Fanfics Brasil - Capítulo 70 Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy)

Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação


Capítulo: Capítulo 70

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Encontrei o senhor Gomes no caminho e pedi que desse o recado à senhora Madalena. Ele grunhiu ao receber a notícia.


Sr. Gomes: A senhora Madalena vai falar pelos cotovelos. Ela odeia ser avisada assim, em cima da hora.


Christopher: Eu sei, mas não tive opção. Diga a ela que não é necessário apresentar nada elaborado. O que ela já havia planejado deve servir. Não pretendo impressionar.


Não, o que eu queria eram respostas. Não que eu esperasse consegui-las por meio desse tal Santiago, mas poderia compreendê-las nos olhos de Dulce. Ela era clara como um cristal, todos os sentimentos e pensamentos transpareciam em seu olhar.


Sr. Gomes: Darei o recado. Pedirei a Sebastião que lhe prepare o banho.


Christopher: Fico grato, Gomes.


Segui para o quarto e me livrei do casaco e da gravata. Corri a mão pelo queixo e percebi que precisava me barbear se quisesse parecer apresentável. Abrindo a gaveta do toucador, encontrei a navalha e o pincel.


Sebastião apareceu quando eu estava finalizando o pescoço.


Sebastião: Eu posso terminar para o senhor — ele ofereceu, esperançoso como sempre depois de terminar com a banheira.


Christopher: Não é necessário, Sebastião — respondi, como de costume. Um homem faz a própria barba, ainda que seja rico o bastante para que outros possam se ocupar com isso. — Apenas quero tomar um banho.


Sebastião: Deseja que lhe separe algum traje especial?


Christopher: Eu mesmo encontro algo decente para vestir.


Sebastião: Uma bebida para aliviar as preocupações, patrão?


Christopher: Não, obrigado. — Limpei a lâmina na toalha.


Sebastião: Quer que eu lhe separe a correspondência, então?


Christopher: Já fiz isso, Sebastião.


Os ombros dele caíram.


Sebastião: Bem, há alguma coisa que eu possa fazer pelo senhor?


Tive de conter a risada. Sebastião ainda era muito jovem e tentava impressionar.


E achava que para tanto deveria desempenhar mais do que sua função no estábulo, por isso vivia me atormentando em busca de pequenas tarefas.


Enxaguei o rosto e o sequei.


Christopher: Humm... Você poderia... hã... verificar a roda da carruagem. Anahí reclamou de um barulho outro dia.


Sebastião: Sim, claro. Imediatamente! — E, sorrindo, deixou o quarto em uma euforia só.


Terminei de me despir e entrei na banheira. Não me demorei muito. Estava ansioso em níveis tão diferentes que mal me reconhecia. Era assim que me sentia ao ficar longe de Dulce, agitado, inquieto, em guarda. Desse modo, vesti-me adequadamente e saí para procurar a mulher a quem meus pensamentos pertenciam nos últimos dias.


Encontrei-a deixando seu quarto. Usava o vestido rubro que eu comprara para ela no ateliê de madame Georgette, os cabelos soltos lhe caindo nos ombros como um véu de ouro. Ela me tirou o fôlego. Dulce seria o próprio pecado encarnado, não fosse pelo rubor que lhe coloriu as bochechas conforme eu a contemplava.


Tentei parar de olhá-la, mas me sentia atraído por ela da mesma maneira que um inseto pela chama da vela. Uma atração irresistível, prazerosa e fatal.


Christopher: Vejo que meu presente lhe caiu muito bem, senhorita.


Dulce: Obrigada. Já estou pronta. Estava indo agora mesmo procurar por você e Anahí.


Christopher: E eu vim justamente saber se estava pronta! Está encantadora esta noite, senhorita Dulce.


Dulce: Obrigada, Christopher.


Toda vez que ela me chamava pelo nome, eu imaginava como seria beijá-la e, naturalmente, ouvi-la gemer meu nome de encontro a minha boca. Toda maldita vez.


Christopher: Posso acompanhá-la até a sala?


Dulce: Não precisa, Christopher. O caminho para a sala eu já conheço. Este é um dos únicos em que eu não me perco.


Christopher: Eu insisto. — Alcancei sua mão e a repousei na dobra do cotovelo, simplesmente porque precisava tocá-la de alguma maneira. — Uma dama tão encantadora deve ser conduzida por um cavalheiro. Sei que lhe desagrada que seja eu o cavalheiro em questão, mas sou o único presente no momento.


Ela refutou a ideia de imediato, tagarelando sobre estar habituada a um cotidiano repleto de agitação e encontrar dificuldade para se adaptar a épocas de calmaria.


Não pude evitar sorrir. Nunca tinha conhecido alguém mais impulsivo, petulante e agitado que Dulce.


