Fanfic: O oásis perdido de Cattaleya | Tema: Fantasia, raças, anjos, demônios, vampiros, mxtx, mdzs
A serva caminhava rapidamente pelos corredores daquele imenso jardim, em seus braços as vestes brancas com traços dourados balançavam com a brisa, ela precisava chegar o mais rápido possível para entregar as vestes a sua senhora.
O Sol estava em seu auge, como se agraciando seu povo e banhando todos com sua energia, as Terras Solares eram conhecidas pela sua abundância e prosperidade, causavam invejam em seus opositores e ao mesmo tempo, fascinação em seu povo.
Hoje era um dia muito especial, a coroação da nova soberana e sacerdotisa do Sol, a abençoada pelo astro solar e líder de todas as nações, a maior cultivadora que o mundo de Astria conhecera, no auge de sua juventude e beleza.
Alcançando os degraus da torre da coroa pelos fundos e com um suspiro alto, a serva retoma seu fôlego e por alguns caminhos tortuosos e escondidos por fim chega a uma porta alta, feita de uma madeira de cipreste alto, com emblemas dourados de Sol e que representavam o quarto de preparação da líder.
Com um simples toque a menina abre a porta, vendo sua senhora ainda coberta com as roupas de dormir, cercada por amas e servas e com um altíssimo espelho de pés dourados a sua frente, sua visão definitivamente era de tirar o fôlego de qualquer um.
Realmente aquela mulher que ainda estava no auge de sua beleza e formosidade, seria uma beldade em alguns anos, o que para mulheres de Solares era um fardo e não um predicado.
Ajoelhando-se perante a futura coroada, ela sussurra desculpas e estende os braços revelando o manto do Sol e sente o toque gentil de dedos em sua bochecha.
- Levante-se, está tudo bem. O importante é ter chegado, certo? Venha, me ajude com as vestimentas e estará tudo resolvido. - Com seu sorriso gentil que iluminava o ambiente, a sacerdotisa agradece a serva e ergue os braços pedindo silenciosamente ajuda para se vestir.
O quarto onde estavam era amplo, cadeiras, sofás menores, espelhos e duas imensas janelas emolduravam o local, banhando o ambiente com o fresco do dia. Uma cama de dossel se destacava na lateral esquerda, cheia de brinquedos e uma cabeleira ruiva brotava do chão, bagunçando seus cabelos a recém penteados em uma rebeldia infantil.
- Meu pequeno nabo, eu já disse quantas vezes para ficar quietinha? Você não pode se sujar! Hoje é o nosso grande dia, vamos venha ficar perto de gege. - A futura sacerdotisa sorria através do espelho que dava a visão completa da cama e falava com o reflexo ruiva.
A face da menina de cabelos de fogo parecia contrariada, mas mesmo assim caminhou em direção a mulher que a chamava calmamente, ficando ao seu lado segurando sua boneca enquanto olhava a outra se arrumar.
- Eu não sou um nabo, irmã porque eu tenho que ir? Eu não tenho idade e nem quero coroa alguma, só tem velhos que vão começar a babar e falar coisas feias, eu vou brigar com eles gege. Deixe-me aqui e eu Suibia (boneca) desbravaremos os vilões dos jardins. - Diz a menina ruiva, emburrada e com um bico que era quase fofo, senão fosse cômico.
- Não! Você vai ir e vai comigo, precisamos assegurar seu posto, mesmo jovem há anciões que querem depor seu título e eu não vou deixar alguém lhe fazer mal. Quanto aos comentários, deixe assim. Não é como se realmente alguém fosse capaz de lutar comigo. Venha e gege promete uma surpresa. - Piscando e dando um sorriso cristalino em direção a menina, que prontamente desfaz o beiço e retribui o sorriso.
- Mesmo gege? Eu vou, mas eu quero presentes!
Encerrada a pequena discussão, ela sente na cadeira próxima esperando que a irmã se arrumasse. Minutos depois, a futura sacerdotisa sai do quarto acompanhada da irmã mais nova, seguindo rumo ao grande salão da Torre da Coroa Solar, seu futuro lar.
