Fanfic: Carnal | Tema: Satanismo, psicológico, original
Helena acorda em sua cama, ela se levanta como se nada tivesse acontecido, de fato a garota não se lembra de nada.
Ela toma café da manhã, já se acostumou com a ausência de kaho, que deve estar na casa de Ronald, em seguida abre um livro: “Uma Neurose do Século XVII Envolvendo o Demônio” de Sigmund Freud.
De noite.
Helena se maquia na frente do espelho, tem o cuidado de colocar dois brincos e um belo batom. Ela se aproxima do espelho, lambendo sua imagem. Ao fundo, na porta pode-se ver o semblante de Asmodeus.
Tom está sentado na mesa do restaurante, um pouco ansioso, esperando por Helena, quando sente a ponta dos dedos dela passar por sua nuca.
Helena sorri, ses entando na frente dele.
- Você está muito bonita hoje.
- Obrigada, você também - seu olhar é de um predador.
- Você está um pouco diferente.
- Não gostou?
- Pelo contrário, estou fazendo força para me segurar.
Ela sorri.
- Então não se segure.
Ao final do jantar os dois caminham pelas ruas de londres, protegidos pelo fog, Helena segura Tom e o beija de forma ardente, jogando o rapaz na parede.
Tom envolve a cintura dela com as mãos, Helena morde o lábio do inglês, esfregando seu corpo contra o dele.
Ela ergue sua coxa direita, o trazendo para si, Tom segura com firmeza o musculo da perna dela o agarrando, a garota abre a braguilha da calça dele.
Sem pestanejar o rapaz a penetra, virando o corpo e a colocando contra a parede. Helena é prensada contra a parede.
Simas comanda mais uma missa negra, os cantos satânicos ecoam, Asmodeus observa Helena sendo violada por Tom, o rapaz está com os olhos completamente negros.
Nova cena, o ambiente completamente preto, sem espaço, com helena deitada no altar de pedra. o demônio, aproximando-se da garota. A cabeça do tourolambe sua vagina, a garota se contrai de prazer.
estamos no quarto de Tom
Tom deita Helena em sua cama, despindo seu vestido, ela se esfrega no lençol, possuída. O rapaz se deita sobre ela, entre suas pernas.
O quarto fica negro, tomado pelo fog, atrás da cama a estátua de Asmodeus.
Tom coloca Helena de quatro, ele acaricia sua bunda e lambe sua vagina, a garota se deita, tomada pelo prazer, ele a penetra.
Helena segura com força as barras da cama, deitando sua cabeça entre as mãos, gemendo como nunca, enquanto Tom a força para frente.
Ela acorda assustada, sozinha, ela coloca seu vestido e um casaco social por cima, sem saber para onde ir.
Nas ruas de Londres percebe que as pessoas olham para ela, atormentada a moça não sabe para onde ir, ela esbarra em um homem: o rosto desse está derretido.
Ela se afasta, onde vê uma mulher com a boca costurada, segurando uma criança, essa sem a tampa da cabeça.
Uma lacraia gigante começa a sair pela cabeça da menina.
Helena grita, corre desnorteada, ela se depara com um demônio, semi nu, sentado em um trono, dois escravos sexuais (um homem e uma mulher) acorrentados, nús e excitados olham para ela.
A espanhola corre na outra direção, entrando em uma antiga construção de pedra, de onde provém cantos satânicos. A imagem do rosto de Asmodeus pode ser vista dentre as sombras.
Helena está perdida, angustiada, um touro e um carneiro estão parados no meio do salão, os dois olham para uma entrada, de onde saem cantos religiosos, ela segue o som, descendo uma antiga escada de pedra.
Simas termina uma oração e olha para sua sobrinha, os demais sacerdotes se movem, deixando espaço para ela passar.
- Helena, querida.
- Tio… O que…
- Estávamos esperando por você.
- Eu estou enlouquecendo.
- Não, minha querida, você está consumando seu destino.
Simas sai de trás do altar, abrindo seus braços para Helena, ao se mover ele revela a estátua de Asmodeus, ela grita de terror e tenta fugir, mas os sacerdotes já taparam a saída.
- Não se atrevam a tocar nela!
- Tio…
- Revelem-se.
Os sacerdotes tiram seus véus, Helena reconhece várias pessoas, dentre eles Kaho, Tom e Ashley.
- O que é isso?
- Seu destino, seu presente, o nosso futuro - Ashley toma a frente - tudo isso é para você.
- O que tá acontecendo aqui - Helena grita e cai de joelhos gritando - HAAAAAAAAA!
Simas se agacha, abraçando sua sobrinha, a deitando no colo.
