Fanfic: O Poder de Um Grande Amor - Portiñon | Tema: Portiñon

POV ANAHÍ

Chegamos à casa de Maitê por volta das 15:00 hrs. Decidimos ir mais cedo para ajudá-la com o que precisasse. Dessa forma, conversamos muito e eu já me sentia tão íntima, como se fôssemos amigas de longa data.

Ela me encheu de elogios e eu apenas agradeci. Eu usava uma saia comprida colorida e uma blusa branca bem fininha com uma amarração do lado, feita por mim, de modo que parte da minha barriga ficava exposta. Por baixo estava meu biquíni branco de tiras.

As meninas também estavam belíssimas, porém usando short jeans e a parte de cima do biquíni.

Colocamos uma música animada e começamos a dançar. Tomei algumas bebidas, mas depois de um certo tempo, resolvi ir mais devagar. Caso contrário, não aguentaria ficar até o final da festa. Até mesmo porque não tinha costume de beber. Somente vez ou outra que bebia em saídas mais animadas com algumas amigas.

Assim que anunciaram pelo interfone que mais alguém havia chegado, nós nos separamos: eu fui olhar a carne que estava assando e Angel e Maitê foram receber os convidados.

Quando eles se dirigiam para a área da piscina, pude perceber Christian e Alfonso, lado a lado. Cumprimentaram as mulheres que lhes receberam e logo caminharam até minha direção. Christian sorriu para mim e me deu dois beijinhos.

- Hey, linda!- Alfonso me cumprimentou da mesma forma.- Não acredito que aquela morena safada está te explorando. Pior é que você deixa!

Sorri divertida com o comentário dele, porém senti todo meu corpo congelar ao rever aquela bela figura. Meus olhos se fixaram nela e tudo em meu corpo deu sinal de vida.

- Olá, meninas!- Dulce falou e acenou tranquilamente para nós. Abraçou a Maitê e a Angelique. Logo depois, ela veio na minha direção.

- Tem certeza que sabe fazer isso?

Fiquei alguns segundos sem entender se ela realmente estava dirigindo aquela pergunta para mim. Meus olhos passeavam por aquele belíssimo monumento. A deusa à minha frente usava shorts jeans e a parte de cima de um biquíni, o qual parecia mais um cropped com alças, mas que tinha um generoso decote.

Seus cabelos estavam um pouco desalinhados e o sorriso torto esta ali. Sempre presente.

- Você está bem?

Com essa pergunta saí do meu leve estado de transe.

- Desculpa, eu estava distraída.

- Hum. Você quer ajuda?

- Em que?

Ela apontou para a churrasqueira à minha frente.

- Ah, sim! Quero!

‘A ajuda e tudo que vier junto com ela'- completei em pensamento.

- A Maitê comentou que você é dona de uma distribuidora de vinhos importados. Fiquei curiosa para experimentar. Sou uma apreciadora de bons vinhos.

- Qual é a bebida que você não aprecia?- falou Maitê, assim que passou por nós.

- Até parece que eu bebo tanto assim! Não leva a May tão à sério.- ela disse isso e sorriu torto para a amiga.

Essa mulher tinha que parar de fazer isso. Definitivamente! Ou eu enlouqueceria!

- Ela é uma figura! Vocês parecerem se dar bem.

- Sim, ela é uma boa pessoa.- falou pensativa.

----‐-------‐----------------‐

POV DULCE

Enquanto conversava com Anahí fiz uma rápida reflexão, eu tinha um grande respeito e carinho pelos meus amigos. Eles representavam a parte boa do meu ciclo de pessoas. Eram sinceros e companheiros.

Depois disso, pude perceber, com maior riqueza de detalhes, o quanto a mulher à minha frente era bonita. E eu sei quando mulheres bonitas se sentem atraídas por mim. Não era modéstia, apenas um sexto sentido.

