Fanfics Brasil - Abandonado Você está sozinho, parceiro!

Fanfic: Você está sozinho, parceiro! | Tema: The Walking Dead


Capítulo: Abandonado

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 Lee caminhava a passos largos pelas ruas vazias de Macon, sua mente inundada por pensamentos e dúvidas corriqueiras, mas seu corpo estava atento a seus arredores, algo no qual se acostumou depois de sair tantas vezes em busca de suprimentos. Ao seu lado, Kenny caminhava na mesma velocidade, mas com um olhar enojado em sua face, claramente odiando o fato de que tinha que caminhar lado a lado com ele.


Mas Lee não se importava, sinceramente, ele já não se preocupava se o grupo sobreviveria, ou se quebraria, já que ele já sabia a resposta.


Kenny havia se tornado ainda pior, suas ações ficaram ainda mais descuidadas e ele reclama de, literalmente, tudo que ele deve fazer, de todas as suas tarefas, como uma criança que ficou de castigo.


Lee sabia que os dias do grupo estavam contados, com Kenny daquele jeito, seria melhor, não só para ele e sua família, mas para todos os membros do grupo, que eles se separassem.


Se Kenny achava que poderia cuidar bem da sua família sozinho, que seja, Lee não iria mais impedi-lo, não tentaria abrir seus olhos mais uma vez, pois sabia que seu “ex amigo” ao seu lado não queria que seus olhos fossem abertos.


Agora, Lee apenas se preocupava com o que faria quando o grupo fosse quebrado, quem ficaria do seu lado, quem partiria com Kenny, apesar de ele desconfiar que ninguém entraria naquele trailer por livre vontade, ou Kenny não levaria ninguém além de sua família.


Mas, eles concordavam em algo, os dois homens sabiam que os dias do motel já estavam chegando ao fim, e com o inverno chegando, eles tinham que sair dali antes que morressem congelados. Lee começou a pensar em que lugar deveria ir, se deveria ir para o sul, para o norte, para o litoral, duvidava que existia alguma cidade segura pelo país, podiam haver algumas comunidades espalhadas por ai, mas era como um tiro no escuro, não dava para sair procurando algo que ele nem sabia se estava lá ou não.


Alguns minutos de caminhada se passaram, as estradas estavam estranhamente vazias, o que era bom, mas deixava Lee preocupado, um sentimento ruim em seu estômago, como se algo fosse acontecer a qualquer momento. Não demorou muito, e eles finalmente viram a barricada em frente ao motel, com Ben em cima do trailer fazendo a vigia.


Lee ouviu Kenny resmungar de algo, como sempre, mas o ignorou, abrindo caminho pela lixeira que servia de portão, e entrando no estacionamento do motel.


Mais a frente, ele viu Clementine conversar com seu rádio na mão, uma de suas conversas imaginárias que tinha com seus pais, Lee presumiu. A garota, assim que o viu, foi correndo em sua direção.


Clementine- Ei Lee, olha, Ben achou umas figurinhas em um dos quartos e eu coloquei no meu rádio!


Exclamou, toda sorridente, e Lee não pôde evitar de sorrir também. Era quase um movimento natural, sempre que a via, ele sorria, principalmente quando a mesma se encontrava tão animada daquele jeito, mesmo com algo tão “pequeno” quanto figurinhas.


Lee- Isso é ótimo Clem, eu, ahm, vou conversar com a Lilly por um tempinho e já venho, ok?


A garota balançou a cabeça, ainda sorridente, segurando o rádio firmemente em sua mão.


Lee caminhou até o quarto de Lilly, observando Kenny dar três batidas na porta, sendo recebido por uma Lilly com feições nervosas.


Lilly- O que conseguiram?


Perguntou, pegando a mochila das mãos de Kenny, colocando-a na cama e a abrindo, logo em seguida.


Lee- O que sobrou.


Respondeu, se escorando na porta e cruzando os braços, deixando o rifle em suas costas.


Kenny- Que foi muito, na verdade, deu para encher a bolsa, e ainda tem um pouco mais que não conseguimos pegar.


Respondeu, com aquele tom irônico e irritado no qual já estavam acostumados, pareciam não deixar sua voz, e, apesar de já estarem familiarizados com o tom hostil do homem, não significava que o deixava menos irritante, mas eles tentavam não fazer uma algazarra por causa disso, não precisavam de mais uma discussão sem sentido, ou uma briga desnecessária.