- Esse dia está programado desde que você nasceu, aliás você nasceu para esse dia.
- Eu não…
- Tudo bem, me deixe explicar, eu menti, nunca fui amigo do seu pai. Na verdade eu sou o servo de seu pai.
Simas olha para a estátua de Asmodeus.
Espanha, 25 anos atrás
A mesma seita se reúne, dessa vez em um campo aberto, a noite, longe de olhares curiosos, cada um segura uma vela nas mãos, menos uma bela mulher, escolhida a dedo e feliz por se dar em sacrifício.
Ela deixa o manto preto cair, se desnudando, caminha até um pilar, onde tem as mãos algemadas, seus pés são algemados em pedras, deixando suas pernas abertas.
seus olhos se iluminam quando uma criatura sai das trevas, Uma aranha gigante se aproxima da mulher, que sussurra: “meu senhor”.
Asmodeus toma sua forma mais conhecida, de uma quimera alada de três cabeças, apoiando suas patas na mulher a penetrando.
Após a cerimônia a mulher grita, sua barriga rompe, de dentro da carcaçaSimas retira a garota.
Helena - uma voz grutal é ouvida.
Presente.
Helena olha assustada para seu tio, seus lábios tremem, os olhos estão arregalados, a moça não consegue falar, Tomas toma a frente.
- Nosso senhor Amodeus, o “rei esquecido de Sodoma”, o ser homem mais impuro já nascido e um dos sete anjos do inferno, reinando apenas abaixo de Lúcifer.
- O grande deus BAAL, o deus sol é a junção dos príncipes do inferno: Beelzebub, Astarot, Asmodeus e Leviatã. Ele é seu pai e seu amante, Helena você é a pessoa mais preciosa do mundo e será a nossa rainha.
Helena se levanta, tentando atacar seu tio, que a agarra pelo pescoço, a jogando contra a parede, Helena olha assustada com a violência abusiva dele.
- Com quem você pensa que está falando? Agora você vai dormir, amanhã você vai lembrar disso como um sonho, quando estiver pronta para tomar seu lugar, como representante de Asmodeus na terra você terá seu filho.
A garota tenta se levantar, mas cabeleia assustada, ela desmaia.
Segunda-feira
A professora Ashley lecionava normalmente, apenas ela e Kaho sentiam falta de Helena.
- Em seu texto Uma Neurose do Século XVII, Freud analisou o manuscrito do pintor Christoph Haizmann, que descreveu um pacto forjado com o demônio. nesse documento o pintor força o demônio a ser seu pai por sete anos.
Os alunos tomam nota.
- Esse texto é muito importante para linha de estudo que estamos seguindo - continua a professora - primeiro por ele ser um forte argumento a favor do delírio nas neuroses, funcionando para reedificar a realidade após uma ruptura ou abalo de repressão ou a vivencia de um relacionamento abusivo, para ficarmos numa questão do século XXI.
Helena está no quarto de Tom, se arrumando, seu olhar está distante, o rapaz se veste atrás dela.
No texto Christoph se depara com o insuportável, o ódio por seu pai, que maneve uma relação abusiva com o filho, o choque entre sua emoção e as normas da cultura reprimem essa sensação, desse embate surge a sensação de culpe, de indigno, ou um ser inferior, por isso ele se identifica com o demônio, alguém tão impuro quanto ele.
No quarto Tom abraça Helena, os dois se beijam.
- Tudo bem?
- Tive um sonho estranho, só isso.
Na sala de aula.
- Atormentado pela culpa e temendo por sua alma Christoph se refugia em um mosteiro, onde faz sua confissão.
- Professora - Kaho levanta a mão - numa situação dessa, alguém pode se desorganizar ante um ato muito violento e delirar.
- Sim, com algumas ressalvas, eo que seria violenta para essa pessoa? A realização de um desejo reprimido, de maneira a se sentir forçado a… mesmo sem ter havido alguém para forçar.
- Não entendi.
- Simplificando, aquilo que eu mais desejo é o que mais me amedronta, se aproximar do desejo é sempre perigoso e excitante, essa aproximação pode construir ou romper. Se quiser uma leitura dialética é necessário um rompimento para a reconstrução.
- E como fazer isso?
Fazemos isso no dia d dia, esse processo deixa marcas, na maioria das vezes não significam nado, em outras podem ser bastante violentas. É por isso que nossa profissão existe.
Simas está em seu apartamento, olhando pela janela, sua vista dá para o prédio onde Tom vive, ele vê Helena e Tom atravessando a rua, o homem acaricia uma pequena estátua de Asmodeus sobre sua mesa.
Autor(a): diegot
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