A Torre da Coroa Solar era imensa, quase todas as suas paredes eram feitas de vidro para captar melhor a luz do Sol e a noite, eram fechados pelos servos com um mecanismo automático de alavanca, fechando totalmente a torre por dentro.
A escadarias que davam acesso ao salão eram imensas, mas necessárias, cada degrau eleva o posto de quem o percorria, já que em todo seu caminho pessoas de baixa hierarquia na corte solar se posicionava, para poder vislumbrar um pouco da beleza da nova coroada.
Trajando um robe bordado com fios de ouro totalmente branco como um manto e um imenso vestido dourado longo, a sacerdotisa se apresenta para sua corte. Seus longos cabelos negros soltos caiam em suas costas, chegando até sua cintura.
Tranças laterais com fitas de mesma cor, balançavam em suas orelhas completando o penteado jovial, com uma fina tiara prateada, herança como princesa. Brincos feitos de gotas de cristal dourado completavam a aparência que de longe era estonteante.
Olhos cor castanhos puxados para o âmbar ascendiam seu olhar curioso, sua mão esquerda segurava uma palma infantil que observa todos com um rosto impassível, enquanto cachos ruivos emolduravam seu rosto, não havia adornos, exceto seu igualmente vestido dourado e seu robe externo branco imaculado.
O grande salão abrigava toda a alta sociedade de Solares, além da diplomacia que alcançava outras terras como o Reino Lunares seu principal opositor mesmo nas entrelinhas, membros do Reino de Brania e Valar. Respectivamente os reinos da Lua, Chuva e Fogo.
A Terra de Astria era dividida entre os quatro grandes reinos e seitas menores ainda em ascensão ou em quase extinção, era responsáveis pelo cultivo da magia vinda dos elementos e da própria natureza, como condutor para a energia espiritual que todos os seres vivos possuíam, ampliando suas capacidades.
Solares era o reino conhecida pela luz e seu guardião era o Sol, todos os solarianos de alto nível possuiam um excelente cultivo, além de dominar técnicas de outros povos e artes marciais, alguns raros conseguiam criar e manipular artefatos místicos que além de ampliar, também criavam outras formas de manipulação de força.
Os lunarianos possuíam o dom de manipular as sombras e sua guardiã era a Lua, além do alto nível de cúltivo, não conseguiam aprender outras técnicas fora de seus clãs, contudo eram mais ferozes em combate do que qualquer outro povo, estrategistas e que podiam ler emoções humanas.
Os valarianos por sua vez, podiam manipular o fogo e o calor, eram exímios em combate e diplomacia, além da manipulação de animais e natureza, tudo que um valariano toca floresce e revive.
Os branianos eram responsáveis pelo cultivo das águas e por consequentemente a chuva, eram o coração de Astria. Sem água nada vive, exímios artesãos, engenheiros, arquitetos, construíram diversos dutos e pontes para trazer água até o mais longiquo local do reino.
Ao contrário dos demais reinos, suas emoções influenciam o ambiente, dizem que quando chega uma tempestade é porque um braniano está chorando, e uma chuva normal é pela sua felicidade.
Todas as quatro grandes seitas estavam presentes saudando a mais nova senhora de Solares, a mulher em seus 19 anos já completos, estava de pé de costas para o trono e se posiciona para saudar todos, como uma boa anfitriã.
- Sejam todos bem vindos a minha casa, Solares! Que as bençãos da Luz e da abundância cubram todos. Hoje uma nova etapa se abre para nossos povos, a Coroa do Sol será finalmente empunhada.
No silêncio do grande salão, passos ecoavam pelo mármore branco. Uma voz feminina forte foi ouvida.
- Inclua a benção das sombras, não seja exclusivista sacerdotisa. E dá um sorriso pra cá, não quero acreditar que nossos convites tenham extraviado, não é Dianxia?
Autor(a): akalyana
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