Fanfics Brasil - Molly Você está sozinho, parceiro!

Fanfic: Você está sozinho, parceiro! | Tema: The Walking Dead


Capítulo: Molly

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Carley tinha seus olhos fixados na janela, sua cabeça cheia de pensamentos e memórias que se repetiam inúmeras vezes em sua mente. A noite que teve com Lee havia sido maravilhosa, e a maioria de seus pensamentos eram justamente sobre isso, a forma como ele a tocou, a gentileza por trás de seus movimentos, dominante, mas ao mesmo tempo, tão doce e suave.


Foi algo que nunca havia sentido com ninguém, e infelizmente, logo após essa noite incrível, mais problemas aparecerem, mais conflitos se iniciam, e isso só a fez se lembrar de que não tinham mais tempo para aproveitar a vida, tudo se resumia em sobreviver, lidar com a morte todos os dias, o tempo que tinham para se aproveitarem era curto, muito curto.


Ela suspirou pela décima vez aquela manhã, não sabia quanto tempo fazia desde que Lee e Kenny haviam saído, mas fazia algum. Correndo seus olhos pela sala, ela fica um pouco confusa ao ver Crista sentada sozinha.


Carley- Cadê a Clem?


Crista- Ela disse que ia pegar seu rádio no andar de cima, ela está meio triste, então deixei, mas já faz algum tempo desde que ela foi.


Respondeu, um pouco preocupada, mas mais curiosa em saber o motivo da garota estar daquele jeito do que nervosa.


Crista- Por que ela ficou assim? Eu perguntei, mas ela não quis responder.


Carley suspirou levemente, se ajeitando no sofá, a alguns passos de Crista.


Carley- Os pais dela morreram, mas, aparentemente, tem um cara que disse que está com eles, e ela acreditou, ainda com esperança de que eles estejam vivos, Lee tentou dizer a ela que era mentira, e que ela tinha que aceitar que seus pais se foram, e, bom, não deu muito certo.


Resumiu, também não tendo muita vontade em falar sobre esse assunto, dizendo apenas as partes mais importantes. Crista balançou a cabeça em compreensão, olhando para o chão logo em seguida.


Crista- Eu entendo o motivo dele ter feito isso, mas por que ele não disse antes? Mesmo que os pais dela estivessem vivos, reencontrá-los seria praticamente impossível.


Carley- Ele tentou algumas vezes, mas a garota sempre teve esperanças de que eles estavam vivos, muitas vezes chegando a ficar com raiva de Lee por falar essas coisas, então, ele também evitava dizer.


Respondeu, cruzando os braços e se jogando contra o sofá, fechando os olhos, pensando em toda aquela situação.


Omid- Bom, que merda, mas eles vão voltar a ficar bem……..eu espero.


Tentou ser positivo, tentando deixar o clima mais leve com seu tom divertido, o que não pareceu funcionar.


Crista-...Clementine está demorando.


Comentou, depois de ficarem um tempo em silêncio.


Carley- Eu vou checar nela, pelo menos ver como ela estar.


Se levantou do sofá, caminhando calmamente em direção as escadas, e subindo até o segundo andar.


Seus olhos verdes correram pelo corredor, e se focaram no rádio de Clementine, que estava jogado no chão perto da janela aberta no final do corredor.


Carley- Clementine?


Chamou, achando aquele silêncio todo muito estranho, piorando sua desconfiança ao ver o rádio jogado no corredor.


Ela caminhou até o objeto e o pegou, olhando dentro dos cômodos a procura da garota, ficando mais preocupada a cada instante.


Carley- Clementine!


Chamou mais alto, sentindo seu coração se acelerar ao não receber uma resposta.


Ela ia continuar procurando pela garota, porém, Ben apareceu meio ofegante em frente a escada.


Ben- T-tem pessoas lá fora...armadas.


Disse meio trêmulo e nervoso, enquanto os olhos de Carley se arregalavam.


 


Lee e Kenny correram até o local do grito, onde encontraram três homens, com roupas e tatuagens semelhantes às dos dois homens que haviam matado a pouco tempo.


Os três estavam falando alguma coisa com uma jovem, que tinha sua face contra o chão, enquanto um dos homens se ajoelhava em suas costas e forçava sua cabeça, uma arma apontada para ela.


Kenny- O que a gente faz?


Lee- Três homens contra uma garota? Acho que não gosto muito desses números.


Respondeu, apontando seu fuzil militar em direção ao homem ajoelhado sobre a jovem, e dispara, um tiro limpo e certeiro na lateral da sua cabeça.


Kenny aproveita o choque inicial dos outros dois homens ao verem seu companheiro caído, e também dispara, três tiros, um acertando o ombro de um dos bandidos, e outro acertando sua cabeça, matando-o.


Lee iria atirar no último restante, porém, a garota foi mais rápida, pegou a pistola que havia caído ao seu lado, e disparou quatro vezes contra ele, também o matando.


Eles se aproximaram calmamente, com Kenny apontando a pistola em direção a garota, que estava de costas para eles.


Lee- Tudo bem ai?


Perguntou, observando a garota se assustar levemente com a súbita voz, e se virar para si, com certo nervosismo, alternando seu olhar entre Lee e Kenny algumas vezes, antes de se acalmar.


- Eu...eu to bem, obrigada.


Disse, passando sua mão sobre seu braço ferido.


- Vocês tem o costume de ajudar estranhos?


Perguntou, um pouco desconfiada, e até mesmo um pouco irônica, como se, no fundo, estivesse zombando deles por isso.


Lee- Sim, ajudo quem posso, fomos atacados por outros homens, semelhantes a esses, fizemos a escolha certa em te ajudar?


