Fanfics Brasil - Cap. 2: Pensamentos Doidos Portões da Retribuição - Akalyana

Fanfic: Portões da Retribuição - Akalyana | Tema: Fantasia, raças


Capítulo: Cap. 2: Pensamentos Doidos

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Depois de alguns minutos por fim, Zane chega ao seu pequeno apartamento, se é que se podia chamá-lo pequeno, pois é, na verdade, minúsculo.  Mas nunca precisou de mais do que isso, então logo bastava.


Sinceramente, precisava achar outra entrada sem ser o hall, não que se preocupasse com os vizinhos ou que eles se importassem consigo, mas com certeza iriam pensar diferente se o vissem entrando no elevador com uma mulher pelada e desacordada no colo. Por isso, a entrada de serviço era muito mais conveniente.


Além da preocupação com a vizinhança, a moça parecia ter perdido muito sangue. Seu semblante estava muito pálido e, falando em rosto, como o dela era bonito.


Os cílios longos adornavam olhos que deveriam ser grandes, num rosto quase translúcido, a boca pequena e vermelha, o cabelo longo demais, molhado e grudando nos cantos de sua face. 


Definitivamente aquela moça era um anjo. Nunca pensou que fosse viver para ver uma mulher tão bela como ela, e isso que só viu seu rosto. Deduzia que seu corpo fosse muito melhor, mas aquele não era o momento nem o lugar, mesmo porque, se ela fosse uma louca, quando acordasse sairia correndo e nunca mais a veria.


E nesse momento seu olhar se voltou ao que parecia um sangramento e  se realmente isso se confirmasse, estaria fora de cogitação mantê-la no apartamento. O hospital seria o caminho mais acertado, então, porque ele não conseguia se desfazer dela? Sem documentos, desacordada, o que diria aos médicos e, o pior, para onde a levariam?


E o mais importante: quem era essa mulher? E o que ela estava fazendo na noite de Natal naquele beco? Um calafrio passou pelo meu corpo. Abraçando e trazendo-a mais para perto de si, o sentimento de querer salvá-la era maior que qualquer coisa naquele momento.


Chegando ao apartamento e fechando a porta com o pé atrás de si, foi em direção ao banheiro, depositando uma moça desacordada na banheira e ligando a água morna do chuveiro em seguida. Hesitou em retirar o casaco, pois não queria assustá-la e nem estava pronto para vê-la totalmente nua.


A água morna escorreu, lavando seu belo rosto, fazendo-a se mexer e por fim, abrir seus olhos e se aninhar mais ao casaco automaticamente, movendo suas pernas para o encontro do peito, olhar de pânico pulsava ali. A reação da moça, mexeu instintivamente com seu coração, ele se sentiu rejeitado, como se ela tivesse medo dele. Sendo que oque ele mais queria era ajudá-la! Porém, para isso, precisava que o aceitasse.


— Não vou te fazer mal, você está sangrando muito e preciso cuidar disso. Preciso saber a extensão dos seus ferimentos para ajudá-la. — Seu tom de voz soou mais preocupado do que deveria, devido à situação, e isso não passou despercebido pelo seu consciente, mas resolveria após ajudá-la.


Tentou se aproximar lentamente da base da banheira e, assim, tirar as poucas mechas que ainda teimavam encobrir seus lábios vermelhos. Então os viu tremer e se abrir.


— Cuidar? — Uma voz suave, quase como um sussurro, saiu daqueles lábios. Poderia soar quase infantil, se outra pessoa que não ele escutasse.


“E se ela fosse uma doente mental?” Pensou com cautela. Definitivamente seria um desperdício. Os enigmáticos olhos que o mantiveram cativo fecharam e abriram novamente, revelando o mais profundo tom de azul. Ele poderia se perder naquele olhar facilmente, mais do que gostaria de admitir.


Ela sorriu o sorriso mais bonito que ele tinha visto. Soava meio estranho naquela situação, talvez pudesse pensar que fosse de gratidão por tudo que estava fazendo. Contudo, o impacto daquela demonstração de doçura fez algo derreter dentro de si.


— Não se preocupe comigo, estou bem. Onde estou? Pode me ajudar? Posso me lavar? — Sua voz soou uma oitava a mais, denotando a preocupação da moça estranha. Não queria que ela tivesse medo, mas se ela estava bem, queria algumas respostas sobre toda aquela situação e queria agora. Mesmo estranhando sua leve calmaria e a primeira coisa a pedir, seria para se levar.


“Sério mesmo? Você está pelada, numa casa estranha, com um homem estranho, enrolada num casaco, e a primeira coisa que pede é para se lavar? Nem de um grito? Onde eu fui me meter...por todos os diabos!”. Ainda olhando com cautela, ele continua as perguntas.


— Certeza? — Viu sua cabeça feminina balançar em sinal positivo.


— Está bem. Trarei toalhas e uma roupa minha para usar. Tome um banho e tente relaxar e, quando terminar, conversamos melhor.


Afastou-se em direção à porta, sem dar chance de resposta para a moça na banheira. Mas, antes de sair, olhou para trás e pôde contemplar a bela visão, mesmo pensando que tudo aquilo era muita loucura em um dia só. Ela parecia um anjo que caiu do céu. Se eles realmente existissem, ela seria um deles, tamanha sua beleza. Com esse pensamento, saiu do banheiro, deixando uma mulher pensativa para trás.



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Autor(a): akalyana

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