Fanfics Brasil - Capítulo 69 Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy)

Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação


Capítulo: Capítulo 69

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É inacreditável como as horas custam a passar dentro de um hospital, não importa em que século se esteja. É como se o tempo desacelerasse, prolongando a agonia, adiando o desfecho pelo maior tempo possível.


Dulce e eu não conseguimos ver Christian, mas falamos com Maite, que havia parado de chorar e tinha sido levada para fazer exames também, pois, pelo fato de ter contato íntimo com o doente, poderia ter se contaminado. Já era tarde e o resultado só seria conhecido no dia seguinte. Ela tinha sido autorizada a entrar na tal UTI e passaria a noite ali, então não havia nada que pudéssemos fazer, de modo que acabei levando Dulce para casa. Aliás, foi ela quem me levou, naturalmente. Apesar de eu estar muito curioso e ansioso para dirigir um daqueles carros, não podia negar que seria imprudente de minha parte.


Estávamos exaustos ao entrar em seu apartamento. Tranquei a porta enquanto via Dulce analisar aquele aparelho preto barulhento que me interrompera de manhã. Um segundo surgiu, mas esse era prateado. Seja lá o que ela esperava, não gostou do resultado.


Dulce: Nenhuma notícia de parte alguma. — Abandonou-os sobre uma mesa muito bagunçada. — Quer comer alguma coisa?


Christopher: Não. Mas um banho seria bom.


Ela assentiu e me levou para o banheiro. Não me demorei sob o tal chuveiro, embora os jatos massageassem minha musculatura tensa. Enrolei uma toalha ao redor da cintura e abri a porta. Dulce falava com alguém. Com aquela caixinha preta, percebi ao entrar na sala sem fazer barulho. Mas foi o tom melancólico de sua voz que me deteve sob o batente.


Dulce: Não, Maite. E daqui a pouco nós vamos para a cama e eu já estou apavorada. Tem sido assim a cada vez que ele dorme.


Ela não era a única com medo ali. A julgar pelo esgotamento físico, eu vinha guerreando contra o sono. Pelo que eu havia entendido, era ali que minhas memórias se perdiam.


Dulce: É como se o cérebro dele reiniciasse, só que faltando várias informações. Todas as que são relacionadas a mim. — Ela deixou escapar uma risada repleta de dor. — Eu meio que sonhei com isso, sabia? Com o Christopher me esquecendo, não sabendo o que eu significo pra ele. Dói demais. E ainda tem a Maite. É doloroso estar com os braços vazios, sobretudo a essa hora da noite. Nunca fiquei tanto tempo longe dela. Estou maluca de preocupação, Maite. E tem a Anahí, que não dá sinal de vida... — Ela soprou o ar com força. — É, vou tentar. Você também. Me liga a qualquer hora, tá bem? Qualquer notícia que tiver. Manda um beijo pro Christian. Até.


Meu coração se partiu ao vislumbrar o tamanho de sua aflição, vendo-a pressionar aquela caixinha falante até a luz se apagar, e então ficar encarando-a em suas mãos. Ela manteve um braço apertado sobre a cintura, como se tentasse não se partir ao meio, balançando-se levemente para a frente e para trás. Sua outra mão se fechou ao redor do delicado relicário que trazia no pescoço.


Lágrimas silenciosas lhe escorriam pelo rosto. Ela sussurrava uma canção que falou direto à minha alma:


Dulce: Não sei se o mundo é bom, mas ele ficou melhor quando você chegou e perguntou: “Tem lugar pra mim?”


O canto, aliado à visão de Dulce, tão frágil e indefesa, causou-me tanta angústia que cheguei a pensar que minha vida se extinguiria ali mesmo. A desolação e o medo nela eram tão evidentes que chegavam a ser quase uma presença na pequena sala.


Não me dei conta de que me movia até Dulce se virar. Como a garota corajosa e forte que era, ela tentou esconder os sentimentos, secando o rosto discretamente e esboçando um sorriso. Naquele instante, eu me apaixonei por ela novamente.


Dulce: A febre do Christian baixou um pouquinho. Ainda é cedo pra comemorar, mas já é alguma coisa. Ele até comeu um pouco.


Christopher: Isso é bom. — Continuei me aproximando.


Dulce: Quer comer alguma coisa? A Maite trouxe umas besteiras outro dia e... Você pode estar com...


