Fanfic: Kakashi Hatake e Maisha Inoki (ou s/n), uma história de amor. | Tema: Naruto

A PRIMEIRA MISSÃO (2) 

“Ela cresceu muito rápido não é mesmo Itadori?”, questionou Satoru ao Hokage enquanto ambos assistiam Maisha em seu treinamento diário. Maisha correu em direção ao Akira, esse se preparou para o ataque, Maisha se lançou no chão deslizando por baixo das pernas de Akira, ao virar ele deu de cara com vários clones de Maisha todas elas partindo para o ataque. Ele não conseguia distinguir a Maisha verdadeira. 

“O tempo passa rápido Satoru, rápido demais. Quem diria que hoje a minha pequena completou 11 anos de idade? Se diz tão madura que nem festa quis”, Itadori bufou e depois suspirou profundamente. “Você sabe o que isso significa não é mesmo Satoru?”, questionou o Hokage. 

Itadori assentiu, “Ela terá a primeira missão da academia. Ouvi boatos da academia que amanhã ela também será promovida a chunnin, algo que escutei do Takahiro-sensei". 

“Chunnin?”, ponderou o Hokage, “Como ele quer promover ela a chunnin se ela nunca se quer saiu da aldeia assim como os outros da academia?”, ele bufou irritado com a notícia. 

Antes que pudesse continuar Itadori e Satoru desviaram a atenção novamente para o campo de treinamento, Akira havia acertado a verdadeira Maisha com um soco no olho, o impacto lançou ela no chão. 

“MAISHAAA!”, gritou Akira correndo até a garota. “Me perdoe, por favor, eu não sabia se era você ou um dos seus clones”, o Hokage e Satoru acompanhavam todo o acontecido com olhares atentos. 

Maisha fez uma cara de choro, com os olhos arregalados quase como se implorasse por misericórdia com eles. Ela levantou a mão em direção ao Akira para que ele a ajudasse a levantar do chão. 

“Eu conheço ela”, riu o Hokage, “O que você acha Itadori?” ele questinou com um sorriso no rosto. 

“Eu acho que o Akira vai precisar de atendimento hospitalar”, brincou Satoru e ambos riram juntos enquanto observavam Akira erguendo Maisha. 

Institivamente Maisha transformou seu chacra de branco para laranja, lançando um rasengan poderosíssimo contra Akira que inutilmente tentou se defender, mas, foi lançado a vários metros de distância. Maisha caminhava tranquilamente em direção ao Akira com o chacra completamente alaranjado e com um sorriso debochado no rosto, ao chegar perto ele mal conseguia se apoiar nos joelhos. 

“Eu já não te ensinei tolinho? Nunca confie num rostinho angelical implorando por piedade, eu vou acabar com você!”, Maisha ia preparar seu próximo jutsu quando foi interrompida por Satoru. 

“MAISHA!”, gritou ele do outro lado do campo, “VOCÊ SABE QUE AQUI DENTRO, NO CAMPO DE TREINAMENTO É PROIBIDO USAR O CHACRA DA RAPOSA!”, bravejou estressado Satoru. 

Ela olhou para ele, revirou os olhos e desapareceu usando o Iton jutsu, técnica que o próprio Akira ainda não dominava e claramente ele ficava frustrado com isso por que ele se tornara chunnin muito antes de Maisha. 

“Para onde será que ela foi?”, questinou Satoru furioso. 

“Não sei porque falam pela aldeia que você é o melhor chunnin, claramente você não é pareo pra mim Akira. Talvez você devesse voltar para o primário da academia”, a voz de Maisha ecoou na mente de Akira, ele estremeceu. 

“EU ODEIO QUANDO VOCÊ ENTRA NA MINHA MENTE!” - gritou Akira nervoso, ele odiava esse jutsu dela combinado com o chacra da raposa. Ela conseguia literalmente andar nas memórias de qualquer pessoa – mas, ao assistir as memórias ela também fazia a pessoa relembra-las – e também conseguia entrar na mente das pessoas, falando com elas sem a necessidade de estar presente.  

“Sabe Satoru, você é o único da aldeia que fica irritado com ela por usar o outro chacra”, comentou o Hokage, “Você não deveria se sentir assim, afinal, quem insistiu para aquele cara do polvo vir treinar o chacra dela foi você mesmo”, bufou o Hokage relembrando de quando a Maisha era pequena e não conseguia controlar o chacra, Satoru ficou endoidado como padrinho dela tentando achar diversas soluções até que achou o cara que dominou sua própria bijuu. 

“E fico mesmo Itadori, no começo sabemos que foi muito difícil e dolorido ela controlar o chacra da raposa, mas mesmo que agora ela tenha total controle com o treinamento do Killer Bee - e não “cara” -  não sabemos se isso pode implicar em algo que desconhecemos. Não sabemos o limite!”, retrucou Satoru. 

