Fanfic: O Poder de Um Grande Amor - Portiñon | Tema: Portiñon

POV DULCE

A semana que se seguiu foi intensa. Trabalhos e mais infinitos trabalhos no escritório com Christian. Meu tempo, curto, se reduziu mais ainda nessa semana. Tinha casos para solucionar e documentos para despachar.

Quando finalmente chegava em casa só conseguiu comer, banhar e dormir. Durante toda a semana estava me comportando como uma máquina.

Estava apenas sonhando com um final de semana maravilhoso para que pudesse descansar à vontade.

POV ANAHÍ

Na segunda-feira organizei todos os documentos que precisava para uma reunião com um dos sócios da filial. No dia seguinte teria uma longa estrada pela frente. Dessa forma, decidi deixar tudo em ordem para dar conta de todo o trabalho que me aguardava.

Ao final do dia seguinte, finalmente havia chegado ao hotel e me sentia extremamente cansada. Por isso, apenas separei alguns materiais e fui dormir um pouco.

Na quarta-feira, enquanto me arrumava para a reunião,  me veio à mente uma linda ruiva. Confesso que fiquei um pouco triste por sua falta de comunicação comigo. Imagino que ela deve ter uma vida corrida, mas uma ligação ou uma mensagem não tomaria tanto tempo dela.

Será que ela pensava o mesmo de mim?

Minha mente sempre girava ao redor dela. Cada vez que sentia meu corpo formigar ao lembrar o toque macio de seus lábios, meu corpo entrava em erupção. E ultimamente era quase inevitável me encontrar nessa situação.

Ainda pensei em lhe mandar algo, mas não queria parecer algo que não somos.  Ela pode não se agradar disso e acabar cancelando nosso jantar lá em casa.

Diante da possibilidade de vê-la no sábado, ganhei ‘um gás’ absurdo para continuar aquela árdua semana. E assim se seguiu a reunião; a volta para casa e o comando das filiais Vino Portilla.

POV DULCE

Acordei às 10 da manhã de sábado. Aproveitei para comer alguma coisa e decidi fazer uma corridinha em uma parque perto do meu apartamento. Precisava disso para me sentir um pouco mais viva e respirar ar puro.

Estava tranquila aproveitando a adrenalina percorrendo meu corpo. Decidi me desligar de tudo e de todos depois da exaustiva semana que tive. Sabia que meu celular deveria está cheio de mensagens, a maioria do trabalho. Entretanto, me dei uma pausa.

Senti meu corpo em alerta, vivo e mais relaxado depois das graciosas horas de sono. Assim que parei a corrida, voltei para o meu apartamento e fui tomar um banho e depois coloquei um short e uma blusa vermelha.

Acredito que essa seja uma das minhas cores favoritas por lembrar a arte da sedução; do poder; do pecado. Sempre combina comigo.

Saí rumo à um restaurante muito conhecido por mim. Assim que cheguei, fiquei aguardando meu almoço em uma das mesas. Finalmente peguei meu celular para responder algumas mensagens  e percebi que já passava das 13 horas.

Como previa, a maioria das mensagens eram do trabalho, mas havia uma de Christian, cinco da minha irmã, duas de Maitê, que reclamava ante a possibilidade de pegar a virose que já rondava o país. Havia também duas mensagens da minha mãe, que insiste em manter contato. Por fim, duas de uma amiga das antigas, se é que me entendem.

Respondi à todas e já iria bloquear a tela do celular, uma vez que minha comida já havia chegado. Entretanto, o aparelho vibrou e o nome de Anahi apareceu.

Abri e respondi sua mensagem.

“ Oi, Dulce!”

“ Oi”

“ Tudo bem com você?”

“ Sim. Era isso que queria saber?”

Eu estava um pouco impaciente, pois minha barriga já reclamava diante do cheiro maravilhoso da comida. Além disso, foi-se o tempo em que eu tinha paciência para manter conversas triviais.

“ Sim, mas também queria saber se nosso compromisso de hoje ainda está de pé.”

Ótimo! Que compromisso?

Tentei repassar nossa conversa da última vez em que estávamos juntas. Finalmente lembrei a que compromisso ela se referia.

De fato, mergulhei em uma semana tão pesada que não tive muito tempo para relembrar compromissos pessoais. Além disso, eu planejava visitar Caterina, uma amiga dos tempos de faculdade e que sempre foi de grande ajuda. Entretanto, se dei minha palavra, eu iria.

“ Sim. Às 19h. Na sua casa.”

“ Tá. Pensei que havia esquecido.”

“ Te vejo mais tarde"

“ Tá. Sem problemas”

Bloqueei o celular e fui almoçar. Depois retornei ao meu apartamento e assisti um pouco de uma série. Por volta das 17, pude extravasar, a rotina dura que tenho, em um saco de pancadas, que fica na varanda do apartamento.

POV ANAHÍ

Acordei cedo no sábado, assim como todos os dias. Tomei o café da manhã e depois fui correr pelo condomínio. Assim que retornei, fui em direção às escadas que dão acesso à minha área, privada do resto da casa.

Pus uma roupa leve e fui em direção à cozinha  para preparar o almoço. Cozinhar é uma paixão pra mim. Sempre faço com muito amor. Tenho Maria, uma funcionária contratada somente para cozinhar, que sempre folga nos finais de semana. Então sempre cozinho com o maior prazer. Dessa vez, Angelique me ajudava enquanto conversávamos.

- Hoje será o dia da campanha da minha agência. Queria tanto que você fosse. Mas não te daria muita atenção e você acabaria ficando sozinha.- dizia Angelique

- Não se preocupe comigo! Eu vou ficar bem.

- Se não fosse tão teimosa, você poderia ficar com o carinha que te apresentei. Ele lhe faria companhia durante o evento.

Senti minhas mãos gelarem ante a possibilidade de passar essa noite com outra pessoa que não fosse Dulce.

- Não invente!

- Não estou inventando nada até agora- Angel falou e sorriu.

Apenas revirei os olhos e sorri.

Pensei na exuberante mulher que não saía da minha mente. Gostaria de relembrar nosso compromisso de hoje, mas ela nem sequer ficava online. Aquilo era uma tortura para mim. Há quase uma semana sem contato com ela. Então, peguei meu celular e procurei seu contato, mais uma vez. Quase não pude acreditar que estava online. Por isso, lhe enviei rapidamente uma mensagem. Quando perguntei sobre o nosso encontro de hoje, ela demorou um pouco para responder e isso me fez sentir estranha. De uma forma inexplicável, mas estranha.

Após isso, segui meu dia normalmente e as horas pareciam se arrastar. Era torturante a espera das 19h. Pensei em algo para o jantar e busquei ocupar minha mente com isso.

Assim que Angel saiu decidi preparar macarrão à bolonhesa para o jantar e Tiramisu, uma clássica sobremesa italiana. Deixei tudo pronto e fui me arrumar. Assim que fiquei pronta pude admirar o belo vestido vermelho, de costas nuas e que tinha um decote gracioso. A visão do que eu tinha no espelho muito me agradava. Mas me peguei insegura sobre o que Dulce pensaria.

‘ Será que à agradaria?’

‘ Será que me acharia atraente?’

Essa persistente insegurança estava me corroendo.