Eu a abracei. Sua cabeça pendeu para a frente e encontrou refúgio em meu ombro. Passei o braço atrás de seus joelhos e a suspendi, sentando-me no sofá e a acomodando em meu colo. Seus ombros se sacudiram de leve. Gotas quentes molharam meu ombro. Eu a abracei ainda mais forte.


Christopher: Por favor, não chore. — Beijei seus cabelos. — Por favor, Dulce.


Dulce: Des-desculpa. Não consigo parar.


Christopher: Diga-me o que posso fazer para aliviá-la. Diga qualquer coisa!


Dulce: Só m-me abraça, Christopher. Bem forte, e nã-não...


Christopher: Não a soltarei nunca mais — completei, tendo a estranha sensação de já ter proferido aquele juramento antes.


Dulce se apertou mais contra mim. Seu pranto fazia meu peito latejar, mas eu a deixei extravasar a dor, segurando-a até seus soluços diminuírem e por fim cessarem. Sua respiração se tornou cadenciada ao se entregar à exaustão.


Temendo acordá-la ao me levantar para levá-la até a cama, mantive minha promessa, abraçando-a bem forte ao me esticar no sofá e aconchegá-la sobre mim.


Foi quando uma dor aguda atingiu meu cérebro. Era como se uma faca o estivesse atravessando, cravando-se em minha nuca.


 


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Eu não podia acreditar no que tinha feito. Não podia acreditar que havia ido até aquela pensão à procura do tal homem que poderia ajudar Dulce a encontrar o caminho de casa. Ele podia ser o sujeito errado, alguém perigoso que eu estupidamente convidava a entrar em minha casa, colocando Anahí também em perigo. Além de, é claro, existir a possibilidade de que o sujeito levasse Dulce para longe de mim. Mas ela queria se encontrar com o tal Santiago — e eu não tinha dúvidas de que se encontraria; Dulce não era de deixar um assunto de lado —, então que fosse sob as minhas condições: em um local onde eu pudesse protegê-la caso ele não fosse quem ela esperava.


Pelo pouco que ela tinha dito, eu não seria capaz de encontrar sozinho o lugar onde ela vivia, mesmo se tentasse. Então, enquanto atravessava a casa, peguei-me pensando em por que diabos eu estava ajudando a apressar sua partida.


Encontrei a dama em questão na sala de leitura, acompanhada de minha irmã e de Angelique. Um pequeno sorriso curvou a boca de Dulce quando lhe contei que Santiago viria para o jantar.


E ali estava a razão pela qual eu teria movido céus e Terra para ajudá-la. Ser merecedor de um daqueles sorrisos fazia meu peito doer de um jeito diferente, bom.


Deixei a sala o mais rápido que pude, pois me era completamente impossível afastar os olhos dela quando me sorria daquela maneira — e eu sabia que ela não gostaria de tanta atenção. Dulce evitava a todo custo manter-se próxima de mim, provavelmente por ter percebido quanto havia me cativado. Anahí tinha sido a primeira a notar.


Aconteceu na mesma noite em que Dulce chegara a nossa casa.


Apesar de estar exausto devido à viagem, que me levara a cavalgar durante quase a madrugada toda, eu estava acordado, zanzando em meu quarto. Pouco antes de chegar em casa, tinha encontrado Dulce ferida e assustada, e dali em diante aquele dia se tornara uma verdadeira confusão.


Dulce não era parecida com nada que eu distinguisse, e ainda assim eu sentia como se a conhecesse havia anos. De suas maneiras ímpares ao modo de se expressar, tudo nela me intrigava e me fazia querer descobrir um pouco mais a seu respeito.


Uma batida na porta me chamou a atenção. Era Anahí, em sua camisola de dormir e de tranças, como se ainda tivesse oito anos.


Anahí: Imaginei que estivesse desmaiado a esta hora. — Entrou e fechou a porta.


Acabei sorrindo.


Christopher: Não imaginou, não. Ou não teria vindo me procurar.


Ela riu e se sentou ao pé da cama.


Anahí: Tivemos um dia muito agitado, não?


Fiz uma careta diante de seu eufemismo.


Christopher: Para dizer o mínimo. — Eu me sentei ao lado dela. — Este dia foi... humm... diferente.


Anahí: Angelique acha que a senhorita Dulce está tramando alguma coisa, e que pretende nos assaltar de madrugada. Eu disse a ela que estava enganada, mas sabe como é Angelique... — Ela revirou os olhos.