Christopher: Já percebi isso — falei. — Mas não pode negar que hoje à tarde você fugiu de mim.


Eu a encontrara no estábulo, conversando com Storm. A cena parecia uma pintura, vista de longe. Os cabelos claros de Dulce se agitavam suavemente enquanto ela acariciava o pescoço do animal selvagem. Desejei ter uma tela e um grafite à mão e imortalizar aquele momento. Porém, tão logo me aproximei, ela se apressou em voltar para casa. Desconfiava que a tivesse ofendido, só não sabia de que maneira exatamente. Desconfiava, mas, em se tratando de Dulce, não ousava afirmar nada.


Dulce: Não fugi, não! — Mas seu rosto ficou todo vermelho. — Eu realmente prometi me encontrar com Anahí hoje à tarde. Não teve nada a ver com você. Nada a ver mesmo!


Christopher: Não precisa se explicar. Eu compreendo. — Ou ao menos imaginava compreender. — Você não quer ficar sozinha comigo. Imagino que não queira que nos vejam juntos e tirem conclusões erradas. Entendo perfeitamente, não se preocupe.


Dulce: Não é nada disso! Sabe que não me importo com esse tipo de coisa. — Ela corou de novo, desviando o olhar. Como podia ser tão doce e atrevida ao mesmo tempo?


Christopher: E então por quê?


Eu podia ouvir a voz de Anahí conforme nos aproximávamos da sala, por isso detive Dulce, colocando-me a sua frente para impedir que prosseguisse. Seus olhos encontraram os meus, e eu senti como se estivesse sendo sugado por eles.


Dulce: Porque... eu fico meio... inquieta quando você me olha do jeito que está olhando agora. E isso não é bom. Pra ninguém aqui!


Christopher: E por que não é bom?


Ela estremeceu com meu sussurro, e os pelos de minha nuca se eriçaram em resposta.


Desamparada, ela abriu os braços.


Dulce: Porque eu vou embora logo, Christopher. Não tem sentido me afeiçoar a ninguém aqui.


Christopher: Mas você está aqui agora. Por ora, este é seu lugar. — Levei a mão a seu ombro. Mesmo com o tecido, o calor de sua pele atingiu o centro de meus ossos e a quentura se espalhou feito um rastro de pólvora por todo o meu corpo. Quando suas mãos se apoiaram em meu tórax e ela deu um passo mais para perto, meu coração disparou, galopando no peito. Parecia música. Parecia dizer o nome dela.


Ela inclinou o rosto para cima, os olhos nos meus, os lábios se entreabrindo para mim. Enrosquei o braço em sua cintura, grudando-me a ela. Naquele instante, abraçado a Dulce, senti que meu mundo era perfeito, que tudo fazia sentido, afinal. Por causa daquela garota. Dela e apenas dela.


Curvei-me para ela, dizimando a distância entre nossa boca. Entretanto, antes que eu pudesse alcançá-la, Dulce sacudiu a cabeça e, como se acordasse de um sonho, arfou, empurrando-me de leve para se soltar.


A risada de Angelique me chegou com certo atraso, e só então me dei conta do que estava prestes a fazer.


Como podia ter tentado beijá-la no corredor, onde qualquer um seria capaz de nos surpreender? Como eu podia ser tão hipócrita, tentando protegê-la do tal Santiago, quando na verdade ela precisava de proteção contra mim, seu anfitrião? Diabos, eu devia deixá-la em paz!


E teria deixado, se pudesse. Porém, toda vez que eu me aproximava de Dulce, ela me roubava os pensamentos, o pulso e o juízo. Cada pensamento era dela. Cada batimento cardíaco era para ela. E não havia nada que eu pudesse fazer, porque... porque eu... tinha perdido meu coração.


E, inferno, se eu não conseguisse fazer Dulce mudar de ideia, ela iria embora, levando-o consigo para onde quer que fosse e...


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Subitamente a imagem mudou, tornou-se uma mancha escura que foi reduzindo de tamanho até virar um ponto miúdo e desaparecer. Algo suave tocou minha mão. Com algum custo, abri os olhos e imaginei ter visto Dulce pairando sobre mim.


Dulce: Desculpa, Christopher, mas vai ser melhor assim — pensei ter ouvido em meio à bruma sonolenta na qual eu me encontrava, enquanto ela deslizava um anel de meu dedo.


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Autor(a): delenavondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00

    O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele

    • delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56

      <3

  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21

    AFF que perfeito sua fic&#9829;&#65039; amei amei amei

  • taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42

    Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre &#128584;

    • delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50

      Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos

  • mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04

    Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

    • delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37

      já já posto mais...

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47

    ansiosa pelos proximos

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21

    kd vc ?

    • delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17

      Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09

    pelo amor de deus

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01

    mais mais mais


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