A olhou fixamente, já teve sua cota de pessoas boazinhas e agradecidas tentando lhe esfaquear pelas costas.


- Eu diria que sim, cacete, por um instante pensei que eram amigos desses babacas de Crawford.


Guardou a pistola em sua cintura, observando Kenny abaixar a arma lentamente e fazer o mesmo, satisfeita ao se sentir mais livre para se mover.


Kenny- Os outros dois babacas mencionaram essa “Crawford”, que porra é essa?


- Uma comunidade a leste da cidade, grande, muitas pessoas, armas, comida. Mas claro, isso não vem de graça, eles constantemente matam outros sobreviventes e pegam suas coisas, além de não aceitarem pessoas “limitadas” em seu grande grupo de babacas.


Explicou, pegando sua mochila do chão e a colocando em suas costas, voltando seus olhos para os dois homens.


Lee- Como assim, “limitadas”?


- Crianças, idosos, doentes, qualquer um que não consiga se manter, pegar os próprios recursos, ajudar a comunidade, ou eles os matam, ou os abandonam sem nada.


Aquilo fez ambos os homens arregalarem os olhos, se entreolhando por alguns instantes.


Kenny- Crianças? Mas que porra…?


Ele parou subitamente, se lembrando do que havia feito com Clementine, e não se sentindo no direito de falar alguma coisa.


- Pois é, eles não são exatamente as melhores pessoas do mundo, a propósito, meu nome é Molly, obrigada por salvarem meu rabo desses cuzões.


Estendeu sua mão, na qual Lee apertou firmemente segundos depois.


Lee- Lee.


Kenny- Kenny.


Os olhos de Molly se focaram em algo atrás dos homens, que ficaram confusos pela garota ter ficado quieta subitamente, ao se virarem, ambos arregalam os olhos.


Vários zumbis se aproximavam em sua direção, caminhando pela rua em sua maioria, onde mais e mais zumbis se juntavam a eles, saindo de dentro de estabelecimentos e algumas casas ao redor, atraídos pelos tiros.


Lee- Merda!


Molly- Me sigam, vovôs.


Gritou, correndo em direção ao fim da rua, com ambos os homens em sua cola.


No caminho, Molly matava os zumbis mais próximos com um tipo de picareta especial, provavelmente usada em escalada no gelo, enquanto Lee ficava mais atrás, matando os que podia com seu facão.


Após algum tempo correndo, eles entram em um beco, porém, o mesmo também estava infestado de zumbis por quase toda sua extensão. Os três tentam voltar para a rua, mas os zumbis já haviam se aproximado de mais para conseguirem passar por eles, estavam cercados.


Kenny- Ah merda!


Xingou, puxando sua pistola e atirando nos zumbis que se aproximavam de mais, deixando Molly e Lee encarregados de encontrarem uma saída.


Seus olhos logo se focaram na escada logo acima de suas cabeças, alta de mais para conseguir pular, mas baixa o suficiente para dar impulso a outra pessoa.


Lee- Você vai primeiro!


Disse para Molly, apontando em direção a escada.


Molly- Um de vocês velhotes podem ir na frente, encarem isso como pagamento por me ajudarem antes.


Respondeu, matando o zumbi a sua frente e jogando-o sobre o grupo que se aproximava, fazendo com que eles dessem uns passos para trás pelo peso jogado em si, ganhando algum tempo para eles.


Lee- Kenny, vai!


Gritou para o amigo, se agachando e colocando suas duas mãos sobre sua coxa.


Kenny coloca sua pistola em sua cintura e aceita a ajuda de Lee, tomando impulso e saltando para cima, agarrando a escada que dava para a sacada de um quarto.


Porém, a escada estava quebrada, e em um movimento rápido, Kenny se joga para cima, agarrando a barra de ferro da sacada, enquanto ouvia o barulho da escada caindo abaixo de si.


Kenny- Merda, consegue pular?!


Perguntou, se deitando com parte de seu tronco para fora da sacada e estendendo sua mão, porém, era alto de mais para Lee ou Molly conseguir agarrar.


Lee- A gente pensa em outra coisa, pega! Nos dê cobertura!


Jogou seu fuzil em direção a Kenny, que o pegou no ar, se levantou, e começou a atirar no máximo de zumbis que conseguiu.


Aproveitando a cobertura, Lee troca de lugar com Molly, e começa a matar os zumbis presentes no beco, sempre empurrando seus corpos um sobre o outro, tentando ganhar tempo o suficiente para Molly pensar em algo.


Molly- Espero que goste de esgotos!!


Gritou, utilizando sua picareta para abrir a tampa de um bueiro, e pulando dentro do mesmo logo em seguida.


Lee- A gente se encontra na casa Kenny!!


Gritou, acompanhando Molly.


Kenny olhou para a situação abaixo de si, e resmungou irritado, as coisas haviam saído do controle em um piscar de olhos.


 


Lee saltou para o lado, desviando de um corpo que cairia sobre sua cabeça se não tivesse saído de seu caminho.


Molly- Bom, acho que estamos juntos até conseguirmos sair daqui, você mandou bem lá em cima, para um vovô.


Lee- Eu não sou tão velho, tenho só 37, e depois dos trinta, idade é só um número.


Fez graça, pegando seu facão e varrendo o lugar com seus olhos, ignorando aquele cheiro horrível que o local exalava. Zumbis fediam vezes mais do que um esgoto, e por incrível que pareça, ele agradeceu por isso naquele momento.


Molly- Sim, claro, invente a desculpa que precisar.


Zombou, tomando a dianteira e caminhando até um túnel mais a frente, cautelosos, ouvindo os gemidos dos zumbis ecoarem pelo esgoto.


 



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Autor(a): louiz_st

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