Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação
Estávamos naquela sala havia horas. Eu já estava ficando maluco. Diabos, Anahí também estava em algum lugar daquele futuro. E o que estávamos fazendo para reavê-la?
Olhando para aquele maldito computador... TV... o que fosse... de novo.
Dulce: Pare — disse Dulce à investigadora Santana.
A imagem na tela congelou outra vez. Um homem com o rosto escondido pela aba do chapéu segurava o braço de minha irmã ao passar pela porta de saída.
Dulce: Não, não dá pra ver o rosto! Saco! — Dulce se lançou contra o encosto da cadeira.
Christopher: Apenas um pedaço do queixo — concordei, e isso não significava nada. Não havia nada de marcante ali que pudesse nos levar ao seu rastro. No entanto, eu sentia como se conhecesse cada parte daquele sujeito, exceto por seu rosto àquela altura. Fazia duas horas que nós três estávamos debruçados sobre o computador da segurança do hospital, assistindo à filmagem.
Levei um tempo para entender do que se tratava, naturalmente. O tal filme era uma sucessão de retratos muito realistas, que, quando vistos em alta velocidade, entravam em movimento. E nós os vimos de todas as maneiras possíveis.
Acelerado, ainda mais rápido, ampliado — porque isso era possível no futuro, sem usar uma lupa —, lento como o passo de uma tartaruga.
Christopher: Isso não vai nos levar a nada — resmunguei, passando as mãos pelos cabelos, em total frustração.
****: Calma, Christopher — a investigadora disse, deixando a imagem prosseguir. — Ele parece saber onde estavam as câmeras e se esconde de propósito. Ali, viu como ele vira o rosto para o outro lado?
Christopher: O que isso significa? — perguntei.
Ela me encarou com cautela.
****: Que ele sabia que procuraríamos por ele.
Isso não era bom.
****: Pelas roupas — prosseguiu —, parece ter entre vinte e trinta anos. Cabelos escuros, em torno de um e oitenta de altura. Droga, não tem nada nele que possa ser relevante. Tudo absurdamente comum.
Dulce suspirou.
Dulce: Por que ele fez isso? Por que levou Anahí dali? Não é possível que ele tenha ido até o hospital atrás dela especificamente.
Christopher: Mas é o que parece — comentei.
****: Concordo. — A investigadora voltou para o começo do filme. — Ele entrou e não falou com ninguém, foi direto para o segundo andar e seguiu para o leito de Anahí. Ele sabia que ela estava lá. Só vejo uma explicação: ela contou para ele.
Christopher: Não — sacudi a cabeça e me levantei da cadeira. — Ela não contou. Ela não conhece ninguém aqui. Não saberia como contatá-lo.
Dulce: Isso é verdade, detetive. — Dulce puxou os cabelos para trás e os prendeu em um nó frouxo. — Além do mais, Anahí parece surpresa ao vê-lo.
E depois aliviada. Ao deixar o hospital escoltada por aquele sujeito, ela gesticulava com animação, nem um pouco assustada. O que ele teria dito a ela?
Como sabia que ela estava ali?
****: Vamos lá. De novo. — A policial fez o filme retroceder e recomeçar.
Bufei e voltei a me sentar. Diabos, eu já não aguentava ver aquela cena sem desejar socar alguma coisa. Esfreguei o rosto para me livrar do desconforto causado por aquela luz branca que iluminava a sala, e também pelas coloridas providas pela tela. Pisquei algumas vezes e então voltei a examinar o filme.
Lá estava ele, passando pela porta de entrada com as mãos nos bolsos e a cabeça baixa, sem olhar para ninguém. Então se enfiou no elevador e manteve a mesma posição. Ele saiu, sem hesitar sobre qual direção tomar, e entrou em uma sala. A investigadora acelerou o vídeo, pois os três minutos e vinte e um segundos em que ele esteve dentro do quarto de Anahí não foram filmados. E ali estava minha irmã, sem ferimentos, mas em uma bagunça total. As roupas estavam amassadas, os cabelos soltos e desordenados como a crina de Storm. Ela parecia surpresa, mas sorria para o sujeito. Falava com ele como se fossem amigos. O rapaz a segurou pelo cotovelo, mas eu estaria mentindo se dissesse que não havia gentileza no toque. Ele a conduzia da mesma maneira que eu conduzia Dulce ou a própria Anahí. Eles passaram em frente a uma larga janela, aproximando-se do elevador. A mão livre se ergueu para pressionar o botão e...
Christopher: Pare! — demandei, levantando-me da cadeira.
Dulce: O que foi? — Dulce quis saber, ficando em pé também.
Fixei os olhos na imagem, chegando mais perto do aparelho.
Dulce: Ele virou o rosto. Não dá pra ver — Dulce comentou.
Christopher: Não exatamente. — Apontei para o outro lado da cena, em que eu não tinha prestado atenção nas outras vezes, sempre focando o rapaz e Anahí. Parte do rosto dele foi refletida no vidro da janela quando ele se virou para o outro lado.