Lilly- Ótimo, se continuarmos assim, vamos conseguir passar o inverno aqui.


Disse, um pouco aliviada, talvez? Mas claramente animada com a quantidade de comida e remédios que eles pegaram.


Kenny respirou fundo ao ouvir o que ela havia dito, coçou os olhos e balançou a cabeça, em clara irritação.


Kenny- Tá, se você quer ficar aqui, fique à vontade.


Ele se virou, caminhando a passos pesados em direção ao trailer, dizendo algo para Ben no qual Lee não se importou o bastante para ouvir. Lilly revirou os olhos e suspirou, também irritada.


Lilly- Deus, qual o problema o dele?!


Resmungou entre os dentes, se jogando sobre sua cama. Lee suspirou e entrou em seu quarto, se sentando na cadeira ao lado, em frente a janela.


Lee- Mas ele tem um ponto Lilly, não podemos ficar aqui, os dias do motel estão contados.


Cruzou os braços e jogou seu corpo para trás, sentindo a madeira ir de encontro com suas costas, e seus músculos doloridos relaxarem um pouco, aliviarem aquelas horas em que ficaram tensionados.


Lilly- Nós não temos nenhum outro lugar para ir Lee.


Respondeu, se sentando em sua cama, de frente pra ele. Os olhos dela estavam tão cansados quanto os dele, sua face estava cabisbaixa, e era óbvio que havia ficado dias sem dormir, as olheiras em sua face mostravam isso. Ela se encontrava daquela forma desde que seu pai havia sido morto por Kenny.


Lee- Mas não podemos ficar aqui, Macon, infelizmente, já era, não tem mais comida, nada, as pessoas morreram, e as que sobraram estão morrendo. Além disso, tem os bandidos na floresta, pra mim, esse lugar se tornou tão perigoso quanto la fora.


Retrucou, apresentando bons e verdadeiros pontos, Lilly sabia disso. Ela sabia que Lee estava sendo verdadeiro e apenas apontava fatos, a voz calma e suave com a qual ele dizia era prova disso. Ela estava uma bagunça, sua mente confusa, seu interior revirado, não sentia vontade de se levantar durante todos esses dias que passou longe de seu pai, não sentia vontade de ir para lugar algum.


Mas também, não podia simplesmente deitar em um lixão, e ficar lá, esperando que a morte a pegasse de alguma forma, fosse por uma bala na cabeça, fosse por uma mordida, fosse por ter algo jogado contra sua cabeça.


Ela riu sem humor, se seu pai a visse agora, ele ficaria maluco, dizendo que não havia criado uma covarde, e que aquele tipo de comportamento não foi o que ele havia ensinado para ela.


Lilly-...Nós temos outro problema para resolver.


Disse, se abaixando e pegando uma lanterna abaixo de sua cama, o objeto quebrado fez Lee ficar curioso.


Lilly- Alguém tem roubado suprimentos da gente, medicamentos, comida, antibióticos, todos eles sendo roubados da minha contagem pessoal, eu encontrei isso perto da barricada, nós não jogamos equipamentos quebrados no lixo, nós consertamos.


Lhe entregou, suspirando, aquela situação toda estava lhe dando uma puta dor de cabeça.


Lee a olhou por alguns instantes, se perguntando se ela estava falando sério, ou se era apenas mais uma de suas paranoias, mas, ela pareceu séria o suficiente, e não iria perder nada caso investigasse um pouco sobre o assunto.


“Melhor prevenir do que remediar” - Pensou.


Lilly- Eu estou uma bagunça agora, então quero que você descubra o que está acontecendo, quem quer que esteja fazendo isso, está nos matando de pouco a pouco.


Ela abaixou a cabeça e suspirou, exausta, todos estavam.


Lee se levantou, olhando para ela por alguns instantes, para logo depois, caminhar em direção a porta e sair pela mesma, fechando-a logo em seguida, deixando Lilly sozinha, presa em seus pensamentos.


- Um mistério.


Lee se assustou levemente pela súbita voz que se fez presente ao seu lado. Ao se virar, o mesmo encontra Duck o olhando com uma face brincalhona.