“E nunca saberemos o limite se não a deixarmos usar e respondendo sua pergunta, provavelmente ela foi para casa, descansar para amanhã. Imagino que ela esteja muito ansiosa, afinal, não é todo dia que vivenciamos a experiência de conhecer além da aldeia”, comentou o Hokage. 

“Imagino mesmo, ela sempre quis sair da aldeia. Infelizmente ela não consegue compreender a necessidade de ficarmos assim escondidos, nossos jutsus de expansão astral combinados com o sensorial, se chegam no inimigo... poderia ser a destruição de uma nação inteira”, Satoru suspirou inconformado. “Hokage-sama, por favor”, e antes que pudesse completar a frase Itadori respondeu. 

“Eu sei Satoru, o que você ia pedir. Eu irei conversar com a Maisha novamente, afinal, a partir de amanhã ela terá contato com o mundo externo e precisa estar preparada, já está tarde. Vamos, apesar de amanhã ser um grande dia para ela, para o resto de nós será mais um dia normal”. 

NO DIA SEGUINTE 

“Bom dia minha flor de lótus” - Itadori entrou com pulinhos de felicidade no quarto de Maisha. 

“Paaaaaai”, Maisha revirou os olhos. 

“Eu sei meu nenê, eu sei que você não gosta mais de ser tratada como criança. Mas você pode ter 50 anos e ainda será minha princesa”. 

“Tão princesa que tentou me sacrificar” - Maisha virou e apontou pro selo. Itadori engoliu seco. A expressão dele mudou para seriedade e frieza, Maisha sabia o que estaria por vir. 

“Já te expliquei os motivos várias vezes. Pare com isso, se você quer ser tratada como uma jovem adulta, assim será tratada. Mas também precisa para com essa atitude infantil” - antes que Maisha pudesse retrucar o Hokage continuou - “Hoje você sairá a tarde da aldeia, para a sua primeira missão oficial como chunnin. Vou te falar mais uma vez e preste bem atenção: o mundo lá fora não é fácil. Há ninjas bons e ninjas tão sombrios quanto a escuridão da noite. Não podemos confiar neles de cara. Você é a única do clã que tem uma habilidade especial por causa do Kurame – quando o chara dela se fundiu ao seu, pelo fato de você advir de uma linhagem sensorial e astral, você consegue entrar na mente das pessoas. Consegue falar com elas pela mente e o mais importante disso: consegue andar pelas memórias delas, em contramão, ao ver a memória das outras pessoas você sabe que elas também revivem as memórias, certo?”, questinou Itadori. 

“Sim, o Takahiro-sensei treinou muito isso comigo. Não é tão prazeroso andar pelas memórias alheias, sei a importância”, Maisha lançou um olhar desafiador pro pai. 

“Só devemos usa-lá no inimigo, os jounnins tem que te proteger, você é a nossa arma secreta e o meu bem mais precioso. Apesar do que eu fiz, você sabe o quanto eu te amei e te amo, e tudo o que eu te mimei e briguei para que você se tornasse uma ninja de honra e comprometimento com o clã” - Itadori suspirou - “Você não sabe quem está na sua frente, por isso você deverá andar com o seu astral em expansão sempre ativado fora da aldeia, nunca realize um jutsu sendo você mesma. Aqui na aldeia sim, mas fora o inimigo não pode saber seus jutsus e você sabe por que não?” - questinou Itadori. 

“Por causa do sharingan que a mamãe me deu”, ela falou choramingando olhando para uma foto da mãe. 

“Quando Killer Bee veio te treinar ele te levou aos limites do chacra da raposa, o que ativou o sharingan que a sua mãe te deu. Por isso ela ficou cega na batalha, ela transplantou o sharingan em você. A sorte é que você nasceu com a cor dos olhos dela, o que fez com o que seu sharingan passasse desapercebido depois que foi ativado, mas ele só aparece quando você e o Kurame permitem ou quando você está em perigo e o Kurame precisa ver pelos seus olhos. Você sabe que pouco sabemos como isso funciona porque ela era a única que tinha na aldeia, mas já sabemos que ele diferencia os chacras e você consegue copiar os outros jutsus, até os que são desconhecidos você consegue precepita-los em uma fração de segundos”, disse o Hokage.  

“Sim, eu sei”- Maisha assentiu. 

