobrancelhas franzidas.


Christopher: Não faço a mais remota ideia.


Christian: Eu suspeitei. — Ele se inclinou para a frente. — Faz o seguinte...


Maite e Dulce retornaram no instante em que ele terminava as instruções.


Maite: Aqui, meu amor. — Sua mulher lhe entregou a bandeja com o prato de sopa, sapecando um beijo em sua testa. Ele gemeu. — Ah, pobrezinho, tem alguma coisa que você queira?


Ele a fitou por entre as pestanas baixas.


Christian: Não quero te dar mais trabalho.


Maite: Não é trabalho nenhum, Christian. Que tal um chazinho?


Christian: Acho que eu preferia um suco. De caju...?


Maite: Vou fazer agora mesmo! Quer também, Christopher? — Ela ficou de pé, perdendo a piscadela que o marido me lançou. Ele tinha um plano.


Christopher: Ah... não, senhora Maite. Na verdade, eu e Dulce temos que ir agora. Mas voltaremos amanhã bem cedo, para ver como ele está.


Maite: Poxa, que pena. — Então ela olhou em volta e, ao encontrar sua bolsa, abriu-a e começou a procurar alguma coisa ali dentro. — Então será que podem me fazer um favor? O Christian vai precisar de mais antibióticos. O médico me deu uma amostra e eu estava com tanta pressa de começar a tratar o Christian que pensei em ir até a farmácia mais tarde, mas não quero deixá-lo sozinho. Será que poderiam comprar pra mim e trazer amanhã?


Christopher: Será um prazer.


Dulce: É claro, Maite. — Dulce pegou o papel que a amiga estendia e guardou.


Partimos pouco depois. Acomodei-me a seu lado dentro do carro, os dedos tamborilando no joelho enquanto ela encaixava a chave que fazia o veículo funcionar.


Christopher: Poderia me levar a um lugar? — perguntei a ela.


Dulce: Pra onde? — A surpresa em seu rosto quase me fez rir.


Dei o endereço a ela.


Dulce: O que tem lá? É sobre a Anahí? Você pensou em alguma coisa?


Christopher: Não, Dulce. Isso diz respeito apenas a nós dois.


A curiosidade se inflamou em seu lindo rosto.


Dulce: De que jeito?


Acabei sorrindo.


Christopher: Você logo vai descobrir.


**********************************


 


 


 


Continua...



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Autor(a): delenavondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00

    O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele

    • delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56

      <3

  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21

    AFF que perfeito sua fic&#9829;&#65039; amei amei amei

  • taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42

    Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre &#128584;

    • delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50

      Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos

  • mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04

    Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

    • delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37

      já já posto mais...

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47

    ansiosa pelos proximos

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21

    kd vc ?

    • delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17

      Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09

    pelo amor de deus

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01

    mais mais mais


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