Lee- Duck!


O repreendeu, rindo um pouco pelo susto que tomou.


Duck- Desculpa, eu ouvi o que vocês disseram, e pensei em ajudar.


Se explicou, olhando fixamente, com seus olhos caramelos, nos olhos castanhos de Lee, que suspirou.


Lee- Você precisa esquecer tudo que ouviu, e não pode contar a ninguém.


Disse, cruzando os braços em frente a seu corpo, e olhando com certa seriedade para o garoto.


Duck- A qual é, eu posso ajudar, você pode ser o maior detetive de todos os tempos, e eu posso ser o “Dick Grayson”, seu ajudante.


Disse de forma dramática, fazendo uma pose de herói ao terminar a apresentação de seu personagem, olhando para a face um pouco confusa de Lee.


Duck- É o Robin.


Lee- Eu sei quem ele é.


Suspirou novamente, se agachando na altura de Duck, que o seguiu com o olhar.


Lee- Ok, você é o Robin, venha falar comigo se encontrar algo…..estranho, ok? E não pode contar pra ninguém sobre nossa…..aaahm, missão secreta.


Disse, meio sem graça, mas feliz pelo garoto ter ficado tão animado ao ponto de fazer uma pequena comemoração.


Duck- Estou no caso.


Disse, com a voz um pouco sussurrante, como se estivesse escondido de alguns bandidos e tinha que falar em um tom mais baixo.


Lee balançou a cabeça ao ver o garoto correr para algum lado aleatório do motel, se perguntando em como ele conseguia ter toda aquela energia.


Lee caminhou até a barricada, seguindo com seus olhos pela base da mesma, procurando pelo local onde Lilly poderia ter encontrado a lanterna. Depois de um tempo, ele encontrou alguns pedaços de vidro quebrado, escondidos ao lado de uma lata de lixo. Lee inspecionou o local, procurando por qualquer outra coisa de útil, e foi então que ele encontrou um grande “X” marcado na parede, logo de frente para a floresta do outro lado da rua, uma marcação, como se fosse o “X” de um mapa do tesouro.


Duck- Hmmm, estranho.


Lee olhou para o garoto ao seu lado, que ainda fazia pose de herói e olhava para a marcação, feita de giz, na parede com olhos suspeitos, ou pelo menos, deveriam ser olhos suspeitos.


Duck- É uma pista!


Exclamou, fazendo Lee realmente pensar nessa possibilidade, era estranho ter uma marcação como aquela tão escondida do resto do grupo, e era alta de mais para as crianças terem feito.


Era um giz rosa, e a única pessoa que usava giz no motel era Clementine.


Lee- Pode ser, bom trabalho Duck.


Disse, colocando sua mão sobre a cabeça do garoto, que comemorou animado.


Lee caminhou em direção a Clementine, observando os movimentos delicados que a garota fazia ao colorir o que havia desenhado.


Lee- Ei Clem, você tem um giz rosa?


Perguntou, se agachando na altura da garota, que parou de colorir e o olhou com olhos confusos.


Clementine- Não, eu perdi em algum lugar, você quer o azul?


Perguntou, na esperança de que ele se sentasse ao seu lado e colorisse junto a ela, gostava daqueles momentos, onde eles passavam horas brincando, ou simplesmente conversando um com outro, onde ele lhe contava histórias de livos que havia lido, ou lhe ensinava um pouco de…..história.


Lee- Mais tarde Clem, Lilly me pediu pra fazer um trabalho pra ela.


Respondeu, colocando sua mão suavemente no rosto da garota, que fechou suas expressões, parecendo um pouco irritada, talvez, desapontada?


Clementine- De novo?!


Lee sorriu a ouvir seu tom irritado, no qual não mudava muito de seu tom habitual, devido a sua voz ser tão suave. E era raro ele ver Clementine com uma expressão irritada, já havia até se esquecido como era.


Lee- Vou acabar e brincar com você daqui a pouco, nem vai perceber a demora.


A confortou, recebendo um aceno de cabeça e um resmungo como resposta. Ele se levantou e viu Duck o chamar mais a frente, perto das latas de lixo nas quais usavam como portão.


Duck- Olha o que eu encontrei.