“O que ajuda é que você consegue ativar e desativar o seu sharingan por causa do Kurame como eu já disse. Ouvi boatos que há um menino de Konoha que também ganhou um sharingan mas o dele não some como o seu e tem um clã lá em Konoha, os Uchicha que também são portadores do sharingan, mas de nascença”. - Maisha ficou curiosa com o comentário do pai - “Por mais que você encontre alguém bom no mundo Maisha, nunca se sabe os caminhos que podem levar um homem a corromper a sua alma. As decisões mudam assim como o mar recebe novas águas de uma pequena nascente, deixar alguém saber do nosso clã e das nossas habilidades, ou pior, das suas podem resultar em danos irreversíveis para você e para a nossa aldeia”, Itadori ainda continuava sério se questionando se ela tinha maturidade suficiente para entender a complexidade de tudo aquilo. 

“VOCÊ ESTÁ DE BRINCADEIRA COM A MINHA CARAAAAAAAAAAAAAAAAA?” a voz de Maisha ecoou pela mente de Itadori - “ANTES MESMO QUE VOCÊ ENTRASSE NO MEU QUARTO O MEU ASTRAL JÁ ESTAVA ATIVADO, E EU CONSEGUI USAR MEU PODER EM FORMA ASTRAL PARA ENTRAR NA SUA MENTE SEU VELHO QUE SE DIZ SÁBIO, SEM PRECISAR ATIVAR MEU SHARINGAN PARA ISSSSSSSSSSO AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA”. 

O grande Hokage riu, ele todo sério relembrando o pedido de Satoru para conversar novamente com Maisha, e todo esse tempo ela estava preparada. 

“Tenha mais respeito pelo seu pai, sábio sim, velho não”, ele se levantou com um olhar assustador para Maisha o que causava calafrios nela. “Vou pedir que Takahiro não tenha piedade de você nessa missão”, ele se virou para sair do quarto e sorriu maliciosamente pelas costas de Maisha. 

Maisha teve dificuldades para respirar, já tinha escutado boatos de outros ninjas da academia que em missão Takahiro era implacável e te cobrava o máximo de perfeição, um dedo fora da linha e você era punido. 

“Ótimo, já estou pronta para minha primeira missão. O mundo que me aguarde: a melhor ninja de todos os tempos está assolta e logo será a Hokage suprema de todas as nações”, Miahsa riu com o próprio pensamento. “Irei para o local de encontro”. 

“ESTÁ ATRASADA SRTA. MAISHA!”, gritou Takahiro na frente dos demais chunnins.

“ATRA-ATRASADA? SENSEI, SÃO 17 HORAS EM PONTO!” - questionou Maisha. 

“17 horas e 8 segundos, especificamente. Se você não pode ter precisão prefiro que não participe dessa missão”, os outros chunnins riram e ela se sentiu envergonhada, mesmo sendo filha do Hokage o clã nunca facilitou as coisas para ela. 

“Me perdoe Takahiro-sensei", murmurou Maisha. 

“Relembrando que nosso trajeto será sair de Kakusareta, passaremos por Taki e seguiremos no caminho trilhado nos seus roteiros até  aos arredores de Konoha que apesar de saber da nossa existência não sabe da nossa missão, faremos um descanso de 13 horas, alternando no núcleo 1 de ninjas dormindo por 6 horas enquanto o núcleo 2 faz a guarda, e posteriormente enquanto o núcleo 2 dorme por outras 6 horas o núcleo 1 fará a guarda, com os dos núcleos descansados, teremos uma hora para nos alimentarmos, nos limparmos e relaxar um pouco por uma hora – os horários precisam ser rigorosamente cumpridos com o planejado viu Srta. Maisha?” - ela ficou corada. 

“Foram oito segundos, que saco”, retrucou em sua mente. 

“Saindo dos arredores de Konoha seguiremos para aldeia Motoyoshi que ainda fica no país do fogo, bem para baio de Konoha mas quase com divisa com o país da floresta. Chegando lá passaremos pela capital Men no Kuni e seguiremos em uma embarcação preparada até Kiri, país da água com habilidades de névoa. Enquanto todos estivermos no barco até chegar em Kiri o mesmo turno de descanso se repetirá com os mesmo núcleos. Ao chegar em Kiri realizaremos nossa missão, o Hokage de Kiri contratou o nosso clã para extrair informações de um inimigo em comum com todas as nações: os akatuski. Um dos membros da Akatuski foi capturado na Ilha de Kiri pelos jounnins enquanto tentava colher informações. Maisha, você será responsável por andar nas memórias dele e responder o que o Hokage precisar saber, sem ficar vasculhando tudo por que você sabe que isso gasta muito seu chacra com o do Kurame, todos entenderam? Eu sigo na frente com outro Jounnin, núcleo 1 atrás de mim, um jounnin no meio e núcleo 2atrás dele com dois jounnins fechando o núcleo dois na parte de trás” - todos os chunnins compreenderam e assentiram. 

