Fanfics Brasil - Capítulo 75 Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy)

Fanfic: Destinado (3ª temporada) (Adaptação - Vondy) | Tema: Vondy, Romance, Adaptação


Capítulo: Capítulo 75

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O pequeno retrato ao lado do meu estava manchado, envelhecido, mas ainda assim fui capaz de reconhecer aquele rosto. Claro que reconheceria a menina que fora minha vizinha a vida toda. O que eu não compreendia era como ele poderia estar ali, ao lado do meu.


Sim, a mãe dela deixara claro mais de uma vez seu desejo de unir a filha à família Uckermann. Mas nunca, em momento algum, sequer cogitei a hipótese de que Belinda pudesse vir a ser minha esposa. Por Deus, ela era apenas dois anos mais velha que minha irmã. Não passava de uma menina! E Deus me livre de ter que aturar a senhora Albuquerque mais do que exigia a boa educação em jantares e bailes.


Não havia dúvida, porém, de que os objetos naquela sala pertenceram a minha família. E, inferno, eu não queria aquele futuro. Queria Dulce.


Dulce: Senhora Belinda Albuquerque Uckermann...? — Dulce arfou. Os joelhos dela fraquejaram e eu a segurei pela cintura, prendendo-a a meu corpo.


Christopher: Eu não entendo — murmurei.


Dulce: Você e ela... Você e Belinda... Vocês dois... — Dulce engasgou, levando a mão ao peito. — Eu preciso... — Então se desprendeu de mim e saiu correndo antes que eu pudesse detê-la. Desceu as escadas tão depressa que quase derrubou Allanis, que voltava com o copo de água.


Christopher: Dulce! — Pulei os degraus de dois em dois.


Allanis: O que aconteceu? — Allanis perguntou quando passei por ela.


Christopher: Quisera eu entender!


Dulce correu como se sua vida dependesse disso, mas teve dificuldade para encontrar a saída. Acabou entrando em um cômodo escuro, onde finalmente consegui detê-la.


Dulce: Me solta, Christopher!


Ela lutou comigo, tentando se desvencilhar. Mas eu era mais alto e mais forte, e não foi difícil prendê-la pela cintura.


Christopher: Não posso, Dulce! Sinto que, se eu a soltar agora, jamais voltarei a vê-la.


Dulce: Eu não quero que você me abrace. Me solta!


Ela voltou a me empurrar, mas eu a segurei com mais força. Percebendo que não conseguiria fugir, ela cerrou os punhos e começou a socar meu peito. Muitas e muitas vezes, até que um som agudo, um gemido de dor de alguém em profunda agonia, escapou de sua garganta. Ela escondeu o rosto entre as mãos.


Aquilo me acertou na boca do estômago como um murro.


Christopher: Não, Dulce. — Eu a mantive tão firme entre os braços que pude sentir suas costelas protestarem. Ela, porém, não reclamou. — Por favor, não chore.


Passando os braços em meu pescoço, ela afundou o rosto ali, soluçando alto. Sem saber o que dizer para acalmá-la, fiz a coisa mais idiota e extraordinária de toda a minha vida.


Eu a beijei.


Precisava daquilo, embora soubesse que não devia. Meu corpo e meu cérebro já não estavam em sintonia. A razão e o coração seguiam caminhos distintos. Mas eu tinha de assegurar a ela — e a mim mesmo — que nada do que vimos dentro daquela casa era possível, pois só havia uma pessoa para mim. Dulce.


Desde que a encontrara, desorientada e ferida, em minhas terras, eu tentava imaginar como seria tê-la em meus braços, como seria seu gosto, sentir seu perfume assim de tão perto. Mas nada que eu pudesse ter fantasiado chegou próximo da realidade. Daquela deliciosa e arrebatadora realidade.


Dizer que eu a beijava seria um eufemismo. Eu a devorava! E estava pronto para ser rechaçado. Ouvir uma reprimenda e ter de conviver com seu desprezo.


Eu esperava até um tabefe muito merecido pela ousadia. Em vez disso, Dulce retribuiu o beijo. E sua boca se encaixou na minha como deveria ser: perfeita, macia, quente, aflita, como se sua alma estivesse embutida em cada movimento de seus lábios. Fui dominado por todo tipo de sensação e emoção, amplificadas pelo sabor único da boca de Dulce.


Então eu a beijei como se ela fosse minha, um beijo possessivo, intenso, e, Deus do céu, naquele instante ela era minha, pois se entregara sem resistência alguma, como se havia muito esperasse por aquele momento. Naquele instante, perguntei-me como pude viver sem ela por tanto tempo.


Minhas mãos vagaram por sua silhueta, como se conhecessem cada curva, cada segredo. Ela gemeu em minha boca, e a urgência endureceu meus sentidos... entre outras coisas. Eu estava perto de perder a cabeça. Deus, tão perto que precisei de muita força de vontade para afastá-la, pois não confiava em mim mesmo. Mas doía. Doía muito não beijar Dulce.


Dulce: Você me beijou — ela sussurrou, sem fôlego. — Você me beijou!