Disse, lhe entregando um giz rosa e apontando para as marcações no chão. A mesma pessoa que marcou a parede, abriu passagem pelas lixeiras.


Lee- Boa Duck, acho que você leva jeito pra isso.


O parabenizou, dando um “high five” no garoto, que sorriu animado e orgulhoso de si mesmo.


Lee- Eu vou lá fora, você vai ficar aqui dentro, eu to falando sério.


Disse, recebendo um aceno do garoto e empurrado a lixeira a sua frente, olhando para os dois lados, se certificando de que era seguro sair.


Ele passou algum tempo procurando por qualquer coisa em frente ao motel, até chegou a entrar um pouco na floresta, mas não encontrou nada. Foi quando estava voltando para o motel que ele percebeu uma pequena sacola escondida por trás de uma grade, logo ao lado da barricada.


Ao retirar a grade e pegar a sacola, seus olhos se arregalam ao ver medicamentos e comida guardados ali dentro.


 


Lilly encarava a sacola a sua frente, agora com uma face irritada e com suas mãos em sua cintura, quando Lee voltou com aqueles suprimentos, ela quase enlouqueceu, mas conseguiu se manter calma, não adiantaria muita coisa ela ficar com raiva de alguém sem nem ao menos saber quem foi.


Lee- Bom, o que faremos agora?


Ele se escorou na parede ao lado da porta, cruzando os braços e olhando para Lilly, não queria fazer algo precipitado, não antes que ela soubesse sua opinião, porém, como ele sempre fez, ele deixaria ela dar a primeira ideia, dizer o que acha, e como devem resolver aquele problema, depois, ele falaria o que achava.


Lilly- Vamos reunir todos, até as crianças, eu duvido que….mas que merda…?!


Seus olhos se focaram em alguns homens armados que entraram no motel, onde agora, faziam o seu grupo de refém.


Lee olhou de olhos arregalados para os homens que entraram, todos estavam armados, a maioria com pistola, outro com uma escopeta, mas ainda sim, um passo em falso, um erro, e vidas seriam ceifadas.


Seus olhos caíram, quase que imediatamente, em Clementine. A garota estava assustada, e olhava para os dois lados enquanto seu corpo tremia, provavelmente, procurando por ele.


Lee- Lilly…


Começou, observando a mesma abrir a janela de seu quarto, que dava para a parte dos fundos do motel, com um rifle em mãos.


Lilly- Distraia-os, faça tudo que for preciso para que eles não puxem o gatilho, não antes de mim.


Disse, pulando pela janela e saindo da linha de visão de Lee, que xingou mentalmente, se garantindo que sua pistola estava na parte de trás de sua cintura.


Suspirando forte, ele sai do quarto de Lilly com os braços para cima, em sinal de rendimento.


- Pare ai cuzão.


Um dos bandidos gritou, esse parecia ser o líder, estava de máscara e apontava uma pistola em sua direção, enquanto os outros apontavam as armas para as cabeças dos membros de seu grupo.


- Nós tínhamos um trato, acha que pode nos passar a perna desse jeito?! Você vai nos dar o que nos deve, e mais!


Disse, e, apesar de Lee não ter conhecimento de nenhum trato feito com bandidos, ele decidiu acompanhar o ritmo das coisas.


Lee- Ok, o trato continua, o que você quer?


Perguntou, o mais calmo que pôde, observando os movimentos corporais dos homens a frente, percebendo que alguns dos bandidos haviam tirado o dedo do gatilho.


- Eu não sei se você entendeu amigo, o que me impede de matar todos vocês e pegar as coisas eu mesmo em?


Lee- Você não é burro ao ponto de fazer isso, pois teria que se arriscar para pegar os suprimentos na cidade, mas, se nos deixar vivos, nós nos arriscamos por vocês, lhe entregamos o que querem e vocês nos deixam em paz.


Argumentou, observando alguns dos bandidos se entreolharem, pensando no trato.


-….Ok, você é um cara esperto, continue.


Abaixou o tom de voz, abrindo um pouco mais a guarda, Lee percebeu isso, e desejou mentalmente que Lilly agisse rápido.


Lee- Nós daremos o dobro do combinado, em troca, vocês ficam longe da gente, assim, vocês não precisam arriscar suas vidas em uma cidade morta.


