Fanfics Brasil - A morte dá o primeiro passo Portões da Retribuição - Akalyana

Fanfic: Portões da Retribuição - Akalyana | Tema: Fantasia, raças


Capítulo: A morte dá o primeiro passo

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“Sinto dor, minha cabeça parece que explodirá. Ouço risadas de um casal ao longe, provavelmente uma meretriz com suas extravagâncias, não que me importe, mas seus sons fazem minha cabeça doer mais.


Quanto mais convivo com eles, mais seus sentimentos me assombram. Detesto este mundo, mas a missão é mais importante.


Apresso meus passos, temendo por mim mesmo e por tudo que carrego. Eu a vi, eu sei onde está e preciso avisar, mas para quem? Preciso correr, preciso pensar. Nosso punho não é como era antes, algo mudou. Ela o mudou, a Mundana. A Falsa. A Herege!


Sinto o frio invadir minhas roupas e tocar meus ossos, a noite naquela cidade era terrível. Em meu mundo, nunca senti nada parecido. Depois de tantos anos no Mundo Inferior, meu avatar havia se mesclado a minha existência, não posso fugir dos sentimentos mortais. Somente o Sagrado Punho pode arrancar e deixar minha existência livre como antes. Porém, minha missão primeiro!


Sinto o gosto amargo e um barulho vindo de meu estômago, fome. Diabos! Nunca vou me acostumar com essas necessidades mundanas. Preciso avisá-los, quanto mais rápido terminar minha missão, mais rápido voltarei ao meu confortável lar.


Corro pelas vielas sem olhar para trás, o ponto de encontro havia sido marcado. Agora era só uma questão de tempo, com minha missão comprida voltarei ao meu reino como o herói que sou, serei finalmente reconhecido. Nada poderia ser melhor.


Definitivamente o Sagrado saberá o que fazer com a devassa. Ela deveria ter sido extinta, ela e o traidor. Sua existência deveria ter sido apagada do livro sagrado para todo o sempre, problemas atrás de problemas. Odeio tudo, por causa dela estou aqui e por causa dela vou embora.”


Poucas pessoas sabiam do ponto de encontro, incluso ele. Havia sido contatado por um dos rastreadores do Mundo Inferior, sobre a possível aparição dela. Ele sabia que Akalyana aparecia, era sua sina. Mais cedo ou mais tarde ela voltaria à luz, estava escrito nas escrituras.


Depois de muitos séculos, finalmente poderia vê-la. A saudade e o desejo imperava em sua mente. Havia passado tanto tempo no mundo dos humanos, que acabara absorvendo certos sentimentos e sensações. Obviamente que nunca deixaria transparecer nada a frente de outros, o que mais importava além dela, era sua força e influência perante o conselho e seus irmãos de armas.


Não poderia deixar que sensações humanas nublassem seu julgamento, muito menos suas ações. Isso era um jogo de gato e rato, e ele deveria jogar as peças certas como gato para capturar sua presa. E tinha planos que isso se realizasse em breve, se seu informante estivesse certo, em pouco tempo o fogo daquela senhora lhe pertenceria, como deveria ter sido desde o início dos tempos.


Mas certos pensamentos não deveriam vir tona, como certas ações não poderiam ver à luz do dia. Certa vez ouvi uma frase muito sábia. Não há segredo entre mais de uma pessoa, e somente eu poderia saber sobre Akalyana.


Àquela hora da noite a rua estava deserta, tanto pelo frio como pela chuva que não dava trégua nem de dia e nem de noite. Um casal de namorados havia passado algumas horas antes, correndo contra a chuva.


Numa daquelas vielas, um senhor com aparência de meia-idade aparentava estar esperando a chuva passar, abaixo de uma marquise encostado. A chuva havia molhado seus pés e seu casaco, seu cabelo era curto, quase em estilo militar, seus pequenos calafrios denunciavam o frio constante.


De tempos em tempos, olhava o relógio como se estive esperando alguém, enquanto pensava sobre Akalyana. Por um momento a chuva se tornou mais agressiva, como se pedras estivessem caindo no chão, o barulho era ensurdecedor e convenientemente escondeu a presença de um ser atrás do homem na marquise.


A figura estranha se aproximou por trás, não dando oportunidade de sua vítima se defender. Com um golpe rápido imobilizou com seu braço o pescoço da vítima, e enquanto a mesma se debatia em desespero por ar em seus pulmões, o agressor o mantinha preso com braços de ferro apreciando cada momento de agonia de sua presa. E assim foi por longos minutos.


Até que por fim os espasmos pararam e o corpo da vítima caiu mole no chão, recebido pela chuva que estranhamente acalmava, tornando quase um chuvisco. Os olhos estavam esbugalhados esbanjando medo, a língua para fora como um animal, enquanto o pescoço começa a escurecer denunciando a causa de sua morte repentina, já que o casaco estava entre aberto devido à reação do corpo.


A figura estranha abaixou-se diante do corpo e tocou a testa do morto, alguns minutos depois se levantou e foi embora. Passos que não ecoavam no chão molhado e nem nas pedras das esquinas.


Não se ouvia nenhum barulho, nenhum som foi emitido na cena toda. A figura ameaçadora caminhava tranquilamente pela rua, esbanjando seu melhor sorriso. Seus planos lentamente seriam compridos, era uma questão de tempo sabia.


Cada obstáculo seria removido, e cada fio atado. No final, a obra de arte mais perfeita estaria de volta onde pertencia, e de onde nunca deveria ter saído. Os pensamentos do informante sussurravam organizadamente em sua mente, sabia onde ela estava e como estava. E ainda desorientada, seria a melhor forma de tê-la de volta.


O traidor não estava com ela, e quando tudo acabasse riscaria o nome do esquecido General do Livro da Existência e teria a certeza de que nada impediria seus planos, nem em uma vida e nem na outra.


E assim a misteriosa figura tomou seu rumo, desaparecendo misteriosamente.


Algumas horas mais tarde, a chuva havia parado. O mesmo casal que havia cruzado ao longe a vista do homem que era agora um cadáver retornava pelo mesmo caminho. O namorado se assustou com os gritos da moça, que havia corrido na frente como brincadeira e acabara esbarrando no defunto.


Algum tempo depois, a moça histérica soluçava nos braços do namorado. Dizendo apenas para o policial que nunca mais esqueceria o rosto daquele homem, pois nunca havia visto tamanho terror nos olhos de alguém.



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Autor(a): akalyana

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