- Vou lá falar com a May. Se precisar de ajuda é só chamar.

Falei e ela prontamente concordou comigo. Dei um meio sorriso e entrei novamente na bela casa.

POV ANAHÍ

Assim que ela saiu percebi o que seu terninho da noite do reencontro não me permitiu: Dulce tinha uma tatuagem em aquarela nas costas. Não consegui identificar qual era o desenho, porque ela usava um short de cintura alta e seus cabelos bagunçados cobriam lindamente sua cintura. Mesmo assim, deu para perceber que parecia ser grande.

Minha vontade de descobrir e passear minhas mãos por aquele corpo só aumentaram.

Logo May e Angel retornaram e resolvemos pegar um pouco de sol. Tirei minha saia e minha blusa e deitei tranquilamente em uma das cadeiras.

Meu corpo estava pegando fogo e, garanto que não era por conta do sol.

O real motivo tinha um belo par de pernas e uma barriga trincada.

Mais uma vez eu estava sendo privilegiada com a visão do paraíso, e isso me fazia queimar por dentro.

Não é normal, muito menos aceitável, que uma mulher seja tão bonita assim. Era demais para mim. Não sei se aguentaria aquela tortura.

- Oi, meninas! May passa o protetor em mim?

Tranquilamente ela se sentou na espreguiçadeira ao meu lado, de frente para mim e de costas para a amiga, que passava a proteção por aquelas curvas sinuosas.

Apoiou as mãos nas coxas grossas e sorriu para mim.

- Já passou protetor, Anahí? Você parece branca demais para esse sol.

Demorei alguns segundos para entender, mas assim que compreendi fiquei estática. Sem palavras. Ela havia mesmo me chamado de branquela? Ela não me achava bonita o suficiente para tecer se quer um elogio?

- Vira!

Fiquei mais confusa ainda. Saí da minha breve reflexão frustrante para tentar entender a que ela se referia.

Porém, gentilmente ela tocou meus ombros e começou a massagear a região. Logo me senti entregue e já havia esquecido dos meus próprios questionamentos internos.

Essa mulher sabe usar as mãos. Imagine só o que ela não faria com a boca.

E foi com esse pensamento que mordi meus lábios e soltei um breve suspiro, que poderia ser confundido com um gemido baixo.

- Você está bem?- ela perguntou percebendo minha reação.

Com toda certeza eu estava bem. Bem até demais!

- Uhum- foi o único barulho que consegui emiti.

De repente, suas mãos pararam o delicioso percurso pelas minhas costas. Rapidamente me virei para a linda mulher. Ela estava com um sorriso mais divertido do que o normal e me olhava com um brilho diferente nos olhos.

- Imagino que sim!

Disse isso e sorriu largamente. Fiquei envergonhada, porque ela havia me pegado em flagrante delito.

Mas era só o que me faltava! Ela devia está sorrindo da minha ingenuidade em sentir tanto com apenas alguns toques. Ainda mais depois de saber que ela me achava branca como um palmito. Era humilhante demais!

- E... Eu... vou pro...curar a Angel.

Falei rapidamente já me levantando e me culpando mentalmente por ter gaguejado. Aquilo tudo era vergonhoso demais para mim.

Saí em direção à cozinha e bebi um pouco de água.

Eu tinha que apagar aquilo da minha mente. E logo. Ela devia está se divertindo com meu comportamento idiota.

Então, respirei fundo e voltei para perto das meninas e de outros convidados que se encontravam perto da piscina. Logo tratei de encher meu copo, aproveitar a noite que logo chegaria e entender que se eu não quisesse passar mais vergonha, eu deveria evitar se quer olhar para a Dulce. Porque aquele capeta tinha a capacidade de me fazer perder o chão e a razão de mim mesma.

Cheguei à breve conclusão de que ela era o paraíso e o inferno. Ela percebeu a minha reação à sua presença e se divertia com isso.

Eu estava uma negação!