Christopher: Não imagino que ela planeje nos fazer mal, Anahí. Jamais a teria acolhido se suspeitasse de que ela pudesse lhe trazer algum risco.


Anahí: Eu sei disso. E concordo com você. Acho a senhorita Dulce inofensiva. — Ela ergueu as pernas, fincando os calcanhares no colchão e abraçando os joelhos. — Eu gostei muito dela, na verdade.


Christopher: Eu também. — Muito mais do que deveria, eu quis acrescentar.


Anahí: Ah, eu percebi. Você não pôde evitar ficar olhando para a senhorita Dulce. Sobretudo quando ela estava distraída!


Christopher: Não sei do que está falando. — Meu rosto esquentou. Rapidamente me levantei e fui até a janela.


Anahí: Sabe sim, Christopher. Eu sei que você tem se esforçado para encontrar uma jovem que dê uma boa esposa, por minha causa. Mas, meu irmão, eu cresci! Não preciso de alguém que cuide de mim. Preciso de alguém que faça você feliz, assim eu serei feliz também. Eu só queria que você soubesse que não quero que se sacrifique por minha causa.


Trinquei a mandíbula e continuei olhando para o lado de fora. Ouvi Anahí se mover e seus passos se aproximando.


Anahí: Se não quer pensar em si mesmo, ao menos pondere sobre a culpa que vou sentir a cada vez que olhar para você e vir a infelicidade em seu rosto.


Permaneci calado, pois não havia muito que eu pudesse dizer a respeito. Parte de mim concordava com ela. Ainda assim, um homem tem de fazer o que precisa ser feito.


Anahí pousou a mão em meu ombro e esperou. Colocando as emoções em seu devido lugar, inspirei fundo e me virei. Seu rosto demonstrava preocupação, mas, em vez de insistir no assunto, ela beijou minha bochecha.


Anahí: Boa noite, Christopher.


Christopher: Durma bem, Anahí.


Ela já estava na porta, a mão na maçaneta, quando se virou e sorriu.


Anahí: Sabe? Você não podia ter feito escolha melhor.


Corri a mão pelos cabelos e bufei.


Christopher: Anahí, eu mal conheço a senhorita Dulce. Como poderia ao menos cogitar me casar com ela?


Seu sorriso se alargou.


Anahí: Eu não mencionei a senhorita Dulce. Foi você quem pensou nela. Suponho que seja porque ela não lhe sai dos pensamentos.


Christopher: Isso não é um assunto que eu queira discutir com ninguém, muito menos com a minha irmã de quinze anos!


Anahí: Já tenho quase dezesseis! — ela rebateu, erguendo o queixo. — E, se não quer que eu discuta esse assunto, devia se esforçar mais. Deus do céu, Christopher, até o senhor Gomes percebeu a maneira como você olha para a senhorita Dulce. E olhe que, como todo homem, ele não é de dar atenção a essas coisas. Acho pouco provável que você consiga permitir que a senhorita Dulce saia de sua vida, agora que a encontrou. — E então foi embora, fechando a porta depois de passar, sem fazer barulho ou esperar por uma réplica. Não que eu soubesse o que dizer a ela. Com sua pouca idade, Anahí entendera muito antes de mim como eu me sentia em relação a Dulce.


Por isso, enquanto eu caminhava em direção à cozinha no intuito de avisar à governanta que colocasse mais um prato na mesa, perguntava-me o que estava fazendo ao trazer aquele sujeito para perto de Dulce.


 


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Autor(a): delenavondy

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  Encontrei o senhor Gomes no caminho e pedi que desse o recado à senhora Madalena. Ele grunhiu ao receber a notícia. Sr. Gomes: A senhora Madalena vai falar pelos cotovelos. Ela odeia ser avisada assim, em cima da hora. Christopher: Eu sei, mas não tive opção. Diga a ela que não é necessário apresentar nada ela ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00

    O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele

    • delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56

      <3

  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21

    AFF que perfeito sua fic&#9829;&#65039; amei amei amei

  • taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42

    Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre &#128584;

    • delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50

      Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos

  • mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04

    Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

    • delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37

      já já posto mais...

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47

    ansiosa pelos proximos

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21

    kd vc ?

    • delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17

      Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09

    pelo amor de deus

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01

    mais mais mais


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