Os bandidos se entreolharam novamente, aparentemente, haviam gostado do trato.


Mas, antes que pudessem dizer algo, um barulho de tiro ecoou pelo motel, adentrando por entre as árvores da floresta vazia mais a frente. O corpo do bandido caiu em um baque surdo no chão.


Em um movimento rápido, como se o mundo ao seu redor estivesse em câmera lenta, Lee pega sua arma e atira, cinco disparos, matando instantaneamente quatro dos bandidos que tinham seu grupo como reféns, e acertando o quinto em seu ombro, e o mesmo se escondeu atrás da lixeira.


As pessoas correram, Duck, Katjaa e Clementine correram até uma lata de lixo, logo ao lado do trailer, Ben e Carley tomaram cobertura atrás de alguns sacos de areia que Lee havia colocado ali a algum tempo.


Kenny correu o mais rápido que pôde até o trailer, sentindo as balas passarem próximas, muito próximas de sua cabeça.


Lee pegou o rifle que estava dentro do trailer, ajeitou-o em sua mão, e começou a disparar contra os bandidos que se aproximavam, mais e mais deles saiam da floresta.


E mais e mais deles entravam para o motel.


Parte da barricada foi destruída, e Lee tentava impedir que os bandidos entrassem a todo custo, com Lilly tomando conta da sua esquerda, e ele podendo se concentrar em sua direita. O pior, era que o barulho havia atraído zumbis a quilômetros de distância, e eles começavam a entrar junto aos bandidos.


Um dos bandidos disparava com uma pistola em sua direção, respirando fundo e firmando o rifle, Lee atira no homem, e o acerta em cheio na cabeça, um tiro limpo no meio de sua testa.


Lee- Katjaa!!
Ele grita para a mulher, sinalizando para a mesma correr em sua direção. Ela agarra Duck em seus braços e corre, porém, um dos zumbis que haviam entrado a agarra pela perna, a derrubando, e logo, ele fica sobre a mesma, tentando arrancar um pedaço de sua carne.


Katjaa se debate violentamente, e então, mais um tiro foi ouvido, o corpo do zumbi amolece em seus braços, e ela o joga para o lado, agradecendo mentalmente a Lee, que havia acabado de salvá-la.


Duck observou tudo em câmera lenta, tanto sua mãe sendo derrubada pelo zumbi, quanto Lee atirando, de forma certeira, em sua cabeça. E agora, seus olhos não conseguiam mais desviar da mordida que estava marcada na lateral do corpo de Katjaa.


Clementine tentou correr em direção também, porém, assim como a mulher, um zumbi a agarrou pela perna e a derrubou.


Lee se desesperou ao ver aquela cena, ele tentou atirar contra o zumbi, porém, havia ficado em munição, e, ignorando todo aquele risco de ser atingindo por uma bala perdida, ele corre em direção a garota, chutando a cabeça do cadáver, tirando-o de cima dela, e pisando fortemente em sua cabeça.


Clementine chora pelo seu nome, e o abraça fortemente. Lee se agacha, devolvendo o abraço repleto de alívio, quase chorando com aquela sensação que dominava seu corpo.


Observando a situação ao redor, o mesmo ergue Clementine em seus braços, onde a garota, instintivamente, passa seus braços ao redor de seu pescoço, e cruza suas pernas ao redor sua cintura.


Lee então, tenta correr em direção ao trailer.


Porém, não conseguiu, pois o veículo arrancou em direção a saída.


Parece que o mundo ficou em câmera lenta para Lee, as balas ao seu redor passavam tão lentamente ao seu lado, que ele quase sentia que podia desviar das mesmas. Ele viu Kenny olhar para trás, verificando as pessoas que entraram no trailer, verificando em Duck, e verificando em Katjaa.


Depois disso, ele olhou fundo nos olhos de Kenny, fundo nos olhos daquele que um dia considerou seu melhor amigo, olhos repletos de raiva, angústia, traição. Olhos furiosos, lançados em sua direção.


E com aquele olhar, tão raivoso, penetrando sua mente e se fixando fundo em sua cabeça, Lee observou Kenny sair do motel com o trailer, deixando-o para trás, sozinho.


Ele foi abandonado.


E Kenny não sentiu remorso ao fazê-lo.



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Autor(a): louiz_st

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