Christopher: Eu deveria dizer que lamento — minha voz espelhava a dela —, mas não vou. Estaria mentindo. — Alcancei o lenço no bolso da calça. Atrapalhei-me um pouco para pegá-lo, pois aquela caixinha de papel se enroscou nele. Empurrei a caixa para o fundo do bolso e então levei o lenço a seu rosto, apagando os vestígios das lágrimas. — E... a senhorita também me beijou.


Dulce: É. E eu também não lamento.


Se aquilo não me fez querer beijá-la outra vez...


No entanto, o desalento e o medo em seu semblante me deixavam inquieto.


Christopher: Venha. Vamos sair daqui. — Pois suspeitei de que permanecer naquela casa, sob o mesmo teto que aquele futuro odioso, só pioraria seu estado. Guardei o lenço e lhe ofereci o braço.


Dulce: Pra onde vamos? — ela perguntou, a voz miúda.


Christopher: Não sei. Apenas quero ir para longe disso tudo.


Dulce concordou com a cabeça, mas o desespero e o desamparo a atordoavam de tal modo que ela ficou olhando para o braço que eu lhe oferecia, como se não soubesse o que fazer. Peguei sua mão gentilmente e a coloquei na dobra de meu cotovelo. Então a ajudei a encontrar a saída e nos apressamos em direção à calçada. No entanto, Allanis surgiu sob o batente da porta de entrada.


Allanis: Ei! Aonde você vai? — berrou. — Não te mostrei tudo, Christopher!


Christopher: Agradeço por ter nos mostrado as instalações do conservatório, senhorita. Mas temos de ir agora. — Fiz uma mesura apressada, empurrando Dulce em direção ao portão.


Allanis: Tudo bem, mas não esquece. Me segue no Instagram!


Encarei Dulce enquanto apertava o passo.


Christopher: Por que ela fica me dizendo essas coisas?


Dulce: Isso é ela flertando com você. — Ela ergueu os ombros.


Sacudi a cabeça.


Christopher: Este lugar é estranho, de fato. Flerta-se cutucando e perseguindo as pessoas?


Dulce: Posso te perguntar uma coisa? — Ela mordeu o lábio inferior.


Já estávamos na rua a esta altura. Pousei a mão sobre a dela, na dobra de meu cotovelo.


Christopher: O que quiser, senhorita.


Dulce: Você não sacou mesmo que a Allanis tava te azarando?


Christopher: Azarando?


Dulce: Flertando, paquerando, dando em cima, te dando mole.


Christopher: Não até ela me tocar. Me perdoe.


Dulce: Por quê? Você não fez nada errado, só... foi você mesmo. O cara gentil de sempre.


Christopher: Nunca imaginei que isso um dia me poria em apuros. — Balancei a cabeça.


Não sei se por causa do beijo, que despertou em mim algo primitivo, ou se pelo fato de seu corpo estar muito próximo do meu, mas quando chegamos à rua eu estava bem ciente dos trajes reveladores que Dulce usava. No entanto, ninguém parecia se impressionar. Na verdade, se se levassem em consideração as roupas de duas damas com quem cruzamos, Dulce parecia recatada, mesmo com tanta pele à mostra.


Ela havia parado de chorar, mas seu semblante ainda expunha dor e desespero.


Não prestava atenção em nada, imersa em um tipo de horror que a deixou entorpecida, movendo as pernas sem perceber o que estava fazendo, me permitindo guiá-la para onde eu bem entendesse. Eu nunca a vira tão abalada assim.


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Autor(a): delenavondy

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Christopher: Você sempre morou aqui? — perguntei. Dulce: A vida toda. Nasci e cresci aqui. Christopher: Nunca imaginei que o mundo pudesse mudar tanto. Por quê? Por que ela ficara tão mexida ao ver meu retrato ao lado do de Belinda? A resposta parecia óbvia, e tive medo de ter esperanças. Andamos mais um pouco, sem saber ao certo no ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 108



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  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:06:00

    O Ucker é um verdadeiro príncipe ♥️ quase chorei com ele

    • delenavondy Postado em 04/11/2021 - 18:20:56

      <3

  • vondy_dulcete Postado em 03/11/2021 - 15:05:21

    AFF que perfeito sua fic&#9829;&#65039; amei amei amei

  • taianetcn1992 Postado em 02/11/2021 - 07:53:42

    Aí meu deus, ameiii essa maratona, já quero mais como sempre &#128584;

    • delenavondy Postado em 02/11/2021 - 21:13:50

      Que bom <3 Vou terminar hoje os últimos capítulos

  • mandinha.bb Postado em 29/10/2021 - 14:22:04

    Estou megamente ansiosa por mais, sinto que logo eles encontram a Any, ainda mais agora que o Ucker recobriu a memória e acho que o cara que estava preso com o Ucker tem algo no meio, esse amigo dele deve estar com a pessoa que está com a Any, muito estranho o comportamento dele... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

    • delenavondy Postado em 30/10/2021 - 00:24:37

      já já posto mais...

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:47

    ansiosa pelos proximos

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:36

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:28

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:21

    kd vc ?

    • delenavondy Postado em 29/10/2021 - 00:17:17

      Desculpe, estou meio ocupada esses dias. Mas amanhã trago mais capítulo ok !

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:09

    pelo amor de deus

  • taianetcn1992 Postado em 28/10/2021 - 05:32:01

    mais mais mais


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