Takahiro olhou para os guardas no ponto de vigia e assentiu, os grandes portões dourados de Kakusareta se abriram. Assim como Maisha, tinha naquele grupo de ninjas, outros chunnins que estavam saindo para missão mas também nunca sairam da aldeia, ela conseguia sentir a expectativa de todos sobre o mundo lá fora. 

Os portões de Kakusareta se abriram para um campo enorme, com muita grama e bem ao fim do horizonte de seus olhos, Maisha conseguia ver o começo de uma floresta. O ar parecia mais fresco, o sol brilhava mais. O vento era mais vigoroso.  Ela compreendeu naquele momento o que o pai sempre dizia: que se alguém passasse por ali nada veria além de encostos de rocha no mar. Ao olhar Kakusareta já no meio do campo, Maisha não via mais nada. Ela via apenas o mar, e o barulho dele. Kakusareta estava pairada em cima do mar. Como isso era possível? Que jutsus incríveis daquele clã. "Somos demais", ela pensou.

“Por Hashirama, nem acredito! Minha primeira missão!”, Maisha estava explodindo de felicidade. 

“Takahiro-sensei, me perdoe o atraso” - Akira chegou se literalmente se rastejando e arfando para alcançar o clã que já estava na metade do caminho entre os portões de Kakusareta e a floresta. 

“Akira? O que você faz aqui?” - perguntou Maisha desconfiada. 

“Eu o convoquei Srta. Maisha anteriormente para a mesma missão, ninguém sabe em qual missão participará até se encontrar no local de encontro. Ou seja, você não sabe quais ninjas virão, e qual o grau dos ninjas, você .... só descobre na hora a missão em si é a única coisa relatada.” - murmurou Takahiro. 

“Eu tive uma reunião de emergência no conselho, com o Hokage-sama e outros membros, foi convocada de última hora depois que uma águia entrou em Kakusareta, mas enfim, tardo mas não falho. Takahiro-sensei me liberou para o conselho mas disse para eu me virar até chegar em vocês, por sorte nosso conselho é muito sábio e rápido, não demoraram para me liberar e continuarem discutindo sobre.....”, antes que pudesse continuar a contar para Maisha, ele foi interrompido. 

“Já chega Akira, assuntos do conselho ficam no conselho. Por mais que vocês sejam literalmente irmãos, não se pode contar tudo” - alertou Takahiro. 

“Ah é, o termo de confidencialidade”, Akira ficou chateado e passou a mão pela cabeça. 

“Confidencialidade? E desde quando você é do conselho que nunca foi?” - Maisha fez um bico de birra, franziu a testa e cruzou os braços para Akira. 

“Desde hoje cedo, enquanto você era promovida a chunnin eu estava hmm, no local secreto de, hmmmm, encontros, hmmm, do conselho hmmm, para ser nomeado conselheiro júnior. Como meu pai faz parte e eu sou um ótimo chunnin que logo serei o melhor jounnin, e claro, o melhor ninja da aldeia, o Hokage-sama me nomeou conselheiro júnior.” - suspirou Akira, “isso vai ser mais difícil do que eu pensei... como que eu vou ter esse lance de confidencialidade com ela?”, pensou enquanto corava ao olhar para Maisha. “Ela é tão linda”, suspirou novamente ficando ainda mais vermelho, "Por mais que vocês sejam irmãos..." as palavras de Takahiro-sensei ecooaram na mente de Akira. "Será que eu não sei deixar claro que gosto dela? Será que não dá pros outros perceberem? O que será que eu faço de errado para parecer que somos irmãos?", ele bufou enquanto pensava nisso.

“Não precisa ficar com vergonha bobinho” - Maisha riu - “Ótimo para você que ficará mais atarefado e eu terei mais tempo para treinar e antes que perceba eu terei te superado mais do que já superei e o título de melhor ninja de todas as nações pertencerá a mim” - esbravejou Maisha confiante, ela fez um sinal com a mão para que Akira chegasse mais perto. Ela fez uma conchinha com a mão envolta do ouvido dele e sussurou “E se você foi CONFIDENCIAL comigo Akira, eu tiro as coisas a força andando nas suas memórias. Eu nunca escondi isso de você porque é o meu melhor amigo, você esconderia as coisas de mim?”, Maisha falou com uma voz mortal fazendo com que Akira tivesse arrepios. Ele negou com a cabeça. 

“ÓTIMO PESSOAAAAL, VAMOS PARA A NOSSA MISSÃO!” - gritou ela empolgada. 

“Minha primeira missão, Mamãe”, ela olhou pro céu e agradeceu. 

Entre risos e conversa, seguiu o caminho com Akira e os demais rumo a Kiri.