****: Filho da mãe! — A investigadora apertou uma série de botões, e a imagem se ampliou uma vez. E mais uma, e outra ainda, até tudo se resumir a quadradinhos minúsculos e indistintos. O rosto dele se misturava às árvores do lado de fora, tornando difícil distinguir uma coisa da outra. — Ah, meu Deus. Diz que eu tô com sorte e isso é uma cicatriz e não um galho! — ela resmungou, pegando algo na cintura. — Central, me ligue com a perícia. Preciso de um oficial aqui e...
Dulce: Ele parece sorrir. — Dulce examinava o rosto fantasmagórico na tela. — Como se estivesse zombando da gente.
Christopher: É provável que esteja. — Deus, como eu queria poder encontrar aquele sujeito e então liberar a ira que me sacudia por dentro. — Isso pode nos ajudar?
Dulce: Ah, sim! Os peritos fazem maravilhas com essas imagens rebuscadas. E, assim que fizerem sua mágica, vamos poder ver o rosto dele direito e tudo ficará mais fácil. Quem sabe a polícia consegue localizá-lo.
Assenti uma vez.
A investigadora Santana guardou de volta no cinto o objeto com que havia falado e então me examinou com seus olhos díspares.
****: Você é bom. Muito perceptivo.
Christopher: Gosto de pintar. — Dei de ombros. — Fui ensinado a prestar atenção nos detalhes menos importantes.
****: Também te ensinaram a afanar documentos? — Seu olhar marrom e cinza se estreitou.
Christopher: Perdão, como disse?
Dulce: Ah, merda — Dulce resmungou, afundando na cadeira.
A policial cruzou as mãos sobre a mesa, examinando-me com atenção.
****: O que pretendia fazer com aquela ficha, Christopher?
Christopher: Que ficha?
Dulce: Detetive — interveio Dulce —, o Christopher está com amnésia e não lembra de nada a respeito dos últimos dias. O médico disse que é por causa do desaparecimento da Anahí, mas eu ainda acho que é por causa da pancada que ele levou na cabeça.
****: Conveniente, não? — A jovem olhou para ela com escárnio.
Christopher: Lamento, mas devo discordar. — Dei risada sem nenhum humor. — Não há nada de conveniente em esquecer o próprio casamento e outras tantas coisas importantes que devem ter acontecido nos últimos vinte meses.
****: Ah, eu não sabia disso. Sinto muito. — E pareceu sincera. — Presumo que queria descobrir o nome de quem assinou a alta de Anahí, por isso roubou o documento.
Dulce: É isso aí — Dulce bufou. — Só isso, porque a menina da recepção não quis dizer nada pra gente.
Christopher: Eu roubei um documento? — perguntei a Dulce.
Dulce: Prefiro pensar que pegou emprestado.
A investigadora bufou, revirando os olhos.
****: Vou deixar vocês se safarem dessa porque o hospital não apresentou queixa de roubo, mas estou avisando: não pisem fora da linha outra vez, ou serei obrigada a cumprir o meu papel.
Dulce: Beleza. Podemos ir agora? — Dulce pegou minha mão, pronta para sair dali.
Eu fiquei de pé.
****: Podem ir. Entro em contato de novo assim que tiver novidades.
Dulce: Valeu, detetive.
Christopher: Fico realmente muito grato. — Fiz uma mesura para ela.
****: Ah... Só estou cumprindo meu trabalho. — Suas bochechas estavam coradas quando deixamos a sala no quarto andar e seguimos em direção às escadas.
Christopher: Por que me deixou roubar um documento? — perguntei a Dulce quando alcançamos o patamar.
Dulce: Eu bem que tentei te impedir. — Ela me olhou feio. — Mas você e o Christian se juntaram num plano maluco. Ninguém conseguiu convencer vocês dois.
Christopher: Eu cometi mais algum crime?
Dulce: Hã... Não. Nenhum crime. — Mas ela desviou o olhar. Diabos! O que mais eu tinha aprontado? — E você ouviu a investigadora. É melhor não tentar nada de agora em diante ou vamos pra cadeia. Meu Deus, nós temos que encontrar a Anahí e dar o fora daqui. Este tempo não anda te fazendo bem, não.
Christopher: Concordo.
Dulce: Christopher. — Ela me deteve quando chegamos ao terceiro andar. — Quem pode ser aquele cara? Por que ele parecia conhecer a Anahí?
Christopher: Não sei, senh... Dulce. — Eu estava apavorado com as possíveis respostas.
Tudo o que eu sabia era que, quem quer que ele fosse, seria um homem morto se tivesse ousado fazer algum mal a minha irmã.
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Autor(a): delenavondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 108
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vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00
O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele
delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56
<3
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vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21
AFF que perfeito sua fic♥️ amei amei amei
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taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42
Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre 🙈
delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50
Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos
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mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04
Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss
delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37
já já posto mais...
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47
ansiosa pelos proximos
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36
quero mais
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28
voltaaaaaa
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21
kd vc ?
delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17
Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09
pelo amor de deus
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taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01
mais mais mais